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Augusto Berol da Costa Stevaux

Tia- 32100000
4ºP

Inquérito Policial

Quando falamos em Inquérito policial, conseguimos perceber pelo próprio nome


que se trata de um processo de investigação, que obviamente são conduzidos
por uma autoridade policial, onde são compreendidas diversas diligências com
o objetivo de apontar a autoria e a materialidade. Isso é importante pois com isso
em casos de ação penal pública o Ministério Público poderá efetuar a denúncia
e em casos de ação penal privada, o ofendido poderá oferecer a queixa crime.

Falando de forma específica, o inquérito policial literalmente vai juntar


documentos, evidências, depoimentos e todas as informações importantes para
poder identificar os responsáveis pelo crime e também provas de que o crime
realmente aconteceu. Após a análise de todos os documentos, é feito um
relatório com todos os detalhes de informações que foram coletadas durante a
investigação.

O inquérito policial não é obrigatório para promover ação penal, mas é um


instrumento muito importante para o processo.

O § 5º do artigo 39º do Código de Processo Penal estabelece que o integrante


do Ministério Público dispensará o inquérito se, sem ele, já forem encontrados
elementos suficientes para a propositura da ação.

De acordo com a revista atualizada de Norberto Avena sobre processo penal, o


mesmo relata:

“ Possui natureza administrativa, na medida em que instaurado pela autoridade


policial. Tratando-se de um procedimento inquisitorial, destinado a angariar
informações necessárias à elucidação de crimes, não há ampla defesa no seu
curso. ” (Avena, Processo Penal, 15ª Edição, 2023, p. 135)
Com esse breve relato, conseguimos perceber que a natureza jurídica é de um
processo administrativo de um procedimento inquisitorial para obter
informações, e por esse motivo não é garantido a ampla defesa nesse momento,
apenas no decorrer do processo.

Podemos dizer que o inquérito policial seria um pré-processo, onde são juntados
todos os requisitos para serem oferecidos a queixa-crime ou a denúncia, e com
isso ele não servirá de prova durante o processo, apenas reunirá elementos de
prova para embasar um eventual processo criminal.

A partir do art. 4º do Código de processo penal, até o art. 23º dispõem sobre as
regras, requisitos, as formas como serão aplicadas cada etapa, o prazo, sobre
relatório a ser apresentado, o momento em que o inquérito deverá ser instaurado

O inquérito policial é atribuído em relação a competência e conforme o nosso


Código de Processo Penal Brasileiro, relata em nosso art. 4º:

“A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas


respectivas circunscrições e terá de pôr fim a apuração das infrações penais e
da sua autoria.

Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de


autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função. ”
(DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941, CÓDIGO DE
PROCESSO PENAL, ARTIGOº4).

O inquérito policial pode ser arquivado em algumas situações, e acontece


quando uma autoridade policial decide encerrar o procedimento sem oferecer
uma denúncia ou dar continuidade ao processo criminal, mas não significa
necessariamente o encerramento definitivo do caso. Ele poderá ser arquivado
em casos em que não houver provas suficientes, ou seja, durante a investigação,
não forem encontradas provas suficientes que indiquem a autoria ou
materialidade do crime; em casos que a situação ocorrida deixou de ser punível,
como por exemplo, se o crime prescreveu, se houve perdão do ofendido, se
ocorreu uma anistia, entre outros motivos previstos na legislação penal.; ou se a
atividade praticada não se configura como crime.
No momento que o inquérito policial é instaurado, deverá seguir alguns
princípios, que segundo Henrique Hoffmann Monteiro de Castro, autor e
coordenador da Juspodivm, professor e coordenador da Verbo Jurídico e
colunista do Conjur e da Rádio Justiça do STF, os princípios são:

“...princípios da legalidade (diante da prática de delito o inquérito é inevitável);


da verdade real; da oficialidade (a investigação é entregue a um órgão do
Estado, a polícia); do impulso oficial (ao delegado de polícia cumpre movimentar
o inquérito até seu termo); e da indisponibilidade do próprio inquérito. ”

(Henrique Hoffmann Monteiro de Castro: Missão da Polícia Judiciária é buscar a


verdade e garantir direitos fundamentais. Escola Superior de Polícia).

O Ministério Público desempenha um papel fundamental no controle externo da


atividade policial visando fiscalizar e garantir a legalidade, a eficiência e a
imparcialidade das atividades realizadas pela polícia.

No contexto do inquérito policial, o Ministério Público exerce o controle externo


por meio de diferentes mecanismos sendo o acompanhamento e supervisão que
se resume no poder e o dever de acompanhar a condução do inquérito policial
incluindo a análise dos procedimentos adotados pela polícia, a verificação da
legalidade das diligências realizadas, a fiscalização das garantias constitucionais
dos investigados e a avaliação da qualidade da investigação requisição de
diligências e perícias e análise do relatório final do inquérito e o controle externo
por meio do controle judicial.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Processo penal / Norberto Avena. – 15. ed. – Rio de Janeiro: Método, 2023.
Código de Processo Penal. Decreto lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del3689.htm.

Henrique Hoffmann Monteiro de Castro: Missão da Polícia Judiciária é buscar a


verdade e garantir direitos fundamentais. Escola Superior de Polícia.

https://www.jusbrasil.com.br/

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