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LEI DE EXECUÇÃO PENAL

Professor Alyson Barros

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Lei Federal nº 7.210 de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), especialmente o
Título II e o Título IV.
O psicólogo jurídico atua, LEGALMENTE, nos
seguintes exames: a avaliação criminológica, o
exame de responsabilidade penal ou de
imputabilidade e o exame de cessação de
periculosidade.
Professor Alyson Barros, 2022

Quando a IBFC coloca “especialmente”, eu prefiro arriscar para cima...


O que é a execução penal no Brasil
A preocupação com o campo da execução penal cabe prioritariamente ao
campo da Psicologia Penitenciária, e não ao campo geral da Psicologia Jurídica.
A Psicologia Penitenciária, apesar de estar no campo da Psicologia Jurídica,
possui um foco mais específico e é orientada, principalmente, pela Lei de Execução Penal
(LEP), de 1984. Porém, essa área não fica restrita à LEP. A Psicologia Penitenciária surgiu,
principalmente, das suas práticas nos manicômios judiciários, hoje chamados de
Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico.
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“É lícito ao Juiz estabelecer condições especiais para a concessão do regime aberto,
em complementação daquelas previstas na LEP (art. 115 da LEP), mas não poderá adotar
a esse título nenhum efeito já classificado como pena substitutiva (art. 44 do CPB), porque
aí ocorreria o indesejável bis in idem, importando na aplicação de dúplice sanção.
[...]
(REsp 1107314 PR, julgado conforme procedimento previsto para os Recursos Repetitivos,
Rel. Ministra LAURITA VAZ, Rel. p/ Acórdão Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO,
TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 13/12/2010, DJe 05/10/2011)
6. Ao meu sentir, essas condições especiais não podem ser tais que se confundam com
uma pena legalmente prevista pela legislação penal. As condições especiais, portanto,
identificam-se melhor com medidas de caráter educativo, profissionalizante, de reforço à
valorização da cidadania ou de acompanhamento médico e psicológico, quando
necessários”.

Súmula 636 do STJ.


Súmula 636-STJ: A folha de antecedentes criminais é documento suficiente a comprovar os
maus antecedentes e a reincidência. AMOSTRA GRÁTIS
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Súmula vinculante 26 (STF)
Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou
equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 8.072,
de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os
requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo
fundamentado, a realização de exame criminológico.

A súmula ainda faz alusão à necessidade de fundamentação para que o juiz da execução
determine o exame criminológico. Isso ocorre porque o exame, antes considerado
obrigatório na execução da pena no regime fechado, e facultativo na pena cumprida no
regime semiaberto, em especial quando se tratava de condenação por crime doloso
praticado com violência ou grave ameaça a pessoa, deixou de sê-lo com a entrada em
vigor da Lei nº 10.792/03. Atualmente, o entendimento que prevalece nos tribunais
superiores é de que se trata de estudo facultativo (não importando o regime de
cumprimento de pena), devendo o magistrado fundamentar sua necessidade aquilatando
as peculiaridades do caso concreto (gravidade da infração penal e condições pessoais do
agente). Sobre a possibilidade de determinar o exame criminológico, desde que
fundamentado, o STJ editou a súmula nº 439.
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Indo um pouco além, podemos dizer que @psicologianova
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também entende o
seguinte: 6
1. AUSÊNCIA DE LAUDO PSIQUIÁTRICO NÃO ANULA A PERÍCIA PSICOLÓGICA. O que se
exige é que a manifestação do juiz da execução esteja devidamente fundamentada em
elementos concretos constantes dos autos ao se decidir no sentido do não
preenchimento do requisito subjetivo de determinado benefício pelo apenado.
2. Nada impede que o magistrado das execuções criminais, facultativamente, requisite o
exame criminológico e o utilize como fundamento da decisão que julga o pedido de
progressão (STF. 2ª Turma. Rcl 27616 AgR/SP, Rel. Min. Lewandowski, julgado em
9/10/2018).
3. O cometimento de falta grave justifica a determinação de exame criminológico.
Agravo regimental não provido.
(AgRg no HC 396.439/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA
TURMA, julgado em 19/06/2018, DJe 29/06/2018)
4. O Presidente da República editou um Decreto Presidencial concedendo o “indulto
natalino”. O TJ condicionou a concessão do indulto à realização, pelo sentenciado, de
exame criminológico. Ocorre que o Decreto Presidencial em nenhum momento
estabeleceu, como um dos requisitos para a concessão do indulto, que o apenado
fosse submetido a exame criminológico. Logo, tal condição é indevida. Preenchidos os
requisitos previstos no Decreto, não pode o Judiciário exigir a realização do exame
criminológico para aferição do mérito doAMOSTRA
sentenciado,
GRÁTIS por absoluta falta de previsão
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legal. STF. 2ª Turma. HC 116101/SP, Rel. Min.@psicologianova
Instagram: Gilmar Mendes, julgado em 17/12/2013
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(Info 733). 7
As Súmula 439, 493 e 636 do STJ, Súmula Vinculante 26 do STF e Posicionamentos do
Judiciário
Cuidado 1: podemos entender que o exame criminológico é um tipo de exame de
classificação.
Cuidado 2: exame de periculosidade é diferente de exame criminológico.
Exame de periculosidade tem a ver com quem cumpre medida de segurança.

Primeiro, temos de entender que a individualização da pena ocorre em três


fases:
1) No âmbito legislativo: (individualização legislativa ou formal), que ocorre no momento
da criação do tipo penal incriminador, quando o legislador estabelece abstratamente o
mínimo e o máximo da pena cominada;
2) No âmbito judicial (individualização judicial), quando o juiz do processo de
conhecimento, diante do caso concreto e a partir dos critérios estabelecidos na legislação,
fixa a pena cabível ao agente; e, terceiro,
Fonte: Buscador Dizer o Direito

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Diferenças entre exame de classificação e exame criminológico
Exame Criminológico de Exame Criminológico de
Classificação Prognóstico
Artigos da LEP 6º, 7º, 8º e 9º 96, 97 e 08
Quem faz Comissão Técnica de Centro de Observação
Classificação Criminológico
Propósito - antecedentes e personalidade - progressão da pena
- programa individualizador da - prognóstico de
pena privativa de liberdade periculosidade (binômio
adequada ao condenado ou delito-delinquente).
preso provisório.

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Um ponto de vista “diferente”

Alvino Augusto de Sá, reconhecido estudioso das questões carcerárias, dentro dessa
temática, estabelece a seguinte distinção quanto à natureza dos procedimentos de
avaliação: exame criminológico (arts. 8o c 112, LEP), exame de personalidade (art. 9",
LEP) e parecer das CTC (arts. 6° e 112, LEP). Na argumentação do autor, após a reforma,
continuam sendo admitidos tão somente o exame criminológico, feito pra fins de
classificação e individualização da pena (art. 8o, LEP)3 4 5, e ainda o exame de
personalidade (art. 9o. LEP). Desse modo, o parecer técnico das CTC findou extinto, assim
como o exame criminológico realizado para instruir pedidos de benefícios legais na
progressão de regime (art. 112).
Nada obstante, a jurisprudência dos tribunais, principalmente depois da Lei n.°
10.792/03, promove, por vezes, confusão entre as diferentes modalidades de exames e
pareceres realizados sobre o comportamento e o perfil de personalidade do apenado.
Considera o exame criminológico como um verdadeiro gênero, aceitando a utilização do
termo em circunstâncias variadas.
[...]

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Um ponto de vista “diferente”

Há várias espécies de exames, todas elas interligadas: morfológico, funcional,


psicológico, psiquiátrico, moral, social e histórico. Convém, agora, determinar-lhes o
conteúdo.
a) Morfológico: analisa-se a compleição física, anatômica do indivíduo, com vista à
identificação de alguma característica relevante.
b) Funcional: e destina-se à descrição do funcionamento orgânico, sensorial e motor do
indivíduo, para evidenciar alguma deficiência.
c) Psicológico: é o que mais se aproxima dos objetivos gerais do estudo sobre o indivíduo
criminoso, uma vez que é capaz de delinear-lhe os aspectos essenciais da personalidade.
d) Psiquiátrico: estuda-se a mente do sujeito para descobrir se há alguma espécie de
transtorno capaz de ter influenciado a conduta criminosa.
e) Moral: investiga-se o conjunto de valores morais do indivíduo, numa atitude
comparativa em relação aos padrões vigentes na sociedade, e com isso se procura
explicitar alguma dissonância suficientemente importante.
f) Social: procura analisar a conduta do indivíduo no meio social, ou seja, na comunidade
em que se achava inserido por ocasião do cometimento do delito, tentando esclarecer o
modo pelo qual ele se relacionava socialmente. AMOSTRA GRÁTIS
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g) Histórico: trata-se de um estudo daInstagram:
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de vida do sujeito examinado, com o
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propósito de chegar a algum evento na infância, adolescência
13 ou mesmo na idade adulta,
que ajude a compreender melhor o comportamento do indivíduo.
O Conselho Federal de Psicologia levanta uma série de proposições e questionamentos
úteis, porém, falha ao dar contornos fortemente ideológicos à alguns vieses políticos. Foi
assim com a história do depoimento com dano reduzido também, lembra?
Aqui temos de entender primeiro a postura do CFP para depois entrarmos na
Resolução judicialmente suspensa.
Veremos seu posicionamento de forma bem resumida.

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Atualmente, outro dilema a ser enfrentado reside na relação da Psicologia com o
sistema de Justiça. Segundo Popolo (1996), uma modalidade de relação entre a
Psicologia Jurídica e o Direito é o modelo de subordinação. Nesse caso, Psicologia
Jurídica torna-se uma Psicologia aplicada para atender à demanda jurídica e assim
contribuir para o melhor exercício do Direito. O mesmo tipo de subordinação ocorre entre
Psicologia e Psiquiatria forense, na qual o saber psicológico está a serviço da Psiquiatria,
assumindo a função de assessor. Portanto, o psicólogo atua como auxiliar do médico e
contribui na elaboração do diagnóstico clínico, no entanto, o responsável pela avaliação é
o médico e não o psicólogo.
[...]
Por fim, a outra modalidade de relação entre a Psicologia Jurídica e o Direito é a de
complementaridade, caracterizada pela interseção entre o conhecimento psicológico e o
jurídico. Dessa forma, pode haver diálogo e interação entre os saberes.
No entanto, focalizando a área penal, a modalidade de relação predominante entre o
judiciário e a Psicologia é de subordinação. Muitas vezes, juízes chegam a indicar o
instrumento a ser utilizado numa avaliação psicológica. Mesmo diante da alteração da Lei
de Execução Penal (LEP), fato a ser tratado na sequência deste capítulo, há juízes,
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resistentes a essa alteração, que continuam solicitando
Professor Alyson Barros aos psicólogos exame
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criminológico para concessão de benefícios
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progressão de regime, exigindo ainda
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prognóstico quanto à reincidência criminal.
Retomando as ideias de Popolo (1996), é possível à Psicologia responder à
expectativa do direito penal sobre a possibilidade de reincidência criminal diante da
complexidade de tal fenômeno? Seria ético realizar um exame com a concepção dada
pela LEP (determinista e biologizante) podendo trazer graves consequências sobre a vida
das pessoas examinadas? Por mais que a LEP preconize a reinserção social do indivíduo
preso, a herança do pensamento segregacionista, fundamentado na concepção de
binômios (normal/patológico, criminoso/não criminoso), permanece. Enquanto não
compreendermos a criminalidade e seus autores como integrantes sociais e
determinados socialmente, embora tenham expressão individual, será difícil conceber ao
preso outra personalidade social que não seja a de preso. A prática psicológica manter-se-
á restrita, o judiciário, por seu turno, continuará a exercer de modo mais significativo a
garantia da defesa social (de uma parte da sociedade).

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3. Marcos legais para a atuação do psicólogo no sistema prisional
[...]
Também constitui marco legal para a atuação do psicólogo no sistema prisional a Lei
de Execução Penal, publicada em 1984, e que previu a formalização da atuação do
psicólogo em dois momentos: (1˚.) nos pareceres da Comissão Técnica de Classificação
(CTC) e (2˚.) nas manifestações do Centro de Observação Criminológico (COC).
Nesse sentido, a LEP cria dois mecanismos distintos para atuação do psicólogo no
sistema penal, em situações igualmente distintas: (a) exame diagnóstico, com objetivo
de elaboração do projeto individualizador e (b) exame prognóstico, voltado à
instrução dos incidentes do processo de execução penal. [exame de periculosidade]
O trabalho designado para a Comissão Técnica é o da análise inicial do apenado e
elaboração do programa individualizador da pena privativa de liberdade, nos casos
de condenados ao regime fechado e semi-aberto (Artigos 5˚, 6˚, 8˚ e Parágrafo único
da LEP). Tal fundamento é reforçado pelos artigos 34 e 35 do Código Penal, que
igualmente determinam a realização de exame criminológico de classificação no início do
cumprimento da pena privativa de liberdade.
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Assim, de acordo com o texto legal vigente desde 2003 (Lei 10.792/03), caberia à
Comissão, com caráter interdisciplinar, a atribuição de:
1) Realização de exame criminológico diagnóstico
2) Propositura do programa individualizador
Vale destacar que em nenhum outro trecho da LEP há referência ao psicólogo, nem
na assistência, portanto, a prática psicológica como prevista na LEP vincula-se a
elaboração dos exames, além do programa individualizador e do acompanhamento
individualizado da pena. Entretanto, no cotidiano das prisões a prática psicológica se
restringiu à elaboração do exame criminológico que geralmente era realizado durante o
cumprimento da pena.
[...]

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20
Outro fator importante que contribuiu para a ratificação da ação laudatória dos
psicólogos se refere à própria finalidade social da prisão, bem como às relações
estabelecidas entre os atores dessa instituição. Se ao psicólogo cabia, juntamente com os
outros membros da CTC, elaborar o programa individualizador a ser desenvolvido no
decorrer da pena, sendo a finalidade última a reinserção social do indivíduo recluso, a
prisão deveria ser um ambiente que propiciasse esse trabalho, entretanto, sua origem
histórica nega essa possibilidade. Por essa razão, não foi sem fundamento que a atuação
psicológica se tornou marcadamente pericial. Por fim, seguindo essa linha de análise
sobre a atuação do psicólogo nas prisões, destacamos o papel do judiciário representado
na figura do juiz da execução e dos promotores. Considerando a característica do Direito
positivo e a relação estabelecida entre as ciências humanas (Psiquiatria e Psicologia) e o
direito, os laudos tornam-se úteis à garantia da defesa social, portanto úteis ao controle
social formal exercido pelo sistema punitivo.

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Em relatos de psicólogos é comum a menção ao fato de o juiz, ao indeferir um
benefício, citar trechos do exame criminológico como fundamento de sua decisão. Outra
questão referente ao relacionamento entre Psicologia e Judiciário é a expectativa, por
parte do Judiciário, de que as conclusões desses exames sejam assertivas, de acordo com
o espírito do Direito penal positivo. Esses fatos nos levam a retomar a seguinte indagação:
a Psicologia desenvolvida nas prisões responde ao Judiciário e à sociedade conforme
suas expectativas? Para refletirmos adequadamente sobre tal questão, devemos
considerar ainda a complexidade da inserção do psicólogo no sistema prisional, como
veremos a seguir.
[...]
Se cabe à CTC o exame diagnóstico, o COC seria responsável pela elaboração do
exame prognóstico, ou seja, a perícia criminológica que é prova voltada ao
convencimento judicial em suas decisões sobre os incidentes de execução penal (p.
ex. progressão de regime, livramento condicional). Dessa forma, os dois corpos técnicos
multidisciplinares previstos na LEP (CTC e COC) são autônomos, com funções e
composições distintas.
[...] AMOSTRA GRÁTIS
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Há um sentido de a Lei de Execução criar dois órgãos distintos (CTC e COC), pois,
no caso da Psicologia, o trabalho do profissional que acompanha o cotidiano do
preso não é, nem poderia ser, o de perito onipresente. Se cabe ao profissional elaborar
o programa individualizador e atuar no acompanhamento do condenado, imprescindível
o estabelecimento do vínculo de confiança. Ademais, cabe ao profissional da Psicologia,
no acompanhamento do preso, atuar no sentido de proporcionar ao condenado o
fortalecimento dos laços sociais, o resgate de sua cidadania e a inserção na sociedade
extramuros e, conforme determina a Legislação que regula a execução penal,
“observando a ética profissional” (art. 9˚ da LEP).
[...]
Há que se reforçar, portanto, esta diferença entre as duas esferas de intervenção do
psicólogo na Execução Penal – (a) exame diagnóstico e acompanhamento profissional e
(b) exame pericial prognóstico.

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Até então tudo bem. Tudo faz sentido. Mas, aqui entramos na famosa Polêmica
do CFP.
De acordo com o art. 4˚ da Resolução CFP n˚ 012/2011:
§ 1º. Na perícia psicológica realizada no contexto da execução penal ficam vedadas a
elaboração de prognóstico criminológico de reincidência, a aferição de periculosidade e o
estabelecimento de nexo causal a partir do binômio delito/delinqüente.

ATENÇÃO: essa resolução está inteiramente suspensa! Assim, o Psicólogo ainda trabalha
nessas áreas na vida real.

AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 5028507-88.2011.404.7100/RS.


Para quem ainda quiser acompanhar esse imbróglio, recomendo:
https://www2.trf4.jus.br/trf4/controlador.php?acao=consulta_processual_resultado_pes
quisa&txtValor=50285078820114047100&selOrigem=RS&chkMostrarBaixados=&todaspart
es=S&selForma=NU&todasfases=&hdnRefId=bdf772bdba08e3f3456a443844782377&txtPa
lavraGerada=cjBM&txtChave=&numPagina=0
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No presente momento em que escrevo essa aula, a resolução está 100% suspensa:

No dia 10 de abril de 2.015 o Sistema Conselhos de Psicologia foi


surpreendido com a decisão proferida pela Justiça da 1ª Vara Federal de Porto
Alegre. A decisão ocorreu na ação civil pública, movida pelo Ministério Público
Federal contra o Conselho Federal de Psicologia e Conselho Regional de
Psicologia da 7ª Região (RS), na qual houve antecipação da tutela para:
a) Suspender, em todo o país, os efeitos da Resolução CFP 012/2011;
b) Determinar aos Conselhos réus a suspensão de todo e qualquer procedimento
ou processo administrativo destinado a apurar eventual descumprimento, por
parte das(os) psicólogas(os), das disposições constantes na referida Resolução;
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c) Determinar ao CFP que, no prazo deTELEGRAM:
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dê ampla divulgação à decisão,
25
inclusive em sua página na Internet.
Logo na sanção da LEP, a progressão da pena, ou seja, a decisão, era motivada e
precedida de parecer da Comissão Técnica de Classificação e do exame criminológico,
quando necessário. DESDE 2003 NÃO EXISTE MAIS ESSA CONDICIONALIDADE. Manteve-
se apenas a atribuição do programa individualizador da pena.
Além disso, a nova redação do Art. 112 da LEP excluiu a necessidade do Parecer da
CTC e do exame criminológico para motivar e preceder a decisão de conceder a
progressão de pena.

Entendemos, em concordância com o CFP, que o exame criminológico na lei deve


ser realizado quando do ingresso da pessoa condenada em regime de privação de
liberdade, com finalidade de propor ações que garantam os direitos legais às assistências
previstas na LEP, incluindo a assistência psicológica, de modo a poderem se reconhecer
capazes de redirecionar suas vidas em outras direções que não a do crime. Ou seja,
aqueles exames haviam sido propostos com a finalidade de individualização da pena.

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A classificação dos condenados é requisito fundamental para demarcar o início da
execução, tanto das penas privativas de liberdade, quanto de medida de segurança.
Os condenados serão classificados com base em seus antecedentes e
personalidade.
Para fins, portanto, de classificação, consideram-se:
Site: Buscador Dizer o Direito

Exame dos antecedentes Exame da personalidade


Trata-se da análise dos dados relativos à Envolve a análise genérica das
sua vida pregressa, verificando-se os características ínsitas ao indivíduo,
processos criminais pelos quais já principalmente no que concerne ao seu
respondeu o condenado, com destaque caráter e tendências.
a sua eventual condição de reincidente.

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A individualização também está na Constituição Federal
CF, art. 5º, XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as
seguintes: (...)

Art. 6o A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o
programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou
preso provisório.

A Comissão Técnica de Classificação - CTC primeiro realiza a classificação para


em seguida elaborar o programa individualizador.
Através desta classificação é possível determinar elementos da personalidade
permitindo que o Judiciário utilize tais informações para tomar as devidas diligências. A
realização desses relatórios é função da CTC que é interdisciplinar. Assim, através de tal
análise, a CTC propõe à autoridade competente as progressões, regressões dos regimes e
conversões de penas.
Tal fundamento é reforçado pelos artigos 34 e 35 do Código Penal, que igualmente
determinam a realização de exame criminológico AMOSTRA GRÁTIS
de classificação no início do
cumprimento da pena privativa de liberdade. Professor Alyson Barros
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30
CÓDIGO PENAL (1940)
Art. 34 - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame
criminológico de classificação para individualização da execução.
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o
repouso noturno.
§ 2º - O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade das
aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis com a execução
da pena.
§ 3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras públicas.
Regras do regime semi-aberto
Art. 35 - Aplica-se a norma do art. 34 deste Código, caput, ao condenado que inicie o
cumprimento da pena em regime semi-aberto.

Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e composta, no mínimo,
por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente social, quando se tratar de condenado à pena
privativa de liberdade.
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e será integrada por fiscais do serviço social.

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Todo estabelecimento possuirá uma Comissão, cuja composição depende do tipo de
pena a ser executada:

COMPOSIÇÃO
Pena privativa de liberdade Demais casos
2 (dois chefes de serviço Atuará junto ao juízo da execução e será
1 psiquiatra composta dos fiscais do serviço social.
1 psicólogo
1 assistente social
Presidida pelo diretor

Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado,


será submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a
uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução.
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado
ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime semi-aberto.
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Aprofundamento da Lei De Execução Penal I
CAPÍTULO II
Da Assistência
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o
crime e orientar o retorno à convivência em sociedade.
Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso.
Art. 11. A assistência será:
I - material;
II - à saúde;
III -jurídica;
IV - educacional;
V - social;
VI - religiosa.

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35
SEÇÃO II
Da Assistência Material
Art. 12. A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de
alimentação, vestuário e instalações higiênicas.
Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos presos nas
suas necessidades pessoais, além de locais destinados à venda de produtos e objetos
permitidos e não fornecidos pela Administração.

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SEÇÃO III
Da Assistência à Saúde
Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo,
compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico.
§ 1º (Vetado).
§ 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência
médica necessária, esta será prestada em outro local, mediante autorização da direção
do estabelecimento.
§ 3o Será assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no pré-natal e
no pós-parto, extensivo ao recém-nascido.
§ 4º Será assegurado tratamento humanitário à mulher grávida durante os atos médico-
hospitalares preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de parto, bem
como à mulher no período de puerpério, cabendo ao poder público promover a
assistência integral à sua saúde e à do recém-nascido.

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SEÇÃO IV
Da Assistência Jurídica
Art. 15. A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados sem recursos
financeiros para constituir advogado.
Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica, integral e
gratuita, pela Defensoria Pública, dentro e fora dos estabelecimentos penais.
§ 1o As Unidades da Federação deverão prestar auxílio estrutural, pessoal e material à
Defensoria Pública, no exercício de suas funções, dentro e fora dos estabelecimentos
penais.
§ 2o Em todos os estabelecimentos penais, haverá local apropriado destinado ao
atendimento pelo Defensor Público.
§ 3o Fora dos estabelecimentos penais, serão implementados Núcleos Especializados da
Defensoria Pública para a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos réus,
sentenciados em liberdade, egressos e seus familiares, sem recursos financeiros para
constituir advogado.

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38
SEÇÃO VI
Da Assistência Social
Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar o preso e o internado e prepará-
los para o retorno à liberdade.
Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social:
I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames;
II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades
enfrentadas pelo assistido;
III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias;
IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação;
V - promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do
liberando, de modo a facilitar o seu retorno à liberdade;
VI - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e
do seguro por acidente no trabalho;
VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da
vítima.
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41
SEÇÃO VII
Da Assistência Religiosa
Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e aos
internados, permitindo-se-lhes a participação nos serviços organizados no
estabelecimento penal, bem como a posse de livros de instrução religiosa.
§ 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos religiosos.
§ 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a participar de atividade religiosa.

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42
SEÇÃO VIII
Da Assistência ao Egresso
Art. 25. A assistência ao egresso consiste:
I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade;
II - na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento
adequado, pelo prazo de 2 (dois) meses.
Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado uma única vez,
comprovado, por declaração do assistente social, o empenho na obtenção de emprego.
Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:
I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do estabelecimento;
II - o liberado condicional, durante o período de prova.
Art. 27.O serviço de assistência social colaborará com o egresso para a obtenção de
trabalho.

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43
Aprofundamento da Lei De Execução Penal II
Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana,
terá finalidade educativa e produtiva.
§ 1º Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções relativas à
segurança e à higiene.
§ 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do
Trabalho.
Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo
ser inferior a 3/4 (três quartos) do salário mínimo.
§ 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender:
a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados
judicialmente e não reparados por outros meios;
b) à assistência à família;
c) a pequenas despesas pessoais;
d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do
condenado, em proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista
nas letras anteriores.
§ 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante para
constituição do pecúlio, em Caderneta de Poupança, que será entregue ao
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condenado quando posto em liberdade. Professor Alyson Barros
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Art. 30. As tarefas executadas como
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do TELEGRAM: de serviço à comunidade não serão
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44
remuneradas.
SEÇÃO III
Do Trabalho Externo
Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente
em serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta,
ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da
disciplina.
§ 1º O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do total de
empregados na obra.
§ 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à empresa empreiteira a
remuneração desse trabalho.
§ 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do consentimento expresso do
preso.
Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do
estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade, além do
cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena.
Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que vier a
praticar fato definido como crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento
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contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo.Alyson Barros
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47
CAPÍTULO IV
Dos Deveres, dos Direitos e da Disciplina
SEÇÃO I
Dos Deveres
Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado,
submeter-se às normas de execução da pena.
Art. 39. Constituem deveres do condenado:
I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença;
II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-
se;
III - urbanidade e respeito no trato com os demais condenados;
IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão
à ordem ou à disciplina;
V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;
VI - submissão à sanção disciplinar imposta;
VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores;
VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua
manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho;
IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;
X - conservação dos objetos de uso pessoal.AMOSTRA GRÁTIS
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Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no
Instagram: que couber, o disposto neste artigo.
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48
SEÇÃO II
Dos Direitos
Art. 40 - Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física e moral dos
condenados e dos presos provisórios.
Art. 41 - Constituem direitos do preso:

I - alimentação suficiente e vestuário; XI - chamamento nominal;


II - atribuição de trabalho e sua remuneração; XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da
III - Previdência Social; individualização da pena;
IV - constituição de pecúlio; XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento;
V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em
trabalho, o descanso e a recreação; defesa de direito;
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, XV - contato com o mundo exterior por meio de
artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis correspondência escrita, da leitura e de outros meios de
com a execução da pena; informação que não comprometam a moral e os bons
VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, costumes.
social e religiosa; XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob
VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; pena da responsabilidade da autoridade judiciária
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado; competente.
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e
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amigos em dias determinados; Professor Alyson Barros
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49
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou
restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.
Art. 42 - Aplica-se ao preso provisório e ao submetido à medida de segurança, no que
couber, o disposto nesta Seção.
Art. 43 - É garantida a liberdade de contratar médico de confiança pessoal do internado
ou do submetido a tratamento ambulatorial, por seus familiares ou dependentes, a fim de
orientar e acompanhar o tratamento.
Parágrafo único. As divergências entre o médico oficial e o particular serão resolvidas
pelo Juiz da execução.

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50
SUBSEÇÃO II
Das Faltas Disciplinares
Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local
especificará as leves e médias, bem assim as respectivas sanções.
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada.
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;
II - fugir;
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de
outrem;
IV - provocar acidente de trabalho;
V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas;
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar,
que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.
VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético.
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53
SUBSEÇÃO II
Das Faltas Disciplinares
Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local
especificará as leves e médias, bem assim as respectivas sanções.
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada.
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;
II - fugir;
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de
outrem;
IV - provocar acidente de trabalho;
V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas;
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar,
que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.
VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético.
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Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se,
Professor no que
Alyson Barroscouber, ao preso provisório.
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54
Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que:
I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;
II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta;
III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar
subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacional ou
estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes
características:
I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta
grave de mesma espécie;
II - recolhimento em cela individual;
III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem realizadas em instalações equipadas
para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso de
terceiro, autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas) horas;
IV - direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol, em grupos de
até 4 (quatro) presos, desde que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso;
V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em instalações
equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização
judicial em contrário;
VI - fiscalização do conteúdo da correspondência;
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VII - participação em audiências judiciais preferencialmente
Professor Alyson Barrospor videoconferência, garantindo-
se a participação do defensor noGrupo
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do preso.
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55
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou
condenados, nacionais ou estrangeiros:
I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal
ou da sociedade;
II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a
qualquer título, em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada,
independentemente da prática de falta grave.
§ 2º (Revogado).
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa,
associação criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou
mais Estados da Federação, o regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente
cumprido em estabelecimento prisional federal.
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar diferenciado poderá ser
prorrogado sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo indícios de que o
preso:
I - continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento
penal de origem ou da sociedade;
II - mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia
privada, considerados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no
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grupo criminoso, a operação duradoura Professordo grupo,
Alyson Barros a superveniência de novos
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processos criminais e os resultados do tratamento
Grupo do TELEGRAM: penitenciário.
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56
Art. 55. As recompensas têm em vista o bom comportamento reconhecido em favor do
condenado, de sua colaboração com a disciplina e de sua dedicação ao trabalho.
Art. 56. São recompensas:
I - o elogio;
II - a concessão de regalias.
Parágrafo único. A legislação local e os regulamentos estabelecerão a natureza e a forma
de concessão de regalias.

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59
SUBSEÇÃO IV
Da Aplicação das Sanções
Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão em conta a natureza, os
motivos, as circunstâncias e as conseqüências do fato, bem como a pessoa do faltoso e
seu tempo de prisão.
Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se as sanções previstas nos incisos III a V do
art. 53 desta Lei.
Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exceder a trinta
dias, ressalvada a hipótese do regime disciplinar diferenciado.
Parágrafo único. O isolamento será sempre comunicado ao Juiz da execução.

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60
SUBSEÇÃO V
Do Procedimento Disciplinar
Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o procedimento para sua
apuração, conforme regulamento, assegurado o direito de defesa.
Parágrafo único. A decisão será motivada.
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso
pelo prazo de até dez dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no
interesse da disciplina e da averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz
competente.
Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão preventiva no regime disciplinar
diferenciado será computado no período de cumprimento da sanção disciplinar.

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61
Complementações

SEÇÃO III
Da Direção e do Pessoal dos Estabelecimentos Penais
Art. 75. O ocupante do cargo de diretor de estabelecimento deverá satisfazer os seguintes
requisitos:
I - ser portador de diploma de nível superior de Direito, ou Psicologia, ou Ciências
Sociais, ou Pedagogia, ou Serviços Sociais;
II - possuir experiência administrativa na área;
III - ter idoneidade moral e reconhecida aptidão para o desempenho da função.
Parágrafo único. O diretor deverá residir no estabelecimento, ou nas proximidades, e
dedicará tempo integral à sua função.

Art. 84, §4º. O preso que tiver sua integridade física, moral ou psicológica ameaçada pela
convivência com os demais presos ficará segregado em local próprio.

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CAPÍTULO V
Do Centro de Observação
Art. 96. No Centro de Observação realizar-se-ão os exames gerais e o criminológico,
cujos resultados serão encaminhados à Comissão Técnica de Classificação.
Parágrafo único. No Centro poderão ser realizadas pesquisas criminológicas.
Art. 97. O Centro de Observação será instalado em unidade autônoma ou em anexo a
estabelecimento penal.
Art. 98. Os exames poderão ser realizados pela Comissão Técnica de Classificação, na
falta do Centro de Observação.

Nos Centro de Observação realizar-se-ão os exames gerais e o criminológico, cujos


resultados serão encaminhados à Comissão Técnica de Classificação.
Na falta do Centro de Observação os exames gerais e o criminológico poderão
ser realizados pela Comissão Técnica de Classificação.
Na prática, muitos dos Centros de Observação ficam dentro dos CDPs (Centro de
Detenção Provisória). Em outros locais é separado.
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CAPÍTULO VI
Do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico
Art. 99. O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico destina-se aos inimputáveis e
semi-imputáveis referidos no artigo 26 e seu parágrafo único do Código Penal.
Parágrafo único. Aplica-se ao hospital, no que couber, o disposto no parágrafo único, do
artigo 88, desta Lei.
Art. 100. O exame psiquiátrico e os demais exames necessários ao tratamento são
obrigatórios para todos os internados.
Art. 101. O tratamento ambulatorial, previsto no artigo 97, segunda parte, do Código
Penal, será realizado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico ou em outro local
com dependência médica adequada.

Art. 108. O condenado a quem sobrevier doença mental será internado em Hospital de
Custódia e Tratamento Psiquiátrico. Art. 167. A execução da pena de multa será suspensa
quando sobrevier ao condenado doença mental (artigo 52 do Código Penal). Art. 183.
Quando, no curso da execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental
ou perturbação da saúde mental, o Juiz, de AMOSTRA
ofício, aGRÁTIS
requerimento do Ministério Público,
da Defensoria Pública ou da autoridade administrativa, poderá determinar a substituição
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da pena por medida de segurança.Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova
64
A Vida Real do psicólogo que trabalha com apenados

Dentro do presídio a psicologia trabalha com várias ações, como, por exemplo:
1. Intervenções em crises
2. Entrevista inicial
3. Orientação Psicológica (possui caráter terapêutico mais especifico)
4. Grupos de Convivência
5. Atendimento familiar
6. Entrevista de orientação (entrevista de acompanhamento)
7. Atendimento da equipe de funcionários do presídio.

Recentemente o CFP publicou a Pesquisa sobre atuação da Psicologia no


campo da Execução Penal está disponível para acesso (2019).
Esses foram os principais dados quantitativos obtidos pela excelente pesquisa:
Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2019/12/BR84-CFP-Rel-
SisPenalBrasileiro_web_vs3.pdf
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Aprofundamento da Lei De Execução Penal III
TÍTULO IV
Dos Estabelecimentos Penais
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 82. Os estabelecimentos penais destinam-se ao condenado, ao submetido à medida
de segurança, ao preso provisório e ao egresso.
§ 1° A mulher e o maior de sessenta anos, separadamente, serão recolhidos a
estabelecimento próprio e adequado à sua condição pessoal.
§ 2º - O mesmo conjunto arquitetônico poderá abrigar estabelecimentos de destinação
diversa desde que devidamente isolados.

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Art. 83. O estabelecimento penal, conforme a sua natureza, deverá contar em suas
dependências com áreas e serviços destinados a dar assistência, educação, trabalho,
recreação e prática esportiva.
§ 1º Haverá instalação destinada a estágio de estudantes universitários.
§ 2o Os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de berçário, onde
as condenadas possam cuidar de seus filhos, inclusive amamentá-los, no mínimo, até 6
(seis) meses de idade.
§ 3o Os estabelecimentos de que trata o § 2o deste artigo deverão possuir,
exclusivamente, agentes do sexo feminino na segurança de suas dependências
internas.
§ 4o Serão instaladas salas de aulas destinadas a cursos do ensino básico e
profissionalizante.
§ 5o Haverá instalação destinada à Defensoria Pública.

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Art. 83-A. Poderão ser objeto de execução indireta as atividades materiais acessórias,
instrumentais ou complementares desenvolvidas em estabelecimentos penais, e
notadamente:
I - serviços de conservação, limpeza, informática, copeiragem, portaria, recepção,
reprografia, telecomunicações, lavanderia e manutenção de prédios, instalações e
equipamentos internos e externos;
II - serviços relacionados à execução de trabalho pelo preso.
§ 1o A execução indireta será realizada sob supervisão e fiscalização do poder público.
§ 2o Os serviços relacionados neste artigo poderão compreender o fornecimento de
materiais, equipamentos, máquinas e profissionais.
Art. 83-B. São indelegáveis as funções de direção, chefia e coordenação no âmbito do
sistema penal, bem como todas as atividades que exijam o exercício do poder de polícia, e
notadamente:
I - classificação de condenados;
II - aplicação de sanções disciplinares;
III - controle de rebeliões;
IV - transporte de presos para órgãos doAMOSTRA
Poder GRÁTIS
Judiciário, hospitais e outros locais
externos aos estabelecimentos penais. Professor Alyson Barros
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Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada em
julgado.
§ 1o Os presos provisórios ficarão separados de acordo com os seguintes critérios:
I - acusados pela prática de crimes hediondos ou equiparados;
II - acusados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à
pessoa;
III - acusados pela prática de outros crimes ou contravenções diversos dos apontados
nos incisos I e II.
§ 2° O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça Criminal
ficará em dependência separada.
§ 3o Os presos condenados ficarão separados de acordo com os seguintes critérios:
I - condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados;
II - reincidentes condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou
grave ameaça à pessoa;
III - primários condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave
ameaça à pessoa;
IV - demais condenados pela prática de outros crimes ou contravenções em situação
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diversa das previstas nos incisos I, II e III.Professor Alyson Barros
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72
Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada em
julgado.
§ 1o Os presos provisórios ficarão separados de acordo com os seguintes critérios:
I - acusados pela prática de crimes hediondos ou equiparados;
II - acusados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à
pessoa;
III - acusados pela prática de outros crimes ou contravenções diversos dos apontados
nos incisos I e II.
§ 2° O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça Criminal
ficará em dependência separada.
§ 3o Os presos condenados ficarão separados de acordo com os seguintes critérios:
I - condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados;
II - reincidentes condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou
grave ameaça à pessoa;
III - primários condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave
ameaça à pessoa;
IV - demais condenados pela prática de outros crimes ou contravenções em situação
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diversa das previstas nos incisos I, II e III.Professor Alyson Barros
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§ 4o O preso que tiver sua integridade física, https://t.me/psicologianova
Grupo do TELEGRAM: moral ou psicológica ameaçada pela
convivência com os demais presos ficará segregado 73 em local próprio.
Art. 85. O estabelecimento penal deverá ter lotação compatível com a sua estrutura e
finalidade.
Parágrafo único. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária determinará o
limite máximo de capacidade do estabelecimento, atendendo a sua natureza e
peculiaridades.
Art. 86. As penas privativas de liberdade aplicadas pela Justiça de uma Unidade
Federativa podem ser executadas em outra unidade, em estabelecimento local ou da
União.
§ 1o A União Federal poderá construir estabelecimento penal em local distante da
condenação para recolher os condenados, quando a medida se justifique no
interesse da segurança pública ou do próprio condenado.
§ 2° Conforme a natureza do estabelecimento, nele poderão trabalhar os liberados
ou egressos que se dediquem a obras públicas ou ao aproveitamento de terras
ociosas.
§ 3o Caberá ao juiz competente, a requerimento da autoridade administrativa definir
o estabelecimento prisional adequado para abrigar o preso provisório ou
condenado, em atenção ao regime e aos requisitos estabelecidos.
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CAPÍTULO II
Da Penitenciária
Art. 87. A penitenciária destina-se ao condenado à pena de reclusão, em regime fechado.
Parágrafo único. A União Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios poderão
construir Penitenciárias destinadas, exclusivamente, aos presos provisórios e condenados
que estejam em regime fechado, sujeitos ao regime disciplinar diferenciado, nos termos
do art. 52 desta Lei.
Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho
sanitário e lavatório.
Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular:
a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e
condicionamento térmico adequado à existência humana;
b) área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados).

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75
Art. 89. Além dos requisitos referidos no art. 88, a penitenciária de mulheres será dotada
de seção para gestante e parturiente e de creche para abrigar crianças maiores de 6 (seis)
meses e menores de 7 (sete) anos, com a finalidade de assistir a criança desamparada
cuja responsável estiver presa.
Parágrafo único. São requisitos básicos da seção e da creche referidas neste artigo:
I – atendimento por pessoal qualificado, de acordo com as diretrizes adotadas pela
legislação educacional e em unidades autônomas; e
II – horário de funcionamento que garanta a melhor assistência à criança e à sua
responsável.
Art. 90. A penitenciária de homens será construída, em local afastado do centro urbano, à
distância que não restrinja a visitação.

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76
CAPÍTULO III
Da Colônia Agrícola, Industrial ou Similar
Art. 91. A Colônia Agrícola, Industrial ou Similar destina-se ao cumprimento da pena em
regime semi-aberto.
Art. 92. O condenado poderá ser alojado em compartimento coletivo, observados os
requisitos da letra a, do parágrafo único, do artigo 88, desta Lei.
Parágrafo único. São também requisitos básicos das dependências coletivas:
a) a seleção adequada dos presos;
b) o limite de capacidade máxima que atenda os objetivos de individualização da
pena.

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77
CAPÍTULO IV
Da Casa do Albergado
Art. 93. A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento de pena privativa de liberdade,
em regime aberto, e da pena de limitação de fim de semana.
Art. 94. O prédio deverá situar-se em centro urbano, separado dos demais
estabelecimentos, e caracterizar-se pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga.
Art. 95. Em cada região haverá, pelo menos, uma Casa do Albergado, a qual deverá
conter, além dos aposentos para acomodar os presos, local adequado para cursos e
palestras.
Parágrafo único. O estabelecimento terá instalações para os serviços de fiscalização e
orientação dos condenados.

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CAPÍTULO V
Do Centro de Observação
Art. 96. No Centro de Observação realizar-se-ão os exames gerais e o criminológico, cujos
resultados serão encaminhados à Comissão Técnica de Classificação.
Parágrafo único. No Centro poderão ser realizadas pesquisas criminológicas.
Art. 97. O Centro de Observação será instalado em unidade autônoma ou em anexo a
estabelecimento penal.
Art. 98. Os exames poderão ser realizados pela Comissão Técnica de Classificação, na
falta do Centro de Observação.

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2. FCC - 2009 - TJ-SE - Analista Judiciário - Psicologia
O exame criminológico, nos termos da nossa legislação penal, tem por finalidade:
A o conhecimento da personalidade do agente criminal, o planejamento de medidas
reeducativo-penais e o prognóstico da reincidência criminal.
B o conhecimento da família do réu, visando a reinserção social após sua liberação.
C a apresentação do sistema prisional ao réu, sua família e demais pessoas que ele venha
a apresentar como importantes em sua vida.
D a realização de perícia médico-forense que será arquivada no presídio como elemento
para que o diretor saiba lidar com o réu em caso de agitações emocionais ou participação
em rebeliões.
E o exercício do trabalho multiprofissional que é desenvolvido na fase policial e que
servirá como base para que o juiz encaminhe o caso para medida de segurança.

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3. FUNCAB - 2013 - PC-ES - Psicólogo
A questão do exame criminológico tem sido um dos pontos mais polêmicos entre os
técnicos que dele participam, principalmente os psicólogos. Esse exame:
A é realizado por um psiquiatra, um médico e um assistente social.
B traça um perfil psicológico com vistas ao tratamento psiquiátrico.
C determina o livramento condicional.
D tem por objetivo identificar as múltiplas causas que constituiriam fatores geradores da
conduta delituosa.
E permite estabelecer um prognóstico psicológico para o período de detenção.

4. Quadrix - 2020 - CFP - Especialista em Psicologia - Jurídica


Os exames gerais e criminológicos, realizados no momento do ingresso no
estabelecimento penal, serão realizados
A no centro de triagem.
B no centro de observação.
C no serviço de psicologia.
D no fórum. AMOSTRA GRÁTIS
E em qualquer dependência. Professor Alyson Barros
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5. FUNCAB - 2014 - SEDS-TO - Analista Socioeducador - Pedagogia
Os códigos profissionais de ética de psicólogos, assistentes sociais e pedagogos,
posicionam-se, em relação à realização de exames criminológicos, de forma:
A favorável.
B condicionada às circunstâncias.
C imparcial.
D crítica.

6. Quadrix - 2012 - CFP - Psicologia Jurídica


Carvalho e colaboradores (2003), ao discutirem sobre o "Exame Criminológico",
apresentam as críticas mais comuns que são feitas a este. Qual das alternativas é a
correta em relação a essas críticas?
A Cientificidade questionável e risco de o instrumento ser fonte de arbitrariedade.
B Cientificidade questionável e falta de apoio técnico por parte da instituição penal.
C Falta de apoio técnico por parte da instituição penal e uso de critérios duvidosos para a
conclusão do parecer.
D Problemas éticos na exposição de informações pessoais dos presos e falta de referência
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técnica por parte do Conselho Federal de Psicologia.
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E Todas as alternativas anteriores estão
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7. FCC - 2012 - TJ-RJ - Analista Judiciário - Psicologia
A atuação do psicólogo no âmbito do sistema prisional está regulamentada pela
Resolução no 012/2011 do Conselho Federal de Psicologia. No tocante à determinação
para a elaboração de exame criminológico ou outros documentos escritos com a
finalidade de instruir processo de execução penal, caberá ao psicólogo
A elaborar laudo pericial fundamentando a aferição da periculosidade do indivíduo.
B realizar a perícia nos casos em que atua como profissional de referência para o
acompanhamento da pessoa em cumprimento da pena.
C a realização de perícia psicológica acompanhada de prognóstico criminológico de
reincidência.
D somente realizar perícia psicológica a partir dos quesitos elaborados pelo demandante
e dentro dos parâmetros técnico- científicos e éticos da profissão.
E somente realizar exames de avaliação familiar no âmbito psicossocial do apenado.

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10. CIEE - 2019 - TJ-DFT - Estágio - Psicologia
É amplamente salientado a interface entre a psicologia e noções de Direito, ou seja, do
conhecimento e atuação do psicólogo jurídico auxiliando no âmbito da justiça, em todos
dos âmbitos do Direito (Penal, Civil, Familiar etc). Diante deste escopo, existem três tipos
de perícias que envolvem o âmbito de saúde mental no Brasil. São elas:
A a avaliação social, psicológica e perícia médica de periculosidade.
B o exame criminológico, a avaliação psíquica e o exame de inimputabilidade.
C a avaliação psicológica e neuropsicológica, e o exame de responsabilidade penal.
D a avaliação criminológica, o exame de responsabilidade penal ou de imputabilidade e o
exame de cessação de periculosidade.

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11. Quadrix - 2020 - CFP - Especialista em Psicologia - Jurídica
Na Lei de execução penal, a proposta para a atividade do profissional psicólogo é compor
A a Comissão Técnica de Classificação, responsável pela elaboração dos exames
criminológicos e de personalidade, além do programa individualizador da pena.
B a Comissão Técnica de Classificação e Acompanhamento, responsável pela avaliação da
personalidade e do programa de ressocialização.
C a Comissão Técnica de Classificação da Pena, responsável pela elaboração dos exames
criminológicos e de personalidade e de ressocialização.
D a Comissão Técnica de Classificação de Risco, responsável pela elaboração dos exames
criminológicos e de personalidade, além do programa individualizador da pena.
E a Comissão Técnica de Classificação e Progressão da Pena, responsável pela elaboração
dos exames criminológicos e de personalidade.

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12. FCC - 2012 - MPE-AP - Analista Ministerial - Psicologia
A Resolução do Conselho Federal de Psicologia no 012/2011 que regulamenta a atuação
do psicólogo no âmbito do sistema prisional e, no tocante à produção de documentos
escritos para subsidiar a decisão judicial na execução das penas e das medidas de
segurança, estabelece que
A o psicólogo não deverá se ater a quesitos enviados pelo demandante.
B ficam vedadas a elaboração de prognóstico criminológico de reincidência, a aferição de
periculosidade e o estabelecimento de nexo causal a partir do binômio delito-
delinquente.
C ficam vedadas qualquer possibilidade de realização de perícia psicológica e redação de
laudos advindos de clientela do sistema penitenciário.
D é vedado ao psicólogo a participação em qualquer tipo de exame criminológico com a
consequente entrega do laudo, sendo que em caso de desobediência haverá multa
equivalente a um salário mínimo vigente à época.
E o psicólogo que acompanha o indivíduo no cumprimento da pena é quem deverá
realizar a perícia e o laudo psicológico obrigatoriamente.
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13. FGV - 2015 - TJ-SC - Psicólogo
“Em 1984, com a edição da LEP (Lei de Execuções Penais), instituiu-se a avaliação
criminológica como requisito para que o condenado atingisse a última fase
da individualização da pena. (...) Após a aplicação da sanção caberia aos técnicos do
sistema carcerário classificar os condenados com o intuito de definir
programa ressocializador e avaliar seu comportamento durante a execução de forma a
orientar a decisão do magistrado." (CARVALHO, S. O papel da perícia psicológica na
execução penal. In BRANDÃO, E. et GONÇALVES, H. S. Psicologia Jurídica no Brasil. Rio de
Janeiro: NAU, 2011).
Com o advento da Lei nº 10.792/03, que deu nova redação à LEP e estabeleceu a não
obrigatoriedade do laudo, espera-se dos psicólogos, na seara da execução penal, que:
A diligenciem a obtenção de dados reveladores da personalidade, inclusive pela
requisição de informações acerca do condenado;
B desenvolvam trabalho propositivo de elaboração de programas de tratamento penal,
objetivando a redução dos danos causados pelo processo de prisionalização;
C classifiquem e diagnostiquem os condenados à pena privativa de liberdade,
principalmente daqueles submetidos a penas com regime inicial fechado;
D avaliem o cotidiano do apenado, realizando exames periciais e pesquisas
criminológicas que retratem o perfil do preso para auxiliar nas decisões judiciais dos
incidentes de execução; AMOSTRA GRÁTIS
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E realizem prognósticos de não delinquência, requisito subjetivo obrigatório para
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concessão do livramento condicional,
Grupoatravés da avaliação
do TELEGRAM: do mérito e da personalidade
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91
durante a pena.
14. IBADE - 2017 - SEJUDH - MT - Psicólogo
A atuação da Psicologia nas prisões vem sendo objeto de reflexão em muitos fóruns de
debate, tendo sido evidenciada em um processo sistemático de diálogo no ano 2005.
Sobre esse processo pode-se afirmar:
A Ele se dá no âmbito exclusivo do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que reúne
especialistas internacionais voltados a formar novos profissionais para a prática no
sistema prisional.
B Teve como objetivo produzir e disseminar uma série de guias teóricos e práticos como
referência para o agir profissional dos técnicos que possuem como fundamento a
necessidade de um aumento progressivo do encarceramento e exclusão social de
criminosos.
C Apesar da modificação da Lei de Execução Penal, ocorrida em 2003, que facultou a
aplicação do exame criminológico, os psicólogos não estavam discutindo suas práticas,
uma vez que apresentam grande dificuldade de identificar novas formas de intervenção
frente às dificuldades crescentes apresentadas pelo sistema prisional.
D Muitos estudos destacam que os modelos de prisão existentes são desfavoráveis para a
aprendizagem de comportamentos úteis à vida na sociedade livre. Ao contrário, rotulam e
estigmatizam determinado grupo social, o que tende a aumentar as oportunidades de
encarceramento e exclusão social.
E Resultou de uma imposição do Departamento Penitenciário
AMOSTRA GRÁTIS Nacional (DEPEN) a fim de
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uniformizar as práticas, baseando-se para tanto@psicologianova
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países desenvolvidos. 92
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