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MEDIDAS DE SEGURANÇA
1. NOÇÕES GERAIS
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Medidas de Segurança
2. INTERNAMENTO DE INIMPUTÁVEIS
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Pressupostos
“Quem tiver praticado um facto ilícito típico
e for considerado inimputável, nos termos do
art.º 20º, é mandado internar pelo tribunal em
estabelecimento de cura, tratamento ou
segurança, sempre que, por virtude de
anomalia psíquica e da gravidade do facto
praticado houver fundado receio de que
venha a cometer outros factos da mesma
espécie”
Art.º 91, n.º 1
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Ou seja,
Prática de 1 facto ilícito típico
Por agente inimputável
Houver fundado receio de que venha a
cometer outros factos da mesma espécie
Por virtude de anomalia psíquica, e
Da gravidade do facto praticado
Internamento pelo tribunal em estabelecimento
de cura, tratamento ou segurança
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Local e objectivos do internamento
O internamento terá lugar em
“estabelecimentos de cura, tratamento e
segurança” – abandono da ideia dos
“manicómios criminais”.
O internamento de cura e tratamento visa
pôr termo ao estado de perigosidade criminal
que lhe deu origem (inimputáveis curáveis);
O internamento de segurança visa proteger a
sociedade do inimputável perigoso
(inimputáveis incuráveis).
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Internamento e Lei
de Saúde Mental
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Pressupostos (novamente…)
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I - Prática de 1 facto ilícito típico
Carácter post-delitual:
O inimputável só pode ser sujeito a
internamento depois da prática de um facto
ilícito típico
só a prática de uma acção criminosa
evidencia a sua efectiva capacidade de
delinquir, sem a qual o juízo de
periculosidade arrisca-se a não ser mais que
precária hipótese ou simples conjectura
Não se fala em crime, pois falta aqui o
elemento psíquico (a culpa).
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Facto ilícito típico grave
O facto ilícito típico praticado tem que revestir
uma certa gravidade
Gravidade não objectivada na lei.
O n.º 2 do art.º 91º dá uma indicação
indirecta:
“pena de prisão superior a 5 anos”
o que não exclui que possam ser
considerados graves os factos puníveis com
pena inferior.
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II - Inimputabilidade penal do autor
É inimputável quem
por força de uma anomalia psíquica
for incapaz, no momento da prática do
facto, de avaliar a ilicitude deste ou de se
determinar de acordo com essa avaliação
podendo ser ainda declarado como tal
quem, por força de anomalia psíquica grave,
não acidental e cujos efeitos não domina,
tem no momento da prática do facto aquela
capacidade sensivelmente diminuída.
Art.º 20
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Exclusão da culpa/perigosidade
A declaração de inimputabilidade exclui a
culpa do agente e, assim, a possibilidade de
lhe ser aplicada uma pena
No entanto, pode o inimputável ser, de tal
forma perigoso, que seja necessário defender a
sociedade, prevenindo a prática futura de
factos ilícitos, através da medida de
segurança de internamento.
Assim, a medida de internamento tem por
fundamento a perigosidade, tal com a pena
tem por fundamento a culpa.
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N.B.
À data da prática do facto
ilícito típico
Inimputabilidade
no momento da aplicação
da medida
internamento
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III - Juízo de perigosidade
Fundado receio de que
a anomalia psíquica do agente associada à
gravidade do facto cometido,
faça supor que se seguirá o cometimento de
outros factos da mesma espécie;
Elementos a ter em conta:
Natureza e gravidade do facto ilícito
praticado;
Natureza e gravidade da anomalia psíquica;
Previsão do cometimento de factos da
mesma espécie graves e relevantes
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Limites de duração
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Limites mínimos
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Internamento: Prorrogação
Mas, mesmo decorrido o tempo correspondente
ao limite máximo da pena aplicável ao crime
praticado, pode o internamento não cessar, por
prorrogação da medida (art.º 92º, n.º 3):
Quando ao facto corresponder pena de prisão
cujo limite máximo seja superior a 8 anos, e
Haja perigo grave de cometimento de novos
crimes da mesma espécie que desaconselhe a
libertação.
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Prorrogação
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Revisão do internamento
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Decisão do Tribunal
Elementos necessários à decisão do tribunal:
Relatório da perícia psiquiátrica ou sobre
a personalidade;
Diligências que se julguem necessárias e
com interesse para a decisão;
Relatório dos Serviços de Reinserção
Social respeitante ao enquadramento
familiar e profissional do internado;
Audição prévia do MP, do defensor e do
interessado (quanto a este, salvo se for
inviável ou inútil a sua audição) artº 540º CPP
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Liberdade para prova
Art.º 94º
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Meio Aberto
cumprimento da medida em meio aberto:
Quando a finalidade da medida de segurança
possa ser, assim, alcançada;
Por um período de 2 a 5 anos – que não pode
ultrapassar o que falta para o limite máximo
do internamento;
Com aplicação de regras de conduta,
submissão a tratamentos e regimes de
cura ambulatórios apropriados, prestação de
exames e observações e vigilância tutelar
dos serviços de Reinserção social.
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Revogação da liberdade para prova
Reinternamento
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Reexame da medida de internamento
E se a execução do internamento só se
iniciar 2 anos (ou +) depois da decisão que
o decretou?
Art.º 96
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Tem que ser novamente apreciados os
fundamentos da aplicação da medida de
internamento,
E haver uma nova decisão que confirme,
suspenda ou revogue a medida decretada.
Porquê?
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Porque a medida tem que ser actual, isto
é, deve verificar-se não só no momento em
que é decretada como também no
momento da sua execução;
Assim, aquando da execução, tem de
continuar a ser necessário o internamento
como forma de cura, tratamento ou
segurança.
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art.º 91º, n.º2:
Prática por inimputável de crime contra
pessoas ou crime de perigo comum puníveis
com pena de prisão superior a 5 anos
internamento com a duração mínima de 3
anos
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Exemplo:
Em Jan/2000, determinou-se e executou-se
o internamento do A à luz do art.º 91º, n.º
2. Esse internamento teria a duração
mínima de 3 anos, pelo que poderia
terminar a partir de Jan/2003.
Ora, se a medida só fosse executada, p.
ex., em Fev/2002, até Jan/2003 justifica-se
o reexame?
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R: Sim
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Inimputáveis estrangeiros
Pode substituir-se o internamento de
inimputáveis estrangeiros pela sua
expulsão de território nacional:
Salvo convenção ou tratado internacional;
Nos termos regulados por legislação especial
(Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho – “Entrada,
permanência, saída e afastamento de estrangeiros de
território nacional”; Leis 104/2001, de 25 de Agosto
e 48/2003, de 22 de Agosto – “Regime de
Cooperação Judiciária Internacional em Matéria
Penal”
Art.º 97º
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Razão:
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Suspensão da execução do internamento
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N.B.:
Nos casos do art.º 91º, n.º 2, só há lugar à
suspensão da execução do internamento,
depois de decorrido o período mínimo de
internamento.
À suspensão da execução do internamento
aplicam-se as regras da cessação e
prorrogação do internamento e da revisão
da situação do internado.
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Execução do internamento e
da pena de prisão
Art.º 99º
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Regras:
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Cessação da Medida
Cessada a medida de segurança de
internamento, o tribunal:
Coloca o agente em liberdade condicional, se:
estiver cumprido ½ da pena, e
A libertação se revelar compatível com a
defesa da ordem jurídica e da paz social;
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N.B.
Se a liberdade condicional for revogada (art.º
64º), o tribunal vai decidir se o agente deve
cumprir o resto da pena ou continuar o
internamento;
A aplicação da liberdade condicional depende
sempre do consentimento do condenado
(art.º 61, n.º 1).
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E se a medida de internamento dever cessar
mas não tiver ainda decorrido ½ da pena?
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E se a medida dever cessar mas o condenado
não tiver sido colocado em liberdade
condicional?
Será colocado em liberdade condicional uma
vez cumprido 2/3 da pena;
A requerimento do condenado pode o tempo
que falta ser substituído por prestação de
trabalho a favor da comunidade, até ao
máximo de 1 ano (art.º 58º);
Se se trata de um condenado a prisão superior
a 6 anos, ele é colocado em liberdade logo que
houver cumprido 5/6 da pena (art.º 61º, n.º 4)
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3 – INTERDIÇÃO DE ACTIVIDADE;
CASSAÇÃO E INTERDIÇÃO DA
CONCESSÃO DO TÍTULO DE
CONDUÇÃO DE VEÍCULO COM MOTOR
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Relembrando…
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Interdição de actividade
Como?
interditando o agente ao exercício dessa
actividade
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é interditado do exercício da respectiva
actividade:
O condenado por crime (doloso ou negligente)
cometido com grave abuso de profissão,
comércio ou indústria ou com grosseira
violação dos deveres inerentes, ou
Aquele que do crime for absolvido só por falta
de imputabilidade;
Se, em razão do facto praticado e da sua
personalidade, houver fundado receio de que
possa vir a praticar factos da mesma espécie.
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Pressupostos
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Limites da Interdição:
De 1 a 5 anos;
Conta-se a partir do trânsito em julgado da
sentença;
Desconta-se a duração de qualquer
interdição decretada, pelo mesmo facto, a
título provisório.
Possibilidade de prorrogação por um período
até 3 anos, quando o tribunal considerar
que o perigo não foi afastado;
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Suspende-se durante o tempo em que o
agente estiver privado da liberdade por força
de medida de coacção processual, pena ou
medida de segurança.
52
Nestas situações pode haver cumulação
de pena e medida de segurança;
53
A interdição de actividade extingue-se
quando:
Se esgotar o prazo mínimo (1 ano), e
Não subsistirem os pressupostos de
aplicação, e
Houver requerimento do interessado.
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Cassação e interdição da concessão do
título de condução de veículo com motor
“Em caso de condenação por crime praticado
na condução de veículo com motor ou com ela
relacionado, ou com grosseira violação dos
deveres que a um condutor incumbem, ou de
absolvição só por falta de imputabilidade, o
tribunal decreta a cassação do título de
condução quando, em face do facto praticado e
da personalidade do agente: a) houver
fundado receio de que possa vir a praticar
outros factos da mesma espécie; ou b) dever
ser considerado inapto para a condução de
veículos com motor.”
Art.º 101º, n.º 1
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Distinção…
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agente
57
Pressupostos
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2) Se, em face ao facto praticado e à
personalidade do agente:
Houver fundado receio de que possa vir a
cometer factos da mesma espécie;
Se concluir pela inaptidão do agente para a
condução de veículo com motor.
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Será inapto aquele que tenha praticado
factos que integrem, entre outros, os
seguintes tipos legais:
Omissão de auxílio (art.º 200º), se for
previsível que dele possam resultar graves
danos para a vida, o corpo ou a saúde de
alguma pessoa;
Condução perigosa de veículo rodoviário
(art.º 291º);
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Condução de veículo em estado de
embriaguez ou sob a influência de
estupefacientes, substâncias psicotrópicas
ou produtos com efeito análogo (art.º
292º);
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Limites da Interdição:
De 1 a 5 anos;
Conta-se a partir do trânsito em julgado da
sentença;
Desconta-se a duração de qualquer
interdição decretada, pelo mesmo facto, a
título provisório.
Possibilidade de prorrogação por um período
até 3 anos, quando o tribunal considerar
que o perigo não foi afastado;
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Suspende-se durante o tempo em que o
agente estiver privado da liberdade por
força de medida de coacção processual,
pena ou medida de segurança.
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Decretando a cassação do título de condução,
o tribunal determina ainda que ao agente não
pode ser concedido novo título, de qualquer
categoria.
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A proibição de conduzir é comunicada à ANSR
no prazo de 20 dias a contar do trânsito em
julgado da decisão.
Se se tratar de título de condução emitido em
país estrangeiro com valor internacional, a
apreensão pode ser substituída por anotação
da proibição naquele título, pela ANSR. Se a
anotação não for possível, a ANSR comunica a
decisão ao competente organismo do país que
emitiu o título.
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A pena acessória de inibição de condução
não se aplica quando haja lugar à aplicação
da medida de segurança de cassação ou
interdição à concessão de título de
condução de veículo com motor (art.º 69º,
n.º 7).
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A medida de cassação ou interdição da
concessão de título de condução de veículo
com motor extingue-se quando:
Se esgotar o prazo mínimo (1 ano ou 2
anos, no caso do art.º 100º, n.º2 «101º, n.º
5»), e
Não subsistirem os pressupostos de
aplicação, e
Houver requerimento do interessado;
Em caso de indeferimento, o requerimento
só pode ser renovado passado 1 ano.
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4 – INTERNAMENTO DE IMPUTÁVEIS
PORTADORES DE ANOMALIA PSÍQUICA
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Anomalia psíquica anterior
Imputabilidade
Inadaptação aos
estabelecimentos
prisionais
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Regime:
Internamento
pelo tempo correspondente à duração da
pena
em estabelecimento destinado a
inimputáveis – estabelecimento de cura, de
tratamento ou de segurança;
Não há estabelecimentos próprios e
exclusivos para estas situações
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Pressupostos:
Imputabilidade
Anomalia psíquica anterior à prática do
facto;
Condenação em prisão;
Regime dos estabelecimentos comuns
mostra-se prejudicial ao condenado ou
será por ele perturbado
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O internamento não obsta:
À concessão da liberdade condicional;
À colocação do agente em
estabelecimentos comuns de execução
da pena quando cessar a anomalia
psíquica e a pena ainda não se encontrar
cumprida.
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Anomalia psíquica posterior à prática da
infracção
Pressupostos:
Imputabilidade
Anomalia psíquica posterior à prática do
facto;
Condenação em prisão;
O regime dos estabelecimentos comuns
mostra-se prejudicial ao condenado ou será
por ele perturbado (art.º 104º) ou, então, o
condenado revela perigosidade (nos termos
do art.º 91º, n.º 1).
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Regime
Internamento;
Em estabelecimento destinado a inimputáveis;
Pelo tempo correspondente à duração da
pena;
Se se tratar de anomalia com os efeitos
previstos no art.º 104º, poderá haver
liberdade condicional e colocação do agente
em estabelecimento comum;
Se se tratar de anomalia com os efeitos
previstos no art° 91º, n.º 1, o internamento é
descontado na pena e aplicam-se as regras do
n.º 2 a 5 do art.º 99º.
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Anomalia psíquica posterior sem
perigosidade
Pressupostos:
Imputabilidade
Anomalia psíquica posterior à prática do
facto;
Condenação em prisão;
O regime dos estabelecimentos comuns não
se mostra prejudicial ao condenado ou nem
será por ele perturbado (art.º 104º) e nem
o condenado revela perigosidade (nos
termos do art.º 91º, n.º 1).
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Regime:
Não se justifica o internamento em
estabelecimento destinado a inimputáveis;
Não se justifica a continuação do
cumprimento da pena (perde o seu sentido
ressocializador);
Suspende-se a execução da pena até que
cesse a anomalia psíquica do agente.
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A duração da suspensão é descontada no
tempo de pena que estiver por cumprir;
Não pode ser ultrapassado o tempo de duração
da pena a que o agente foi condenado;
O tribunal pode impor ao agente deveres de
submissão a tratamentos e regimes de cura
apropriados e a exames e observações, bem
como a vigilância dos S.R.S.
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Revisão da situação
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