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S I M U L A D O D E

JURISPRUDÊNCIAS
Questões inéditas
exclusivas do Método Tríade

agora você irá saber como é


cobrado nas provas
M É T O D O T R Í A D E
C O N C U R S O S
INFORMATIVOS Errado. Compete ao JUÍZO FEDERAL do endereço
do destinatário da droga, importada via
Correio, processar e julgar o crime de tráfico
internacional.

LEI DE DROGAS STJ. 3ª Seção. CC 177.882-PR, Rel. Min. Joel Ilan


Paciornik, julgado em 26/05/2021 (Info 698).
Gabarito: ERRADO
1- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
a seguir.
Para que se configure a lesão ao bem jurídico tutelado
3- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
pelo art. 34 da Lei nº 11.343/2006, a ação de possuir
a seguir.
maquinário e/ou objetos deve ter o especial fim de
É típica a conduta de importar pequena quantidade de
fabricar, preparar, produzir ou transformar drogas,
sementes de maconha
visando ao tráfico
Comentários do professor:
Comentários do professor:
Essa cai demais.
Certo. Não é possível que o agente responda pela
prática do crime do art. 34 da Lei 11.343/2006 ATIPICIDADE da importação de pequena
quando a posse dos instrumentos configura ato quantidade de sementes de maconha.
preparatório destinado ao consumo pessoal de
entorpecente. É ATÍPICA a conduta de importar pequena
quantidade de sementes de maconha.
Para que se configure a lesão ao bem jurídico
tutelado pelo art. 34 da Lei nº 11.343/2006, a ação STJ. 3ª Seção. EREsp 1.624.564-SP, Rel. Min.
de possuir maquinário e/ou objetos deve ter o Laurita Vaz, julgado em 14/10/2020 (Info 683).
especial fim de fabricar, preparar, produzir ou STF. 2ª Turma. HC 144161/SP, Rel. Min. Gilmar
transformar drogas, visando ao tráfico. Mendes, julgado em 11/9/2018 (Info 915)
Assim, ainda que o crime previsto no art. 34 da Lei Gabarito: ERRADO
nº 11.343/2006 possa subsistir de forma autônoma,
não é possível que o agente responda pela prática
do referido delito quando a posse dos instrumentos
se configura como ato preparatório destinado ao 4- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
consumo pessoal de entorpecente. As condutas a seguir.
previstas no art. 28 da Lei de Drogas recebem A conduta de transportar folhas de coca melhor se
tratamento legislativo mais brando, razão pela qual amolda, em tese e para a definição de competência, ao
não há respaldo legal para punir com maior rigor as tipo descrito no § 1°, I, do art. 33 da Lei no
ações que antecedem o próprio consumo pessoal 11.343/2006, que criminaliza o transporte de matéria-
do entorpecente. prima destinada à preparação de drogas.

STJ. 6ª Turma. RHC 135.617- PR, Rel. Min. Laurita Comentários do professor:
Vaz, julgado em 14/09/2021 (Info 709).
Perfeito.
Gabarito: CERTO
Transportar folhas de coca: crime do art. 33, § 1°, I,
da Lei no 11.343/2006

2- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item A conduta de transportar folhas de coca melhor se
a seguir. amolda, em tese e para a definição de competência,
Compete ao Juízo Estadual do endereço do ao tipo descrito no § 1°, I, do art. 33 da Lei no
destinatário da droga, importada via Correio, processar 11.343/2006, que criminaliza o transporte de
e julgar o crime de tráfico internacional. matéria-prima destinada à preparação de drogas.
Comentários do professor:
Caso concreto: o agente foi preso com 4,4 kg de
folhas de coca, adquiridas na Bolívia, tendo a Gabarito: ERRADO
substância sido encontrada no estepe do veículo.
As folhas seriam transportadas até Uberlândia/MG
para rituais de mascar, fazer infusão de chá e até

LEI MARIA DA PENHA


mesmo bolo, rituais esses associados à prática
religiosa indígena de Instituto ao qual pertenceria o
acusado. A folha de coca não é considerada droga;
porém pode ser classificada como matéria-prima
ou insumo para sua fabricação. 6- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
a seguir.
STJ. 3a Seção. CC 172.464-MS, Rel. Min. Reynaldo Se a mulher vítima de crime de ação pública
Soares da Fonseca, julgado em 10/06/2020 (Info condicionada comparece ao cartório da vara e
673) manifesta interesse em se retratar da representação,
ainda assim o juiz deverá designar audiência para que
Gabarito: CERTO ela confirme essa intenção e seja ouvido o MP, nos
termos do art. 16
Comentários do professor:
5- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
a seguir. Certo. Se a mulher vítima de crime de ação pública
O cometimento do crime do art. 28 da Lei de Drogas condicionada comparece ao cartório da vara e
deve receber o mesmo tratamento que crime, para fins manifesta interesse em se retratar da
de revogação facultativa da suspensão condicional do representação, ainda assim o juiz deverá designar
processo. audiência para que ela confirme essa intenção e
seja ouvido o MP, nos termos do art. 16
Comentários do professor:
A Lei Maria da Penha autoriza, em seu art. 16, que,
Errado. O cometimento do crime do art. 28 da Lei
se o crime for de ação pública condicionada (ex:
de Drogas deve receber o mesmo tratamento que a
ameaça), a vítima possa se retratar da
CONTRAVENÇÃO PENAL, para fins de revogação
representação que havia oferecido, desde que faça
facultativa da suspensão condicional do processo.
isso em audiência especialmente designada, ouvido
o MP. Veja: Art. 16. Nas ações penais públicas
A suspensão será obrigatoriamente revogada se, no
condicionadas à representação da ofendida de que
curso do prazo o beneficiário vier a ser processado
trata esta Lei, só será admitida a renúncia à
por outro crime (art. 89, § 3º da Lei nº 9.099/95).
representação perante o juiz, em audiência
Trata-se de causa de revogação obrigatória. Por
especialmente designada com tal finalidade, antes
outro lado, a suspensão poderá ser revogada pelo
do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério
juiz se o acusado vier a ser processado, no curso do
Público. Não atende ao disposto neste art. 16 a
prazo, por contravenção (art. 89, § 4º). Tratase de
retratação da suposta ofendida ocorrida em
causa de revogação facultativa. O processamento
cartório de Vara, sem a designação de audiência
do réu pela prática da conduta descrita no art. 28
específica necessária para a confirmação do ato. Em
da Lei de Drogas no curso do período de prova deve
outras palavras, se a vítima comparece ao cartório
ser considerado como causa de revogação
e manifesta interesse em se retratar, ainda assim o
FACULTATIVA da suspensão condicional do
juiz deverá designar a audiência para ouvir a
processo. A contravenção penal tem efeitos
ofendida e o MP, não podendo rejeitar a denúncia
primários mais deletérios que o crime do art. 28 da
sem cumprir esse procedimento.
Lei de Drogas. Assim, mostra-se desproporcional
que o mero processamento do réu pela prática do
STJ. 5ª Turma. HC 138.143-MG, Rel. Min. Ribeiro
crime previsto no art. 28 da Lei nº 11.343/2006
Dantas, julgado em 03/09/2019 (Info 656).
torne obrigatória a revogação da suspensão
condicional do processo, enquanto o
Gabarito: CERTO
processamento por contravenção penal ocasione a
revogação facultativa.

STJ. 5ª Turma. REsp 1.795.962-SP, Rel. Min. Ribeiro 7- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
Dantas, julgado em 10/03/2020 (Info 668) a seguir.
A medida de afastamento do local de trabalho, prevista Decisão que fixa alimentos em razão da prática de
no art. 9º, § 2º, da Lei é de competência do Juiz da Vara violência doméstica não pode ser executada sob o rito
de Violência Doméstica, sendo caso de interrupção do da prisão civil, sob pena de violação da separação dos
contrato de trabalho, devendo a empresa arcar com os poderes.
15 primeiros dias e o INSS com o restante
Comentários do professor: Comentários do professor:

Perfeito. Errado, pode sim, Decisão que fixa alimentos em


razão da prática de violência doméstica pode ser
A medida de afastamento do local de trabalho, executada sob o rito da prisão civil
prevista no art. 9º, § 2º, da Lei é de competência do
Juiz da Vara de Violência Doméstica, sendo caso de A decisão proferida em processo penal que fixa
interrupção do contrato de trabalho, devendo a alimentos provisórios ou provisionais em favor da
empresa arcar com os 15 primeiros dias e o INSS companheira e da filha, em razão da prática de
com o restante violência doméstica, constitui título hábil para
imediata cobrança e, em caso de inadimplemento,
O art. 9º, § 2º da Lei Maria da Penha prevê que: passível de decretação de prisão civil.

O juiz assegurará à mulher em situação de violência STJ. 3ª Turma. RHC 100.446-MG, Rel. Min. Marco
doméstica e familiar, para preservar sua Aurélio Bellizze, julgado em 27/11/2018 (Info
integridade física e psicológica, manutenção do 640).
vínculo trabalhista, quando necessário o
afastamento do local de trabalho, por até seis Gabarito: ERRADO
meses. A competência para determinar essa
medida é do Juiz da Vara de Violência Doméstica ou
do Juiz do Trabalho? Juiz da Vara de Violência
9- De acordo com entendimento sumulado do STJ,
Doméstica. O juiz da vara especializada em
julgue o item a seguir.
Violência Doméstica (ou, caso não haja na
localidade, o juízo criminal) tem competência para Para a configuração da violência doméstica e familiar
apreciar pedido de imposição de medida protetiva prevista no artigo 5º da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria
de manutenção de vínculo trabalhista, por até seis da Penha) se exige a coabitação entre autor e vítima.
meses, em razão de afastamento do trabalho de Comentários do professor:
ofendida decorrente de violência doméstica e
familiar. Isso porque o motivo do afastamento não Errado.
advém da relação de trabalho, mas sim da situação
emergencial que visa garantir a integridade física, Dispensabilidade de coabitação entre autor e
psicológica e patrimonial da mulher. Qual é a vítima
natureza jurídica desse afastamento? Sobre quem
recai o ônus do pagamento? A natureza jurídica do Súmula 600-STJ: Para a configuração da violência
afastamento por até seis meses em razão de doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei nº
violência doméstica e familiar é de interrupção do 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) NÃO SE EXIGE a
contrato de trabalho, incidindo, analogicamente, o coabitação entre autor e vítima. STJ. 3ª Seção.
auxílio-doença, devendo a empresa se Aprovada em 22/11/2017, DJe 27/11/2017.
responsabilizar pelo pagamento dos quinze
primeiros dias, ficando o restante do período a Gabarito: ERRADO
cargo do INSS.

STJ. 6ª Turma. REsp 1.757.775-SP, Rel. Min.


Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/08/2019 (Info 10- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
655). a seguir.
Lesão corporal resultante de violência doméstica
Gabarito: CERTO contra a mulher é crime de ação pública condicionada
à representação.
8- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
a seguir. Comentários do professor:
Errado. 12- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
a seguir.
A ação penal nos crimes de lesão corporal leve Não se aplica o princípio da insignificância aos delitos
cometidos em detrimento da mulher, no âmbito praticados em violência doméstica
doméstico e familiar, é pública INCONDICIONADA. Comentários do professor:
STJ. 3ª Seção. Pet 11.805-DF, Rel. Min. Rogerio Certo. Não se aplica o princípio da insignificância
Schietti Cruz, julgado em 10/5/2017 aos delitos praticados em situação de violência
(recursorepetitivo) (Info 604). doméstica.
Súmula 542-STJ: A ação penal relativa ao crime de Os delitos praticados com violência contra a
lesão corporal resultante de violência mulher, devido à expressiva ofensividade,
domésticacontra a mulher é pública periculosidade social, reprovabilidade do
incondicionada. comportamento e lesão jurídica causada, perdem a
característica da bagatela e devem submeter-se ao
Gabarito: ERRADO direito penal. O STJ e o STF não admitem a aplicação
dos princípios da insignificância e da bagatela
imprópria aos crimes e contravenções praticados
11- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item com violência ou grave ameaça contra a mulher, no
a seguir. âmbito das relações domésticas, dada a relevância
Apesar de haver decisões em sentido contrário, penal da conduta. Vale ressaltar que o fato de o
prevalece o entendimento de que a hipossuficiência e casal ter se reconciliado não significa atipicidade
material da conduta ou desnecessidade de pena.
a vulnerabilidade, necessárias à caracterização da
violência doméstica e familiar contra a mulher, são
STJ. 5ª Turma. HC 333.195/MS, Rel. Min. Ribeiro
presumidas pela Lei nº 11.340/2006
Dantas, julgado em 12/04/2016. STJ. 6ª Turma.
AgRg no HC 318.849/MS, Rel. Min. Sebastião Reis
Comentários do professor: Júnior, julgado em 27/10/2015. STF. 2ª Turma.
RHC 133043/MT, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado
Presunção legal da hipossuficiência da mulher em 10/5/2016 (Info 825).
vítima de violência doméstica
Gabarito: CERTO
Apesar de haver decisões em sentido contrário,
prevalece o entendimento de que a
hipossuficiência e a vulnerabilidade, necessárias à
caracterização da violência doméstica e familiar ESTATUTO DO
contra a mulher, são presumidas pela Lei nº
11.340/2006. A mulher possui na Lei Maria da
Penha uma proteção decorrente de direito
DESARMAMENTO
convencional de proteção ao gênero (tratados
internacionais), que o Brasil incorporou em seu 13- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
ordenamento, proteção essa que não depende da a seguir.
demonstração de concreta fragilidade, física, A apreensão de ínfima quantidade de munição
emocional ou financeira. desacompanhada da arma de fogo implica, por si só, a
atipicidade da conduta.
Ex: agressão feita por um homem contra a sua
namorada, uma Procuradora da AGU, que possuía Comentários do professor:
autonomia financeira e ganhava mais que ele.
Errado. A apreensão de ínfima quantidade de
STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 620.058/DF, Rel. munição desacompanhada da arma de fogo NÃO
Min. Jorge Mussi, julgado em 14/03/2017. STJ. 6ª IMPLICA, por si só, a ATIPICIDADE da conduta.
Turma. AgRg no RHC 74.107/SP, Rel. Min. Nefi
Cordeiro, julgado em 15/09/2016. O simples fato de os cartuchos apreendidos
estarem desacompanhados da respectiva arma de
Gabarito: CERTO fogo não implica, por si só, a atipicidade da
conduta, de maneira que as peculiaridades do caso
concreto devem ser analisadas a fim de se aferir: STJ. 6a Turma. AgRg no AREsp 885.281-ES, Rel.
Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em
a) a mínima ofensividade da conduta do agente; 28/04/2020 (Info 671).

b) a ausência de periculosidade social da ação; Gabarito: CERTO

c) o reduzido grau de reprovabilidade do


comportamento; e
15- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
a seguir.
d) a inexpressividade da lesão jurídica provocada.
No caso concreto, embora o réu tenha sido preso Portar granada de gás lacrimogêneo ou de pimenta
com apenas uma munição de uso restrito, configura crime do Estatuto do Desarmamento,
desacompanhada de arma de fogo, ele foi também previsto como porte ilegal de arma de fogo de uso
condenado pela prática dos crimes descritos nos restrito.
arts. 33 e 35, da Lei nº 11.343/2006 (tráfico de Comentários do professor:
drogas e associação para o tráfico), o que afasta o
reconhecimento da atipicidade da conduta, por não Errado. Portar granada de gás lacrimogêneo ou de
estarem demonstradas a mínima ofensividade da pimenta não configura crime do Estatuto do
ação e a ausência de periculosidade social exigidas Desarmamento
para tal finalidade.
A conduta de portar granada de gás lacrimogêneo
STJ. 3ª Seção. EREsp 1.856.980-SC, Rel. Min. Joel ou granada de gás de pimenta não se subsome
Ilan Paciornik, julgado em 22/09/2021 (Info 710). (amolda) ao delito previsto no art. 16, parágrafo
único, III, da Lei nº 10.826/2003.Isso porque elas
Gabarito: ERRADO não se enquadram no conceito de artefatos
explosivos.

14- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item STJ. 6ª Turma. REsp 1627028/SP, Rel. Min. Maria
a seguir. Thereza de Assis Moura, julgado em 21/02/2017
Caracteriza ilícito penal o porte ilegal de arma de fogo (Info 599).
(art. 14 da Lei n. 10.826/2003) ou de arma de fogo de
Gabarito: ERRADO
uso restrito (art. 16 da Lei 10.826/2003) com registro
de cautela vencido
16- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
Comentários do professor:
a seguir.
Delegado de Polícia que mantém arma em sua casa
Certo. Caracteriza ilícito penal o porte ilegal de
arma de fogo (art. 14 da Lei n. 10.826/2003) ou de sem registro no órgão competente pratica crime de
arma de fogo de uso restrito (art. 16 da Lei posse irregular de arma de fogo
10.826/2003) com registro de cautela vencido Comentários do professor:

A Corte Especial do STJ decidiu que, uma vez Certo. Delegado de Polícia que mantém arma em
realizado o registro da arma, o vencimento da sua casa sem registro no órgão competente pratica
autorização não caracteriza ilícito penal, mas mera crime de posse irregular de arma de fogo
irregularidade administrativa que autoriza a
apreensão do artefato e aplicação de multa (APn n. É típica e antijurídica a conduta de policial civil que,
686/AP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Corte mesmo autorizado a portar ou possuir arma de
Especial, DJe de 29/10/2015). Tal entendimento, fogo, não observa as imposições legais previstas no
todavia, é restrito ao delito de posse ilegal de arma Estatuto do Desarmamento, que impõem registro
de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei no das armas no órgão competente. STJ. 6ª Turma.
10.826/2003), não se aplicando ao crime de porte RHC 70.141-RJ, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz,
ilegal de arma de fogo (art. 14), muito menos ao julgado em 7/2/2017 (Info 597).
delito de porte ilegal de arma de fogo de uso
restrito (art. 16), cujas elementares são diversas e a Gabarito: CERTO
reprovabilidade mais intensa.
LEI DE CRIMES AMBIENTAIS
Comentários do professor:

Errado. Assinatura de TAC não impede processo


penal
17- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
a seguir. A assinatura do termo de ajustamento de conduta
Se a ré pratica o crime de poluição qualificada e não com órgão ambiental não impede a instauração de
toma providências para reparar o dano, entende-se ação penal. Isso porque vigora em nosso
que continua praticando ato ilícito em virtude da sua ordenamento jurídico o princípio da independência
omissão, devendo, portanto, ser considerado que se das instâncias penal e administrativa.
trata de crime permanente.
STJ. Corte Especial. APn 888- DF, Rel. Min. Nancy
Comentários do professor: Andrighi, julgado em 02/05/2018 (Info 625).

Perfeito. Vamos entender. Gabarito: ERRADO

Se a ré pratica o crime de poluição qualificada e não


toma providências para reparar o dano, entende-se
que continua praticando ato ilícito em virtude da 19- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
sua omissão, devendo, portanto, ser considerado a seguir.
que se trata de crime permanente. É possível aplicar o princípio da insignificância no caso
de pesca de um único peixe que é devolvido, ainda
Os delitos previstos no: - Art. 54, § 2º, I, II, III e IV e vivo, ao rio em que foi pescado.
§ 3º e - Art. 56, § 1º, I e II, - Cumulados com a causa Comentários do professor:
de aumento de pena do art. 58, I, da Lei nº
9.605/98, ... que se resumem na ação de causar Certo!! pesca de um único peixe que é devolvido,
poluição ambiental que provoque danos à ainda vivo, ao rio em que foi pescado: princípio da
população e ao próprio ambiente, em desacordo insignificância
com as exigências estabelecidas na legislação de
proteção, e na omissão em adotar medidas de Não se configura o crime previsto no art. 34 da Lei
precaução nos casos de risco de dano grave ou nº 9.605/98 na hipótese em que há a devolução do
irreversível ao ecossistema, ... são crimes de único peixe – ainda vivo – ao rio em que foi
natureza permanente, para fins de aferição da pescado.
prescrição.
STJ. 6ª Turma. REsp 1.409.051-SC, Rel. Min. Nefi
CASO CONCRETO: a empresa ré armazenou Cordeiro, julgado em 20/4/2017 (Info 602).
inadequadamente causando grave poluição da área
degradada, sendo que, até o momento de prolação Gabarito: CERTO
do julgado, não havia tomado providências para
reparar o dano, caracterizando a continuidade da
prática infracional. Desse modo, constata-se que o 20- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
crime de poluição qualificada é permanente, ainda a seguir.
que por omissão da ré, que foi prontamente O crime de Impedir ou dificultar a regeneração natural
notificada a reparar o dano causado, mas não o fez. de florestas e demais formas de vegetação exige que a
área seja de preservação permanente.
STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1.847.097-PA, Rel.
Comentários do professor:
Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 05/03/2020
(Info 667).
Errado. A tipificação da conduta descrita no art. 48
da Lei 9.605/98 PRESCINDE (dispensa) de a área ser
Gabarito: CERTO
de preservação permanente. Isso porque o referido
tipo penal descreve como conduta criminosa o
simples fato de "impedir ou dificultar a regeneração
18- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item natural de florestas e demais formas de vegetação".
a seguir.
A assinatura do termo de ajustamento de conduta com STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1.498.059-RS, Rel.
órgão ambiental impede a instauração de ação penal Min. Leopoldo de Arruda Raposo (Desembargador
Convocado do TJ/PE), julgado em 17/9/2015 (Info STJ. 5ª Turma. HC 383.090/SP, Rel. Min. Joel Ilan
570). Paciornik, julgado em 21/03/2017. STJ. 6ª Turma.
RHC 76.642/RN, Rel. Min. Maria Thereza de Assis
Gabarito: ERRADO Moura, julgado em 11/10/2016.

Gabarito: ERRADO
21- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
a seguir.
É possível a responsabilização penal da pessoa jurídica
por delitos ambientais independentemente da
responsabilização concomitante da pessoa física que
CRIMES NO ECA
agia em seu nome.
23- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
Comentários do professor:
a seguir.
Responsabilidade penal da pessoa jurídica e É válida a extinção de medida socioeducativa de
abandono da dupla imputação internação quando o juízo da execução, ante a
superveniência de processo-crime após a maioridade
Certo, é possível a responsabilização penal da penal, entende que não restam objetivos pedagógicos
pessoa jurídica por delitos ambientais em sua execução.
independentemente da responsabilização Comentários do professor:
concomitante da pessoa física que agia em seu
nome. A jurisprudência não mais adota a chamada Certo. É válida a extinção de medida socioeducativa
teoria da "dupla imputação". de internação quando o juízo da execução, ante a
superveniência de processo-crime após a
STJ. 6ª Turma. RMS 39.173-BA, Rel. Min. Reynaldo maioridade penal, entende que não restam
Soares da Fonseca, julgado em 6/8/2015 (Info objetivos pedagógicos em sua execução.
566). STF. 1ª Turma. RE 548181/PR, Rel. Min. Rosa
Weber, julgado em 6/8/2013 (Info 714). Exemplo: Adriano, de 20 anos, foi sentenciado a
cumprir medida socioeducativa de internação em
Gabarito: CERTO virtude de ato infracional praticado quando ele era
adolescente. A sentença transitou em julgado.
Ocorre que o juízo da vara de infância e juventude
LEI DE CRIMES HEDIONDOS constatou que Adriano encontra-se preso em razão
de crime de roubo cometido quando ele já era
adulto. Diante disso, o juízo da vara infracional
22- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item extinguiu a execução da medida socioeducativa
afirmando que, tendo em vista a sua idade e o seu
a seguir.
perfil pessoal agravado, não restam objetivos
É obrigatório o regime inicial fechado para os
pedagógicos no cumprimento da internação. O STJ
condenados por crimes hediondos e equiparados
afirmou que a decisão foi acertada.
Comentários do professor:

Errado, não é obrigatório. O Plenário do STF, ao O art. 46, § 1º da Lei nº 12.594/2012 (Lei do SINASE)
julgar o HC 111.840/ES, declarou incidentalmente a prevê a seguinte faculdade para o julgador: Art. 46
inconstitucionalidade do § 1º, do art. 2º, da Lei nº (...) § 1º No caso de o maior de 18 (dezoito) anos,
8.072/90, com a redação que lhe foi dada pela Lei em cumprimento de medida socioeducativa,
nº 11.464/2007, afastando, dessa forma, a responder a processo-crime, caberá à autoridade
obrigatoriedade do regime inicial fechado para os judiciária decidir sobre eventual extinção da
condenados por crimes hediondos e equiparados, execução, cientificando da decisão o juízo criminal
incluído aqui o crime de tortura. Dessa forma, não competente.
é obrigatório que o condenado por crime de tortura
inicie o cumprimento da pena no regime prisional STJ. 6ª Turma. HC 551.319-RS, Rel. Min. Nefi
fechado. Cordeiro, julgado em 12/05/2020 (Info 672).
RACISMO
Gabarito: CERTO

24- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item


a seguir.
25- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
O delito do art. 240 do ECA é classificado como crime
a seguir.
material, comum, de subjetividade passiva própria,
A Lei nº 7.716/89 pode ser aplicada para punir as
consistente em tipo misto alternativo.
condutas homofóbicas e transfóbicas.
Comentários do professor:
Comentários do professor:
Errado. O delito do art. 240 do ECA é classificado
Essa vai despencar em provas.
como crime FORMAL, comum, de subjetividade
passiva própria, consistente em tipo misto
Certo. A Lei nº 7.716/89 pode ser aplicada para
alternativo
punir as condutas homofóbicas e transfóbicas
Vejamos:
Vamos aprofundar?
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar,
1. Até que sobrevenha lei emanada do Congresso
filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo
Nacional destinada a implementar os mandados de
explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou
criminalização definidos nos incisos XLI e XLII do art.
adolescente: (...) • Crime formal (consumação
5º da Constituição da República, as condutas
antecipada): o delito se consuma
homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas, que
independentemente da ocorrência de um resultado
envolvem aversão odiosa à orientação sexual ou à
naturalístico.
identidade de gênero de alguém, por traduzirem
expressões de racismo, compreendido este em sua
Assim, a ocorrência de efetivo abalo psíquico e
dimensão social, ajustam-se, por identidade de
moral sofrido pela criança ou adolescente é mero
razão e mediante adequação típica, aos preceitos
exaurimento do crime, sendo irrelevante para a sua
primários de incriminação definidos na Lei nº 7.716,
consumação. De igual forma, se forem filmadas
de 08.01.1989, constituindo, também, na hipótese
mais de uma criança ou adolescente, no mesmo
de homicídio doloso, circunstância que o qualifica,
contexto fático, haverá crime único.
por configurar motivo torpe (Código Penal, art. 121,
§ 2º, I, “in fine”);
• Crime comum: o sujeito ativo pode ser qualquer
pessoa.
2. A repressão penal à prática da homotransfobia
não alcança nem restringe ou limita o exercício da
• Crime de subjetividade passiva própria: exige-se
liberdade religiosa, qualquer que seja a
uma condição especial da vítima (no caso, exige-se
denominação confessional professada, a cujos fiéis
que a vítima seja criança ou adolescente).
e ministros (sacerdotes, pastores, rabinos, mulás ou
clérigos muçulmanos e líderes ou celebrantes das
• Tipo misto alternativo: o legislador descreveu
religiões afro-brasileiras, entre outros) é
duas ou mais condutas (verbos). No entanto, se o
assegurado o direito de pregar e de divulgar,
sujeito praticar mais de um verbo, no mesmo
livremente, pela palavra, pela imagem ou por
contexto fático e contra o mesmo objeto material,
qualquer outro meio, o seu pensamento e de
responderá por um único crime, não havendo
externar suas convicções de acordo com o que se
concurso de crimes nesse caso.
contiver em seus livros e códigos sagrados, bem
assim o de ensinar segundo sua orientação
Logo, se o agente fotografou e filmou o ato sexual,
doutrinária e/ou teológica, podendo buscar e
no mesmo contexto fático, haverá crime único.
conquistar prosélitos e praticar os atos de culto e
respectiva liturgia, independentemente do espaço,
STJ. 5ª Turma. PExt no HC 438.080-MG, Rel. Min.
público ou privado, de sua atuação individual ou
Ribeiro Dantas, julgado em 27/08/2019 (Info 655).
coletiva, desde que tais manifestações não
configurem discurso de ódio, assim entendidas
Gabarito: ERRADO
aquelas exteriorizações que incitem a
discriminação, a hostilidade ou a violência contra
pessoas em razão de sua orientação sexual ou de
sua identidade de gênero; 3. O conceito de racismo,
LEI DE CONTRAVENÇÕES
compreendido em sua dimensão social, projeta-se
para além de aspectos estritamente biológicos ou
fenotípicos, pois resulta, enquanto manifestação de
poder, de uma construção de índole histórico-
cultural motivada pelo objetivo de justificar a
PENAIS
desigualdade e destinada ao controle ideológico, à
dominação política, à subjugação social e à negação 27- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
da alteridade, da dignidade e da humanidade
a seguir.
daqueles que, por integrarem grupo vulnerável
O porte de arma branca é conduta que permanece
(LGBTI+) e por não pertencerem ao estamento que
detém posição de hegemonia em uma dada típica na Lei das Contravenções Penais.
estrutura social, são considerados estranhos e
diferentes, degradados à condição de marginais do Comentários do professor:
ordenamento jurídico, expostos, em consequência
de odiosa inferiorização e de perversa Certo. O porte de arma branca é conduta que
estigmatização, a uma injusta e lesiva situação de permanece típica na Lei das Contravenções Penais.
exclusão do sistema geral de proteção do direito.
A previsão do art. 19 da Lei das Contravenções
STF. Plenário. ADO 26/DF, Rel. Min. Celso de Penais continua válida ainda hoje?
Mello; MI 4733/DF, Rel. Min. Edson Fachin,
julgados em em 13/6/2019 (Info 944).
– Em relação à arma de fogo:
Gabarito: CERTO
NÃO. O porte ilegal de arma de fogo caracteriza,
atualmente, o crime previsto nos arts. 14 ou 16 do
26- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item Estatuto do Desarmamento.
a seguir.
- Em relação à branca:
A incitação de ódio público feita por líder religioso
contra outras religiões não pode configurar o crime de SIM. O art. 19 do Decreto-lei nº 3.688/41
racismo, sob pena de ferir a sua autonomia. permanece vigente quanto ao porte de outros
Comentários do professor: artefatos letais, como as armas brancas.

Errado. A incitação de ódio público feita por líder A jurisprudência do STJ é firme no sentido da
religioso contra outras religiões PODE possibilidade de tipificação da conduta de porte de
CONFIGURAR O CRIME DE RACISMO arma branca como contravenção prevista no art. 19
do DL 3.688/41, não havendo que se falar em
A incitação ao ódio público contra quaisquer violação ao princípio da intervenção mínima ou da
denominações religiosas e seus seguidores não está legalidade.
protegida pela cláusula constitucional que assegura
a liberdade de expressão. Assim, é possível, a STJ. 5ª Turma. RHC 56.128-MG, Rel. Min. Ribeiro
depender do caso concreto, que um líder religioso Dantas, julgado em 10/03/2020 (Info 668).
seja condenado pelo crime de racismo (art. 20, §2º,
da Lei nº 7.716/81) por ter proferido discursos de Gabarito: CERTO
ódio público contra outras denominações religiosas
e seus seguidores.

STF. 2ª Turma. RHC 146303/RJ, rel. Min. Edson


Fachin, red. p/ o ac. Min. Dias Toffoli, julgado JUIZADOS ESPECIAIS
em6/3/2018 (Info 893).

Gabarito: ERRADO
CRIMINAIS
28- De acordo com entendimento sumulado do STF,
julgue o item a seguir.
A homologação da transação penal prevista no artigo O período de suspensão do dever de apresentação
76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material. mensal em juízo, em razão da pandemia de Covid-19,
pode ser reconhecido como pena efetivamente
Comentários do professor: cumprida.
Comentários do professor:
Certo!!
Certo. O período de suspensão do dever de
Súmula vinculante 35-STF: A homologação da apresentação mensal em juízo, em razão da
transação penal prevista no artigo 76 da Lei pandemia de Covid-19, pode ser reconhecido como
9.099/1995 não faz coisa julgada material e, pena efetivamente cumprida.
descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação
anterior, possibilitando-se ao Ministério Público a Caso concreto: João cumpria pena em regime
continuidade da persecução penal mediante semiaberto. O juiz da vara de execuções penais
oferecimento de denúncia ou requisição de concedeu ao condenado a progressão ao regime
inquérito policial. aberto. Uma das condições impostas a João foi a de
que ele deveria ficar comparecendo mensalmente
STF. Plenário. Aprovada em 16/10/2014. perante o juízo para informar e justificar suas
atividades (art. 113 c/c o art. 115, IV, da LEP).
Gabarito: CERTO Ocorre que, diante da situação de pandemia
decorrente da Covid-19, o CNJ recomendou a
suspensão temporária do dever de apresentação
regular em juízo das pessoas em cumprimento de

INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA pena no regime aberto (art. 5º, inciso V, da


Recomendação nº 62/2020 do CNJ). O TJ acolheu a
recomendação, assim como o juiz das execuções
penais. O período de suspensão do dever de
29- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item apresentação mensal em juízo, em razão da
a seguir. pandemia de Covid19, pode ser reconhecido como
O prazo de 15 dias das interceptações telefônicas deve pena efetivamente cumprida.
ser contado a partir da efetiva implementação da
medida, e não da respectiva decisão. STJ. 6ª Turma. HC 657.382/SC, Rel. Min. Laurita
Vaz, julgado em 27/04/2021 (Info 694).
Comentários do professor:
Gabarito: CERTO
Essa é muito importante!

Certo. O prazo de 15 dias das interceptações


telefônicas deve ser contado a partir da efetiva
implementação da medida, e não da respectiva
decisão.

STJ. 5ª Turma. AgRg no RHC 114.973/SC, Rel. Min.


Jorge Mussi, julgado em 19/05/2020. STJ. 6ª
Turma. HC 113477-
DF, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado
em 20/3/2012.

Gabarito: CERTO

EXECUÇÃO PENAL
30- De acordo com julgados do STF e STJ, julgue o item
a seguir.
GABARITO
1 -C
2 -E
3 -E
4 -C
5 -E
6 -C
7 -C
8 -E
9 -E
10 -E
11 -C
12 -C
13 -E
14 -C
15 -E
16 -C
17 -C
18 -E
19 -C
20 -E
21 -C
22 -E
23 -C
24 -E
25 -C
26 -E
27 -C
28 -C
29 -C
30 -C

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