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R e p r e s e n ta ç ã o P o l i c i a l
e R e l at ó r i o
Policial Conclusivo
306
3 cm
Vocativo.
Contextualização
Pedido ou Conclusão
(Fundamentação legal)
2 cm
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1 Art. 10. § 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz
competente. (Código de Processo Penal)
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2 É mais comum que o titular da ação penal seja o Ministério Público. Entretanto, não podemos negar que
idêntico procedimento de remessa de autos seja aplicável quando o fato se refira a crime de ação penal
privada. Nesses termos, consoante a lei, o inquérito, com relatório final anexado, também é encaminhado
ao Poder Judiciário com o fito de aguardar a iniciativa processual do ofendido ou de seu representação
legal. Vejamos: Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão
remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal,
ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado. (Código de Processo Penal)
3 Vejamos, então, o que fala nossa legislação sobre isso: Art. 10. § 1o A autoridade fará minucioso
relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente. (Código de Processo Penal)
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4 No caso da Lei de Drogas é essencial que o candidato mencione, em um tópico distinto, sobre a
capitulação jurídica provisória dada ao fato, demonstrando conhecimento acerca do teor do artigo 52 da
Lei nº 11.343/2006. Vejamos o que diz o referido dispositivo: Art. 52. Findos os prazos a que se refere o
art. 51 desta Lei, a autoridade de polícia judiciária, remetendo os autos do inquérito ao juízo: I - relatará
sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à classificação do
delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as
condições em que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a
qualificação e os antecedentes do agente. (Lei nº 11.343/2006)
5 Artigo 10. § 2o No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas,
mencionando o lugar onde possam ser encontradas. (Código de Processo Penal).
6 Recorde-se que o Código de Processo Penal não trata de assunto da mesma forma que fazem outras
legislações mais específicas, como, por exemplo, o artigo 51 da Lei 11.343/2006. Na lei de drogas pode
haver dilação de prazo, mesmo que o réu esteja preso. Para o Código de Processo Penal, não pode
haver prorrogação, no caso de réu preso. Vejamos o que diz a lei adjetiva brasileira no seu artigo 10. § 3o:
Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a
devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.
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RELATÓRIO POLICIAL
Contextualização
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Questão Incidental
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CONCLUSÃO
Por derradeiro, encaminhamos os autos do presente inquérito policial a Vossa Excelência
com a constatação de que, salvo melhor juízo, não há infração penal a se punir.
Não concordando com o que fora mencionado acima, requeremos que volvam os
autos a esta Autoridade Policial, com a respectiva dilação de prazo por ________
dias, consoante teor do art. 10, § 3º, do Código de Processo Penal, com menção
pormenorizada das diligências investigatórias que devem ser realizadas para o
deslinde do presente feito.
É o relatório.
Local e Data
Delegado(a) de Polícia
RELATÓRIO POLICIAL
Meritíssimo(a) Juiz(íza),
Trata-se de Inquérito Policial de nº _______, instaurado mediante __(citar peça inicial
– Portaria ou Auto de Prisão em Flagrante), visando a averiguar as circunstâncias do
fato típico capitulado, em tese, no artigo _____ da Lei nº ________, perpetrado por
_____________________________ em desfavor de __________________________.
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DO INDICIAMENTO
Então, com fundamento em análise técnico-jurídica sobre tudo o que fora
mencionado acima, nos termos do art. 2º, § 6º, da Lei nº 12.830/2013, indiciamos o(a)
Sr(a) ______________________________ pela prática da conduta tipificada, em tese,
no artigo ________ da Lei nº ________________.
CONCLUSÃO
Em arremate, encaminham-se os presentes autos de inquérito policial a Vossa
Excelência, com fulcro no art. 10, § 1º, do Código de Processo Penal, com a
solicitação de dilação de prazo (nos termos do art. 10, § 3º, do CPP) para a realização
das diligências pendentes, dentre elas a oitiva da testemunha _______________,
a qual pode ser encontrada em _______________________.
É o relatório.
Local e Data
Delegado(a) de Polícia
P or mais que a autoridade policial não seja parte da ação penal que
futuramente será intentada em desfavor do investigado, a legislação
concede ao delegado a faculdade de provocar o Poder Judiciário no que
tange à decretação de algumas medidas essenciais à persecução penal.
Nessa senda, citamos as medidas cautelares pessoais, as assecuratórias e
as probatórias, as quais serão melhor esmiuçadas nos tópicos a seguir.
A lei confere essa atribuição ao delegado por acreditar que, sendo ele
a primeira autoridade jurídica a tomar pé dos fatos criminosos ocorridos,
poderá agir de forma mais eficaz e rápida (do ponto de vista da persecução
penal) até mesmo do que o próprio titular da ação penal.
É por meio de uma representação policial que o delegado de Polícia
incita a deliberação do magistrado sobre essas medidas, e não por meio
de um ofício. Isso precisa ficar claro, pois o candidato que optar por
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7 A doutrina diz que o parecer favorável do Ministério Público acerca da representação formulada pelo
delegado de polícia é suficiente para legitimar o Parquet a recorrer em caso de suposta denegação de tal
pleito. Curioso, então, é que, mesmo sem que tenha o pedido saído das mãos de um promotor, haveria a
possibilidade de recurso, com base somente em um parecer opinativo por ele exarado. Em outros termos,
é como se esse parecer se equiparasse a um requerimento dele acerca da mesma medida.
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8 Para exemplificar o que estamos a narrar, citamos o artigo 144, §4º, da Constituição Federal, o artigo
13, inciso IV, e o artigo 311, do Código de Processo Penal. Esses três dispositivos legitimam o delegado a
representar pela decretação da prisão preventiva. Não há nesses dispositivos enfoque direto nos requisitos
para a decretação da medida (requisitos de decretação), mas somente dados sobre quem seria legitimado
para requerê-la. Vejamos: Artigo 144. § 4º, da Constituição Federal: – às polícias civis, dirigidas por
delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia
judiciária e a apuração de infrações penais, exceto os militares. Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade
policial: IV – representar acerca da prisão preventiva. (Código de Processo Penal) Art. 311. Em qualquer
fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de
ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente,
ou por representação da autoridade policial. (Código de Processo Penal).
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