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Quesitos para habilitação de pretendentes à adoção1

1. O(A) pretendente tem exata compreensão do que é adoção e suas


conseqüências e implicações? Está ciente de que é irrevogável e irreversível?

2. Quais são as reais motivações do(a) pretendente? Os motivos alegados são


idôneos e denotam preparo para as conseqüências e implicações presentes e
futuras da adoção?

3. O(A) pretendente realmente acredita que a filiação adotiva é tão


importante e digna quanto a filiação biológica?

4. O(A) pretendente faz alguma exigência quanto à faixa etária, sexo, aspecto
físico e estado de saúde da(s) criança(s)/adolescente(s) que pretende adotar?
Em caso positivo, qual a razão disto? Os motivos alegados são idôneos?

5. O(A) pretendente freqüentou curso preparatório à adoção e refletiu acerca


da possibilidade de adoção de crianças e adolescentes maiores, grupos de
irmãos, crianças e adolescentes com deficiência e/ou de origem étnica
diversa? O que ele(ela) relata a respeito? Onde e quando o curso foi realizado,
quem o promoveu e qual sua duração/carga horária?

6. O(A) pretendente tem adequada compreensão de que a adoção visa


satisfazer necessidades (afetivas, sociais e materiais) do adotando, ao mesmo
tempo em que concretiza o inalienável direito que o adotando tem à
convivência familiar e comunitária?

7. O(A) pretendente reúne condições objetivas e subjetivas para se


desincumbir adequadamente do dever de guarda da(s) criança(s)/
adolescente(s) que pretende adotar?

8. O(A) pretendente reúne condições objetivas e subjetivas para se


desincumbir adequadamente do dever de educação da(s) criança(s)/
adolescente(s) que pretende adotar, em toda extensão do art. 205, da
Constituição Federal?

9. O(A) pretendente reúne condições objetivas e subjetivas para se


desincumbir adequadamente do dever de sustento da(s) criança(s)/
adolescente(s) que pretende adotar?

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A avaliação é individual, e deve ser realizada após o(a) pretendente ter frequentado o curso preparatório a
que se referem os arts. 50, §3º e 197-C, §1º, da Lei nº 8.069/90. É também importante, como em qualquer
avaliação efetuada, que o técnico/perito especifique a metodologia empregada (número de entrevistas,
tempo de duração, se houve visita domiciliar etc.).
10. Existe alguma situação que mereça ser mais avaliada e/ou trabalhada
antes da concessão da habilitação à adoção? Em caso positivo, qual? O que é
necessário ser feito para concessão da habilitação de forma segura?

11. Os demais familiares do(a) pretendente, em especial os integrantes da


família extensa, estão cientes e dão suporte à sua pretensão de adotar?

12. O(A) pretendente demonstra possuir conhecimento, maturidade e


estabilidade emocional suficientes para desempenhar adequadamente todas
as suas obrigações como pai/mãe, inclusive para lidar com as situações
conflitivas inerentes ao desenvolvimento humano, particularmente no período
da adolescência?

Em caso de pretendente que já possui a guarda do(s) adotando(s), também


devem ser respondidos os seguintes quesitos:

13. Quais são os sentimentos do(a) pretendente em relação à(s)


criança(s)/adolescente(s) que pretende adotar?

14. Qual o tempo de convívio efetivo entre o(a) pretendente e a(s)


criança(s)/adolescente(s) que pretende adotar?

15. Como são as relações afetivas e as características do vínculo existente


entre o(a) pretendente e a(s) criança(s)/adolescente(s) que pretende adotar?

Fernando Luiz Menezes Guiraud


Psicólogo CRP-08/02582

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