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Resumo
O presente trabalho teve como objetivo explanar um assunto de relevância nacional, tendo em vista a
suma atenção que devemos dispender a correta observação e defensão dos preceitos constitucionais, que
se demonstram de suma importância para o coreto desenvolvimento, económico, social e moral de nosso
país, em especial a luz do artigo quinto desta, que em seu inciso cinquenta e sete positiva o conceito
fundamental gerador do princípio da presunção de inocência, que no decorrer deste trabalho será
minuciosamente analisado quanto a sua correta observação em face das aplicações de prisões
preventivas na atualidade, sendo que estas devem ser utilizadas apenas excepcionalmente, pois de algum
modo elas seriam uma exceção a presunção de inocência, em que esta é maleabilizada quando da
necessidade de proteção de um bem maior, porém analisaremos se estaria sendo corretamente observado
o caráter excepcional destas, não estariam sendo utilizadas de forma a ser antecipadoras da pena e
neutralizadores do clamor social?
Abstract
The present work aimed to explain a matter of national relevance, in view of the great attention that we
must spend on the correct observation and defense of the constitutional precepts, which prove to be of
paramount importance for the correct development, economic, social and moral of our country. , especially
in the light of article five of this, which in its fifty-seventh section positive the fundamental concept that
generates the principle of the presumption of innocence, which in the course of this work will be
thoroughly analyzed regarding its correct observation in the face of the applications of preventive arrests
in nowadays, and these should be used only exceptionally, because somehow they would be an exception
to the presumption of innocence, in which it is malleable when there is a need to protect a greater good,
but we will analyze whether the exceptional character of these is being correctly observed. , would not be
used in order to anticipate the penalty and neutralize it's from the social clamor?
INTRODUÇÃO
O trabalho a seguir tem como tema principal a prisão preventiva quanto a observação
de sua correta aplicação legal, o assunto se denota de relevante importância, e de imensurável
valor moral, para a justa e correta evolução de nossa sociedade.
Dentro do primeiro capítulo far-se-á um estudo acerca do ordenamentojurídico, ao
qual evidencia a excepcionalidade da mesma, demonstrando como a aplicação generalizada,
sem uma forte argumentação e embasamento quanto ao caso em concreto, torna esta
inconstitucional frente ao princípio da presunção de inocência, ressaltando as possibilidades
existentes para aplicações de medidas cautelares menos gravosas que a prisão preventiva, as
quais na maioria dos casos poderiam se demonstrar ainda mais eficientes, devido aos
problemas atuais enfrentados pelo sistema carcerário brasileiro, no qual a prisão, sendo
preventiva ou não, repercutirá em enormes prejuízos ao indivíduo que estará exposto, muitas
das vezes, por grandes períodos, a um ambiente sob influência direta de organizações ou
grupos criminosos.
O Estado pode a estar suprimindo o direito à ampla defesa do cidadão, no momento
em que se utiliza erroneamente de um dos argumentos de sua aplicação, sendo este consoante
a garantia da ordem pública, que só poderia ser aplicado em casos excepcionalíssimos, onde
se demonstraria evidente o interesse público pela prisão e a ineficiência de medidas diversas.
Por vezes, as autoridades competentes acabavam por aplicar de forma ampla e
padronizada este conceito, sem a devida fundamentação, sob unicamente, a vertente
concernente há, “se liberto no meio ao qual foi retirado o provável infrator, este retornaria à
realização de suas práticas delituosas”, ou até mesmo ao conceito já vencido de que o clamor
público unicamente poderia justificar a sua decretação.
É necessário, portanto, a apresentação de argumentos fundamentadamente atrelados
ao caso em concreto, que comprovariam que o réu realmente representaria este perigo de dano
social, bem como tão pouco da ineficiência de medidas menos gravosas que a prisão.
Importante evidenciarmos que o presente trabalho não visa a não concessão da prisão
preventiva a indivíduos que realmente apresentariam um perigo publico, mas sim a correta
aplicação das normas constantes no Código de Processo Penal, bem como o devido respeito
ao Artigo quinto da Constituição Federal.
Sendo então utilizado o método (cientifico) dedutivo, para a melhor satisfação deste
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trabalho, trazendo legislações, jurisprudências e a doutrina nacional de maior relevância dentro
da temática.
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E temos as prisões sem pena, as quais se darão antes da sentença penal irrecorrível,
abrangendo então toda e qualquer prisão cautelar durante a fase processual e pré-processual,
quando falamos de uma prisão sem sentença irrecorrível, essa abre vertente para várias
violações de direitos individuais, devido a isso exige-se uma cautela tão grande em sua
aplicação, devendo ser tão cuidadosamente imposta quanto, quando da imposição de uma
prisão pena, visto que a seriedade em suas consequências, em muitos pontos se assemelham.
Portanto deve ser utilizada apenas em última rátio, em vista de apenas assegurar a
eficácia do procedimento definitivo, e não ser um adiantamento da pena como dito
anteriormente, quando tratamos de uma prisão sem pena, sempre devemos utiliza-la com
muita cautela, devido a existência de uma grande divergência processual em comparação a
prisão pena, devemos então nos utilizar de uma interpretação teleológica do ordenamento
jurídico, para buscarmos efetivamente a tutela e adequação em respeito aos mais diversos
direitos individuais e coletivos, conforme fora objetivado pelo legislador no momento da
positivação da mesma.
Apenas com a correta atenção a esta interpretação, podemos extrair da lei a razão
finalística que motivou o legislador no momento da produção normativa, para que assim
consigamos que a lei efetivamente comine nos efeitos por ela esperados, o professor GOMES,
1994. p 02, lembra-nos que;
“O eixo, a base, o fundamento de todas as prisões cautelares no Brasil,
residem naqueles requisites da prisão preventiva. Quando presentes,
pode o juiz fundamentadamente decretar qualquer prisão cautelar;
quando ausentes, ainda que se trate de reincidente ou de quem não tem
bons antecedentes, ou de crime hediondo ou de tráfico, não pode ser
decretada a prisão antes do trânsito em julgado da sentença penal
condenatória”
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A prisão preventiva se dá, de acordo com o Artigo 311 do Código de Processo penal
quando, em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, decretada pelo juiz,
a requerimento do Ministério Público, do querelante, ou do assistente, ou por representação
da autoridade policial.
Podendo ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem económica, por
conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver
prova da existência do crime e indício suficiente de sua autoria e de perigo gerado pelo estado
de liberdade do acusado; conforme versa o Artigo 312 do Código de Processo Penal.
Nos atentemos que, quando esta decretação é justificada pela garantia das medidas
protetivas de urgência, conforme versa o Art. 313, inciso III, resta-se evidenciado o relevante
valor moral e social de sua aplicação, vez que lidamos com um conflito entre o risco à vida e
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Ou seja, jamais devemos utilizar a prisão preventiva como regra, sem a devida
fundamentação e motivação, pois essa seria manifestamente ilegal, se trataria de uma ofensa
ao contraditório e a ampla defesa, em vista que estes só serão plenos quando do respeito ao
devido processo legal, o magistrado para cada caso deve motivar fundamentadamente sua
decisão, provando por meio desta que a restrição da liberdade do acusado se denota
fundamental, sob pena desta vir a se caracterizar como uma antecipação do cumprimento de
pena, em suma, a referida necessidade de fundamentação vem para que o decretador da
mesma tenha a necessidade de demonstrar que, no caso em concreto, o direito tutelado que
está sob risco, se demonstra de relevante importância, a tal ponto que da análise comparativa
do conflito de direitos, entre o direito do acusado e a proteção dos direitos da vítima e da
sociedade, levando em conta também a magnitude e probabilidade deste possível dano, se
conclua indispensável a prisão do acusado, não se mostrando suficientes as aplicações de
medidas diversas da prisão.
Podemos analisar no Art. 315. §2° do Código de Processo Penal, “Não se considera
fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
II- Empregar conceitos jurídicos sem explicar o motivo concreto de sua incidência
no caso;
IV- Não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese,
infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
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fundamentos;
VI- Deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte,
sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do
entendimento”.
Com efeito, "a mera indicação de circunstâncias que já são elementares do crime perseguido,
nada se acrescendo de riscos casuísticos ao processo ou à sociedade, não justifica o
encarceramento cautelar, e também não serve de fundamento à prisão preventiva a presunção
de reiteração criminosa dissociada de suporte fático concreto" (RHC n. 63.254/RJ, Rel. Ministro
NEFI CORDEIRO, Sexta Turma, julgado em 7/4/2016, DJe 19/4/2016).
Ainda, cumpre lembrar que, "[...] com o advento da Lei n. 12.403/2011, a prisão cautelar passou
a ser, mais ainda, a mais excepcional das medidas, devendo ser aplicada somente quando
comprovada a inequívoca necessidade, devendo-se sempre verificar se existem medidas
alternativas à prisão adequadas ao caso concreto" (HC n. 305.905/SP, Rel. Ministro
SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, Sexta Turma, julgado em 4/12/2014, DJe 17/12/2014).
O Superior Tribunal de Justiça, tendo como relator o Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, no
agravo regimental no habeas corpus n. 720092 do estado de São Paulo, em 04/02/2022,
entendeu que, um acusado que se apresentou a autoridade policial para declarar a propriedade
de uma porção prensada de maconha apreendida em sua residência, pesando 302g (Trezentos e
dois gramas), por esta conduta e por sua natureza, não revela qualquer excepcionalidade que
justifique a medida extrema, ou seja a simples quantidade de drogas ilícitas apreendidas por si
só não justificaria o total cerceamento da liberdade do acusado, entendendo portanto como
ilegal a prisão preventiva do acusado, julgando como perfeitamente cabíveis as aplicações de
outras medidas mais brandas, previstas no Art. 319 do Código de Processo Penal.
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direito à vida, ou integridade física, estes se sobressaem no conflito de interesses, dito isso
temos que, diante de alguns casos o direito à presunção de inocência pode ser tranquilamente
maleabilizado em prol desta proteção.
O problema atual seria quando existe a utilização de maneira ampla das prisões
cautelares, sem a devida atenção para o fato de que a própria legislação a enquadra como
última ratio, porém muitas das vezes podemos observar fundamentações genéricas por parte
dos magistrados, o que torna esta aplicação inconstitucional e uma violação à presunção de
inocência do indivíduo, nas palavras de Aury Lopes Jr.
“No que tange à prisão cautelar, o estado de inocência, enquanto
princípio reitor do processo penal, deve orientar e parametrizar sua
decretação. Se a regra constitucional é a inocência e a situação de liberdade
do acusado e a prisão antes do transito em julgado, exceção, para que os
institutos coexistam é necessário que os princípios da tutela cautelar sejam
cumpridos, sob pena de desrespeito à presunção de inocência”
Tenhamos em mente que, o investigado recluso por meio da prisão preventiva, não
possui um prazo estipulado para sua soltura, ou seja, a prisão preventiva não possui prazo
máximo de duração, e o encarceramento de um indivíduo por tempo indeterminado, pode vir
a ser considerado até uma forma de tortura quando imposta por longos períodos de tempo,
podendo assim exercer forte influência sobre o réu, como fala Ferajolli;
“Constranger o réu a confessar seja por meio de aflições físicas ou
por meio de aflições morais e do desespero de não ver jamais o término de
um estado de isolamento tornado horrível é sempre tortura; é a tortura
praticada no século XIX. Eu não concordo em absoluto que a eterna
masmorra, da qual o indivíduo solitário não vê o término exceto mediante
confissão, seja, pela experiência mostrada, utilíssima a esta. Mas digo por
outro lado que é iníquo atingi-la por esses meios; que a experiência mostra
igualmente que com tais meios se faz o inocente confessar não menos que o
culpado e que a masmorra usada para esse fim carrega o absurdo e o vício de
deixar incerta a veracidade da confissão”
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situações que a Constituição Federal procurou coibir com a positivação, além de nos
possibilitar, quando da comparação com uma masmorra, ter um melhor entendimento sobre
como estar encarcerado por tempo indeterminado pode gerar consequências nefastas à saúde
psicológica do acusado.
Principalmente quando falamos em um acusado que posteriormente veio a ser
inocentado ou teve desclassificada sua conduta, o mesmo pode desenvolver uma intensa
descrença nas decisões do aparelho repressor estatal, indo além, pode vir essa descrença a
atingir inclusive a sociedade, impactando na confiança da população em seu poder executivo,
transformando o certo em incerto e com isso acarretando em incontáveis danos e conflitos
sociais.
A reclusão por si só se denota de enorme sofrimento, até mesmo para um reeducando
que teve o trânsito em julgado de sua sentença condenatória, por um crime que foi provado
ser o autor no decorrer do processo, e ao qual está cumprindo pena e possui pleno
conhecimento de quando se dará o cumprimento da mesma.
Quem dirá então os impactos psicológicos sofridos por um acusado, que pode vir a
ser declarado inocente, pois ainda não teve sua sentença penal condenatória transitada em
julgado, e se encontra recluso por tempo indeterminado, completamente a mercê de um
sistema judiciário moroso devido à sobrecarga de processos.
Ferrajoli defende o caráter punitivo das prisões cautelares, segundo este, se as mesmas
realmente não tivessem um caráter punitivo, deveriam possuir todo um tratamento especial
quando da execução das mesmas, sendo estas cumpridas em instituições penais especiais com
suficientes comodidades, e não como se denota a atual realidade, à qual o acusado detido em
cautelar, se encontra em uma situação pior que aquele que possui sentença condenatória
transitada em julgado, pois este não possui progressões no regime de cumprimento de pena,
ou a possibilidade de saídas temporárias.
Esta situação se agrava, quando da possibilidade de um inocente, por quais quer que
sejam os motivos, se encontrar recluso pela prisão preventiva, sofrendo a punição por algo
que não cometeu, tal situação pode vir a ser evitada, quando da devida regularidade da
fundamentação da decisão que a decreta, ressaltando a importância de uma fundamentação
em conformidade com todos os requisitos legais para a concessão da prisão preventiva;
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Cautelares reais; quando objetivamos a garantia real de um direito sobre uma coisa,
no caso de um bem material como um carro por exemplo que corre o risco de ser alienado
para se evitar o pagamento de uma dívida.
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materialidade.
Das medidas adotadas pela Lei 12.403 temos no Artigo 319 do Código de Processo
Penal;
“I- Comparecimento Periódico em Juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz,
para informar e justificar atividades”, a periocidade do comparecimento pode ser determinada
pelo juiz, ao qual estabelecerá um prazo que julgar razoável para o réu comparecer e prestar
contas quanto as atividades laborais ou acadêmicas que está desenvolvendo, podendo assim
o juízo acompanhar com riqueza de detalhes a vida do investigado, dificultando assim que o
mesmo retorne à prática criminosa, além de vincular o acusado ao processo, permitindo que
a lide siga seu caminho normal.
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visa que o acusado não venha a pressionar de alguma forma a vítima, os familiares,
testemunhas, autoridades, peritos e outras pessoas que possuam relação com o processo
criminal, resguardando também as partes de possíveis atos lesivos por parte do investigado.
Esta medida se denota de grande vantagem para o acusado pois este, além de não
estar submetido aos malefícios do sistema prisional brasileiro, pode permanecer em seu
emprego, sendo que o seu labor indubitavelmente será de suma importância para um posterior
processo de ressocialização, bem como com os recursos provenientes deste evita-se que o
investigado venha a se envolver novamente em práticas criminosas, além da maior
possibilidade de convívio do mesmo com seus familiares, se demonstrando muito menos
danoso que a prisão preventiva, inclusive em uma possível futura absolvição do acusado.
“VIII- Fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos
do processo, evitar a obstrução do seu andamento, ou em caso de resistência injustificada a
ordem judicia”,
“IX- Monitoração Eletrônica”, este é um meio de se fazerem eficientes as outras medidas
restritivas impostas, podendo ser realizado um monitoramento em tempo real do acusado, tendo
mais elevada garantia de que as medidas cautelares impostas estão sendo cumpridas pelo
acusado, este monitoramento pode se dar de três maneiras distintas, a forma passiva, a qual a
central liga para o acusado para que este informe sobre sua localização, identificando-se através
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mais rápido possível este ataque, não venha a desrespeitar, os direitos fundamentais
do acusado por hora inocente.
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Com isso, esse suposto conceito teria que sofrer repetidas atualizações ao
longo do tempo para que pudesse continuar a ser utilizado de forma efetiva.
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maior facilidade todos os casos específicos em que a sociedade estaria sujeita a esta
reiteração de práticas criminosas por parte do acusado
Esta ampla definição não pode ser utilizada como uma forma de se
transformar a prisão provisória em um adiantamento da pena, pois de forma alguma
poderemos permitir que uma interpretação distorcida e inconstitucional do conceito
possa vir a causar prejuízo a outrem.
CONCLUSÃO
A prisão preventiva possui caráter excepcional, não devendo ser aplicada de forma ampla, como
quando se deu o entendimento distorcido de garantia da ordem pública, em que se aceitava o
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excepcional desta medida, pois somente com o devido respeito a Constituição Federal e todos
os seus preceitos, poderemos caminhar em prol de um Brasil mais justo e seguro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm>. Acesso em 01 out.
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Relator: Ministro Reynaldo Soares da Fonseca. Julgamento em 04 fev. 2022. Pesquisa de
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