Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
PSICOLOGIA JUDICIÁRIA
Bibliografia indicada
“Direito e Psicologia compartilham do mesmo objeto de estudo, qual seja, o comportamento humano. Por isso
advogamos que Direito e Psicologia estão ‘condenados’ a dar as mãos. Com efeito, pois se a Psicologia é
fundamental para o Direito, mais que qualquer outra coisa, é essencial para a Justiça”. (FIGUEIREDO, 2012, p. 05)
O conceito da PSICOLOGIA JUDICIÁRIA sofreu uma significativa evolução ao longo do tempo, entre os séculos XX e
XXI.
O livro do “papa” italiano da disciplina, Enrico Altavilla, prefaciado por Enrico Ferri, por sua vez discípulo de
Lombroso, ainda que dele tenha se distanciado em ideias fundamentais, foi editado em 1955, em Nápolis, e a
tradução portuguesa que indicamos na bibliografia do curso teve os dois volumes publicados em 1981 e 1982, ainda
antes da Lei de Execuções Penais brasileira, de 1984.
Magistratura e MP Estadual
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Enrico Ferri, em seu prefácio a Altavilla (ALTAVILLA, 1981, p. 13), observa que “na psicologia judiciária, ao estudo
do delinquente, no seu comportamento processual, como acusado, acrescenta-se o do comportamento das outras
pessoas que participam no processo penal, o ofendido, o denunciante, as testemunhas e acusadores, defensores e
juízes”.
Ambos os “Enricos” circunscreviam, portanto, a PSICOLOGIA JUDICIÁRIA ao Processo Penal, até porque, na época,
ainda não se falava da Execução Penal como disciplina autônoma.
a) Inimputáveis
Redução de pena
“Art. 26 (...)
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o
agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por
desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento”.
Página 2 de 5
- Prazo
“Art. 97 (...)
§ 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo
indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante
perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá
ser de 1 (um) a 3 (três) anos”.
- Perícia médica
“Art. 97 (...)
§ 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado
e deverá ser repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o
determinar o juiz da execução”.
“Art. 97 (...)
§ 3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional
devendo ser restabelecida a situação anterior se o agente, antes do
decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de persistência de sua
periculosidade.
§ 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz
determinar a internação do agente, se essa providência for necessária
para fins curativos”.
Página 3 de 5
(um) assistente social, quando se tratar de condenado à pena privativa
de liberdade.
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo
da Execução e será integrada por fiscais do serviço social.
Obs.: desde 2009 há uma definição normativa da importância da psicologia ao Judiciário, na Resolução do CNJ nº
75/2009.
Já segundo Figueiredo (FIGUEIREDO, 2012, p. 6), “a Psicologia Judiciária, enquanto psicologia a serviço do Direito,
constitui um conjunto de conhecimentos que auxiliam o magistrado na sua difícil e complexa tarefa de julgar”, e,
um pouco antes, observa que “vai se consolidando, gradativamente, a importância da...Psicologia Judiciária na
seleção e na qualificação de magistrados, bem como se reconhecendo que o juiz é um mediador de conflitos, que
a razão não está dissociada da emoção, e que os saberes humanísticos são essenciais ao magistrado”.
Página 4 de 5
“Noções de psicologia deveriam ser exigíveis a todos os profissionais que se relacionam
amiúde com o semelhante”.
“Em se tratando de juízes, especificamente, esta expressão passa a constituir uma máxima
na medida em que os magistrados lidam com as turbulências sociais, mas principalmente
com o arrebatável sentimento de justiça, nada havendo de mais doloroso ou intolerável
ao ser humano que o sentimento de injustiça”.
O art. 47 da referida Resolução incluiu questões relativas à Formação Humanística do Juiz entre aquelas da primeira
prova escrita dos concursos para ingresso na Magistratura, dentre elas, conforme o Anexo VI, conteúdos de
Psicologia Judiciária:
Página 5 de 5