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Disciplina: Medicina Legal

Professor: Paulo M. Vasques


Aula Complementar: 01
/03/2018

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

MEDICINA LEGAL
1. Conceito
2. Áreas de atuação
3. Medicina legal especial
4. Perícia e peritos
4.1. Corpo de delito
4.2. Cadeia de custódia

Bibliografia:
a) Genival Veloso de França;
b) Hygino Hercules;
c) Delton Croce e D. C. Jr.; e
d) Medicina Legal – curso e concurso – Paulo M. Vasques.

MEDICINA LEGAL

1. Conceito

A medicina legal é aquela que está à serviço da justiça.


A medicina legal une conhecimentos médicos e biológicos e conhecimentos jurídicos básicos, tendo como objetivo
o auxílio na persecução da justiça.

Raymundo Nina Rodrigues foi o fundador, na cidade de Salvador, da primeira escola de Medicina Legal do país. É
considerado uma figura que nacionalizou o ensino e a pesquisa desta prática médica em nosso país.

2. Áreas de atuação

I) Medicina legal geral – está relacionado à atividade médica.


a) deontologia médica – que diz respeito aos deveres no exercício da medicina.
b) diceologia médica – que diz respeito aos direitos médicos no exercício da profissão.

3. Medicina legal especial

Antropologia forense – identidade e identificação.


Traumatologia forense – lesões corporais

Asfixiologia.

Sexologia forense – sexualidade humana e crimes sexuais.

Tanatologia forense – fenômenos biológicos que ocorrem no pós mortem.

DELEGADO CIVIL/ FEDERAL


CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Psicologia forense – estudo do psiquismo normal dentro dos seus limites e variabilidade.

Psiquiatria forense – estudo dos transtornos mentais patológicos.

Toxicologia forense – tóxicos psicotrópicos, venenos e cáusticos.

Infortunística – acidente de trabalho, prevenção e higiene.


Criminologia – estudos dos fatores biológicos, psicológicos e sociais que influenciam no crime.

Vitimologia – perfil biológico, psicológico e social da vítima.

4. Perícia e peritos

a) Perícia – tem a finalidade de prova que é o elemento demonstrativo do fato.


b) Possui uma parte objetiva e uma parte subjetiva.
c) corpo de delito – é o exame que objetiva a reunião de vestígios. Corpo é a reunião de vestígios. Não confundir
com o corpo da vítima.

4.1. Corpo de delito

Lei 9.099/95, art. 17:

“Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver


aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não
ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério
Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver
necessidade de diligências imprescindíveis.
§ 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base
no termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do
inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de delito quando
a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova
equivalente.
§ 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a
formulação da denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz
o encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo único
do art. 66 desta Lei.
§ 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser oferecida
queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as
circunstâncias do caso determinam a adoção das providências
previstas no parágrafo único do art. 66 desta Lei.”

O corpo de delito, geralmente, é feito na fase de investigação, mas pode ser feito a qualquer tempo.

- Consentimento informado – ninguém é obrigado a se submeter ao exame de corpo de delito.

4.2. Cadeia de custódia

É o registro documental da movimentação dos elementos da prova.

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O art. 154 do CP (violação de segredo) não se aplica ao perito criminal:

“Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem
ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja
revelação possa produzir dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa de um conto a dez
contos de réis.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.”

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