TEMA: A IMPORTÂNCIA DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS NO
PROCEDIMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
SANTOS, José Welligton dos; FILHO, Pedro Leão de Menezes
1. INTRODUÇÃO
A pesquisa em ênfase tem como problemática realizar uma
investigação detalhada acerca da prisão em flagrante, que é um dos
tipos de prisões previstas no ordenamento jurídico brasileiro. Desse
modo, a questão do estudo é: quais os limites da prisão em
flagrante, ou seja, em que circunstância se caracteriza o flagrante, e
quais as perspectivas para esse modo de prisão?
A prisão em flagrante é nada mais que um ato constritivo da
liberdade, e da natureza processual do elemento, que se tornou
ativo da infração pelo artigo 302 do Código de Processo Penal,
considerando que, o agente que está em flagrante delito quando
está cometendo ou acaba de cometer a infração penal.
2. OBJETIVOS
Objetivo Geral: compreende analisar o Código de Processo Penal
e a Constituição Federal e assim buscar analisar a legalidade prisão
em flagrante assim também a aplicabilidade dos princípios que
regulamentam a prisão em flagrante.
Objetivos Específicos: analisar os fundamentos e princípios do
flagrante delito; investigar a aplicabilidade dos princípios
constitucionais da prisão em flagrante e compreender as novas
perspectivas do flagrante delito.
3. METODOLOGIA
No que diz respeito ao percurso metodológico, o estudo é uma
revisão bibliográfica, pois outros estudos serviram de fonte para a
pesquisa. O método usado para a realização da pesquisa é o
qualitativo, pois será analisado o fenômeno da prisão em flagrante,
suas limitações e novas perspectivas com fundamento no conjunto
de normas processais brasileiras.
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Com a decretação da prisão as pessoas têm seu direito de ir e vir
tolhido. A privação da liberdade não poderá ser decretada em
qualquer situação, ao contrário, existem requisitos. Esses requisitos
serão analisados nesse capítulo, pois existem tipos de prisões.
Também vale dizer que essas condições são essenciais para a
promoção dos princípios constitucionais que disciplina o processo
pena.
No processo penal, a prisão processual equivale a uma tutela de
urgência, visto que somente em casos extremos ela poderá ser
ordenada. A CF/88 no artigo 5° e inciso LXI, estatuiu que ninguém
será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamenta de autoridade judiciária competente, exceto nos casos
de transgressão militar ou de crime propriamente militar.
A prisão preventiva também apresenta caráter cautelar, e foi
instituída pela Lei 5.349 de 1967. Esse tipo de prisão poderá ser
decretado em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução
criminal, e é cabível quando for essencial para a promoção da
ordem pública, ou para conveniência da instrução criminal.
A prisão pena é aquela que o indivíduo é encarcerado com
fundamento em uma sentença condenatória transita em julgado , o
que é diferente da prisão em flagrante, que tem como objetivo
disponibilizar o autor da infração para a presença de um juiz, do
qual irá determinar se irá aplicar alguma medida cautelar.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A prisão em flagrante tem como base o fato de ser constatada a
ocorrência da infração penal de forma manifesta e cristalina, com isso,
cabe medidas cautelares como a prisão provisória, por exemplo.
Mesmo sendo preso em flagrante, para que o acusado seja considerado
culpado, se deve haver uma decisão do juiz natura reconhecendo sua
culpa. Não se pode esquecer que também são essenciais as provas para
o fundamento da decisão do magistrado.
Esse tipo de prisão em flagrante se divide em espécies: flagrante
próprio, impróprio, presumido, esperado, prorrogado, forjado e
flagrante por representação. Cada tipo de flagrante será analisado de
forma particular, pois é uma forma de visualizar com maior clareza das
possibilidades de flagrante.
No que concerne à prisão em flagrante e seu controle jurisdicional, é
dever da autoridade encaminhar os autos da prisão em flagrante ao juiz
competente, conforme ordens do artigo 306 e 307, além da realização
da audiência de custódia. A audiência deve ser realizada em 24 horas a
partir da concretização da prisão, ainda que o preso se encontre fora da
delegacia de polícia, ou seja, não se conta o tempo a partir da lavratura
do auto de prisão em flagrante.
É assegurado no decorrer da situação de prisão por flagrante, o
contraditório e ampla defesa, ou seja, direito de ter acesso ao defensor
e ao Ministério Público, assim como de adentrar com recursos e outras
peças processuais essenciais para se defender das acusações. O acesso
ao advogado também é uma garantia legal, conforme prevê a resolução
e normas infraconstitucionais.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Órgãos e instituições estatais possuem poderes estabelecidos em lei
para que possam punir aqueles que causam problemas na sociedade
por meio de condutas que lesionam direitos indisponíveis como a
incolumidade física das pessoas, a liberdade, a liberdade, a vida e
outros direitos.
Todo esse conjunto de procedimentos e princípios são ferramentas
que os cidadãos têm direito de usar contra potenciais abusos das
autoridades públicas. É importante salientar que a prisão em
flagrante não é legítima quando utilizada para antecipar
julgamentos, o que significa que somente com a sentença
condenatória transitada em julgada que as pessoas podem ser
consideradas criminosos. É inadmissível que agentes públicos
hajam de forma arbitrária contra os direitos dos cidadãos, e para
impedir que esse tipo de situação ocorra, princípios constitucionais
blindam os direitos civis perante a soberania estatal que deve
obediência às suas próprias normas.
7. REFERÊNCIAS
PEREIRA, Katiele Ariana. A HUMANIZAÇÃO DA PENA E AS PENAS
ALTERNATIVAS: UMA (POSSÍVEL?) SOLUÇÃO PARA O CENÁRIO PUNITIVO
BRASILEIRO ATUAL , 2017. Disponível em:
https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/direitoshumanosedemocracia/article/
view/8991/7695. Acesso em 14 de novembro de 2022.
OLIVEIRA, Marcia de Freitas. O PRINCÍPIO DA HUMANIDADE DAS PENAS E O
ALCANCE DA PROIBIÇÃO CONSTITUCIONAL DE PENAS CRUÉIS , 2014.
Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2136/tde -20032015 -
152711/publico/MarciadeFreitasOliveiraOprincipiodahumanidade.pdf. Acesso em 17 de
novembro de 2022 .
OLIVEIRA, Loran Silva de. INQUÉRITO POLICIAL: GARANTIA DOS DIREITOS
CONSTITUCIONAIS DO INVESTIGADO , 2022. Disponível em:
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/22548/1 /LORAN% 20E%
20PAULO% 20AUGUSTO-INQUERITO% 20POLICIAL.pdf. Acesso 26 de novembro de
2022.