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Art. 140.

O objeto do contrato será recebido:


I - em se tratando de obras e serviços:
a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, mediante termo
detalhado, quando verificado o cumprimento das exigências de caráter técnico;
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente, mediante termo
detalhado que comprove o atendimento das exigências contratuais;
II - em se tratando de compras:
a) provisoriamente, de forma sumária, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, com
verificação posterior da conformidade do material com as exigências contratuais;
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente, mediante termo
detalhado que comprove o atendimento das exigências contratuais.

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Como se dará a ordem cronológica de pagamentos? Por data de emissão
de nota fiscal?

A respeito de fiscal de contratos, qual seria a quantidade de contratos


ideal por servidor?

O servidor pode negar, ser gestor ou fiscal, sendo que ele não pode
acompanhar tal execução?

A OS tem que ser atendida imediatamente .. eu estabeleço prazo?

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§ 1º O objeto do contrato poderá ser rejeitado, no todo ou em parte, quando estiver em desacordo com o
contrato.
§ 2º O recebimento provisório ou definitivo não excluirá a responsabilidade civil pela solidez e pela
segurança da obra ou serviço nem a responsabilidade ético-profissional pela perfeita execução do
contrato, nos limites estabelecidos pela lei ou pelo contrato.
§ 3º Os prazos e os métodos para a realização dos recebimentos provisório e definitivo serão definidos em
regulamento ou no contrato.
§ 4º Salvo disposição em contrário constante do edital ou de ato normativo, os ensaios, os testes e as demais
provas para aferição da boa execução do objeto do contrato exigidos por normas técnicas oficiais correrão por
conta do contratado.

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§ 5º Em se tratando de projeto de obra, o recebimento definitivo pela Administração não eximirá o projetista
ou o consultor da responsabilidade objetiva por todos os danos causados por falha de projeto.
§ 6º Em se tratando de obra, o recebimento definitivo pela Administração não eximirá o contratado, pelo
prazo mínimo de 5 (cinco) anos, admitida a previsão de prazo de garantia superior no edital e no contrato,
da responsabilidade objetiva pela solidez e pela segurança dos materiais e dos serviços executados e pela
funcionalidade da construção, da reforma, da recuperação ou da ampliação do bem imóvel, e, em caso de vício,
defeito ou incorreção identificados, o contratado ficará responsável pela reparação, pela correção, pela
reconstrução ou pela substituição necessárias.

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Art. 618. Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, o empreiteiro de materiais e
execução responderá, durante o prazo irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão dos
materiais, como do solo.
Parágrafo único. Decairá do direito assegurado neste artigo o dono da obra que não propuser a ação contra o empreiteiro, nos
cento e oitenta dias seguintes ao aparecimento do vício ou defeito.

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• Art. 15. Executado o contrato, total ou parcialmente, o seu objeto será recebido:
• I - provisoriamente, pelo Fiscal Técnico e, quando houver, pelo Fiscal Setorial, mediante
INSTRUÇÃO Termo de Recebimento Provisório (Anexo 5);
• II – definitivamente, pelo Gestor do Contrato, quando o valor do objeto for até o limite
DE SERVIÇO estabelecido em lei nacional para a modalidade de convite, ou por Comissão de Recebimento,
quando o valor do objeto for superior a esse montante, ambos mediante Termo de
Recebimento Definitivo (Anexo 6), após a verificação da qualidade e quantidade do bem
Nº 119/2018 entregue – e consequente aceitação – e o decurso do prazo de observação ou vistoria que
comprove a adequação do objeto aos termos contratuais, observado o art. 69 da Lei nº 8.666,
de 1993. (Redação dada pela Instrução de Serviço n. 123/2018)

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INSTRUÇÃO DE SERVIÇO Nº 119/2018
Art. 15
§ 1º Considera-se como recebimento provisório de bens, para os fins desta
instrução, a sua entrega no TCE/PR, em local previamente designado pela
Administração.
§ 2º O ato do recebimento provisório não implica, necessariamente, que haverá
aceitação pelo gestor ou pela comissão.
§ 3º Ocorrendo a não aceitação do bem, da obra ou do serviço, por qualquer
motivo, o Gestor do Contrato notificará a contratada para, no prazo de 5
(cinco) dias úteis do recebimento da notificação, proceder à regularização.
Art. 16. Poderá ser dispensado o recebimento provisório nos casos previstos no
artigo 74 da Lei nº 8.666/1993, observado o inciso II do artigo 15 dessa
Instrução.
Art. 17. O pagamento integral, ou de parcela do contrato, só poderá ocorrer
após o recebimento definitivo do bem, obra ou serviço, entregue ou prestado.
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Art. 141. No dever de pagamento pela Administração, será observada a ordem cronológica para cada fonte
diferenciada de recursos, subdividida nas seguintes categorias de contratos:
I - fornecimento de bens;
II - locações;
III - prestação de serviços;
IV - realização de obras.

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§ 1º A ordem cronológica referida no caput deste artigo poderá ser alterada, mediante prévia justificativa
da autoridade competente e posterior comunicação ao órgão de controle interno da Administração e ao
tribunal de contas competente, exclusivamente nas seguintes situações:
I - grave perturbação da ordem, situação de emergência ou calamidade pública;
II - pagamento a microempresa, empresa de pequeno porte, agricultor familiar, produtor rural pessoa física,
microempreendedor individual e sociedade cooperativa, desde que demonstrado o risco de descontinuidade do
cumprimento do objeto do contrato;

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III - pagamento de serviços necessários ao funcionamento dos sistemas estruturantes, desde que
demonstrado o risco de descontinuidade do cumprimento do objeto do contrato;
IV - pagamento de direitos oriundos de contratos em caso de falência, recuperação judicial ou dissolução
da empresa contratada;
V - pagamento de contrato cujo objeto seja imprescindível para assegurar a integridade do patrimônio público
ou para manter o funcionamento das atividades finalísticas do órgão ou entidade, quando demonstrado o risco
de descontinuidade da prestação de serviço público de relevância ou o cumprimento da missão institucional.

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§ 2º A inobservância imotivada da ordem cronológica referida no caput deste artigo ensejará a apuração
de responsabilidade do agente responsável, cabendo aos órgãos de controle a sua fiscalização.
§ 3º O órgão ou entidade deverá disponibilizar, mensalmente, em seção específica de acesso à informação em
seu sítio na internet, a ordem cronológica de seus pagamentos, bem como as justificativas que
fundamentarem a eventual alteração dessa ordem.

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Art. 142. Disposição expressa no edital ou no contrato poderá prever pagamento em conta vinculada ou
pagamento pela efetiva comprovação do fato gerador.
Parágrafo único. (VETADO).
Art. 143. No caso de controvérsia sobre a execução do objeto, quanto a dimensão, qualidade e quantidade, a
parcela incontroversa deverá ser liberada no prazo previsto para pagamento.
Art. 144. Na contratação de obras, fornecimentos e serviços, inclusive de engenharia, poderá ser estabelecida
remuneração variável vinculada ao desempenho do contratado, com base em metas, padrões de
qualidade, critérios de sustentabilidade ambiental e prazos de entrega definidos no edital de licitação e no
contrato.
§ 1º O pagamento poderá ser ajustado em base percentual sobre o valor economizado em determinada
despesa, quando o objeto do contrato visar à implantação de processo de racionalização, hipótese em que as
despesas correrão à conta dos mesmos créditos orçamentários, na forma de regulamentação específica.
§ 2º A utilização de remuneração variável será motivada e respeitará o limite orçamentário fixado pela
Administração para a contratação.

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Art. 145. Não será permitido pagamento antecipado, parcial ou total, relativo a parcelas contratuais vinculadas
ao fornecimento de bens, à execução de obras ou à prestação de serviços.
§ 1º A antecipação de pagamento somente será permitida se propiciar sensível economia de recursos ou se
representar condição indispensável para a obtenção do bem ou para a prestação do serviço, hipótese que
deverá ser previamente justificada no processo licitatório e expressamente prevista no edital de licitação
ou instrumento formal de contratação direta.
§ 2º A Administração poderá exigir a prestação de garantia adicional como condição para o pagamento
antecipado.
§ 3º Caso o objeto não seja executado no prazo contratual, o valor antecipado deverá ser devolvido.
Art. 146. No ato de liquidação da despesa, os serviços de contabilidade comunicarão aos órgãos da administração
tributária as características da despesa e os valores pagos, conforme o disposto no art. 63 da Lei nº 4.320, de 17
de março de 1964.

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Art. 151. Nas contratações regidas por esta Lei, poderão ser utilizados meios alternativos de prevenção e resolução
de controvérsias, notadamente a conciliação, a mediação, o comitê de resolução de disputas e a arbitragem.
Parágrafo único. Será aplicado o disposto no caput deste artigo às controvérsias relacionadas a direitos
patrimoniais disponíveis, como as questões relacionadas ao restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro
do contrato, ao inadimplemento de obrigações contratuais por quaisquer das partes e ao cálculo de
indenizações.
Art. 152. A arbitragem será sempre de direito e observará o princípio da publicidade.
Art. 153. Os contratos poderão ser aditados para permitir a adoção dos meios alternativos de resolução de
controvérsias.
Art. 154. O processo de escolha dos árbitros, dos colegiados arbitrais e dos comitês de resolução de disputas
observará critérios isonômicos, técnicos e transparentes.

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setor portuário, transporte rodoviário e ferroviário, o
Poder Executivo publicou o Decreto 10.025/2019

Lei de Concessões (Lei nº 8.987/95) e nas PPP’s –


Parcerias Público Privadas (Lei nº 11.079/94)

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DEVER DE APLICAR SANÇÃO?

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Sanções proporcionais e “firmes” (fortes)
- Acórdão TCU nº 265/2010 (Plenário)
- STJ, Recurso Especial nº 647.417/DF e 914.087/RJ

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Obrigação de aplicar sanção:

“d) não se encontra na esfera de disponibilidade do


gestor da Codevasf deixar de multar a contratada,
eis que lhe incumbe agir proativamente, respaldado no
ordenamento jurídico e nas previsões legais, editalícias
e contratuais que regem a avença com a recorrente,
não lhe sendo legítimo omitir-se nem renunciar às
prerrogativas conferidas à administração em situações
da espécie (precedentes: Acórdão 1262/2009 e
949/2010, ambos do Plenário)”; (Acórdão TCU nº
2.445/2012 – Plenário)

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DOCUMENTO CELEBRADO EM TEMPO DE PAZ,
PARA SER USADO EM TEMPOS DE GUERRA.
Luiz Eduardo Zanoto

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PROCESSO ADMINISTRATIVO EM RAZÃO
DO DESCUMPRIMENTO AO CONTRATO

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INSTRUÇÃO DE SERVIÇO Nº 121/2018

Art. 10
No exercício de suas funções, é dever de todo gestor e fiscal de
contrato comunicar formalmente a Área de Licitações e Contratos
da existência de indícios de irregularidade passíveis de aplicação
das penalidades previstas nesta norma em decorrência da execução
contratual, após tomadas as diligências prévias e notificada a
contratada.

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PASSO ZERO: APURAÇÃO PRELIMINAR

- Qual o fato punível?


- Identificação das cláusulas contratuais
desobedecidas;
- Quais as cláusulas sancionatórias incidentes ao
caso?
- (Administrador/ fiscal/gestor)

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INSTRUÇÃO DE SERVIÇO Nº 121/2018

Art. 13
O processo administrativo sancionatório se desenvolve nas
seguintes fases:
I - instauração;
II - instrução;
III - julgamento.
§ 1º O responsável pela aplicação da sanção deve autorizar a
instauração do processo.

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INSTRUÇÃO DE SERVIÇO Nº 121/2018

Art. 14. Compete ao Presidente do TCE-PR autorizar e determinar a


instauração de processo administrativo sancionatório, após tomadas
as diligências necessárias pela Área de Licitações e Contratos em
relação à tentativa de resolução da possível irregularidade
apontada, quando sanável, com a pessoa sujeita à sanção.
§ 1º O ato de instauração deve indicar os fatos em que se baseia e
as normas pertinentes à infração e à sanção aplicável.

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INSTRUÇÃO DE SERVIÇO Nº 121/2018

§ 2º Poderá ser indicado, excepcionalmente e com base em


despacho motivado, servidor efetivo para a condução do processo
sancionatório na fase de instrução, quando relativo à apuração dos
fatos descritos no art. 151 e nos incisos III e IV do art. 152 da Lei nº
Advertência

15.608, de 2007, caso em queArt. o 152.


atoA multa
de será
indicação será
aplicada, dentre outrosformalizado
motivos, a quem:
III - deixar de apresentar documento na fase de saneamento;
por portaria, art. 162, Lei nº 15.608, de 2007).
IV - descumprir obrigação contratual, inclusive por atraso
injustificado na execução do contrato.
§ 3º À exceção do caso descrito no § 2º deste artigo, fica
automaticamente atribuída à Comissão de Sanções Administrativas
a condução do processo sancionatório na fase de instrução.

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INSTRUÇÃO DE SERVIÇO Nº 121/2018

Art. 16. Na fase de instrução, a comissão, ou o servidor designado,


promoverá a tomada de depoimentos, investigações e diligências
cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando
necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a elucidação
dos fatos.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO

Configurado o descumprimento de obrigação contratual:

• PRIMEIRO PASSO:
• Notificar a contratada

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PROCESSO ADMINISTRATIVO

NA NOTIFICAÇÃO DEVE CONTER:


- informações essenciais do contrato
- quais as irregularidades apontadas (fatos)
- da infração, quais os itens descumpridos do edital
ou contrato
- informar a penalidade correspondente
- informa o prazo para apresentar defesa (05 dias,
prorrogáveis por mais 05 dias´)
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PROCESSO ADMINISTRATIVO

SEGUNDO PASSO
• Recebida a defesa, a Autoridade competente deverá
se manifestar, motivadamente, sobre o acolhimento
ou rejeição das razões apresentadas, concluindo
pela imposição ou não de penalidades.

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INSTRUÇÃO DE SERVIÇO Nº 121/2018
Art. 20. Apreciada a defesa, a comissão ou o servidor designado
elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais
dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a
sua convicção.
§ 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à
responsabilidade do indiciado.
§ 2º Reconhecida a responsabilidade da pessoa sujeita à sanção, a
comissão ou o servidor designado indicará o dispositivo legal ou
regulamentar transgredido, a pena e sua dosimetria sugerida, bem
como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

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INSTRUÇÃO DE SERVIÇO Nº 121/2018

Art. 21. Concluída a instrução processual, a parte será intimada


para apresentar razões finais, no prazo de 05 (cinco) dias úteis.
Art. 22. Transcorrido o prazo previsto no art. 21, a comissão ou o
servidor designado, dentro de 15 (quinze) dias, elaborará o
relatório final e remeterá os autos à Presidência para deliberação,
após o pronunciamento da Área Jurídica.

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INSTRUÇÃO DE SERVIÇO Nº 121/2018
Art. 23. Recebido o processo para julgamento, a autoridade
responsável descrita no art. 5º proferirá a decisão, que deverá
conter no mínimo a descrição sucinta dos fatos e, conforme o caso:
I - a fundamentação pelo acolhimento da defesa e arquivamento;
II - as normas, cláusulas contratuais ou editalícias definidoras da
infração e as sanções aplicadas;
III - as circunstâncias agravantes ou atenuantes na aplicação da
pena.
Art. 24. O Presidente do TCE-PR poderá declarar extinto o processo
quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar
impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente.
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PROCESSO ADMINISTRATIVO

• TERCEIRO PASSO
• Dar ciência à contratada da decisão
• Da decisão caberá recurso

• SE NÃO HOUVER RECURSO:


• Encaminha-se para ratificação.

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INSTRUÇÃO DE SERVIÇO Nº 121/2018
Art. 26. No caso de aplicação da penalidade de Declaração de
Inidoneidade, caberá Pedido de Reconsideração no prazo de 10
(dez) dias úteis (inciso III, art. 94, Lei Estadual nº 15.608, de 2007).
Art. 27. O Recurso Administrativo observará, no que couber, o
disposto na Seção VII, Capítulo I, Título VIII do Regimento Interno.
Art. 28. Após decisão definitiva na esfera administrativa, caberá à
Área de Licitações e Contratos a execução da sanção aplicada,
exceto quando essa atividade for atribuída a outra unidade, nos
termos do Regimento Interno, ou ao gestor ou fiscal do contrato.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO

SE HOUVER RECURSO
• Se a autoridade não reconsiderar, deverá
encaminhar para a autoridade superior
• SE MANTIDA A DECISÃO OU REFORMADA A DECISÃO
DAR CIÊNCIA A RECORRENTE

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PROCESSO ADMINISTRATIVO

QUARTO PASSO
• Informar ao cadastro sobre a penalidade imposta

QUINTO PASSO
Se a penalidade for multa, diligenciar a cobrança
Em caso de rescisão dar a devida publicidade

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Art. 28. Após decisão definitiva na esfera administrativa, caberá à Área de
Licitações e Contratos a execução da sanção aplicada, exceto quando essa
atividade for atribuída a outra unidade, nos termos do Regimento Interno, ou
ao gestor ou fiscal do contrato.

Quem executa?

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Art. 155. O licitante ou o contratado será responsabilizado administrativamente pelas seguintes infrações:
I - dar causa à inexecução parcial do contrato;
II - dar causa à inexecução parcial do contrato que cause grave dano à Administração, ao funcionamento
dos serviços públicos ou ao interesse coletivo;
III - dar causa à inexecução total do contrato;
(...)
VI - não celebrar o contrato ou não entregar a documentação exigida para a contratação, quando convocado
dentro do prazo de validade de sua proposta;
VII - ensejar o retardamento da execução ou da entrega do objeto da licitação sem motivo justificado;
(...)
IX - fraudar a licitação ou praticar ato fraudulento na execução do contrato;
X - comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude de qualquer natureza;
(...)
XII - praticar ato lesivo previsto no art. 5º da Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013.

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Art. 156. Serão aplicadas ao responsável pelas infrações
administrativas previstas nesta Lei as seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa;
III - impedimento de licitar e contratar;
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar.

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§ 2º A sanção prevista no inciso I (advertência) do caput deste artigo será aplicada exclusivamente pela
infração administrativa prevista no inciso I do caput do art. 155 desta Lei, quando não se justificar a imposição
de penalidade mais grave.

I - dar causa à inexecução parcial do contrato;

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§ 3º A sanção prevista no inciso II (multa) do caput deste artigo, calculada na forma do edital ou do contrato,
não poderá ser inferior a 0,5% (cinco décimos por cento) nem superior a 30% (trinta por cento) do valor
do contrato licitado ou celebrado com contratação direta e será aplicada ao responsável por qualquer das
infrações administrativas previstas no art. 155 desta Lei.

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§ 4º A sanção prevista no inciso III (impedimento de licitar e contratar) do caput deste artigo será aplicada ao
responsável pelas infrações administrativas previstas nos incisos II, III, IV, V, VI e VII do caput do art. 155 desta
Lei, quando não se justificar a imposição de penalidade mais grave, e impedirá o responsável de licitar ou
contratar no âmbito da Administração Pública direta e indireta do ente federativo que tiver aplicado a
sanção, pelo prazo máximo de 3 (três) anos.

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Art. 155. O licitante ou o contratado será responsabilizado administrativamente pelas seguintes infrações:
II - dar causa à inexecução parcial do contrato que cause grave dano à Administração, ao funcionamento
dos serviços públicos ou ao interesse coletivo;
III - dar causa à inexecução total do contrato;
(...)
VI - não celebrar o contrato ou não entregar a documentação exigida para a contratação, quando convocado
dentro do prazo de validade de sua proposta;
VII - ensejar o retardamento da execução ou da entrega do objeto da licitação sem motivo justificado;

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§ 5º A sanção prevista no inciso IV (declaração de inidoneidade) do caput deste artigo será aplicada ao
responsável pelas infrações administrativas previstas nos incisos VIII, IX, X, XI e XII do caput do art. 155 desta
Lei, bem como pelas infrações administrativas previstas nos incisos II, III, IV, V, VI e VII do caput do referido
artigo que justifiquem a imposição de penalidade mais grave que a sanção referida no § 4º deste artigo, e
impedirá o responsável de licitar ou contratar no âmbito da Administração Pública direta e indireta de todos os
entes federativos, pelo prazo mínimo de 3 (três) anos e máximo de 6 (seis) anos.

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Art. 155. O licitante ou o contratado será responsabilizado administrativamente pelas seguintes infrações:
IX - fraudar a licitação ou praticar ato fraudulento na execução do contrato;
X - comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude de qualquer natureza;
(...)
XII - praticar ato lesivo previsto no art. 5º da Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013.

48
§ 6º A sanção estabelecida no inciso IV (declaração de inidoneidade) do caput deste artigo será precedida
de análise jurídica e observará as seguintes regras:
I - quando aplicada por órgão do Poder Executivo, será de competência exclusiva de ministro de Estado,
de secretário estadual ou de secretário municipal e, quando aplicada por autarquia ou fundação, será
de competência exclusiva da autoridade máxima da entidade;
II - quando aplicada por órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, pelo Ministério Público e pela
Defensoria Pública no desempenho da função administrativa, será de competência exclusiva de
autoridade de nível hierárquico equivalente às autoridades referidas no inciso I deste parágrafo, na forma
de regulamento.

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§ 7º As sanções previstas nos incisos I, III e IV (advertência; impedimento de licitar e contratar; declaração
de inidoneidade para licitar ou contratar) do caput deste artigo poderão ser aplicadas cumulativamente
com a prevista no inciso II (multa) do caput deste artigo.
§ 8º Se a multa aplicada e as indenizações cabíveis forem superiores ao valor de pagamento
eventualmente devido pela Administração ao contratado, além da perda desse valor, a diferença será
descontada da garantia prestada ou será cobrada judicialmente.
§ 9º A aplicação das sanções previstas no caput deste artigo não exclui, em hipótese alguma, a obrigação de
reparação integral do dano causado à Administração Pública.

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Art. 157. Na aplicação da sanção prevista no inciso II do caput do art. 156 desta Lei (multa), será facultada a
defesa do interessado no prazo de 15 (quinze) dias úteis, contado da data de sua intimação.

51
Art. 158. A aplicação das sanções previstas nos incisos III e IV do caput do art. 156 desta Lei (III - impedimento
de licitar e contratar; declaração de inidoneidade para licitar ou contratar) requererá a instauração de
processo de responsabilização, a ser conduzido por comissão composta de 2 (dois) ou mais servidores
estáveis, que avaliará fatos e circunstâncias conhecidos e intimará o licitante ou o contratado para, no
prazo de 15 (quinze) dias úteis, contado da data de intimação, apresentar defesa escrita e especificar as
provas que pretenda produzir.
§ 1º Em órgão ou entidade da Administração Pública cujo quadro funcional não seja formado de
servidores estatutários, a comissão a que se refere o caput deste artigo será composta de 2 (dois) ou mais
empregados públicos pertencentes aos seus quadros permanentes, preferencialmente com, no mínimo, 3
(três) anos de tempo de serviço no órgão ou entidade.

52
§ 2º Na hipótese de deferimento de pedido de produção de novas provas ou de juntada de provas
julgadas indispensáveis pela comissão, o licitante ou o contratado poderá apresentar alegações finais no
prazo de 15 (quinze) dias úteis, contado da data da intimação.
§ 3º Serão indeferidas pela comissão, mediante decisão fundamentada, provas ilícitas, impertinentes,
desnecessárias, protelatórias ou intempestivas.
§ 4º A prescrição ocorrerá em 5 (cinco) anos, contados da ciência da infração pela Administração, e será:
I - interrompida pela instauração do processo de responsabilização a que se refere o caput deste artigo;
II - suspensa pela celebração de acordo de leniência previsto na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013;
III - suspensa por decisão judicial que inviabilize a conclusão da apuração administrativa.

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Art. 159. Os atos previstos como infrações administrativas nesta Lei ou em outras leis de licitações e contratos da
Administração Pública que também sejam tipificados como atos lesivos na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013,
serão apurados e julgados conjuntamente, nos mesmos autos, observados o rito procedimental e a autoridade
competente definidos na referida Lei.

Art. 160. A personalidade jurídica poderá ser desconsiderada sempre que utilizada com abuso do direito
para facilitar, encobrir ou dissimular a prática dos atos ilícitos previstos nesta Lei ou para provocar
confusão patrimonial, e, nesse caso, todos os efeitos das sanções aplicadas à pessoa jurídica serão estendidos
aos seus administradores e sócios com poderes de administração, a pessoa jurídica sucessora ou a
empresa do mesmo ramo com relação de coligação ou controle, de fato ou de direito, com o sancionado,
observados, em todos os casos, o contraditório, a ampla defesa e a obrigatoriedade de análise jurídica
prévia.

54
Art. 161. Os órgãos e entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todos os entes
federativos deverão, no prazo máximo 15 (quinze) dias úteis, contado da data de aplicação da sanção,
informar e manter atualizados os dados relativos às sanções por eles aplicadas, para fins de publicidade
no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (Ceis) e no Cadastro Nacional de Empresas
Punidas (Cnep), instituídos no âmbito do Poder Executivo federal.
Parágrafo único. Para fins de aplicação das sanções previstas nos incisos I, II, III e IV do caput do art. 156 desta
Lei, o Poder Executivo regulamentará a forma de cômputo e as consequências da soma de diversas sanções
aplicadas a uma mesma empresa e derivadas de contratos distintos.
Art. 162. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o contratado a multa de mora, na forma
prevista em edital ou em contrato.
Parágrafo único. A aplicação de multa de mora não impedirá que a Administração a converta em
compensatória e promova a extinção unilateral do contrato com a aplicação cumulada de outras sanções
previstas nesta Lei.

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Art. 163. É admitida a reabilitação do licitante ou contratado perante a própria autoridade que aplicou a
penalidade, exigidos, cumulativamente:
I - reparação integral do dano causado à Administração Pública;
II - pagamento da multa;
III - transcurso do prazo mínimo de 1 (um) ano da aplicação da penalidade, no caso de impedimento de
licitar e contratar, ou de 3 (três) anos da aplicação da penalidade, no caso de declaração de inidoneidade;
IV - cumprimento das condições de reabilitação definidas no ato punitivo;
V - análise jurídica prévia, com posicionamento conclusivo quanto ao cumprimento dos requisitos definidos neste
artigo.
Parágrafo único. A sanção pelas infrações previstas nos incisos VIII e XII do caput do art. 155 desta Lei exigirá,
como condição de reabilitação do licitante ou contratado, a implantação ou aperfeiçoamento de programa de
integridade pelo responsável.

56
Parágrafo único. A sanção pelas infrações previstas nos incisos VIII e XII do caput do art. 155 desta Lei exigirá,
como condição de reabilitação do licitante ou contratado, a implantação ou aperfeiçoamento de programa de
integridade pelo responsável.

XII - praticar ato lesivo previsto no art. 5º da Lei nº 12.846,


de 1º de agosto de 2013.

57
Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial,
decretar a invalidação de ato, CONTRATO, ajuste, processo ou norma
administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e
administrativas.

58
Art. 28 da LINDB

Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões


ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro.

59
Responsabilização do fiscal de
contratos

60
61
63
64
“Desde já ressaltamos que o TCU entende que o
parecerista deve responder quando a peça que
elaborou contenha fundamentação absurda,
desarrazoada ou claramente insuficiente e tenha
servido de fundamentação jurídica para a prática
do ato irregular.”

65
Lei nº 8.906/1994:
Art. 2º O advogado é indispensável à administração da
justiça. (...)
§ 3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável
por seus atos e manifestações, nos limites desta lei.

Art. 32. O advogado é responsável pelos atos que, no


exercício profissional, praticar com dolo ou culpa.

66
Lei nº 8.666/1993
Art. 38 O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de
processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e
numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta
de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão
juntados oportunamente. (...)
Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como as
dos Contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser
previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da
Administração.

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ACÓRDÃO Nº 2548/17 - Tribunal Pleno Denúncia. Município de Guaratuba. Termo de
Parceria nº 31/2010. Omissão no dever de prestar contas. Violação às exigências da Lei nº
9.790/99 e da Resolução nº 03/2006 do TCE/PR. Conversão em Tomada de Contas
Extraordinária. Contratação da OSCIP Instituto Ellos através de processo dispensa de
licitação. Ilegalidade. Seleção de OSCIP sem a realização de Concurso de Projetos.
Requisitos justificadores da dispensa não comprovados. Situação emergencial decorrente
de falta de planejamento da Administração. Ausência de justificativas de preço e de
escolha da entidade. Contratação direta indevida. Responsabilidade dos pareceristas.
Erro grosseiro. Ausência de documentos capazes de comprovar a boa utilização dos
valores repassados. Dever de comprovação dos responsáveis. Presunção de dano ao
erário. Precedentes. Pela irregularidade das contas. Imposição de multas, de
recolhimento integral de recursos e de multa proporcional ao dano. Responsabilidade
solidária dos responsáveis. Encaminhamento de cópias aos órgãos competentes.

68
ACÓRDÃO Nº 1526/16 - Primeira Câmara Tomada de
contas extraordinária. Contratação direta de empresa do
setor artístico com inexigibilidade de licitação.
Procedência parcial. Configurada irregularidade pela
ausência de justificativa do preço, nos termos do art. 26,
III, da Lei de Licitações. Responsabilização do Prefeito e
do parecerista jurídico, com aplicação de multa.

69
70
71
72
Patrocínio de contratação indevida
Art. 337-G. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração Pública, dando
causa à instauração de licitação ou à celebração de contrato cuja invalidação vier a ser decretada pelo
Poder Judiciário:
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa.

73
Modificação ou pagamento irregular em contrato administrativo
Art. 337-H. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou vantagem, inclusive prorrogação
contratual, em favor do contratado, durante a execução dos contratos celebrados com a Administração
Pública, sem autorização em lei, no edital da licitação ou nos respectivos instrumentos contratuais, ou,
ainda, pagar fatura com preterição da ordem cronológica de sua exigibilidade:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) anos a 8 (oito) anos, e multa.

74
Fraude em licitação ou contrato
Art. 337-L. Fraudar, em prejuízo da Administração Pública, licitação ou contrato dela decorrente, mediante:
I - entrega de mercadoria ou prestação de serviços com qualidade ou em quantidade diversas das previstas
no edital ou nos instrumentos contratuais;
II - fornecimento, como verdadeira ou perfeita, de mercadoria falsificada, deteriorada, inservível para
consumo ou com prazo de validade vencido;
III - entrega de uma mercadoria por outra;
IV - alteração da substância, qualidade ou quantidade da mercadoria ou do serviço fornecido;
V - qualquer meio fraudulento que torne injustamente mais onerosa para a Administração Pública a proposta
ou a execução do contrato:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) anos a 8 (oito) anos, e multa.

75
Contratação inidônea
Art. 337-M. Admitir à licitação empresa ou profissional declarado inidôneo:
Pena - reclusão, de 1 (um) ano a 3 (três) anos, e multa.
§ 1º Celebrar contrato com empresa ou profissional declarado inidôneo:
Pena - reclusão, de 3 (três) anos a 6 (seis) anos, e multa.
§ 2º Incide na mesma pena do caput deste artigo aquele que, declarado inidôneo, venha a participar de
licitação e, na mesma pena do § 1º deste artigo, aquele que, declarado inidôneo, venha a contratar com a
Administração Pública.

76
Impedimento indevido
Art. 337-N. Obstar, impedir ou dificultar injustamente a inscrição de qualquer interessado nos
registros cadastrais ou promover indevidamente a alteração, a suspensão ou o cancelamento de
registro do inscrito:
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

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ACÓRDÃO 2672/2016 – TCU – PLENÁRIO
Prefeitura Municipal de Silvanópolis - TO
(...)
30. Em linha com o posicionamento externado pelo Sr.
Auditor da Serur, entendo que os valores federais
utilizados paga pagamento do fiscal (R$ 14.500,00)
devem ser restituídos ao erário, pois os serviços
prestados pelo recorrente foram deficientes. Assim, nos
termos do art. 76 da Lei de Licitações e Contratos,
deveriam ser rejeitados por estarem em desacordo com o
contrato, pois, dentre outros motivos, a contratação do Sr.
Marcelo como responsável técnico pela fiscalização visava
exatamente evitar o pagamento de serviços não executados
ou com qualidade insatisfatória.

80
ACÓRDÃO 43/2015 – TCU – PLENÁRIO
(...)
23. Sob tais circunstâncias, o senso de diligência exigível a
um engenheiro fiscal de contrato, aqui considerado sob o
conceito de homo medius, impor-lhe-ia o dever de
conhecimento dos limites e regras para alterações
contratuais definidos no Estatuto de Licitações, e, por
conseguinte, a obrigação de notificar seus superiores sobre
a necessidade de realizar o necessário aditivo contratual, em
respeito à exigência estabelecida no caput do art. 60 da Lei
8.666/9

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ACÓRDÃO 13581/2016 – TCU – 2ª CÂMARA
(...)
Análise da unidade técnica: A tese defendida pelo responsável no
sentido da ausência de culpa não pode ser amplamente acolhida, pois o
fiscal do contrato deve assegurar que a obra ou o serviço seja realizado
conforme a especificação do projeto executivo. A jurisprudência desta
Corte demonstra a punição deste agente nos casos de ocorrência de
pagamento de serviços não executados, em quantidades superiores às
executadas e que não atendem aos padrões de qualidade especificados
nos projetos e normas técnicas. Ademais, o responsável assinou as
medições que deram suporte aos pagamentos de serviços que foram
condenados pela nova empresa contratada e, depois, pelos fiscais de
contrato que o sucederam.

82
Condutas reprováveis do
fiscal:
⚫A negligência de fiscal da Administração na
fiscalização de obra ou acompanhamento de
contrato atrai para si a responsabilidade
por eventuais danos que poderiam ter sido
evitados, bem como às penas previstas nos
arts. 57 e 58 da Lei n° 8.443/92. [Acórdão
859/2006 – TCU – Plenário]
83
83
Condutas reprováveis do
fiscal:
Ao atestar notas fiscais concernentes a
serviços comprovadamente não prestados,
o agente administrativo [...] tornou-se
responsável pelo dano sofrido pelo erário
e, consequentemente, assumiu a obrigação
de ressarci-lo [...] [Acórdão 2512/2009 – TCU
– Plenário]
84
84
O fiscal de contrato, antes de atestar os
serviços terceirizados, deve verificar se os
encargos trabalhistas foram pagos (entrega do
vale transportes, férias, pagamentos dos
salários em dia, dentre outros encargos
trabalhistas).
85
85
Responsabilização perante o Tribunal de
Contas que poderá :
- imputar débito ao responsável, referente ao
dano causado;
- cominar-lhe multa.

86
Ação de regresso contra o fiscal:
necessidade de atuação com dolo ou culpa.
Nessa perspectiva, o TCU:
...] Ao examinar a matéria, a unidade instrutiva
consignou que o DF não houvera
proporcionado à servidora responsável pela
fiscalização da avença condições adequadas
para o desempenho de tal função, ao mesmo
tempo em que sabia que eventual inexecução
do contrato seria de responsabilidade desse
executor técnico (Ac. TCU 839/2011-Plenário)

87
87
Fonte: https://diariodotransporte.com.br/2020/04/16/justica-determina-que-prefeitura-de-pindamonhangaba-calcule-reequilibrio-economico-de-empresa-frente-a-crise-da-covid-19/ 88

88
89
89
Ausência de estudo prévio capaz de
demonstrar maior economicidade e
eficiência da prestação do serviço de saúde
por meio de contrato em detrimento da
prestação do serviço de forma direta pela
Municipalidade

93
No caso do chamamento público nº 01/20XX, torna-se imperiosa a
apresentação pelo Município de XXXXXX de estudos técnicos capazes de
comprovar que a prestação de parte dos serviços de saúde da municipalidade
por meio de contrato é a opção mais vantajosa e econômica se comparada
com prestação direta do serviço pelo Município.
Ou seja, deve a municipalidade demonstrar por meio de estudo específico e
pormenorizado que o pagamento mensal no importe estimado de R$
804.145,08 (oitocentos e quatro mil, cento e quarenta e cinco reais e oito
centavos) a ser feito a uma contratada, além de mais eficiente, é mais
econômico se comparado ao custo da prestação do serviço feita de forma
direta pelo Município.

94
Ausência de planilha detalhada e
pormenorizada de composição do preço no
procedimento de contratação

Compete ao Município de XXXXXX apresentar planilha


orçamentária detalhada com os quantitativos e
respectivos custos que deram respaldo à formação do
preço máximo no importe de R$ 804.145,08
(oitocentos e quatro mil, cento e quarenta e cinco reais
e oito centavos)

95
Dimensionamento de custos com pessoal

• Previsão de despesas com INSS, FGTS, assim como outros valores


decorrentes das obrigações de convenções/acordos coletivos?
• Quantitativo de pessoal definido sem demonstração do critério?

96
97
Dimensionamento de custos com serviços
Médicos 02 diurnos e 02 R$ 189.600,00
(plantões) noturnos
Enfermeiros 03 diur e 03 R$ 93.090,60
(plantões) notur
Téc. Enfermagem 09 diur e 09 R$ 204.519,60
(plantões) noturn

TOTAL R$ 487.210,20
O custo total com plantões representa 60,59% do total
dos recursos repassados mensalmente (R$ 804.145,08)
98
Dimensionamento de custos com materiais

99
Como será estabelecido o
controle/fiscalização da
execução dos plantões?

101
Recursos Patrimoniais a serem cedidos

102
Recursos Patrimoniais a serem cedidos

• Itens não possuem descrição detalhada


(modelo/marca/valor aquisição)
• Valor total cedido de bens?

103
Depreciação
“13.4 Caso sua depreciação acumulada seja maior que 60% (sessenta por
cento) do seu valor original, o bem móvel depreciado em questão poderá ser
transferido à contratada de acordo com o interesse público, mediante
justificativa formal do dirigente máximo do Poder Público.
13.5 Para efeito de cálculo da depreciação a que se refere este artigo, serão
considerados os prazos estabelecidos na Instrução Normativa da Secretaria
Receita Federal - SRF que fixa prazo de vida útil e taxa de depreciação de
bens.”
• Qual critério pela definição do parâmetro de 60%?

104
Obrigações

• Parágrafo Primeiro - Constituem obrigações da


Contratante: 06 itens
• Parágrafo Segundo - Constituem obrigações da
Contratada: 46 itens
Algumas obrigações acarretam em custos que não são
mensurados pelo edital. Necessidade de mensurá-los
para que não haja prejuízo no futuro.

105
• EX: XXXV. A contratada deverá anualmente
realizar auditoria independente, relativa à
aplicação dos recursos objeto do contrato de
gestão, através de pessoa física ou jurídica
habilitada pelo Conselho Regional de
Contabilidade e comprovada experiência em
auditoria na área de saúde;
Uma auditoria independente tem um custo e
não está previsto.
• EX: XIV. Manter controle de riscos da atividade e
seguro de responsabilidade civil nos casos que
entender pertinentes;
• EX: XXIX. Fornecimento de seguro de vida individual
para os profissionais conforme estiver determinado
pela convenção coletiva de trabalho da categoria;
Não há previsão de custos com seguros

107
EX: XXVII. Fornecimento de treinamento para os
profissionais;
Não há previsão de custos com treinamentos

15.5. A execução do Contrato deverá ser realizada por


filial da contratada sediada no município de XXXXXX;
Filial física? Haverá custos.

108
Custos da administração central da OS:

- Os custos administrativos (rateio) também não foram previstos:

• Parágrafo Quinto. Para o cálculo do saldo remanescente, devem ser


deduzidos os valores referentes a todos os provisionamentos, inclusive
aqueles trabalhistas, obrigatoriamente previstos em lei, com os
devidos rendimentos decorrentes de aplicações financeiras destes
recursos.

Há previsão contratual com custos de rescisão dos trabalhadores.


Entretanto, não há esta previsão nos custos estimados.

109
Dimensionamento
de custos com
pessoal
111
112
113
114
115
116
117
Viu como é fácil?

118
Página na Internet:

www.tce.pr.gov.br

(41) 3350-1616

119

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