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DELEGADO DE POLÍCIA:

Seu reconhecimento do princípio da insignificância

Natália Abreu1

Resumo

O presente resumo para o artigo ciêntifico abordará a discussão acerca da competência do


delegado e a sua autoridade em evitar a ação penal. Desenvolvido através de pesquisas
bibliográficas e com análises de informações, o estudo indica o poder do Delegado em não
instaurar o Inquérito, determinando o arquivamento da notícia crime. O processo penal
brasileiro é composto de três fases, cada qual destinada a observância de leis e princípios
gerais, são elas: o inquérito policial (fase investigativa), ação penal (análise da conduta e
culpabilidade sob o crivo do contraditório e ampla defesa) e execução penal (cumprimento
da pena com intuito ressocializatório do apenado). Existem no caso, situações onde a autoria
é identificada e a materialidade delitiva também, mas esta última resta em atipicidade do
estado do dano causado pelo criminoso. Para tais hipóteses é que o princípio da
insignificância é utilizado, a justificar isenção de pena ou absolvição imprópria do acusado.
Entretanto, seu reconhecimento se daria originariamente apenas no curso da ação penal,
pelo juiz togado, o que originou a problemática da pesquisa desenvolvida, se poderia o
Delegado de Polícia reconhecer em inquérito policial a insignificância do ato e desde já
arquivar ou deixar de instituir a investigação.

Sendo assim foi possível observar nesse breve resumo que o delegado de polícia é um
instrumento importantíssimo para o bem jurídico brasileiro, no entanto, seus requisitos e
pressupostos de possuir a autonomia na condução das investigações, de modo que, o
Delegado de Polícia por ser o primeiro representante do Estado a ter acesso ao fato dito
como criminoso, poderá filtrar caso em que fique evidente conforme dispões a jurisprudência
de crimes insignificantes, causando assim uma maior economia aos cofres públicos, além de
proporcionar agilidade processual nos que realmente necessitam de atenção especial, logo,
pode-se dizer que todos tem a ganhar ao dar mais essa designação ao Delegado de Polícia,
pois não possui norma que vede tal conduta.

Palavras-Chave: Princípio da Insignificância, bagatela, reconhecimento, Delegado de


Polícia, possibilidade.
Abstract

This abstract for the scientific article will address the discussion about the competence of the
delegate and his authority to avoid criminal action. Developed through bibliographical research
and analysis of information, the study indicates the power of the Delegate not to initiate the
Inquiry, determining the archiving of the crime news. The Brazilian criminal procedure is
composed of three phases, each one destined to the observance of laws and general principles, they
are: the police investigation (investigative phase), criminal action (analysis of the conduct and
culpability under the scrutiny of the contradictory and ample defense) and criminal execution
(fulfillment of the sentence with the purpose of re-socializing the convict). There are, in this case,
situations where the authorship is identified and the materiality of the offense as well, but the latter
remains atypical of the state of the damage caused by the criminal. For such hypotheses, the
principle of insignificance is used, to justify exemption from punishment or improper acquittal of
the accused. However, its recognition would originally only take place in the course of the criminal
action, by the judge in charge, which originated the problematic of the research developed, if the
Police Chief could recognize in a police investigation the insignificance of the act and from now
on archive or fail to institute the investigation.
Therefore, it was possible to observe in this brief summary that the police chief is a
very important instrument for the Brazilian legal good, however, his requirements and assumptions
of having autonomy in conducting investigations, so that the Police Chief, as he is the first
representative of the State to have access to the fact said as a criminal, will be able to filter cases in
which it becomes evident as provided by the jurisprudence of insignificant crimes, thus causing
greater savings to the public coffers, in addition to providing procedural agility in those that really
need special attention, therefore, it can be said that everyone has to gain by giving this designation
to the Chief of Police, as there is no rule that prohibits such conduct.

1
Artigo componente da grade curricular da 3ª Fase do Curso de Direito do Centro Universitário para o
Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí – UNIDAVI, Campus Rio do Sul/SC.
2
Acadêmicos(as) do Curso de Direito do Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí –
UNIDAVI – Campus Rio do Sul/SC. E-mail:

Keywords: Trifle Principle. Police authority. Fundamental rights. for by the Drug Law.
principle of Criminal.

1 INTRODUÇÃO

O princípio da insignificância tem, como finalidade, afastar a repressão e o jus puniendi, que
advém da aplicação da norma penal quanto às condutas em que o dano e a lesividade sejam
ínfimas, este princípio está diretamente ligado aos princípios da intervenção mínima e da
fragmentariedade, que devem ser considerados diante de sua aplicação, deste modo, o
presente trabalho terá como temática analisar a aplicação do princípio da insignificância pela
autoridade policial (Delegado), e se delimitam acerca da constitucionalidade da aplicação
deste princípio no ato do inquérito policial.

O ordenamento penal brasileiro observa a necessidade de aplicação de sanção penal como


forma de coibir a reincidência na conduta ilícita, retribuir ao agente o mal causado e
ressocializar o apenado para que retorne ao convívio em sociedade da melhor forma possível.

Para tanto, quando há a notícia de um crime, o mesmo é objeto de investigação perante a


autoridade policial que, acolhendo prova de materialidade e de indícios suficientes de autoria,
encaminha o Inquérito para o Ministério Público, que oferece a Denúncia e se instaura a Ação
Penal quando há o recebimento da petição inicial em questão.

No decorrer do processo penal, é possível que ao agente criminoso não seja aplicada a sanção
prevista em lei, seja por questões que envolvem o indivíduo, como também a proporção do
fato praticado. O reconhecimento da insignificância da conduta é uma delas, expressada pelo
princípio penal da bagatela.

Além da aplicação no curso da ação penal, também merece análise a possibilidade de sua
aplicação na fase policial, consubstanciado no direito que o delegado de polícia possui de
exercer o seu ofício garantindo os direitos fundamentais do cidadão e o interesse do Estado-
Juiz em evitar uma investigação policial sem justa causa.

Ademais, é preciso considerar haver uma quantidade notável de ocorrências penais que serão
consideradas atípicas pelo poder judiciário. Tais investigações ocupam tempo da polícia
judiciaria, ofende o princípio da economia processual e acaba por tornar inútil a persecução
criminal.

2. O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA

Temos como a análise da gravidade de uma conduta lesiva, tipificada em lei como crime ou
contravenção penal, desencadear o questionamento sobre a necessidade de se ponderar na
punição do agente. Isto porque, em determinadas situações pode acontecer de o dano causador
ser considerado de pequena relevância, o que não justificaria a imposição de uma pena. Para
essas hipóteses, temos, o processo penal brasileiro pode vir a utilizar-se do princípio da
insignificância, cuja definição, origem e aplicação são objeto de análise neste capítulo.
4

- PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA

https://www.dicasconcursos.com/principio-da-insignificancia

2.1 CONCEITO

Quando há a prática de um crime, o resultado consiste na aplicação de uma sanção penal


prevista expressamente no Código Penal (BRASIL, 1940). Ocorre que, em dadas situações, o
resultado pode ser considerado de pouca expressão, o que leva ao questionamento acerca da
aplicação ou não de uma pena ao acusado, principalmente quando se observa as questões que
envolvem o sistema prisional nacional, apontado como ineficiente na recuperação de
indivíduos. Além disso, a despesa advinda de um reeducando não justificaria a manutenção de
prisão por crime de bagatela.

Em poucas palavras, o conceito do princípio da insignificância é o de que a conduta praticada


pelo agente atinge de forma tão ínfima o valor tutelado pela norma que não se justifica a
repressão. Juridicamente, isso significa que não houve crime alguma. A doutrina majoritária
assevera, que a natureza jurídica do princípio da insignificância, na seara penal, é afastar a
tipicidade material do fato, o que retira a conduta do âmbito de proteção do Direito Penal.
(SANTOS, 2016, p. 1)

Há quem entenda que o princípio da insignificância tem origem histórica no direito romano,
posto que “encontrou suas bases no brocardo minima non curat praetor(*), supostamente
originário do Direito Romano e que determinava que o pretor não devia se ocupar de causas
ou delitos de bagatela” (ROCHA, 2017, p.1).

DA INSIGNIFICÃNCIA / BAGATELA
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https://pt-br.facebook.com/amoDireito/photos/macete-jur%C3%ADdico-para-gravar-os-4-
vetores-do-princ%C3%ADpio-da-insignific%C3%A2ncia-ou-baga/1258758117573004/

2.2 APLICABILIDADE NO PROCESSO PENAL BRASILEIRO

A aplicação do princípio da insignificância no ordenamento processual penal é defendida a


medida que “o Direito Penal apenas deve ser utilizado quando ocorrer lesão ou ameaça de
lesão mais relevante a um bem jurídico protegido, como por exemplo, à vida, à administração
pública, à integridade física, ao patrimônio, etc.” (D’URSO, 2019, p. 1)

Apesar disso, não há expressa previsão legal de aplicação do fundamento jurídico em estudo.

O princípio da insignificância não encontra guarida expressa no direito positivo brasileiro,


embora a doutrina e a jurisprudência, de modo geral, reconhecem a sua existência e a
aplicação no dia a dia. Porém, importante observar, observando também todo o exposto
anteriormente que, apesar da grande aplicação do princípio, inexiste posição pacífica quanto o
assunto, podendo ser constatados os mais diversos posicionamentos, tanto na interpretação,
quanto na efetivação (PERISSOLI, 2015, p.1).

Em que pese não esteja expresso na legislação, há inequívoca aplicabilidade de suas


disposições perante a jurisprudência nacional. O Supremo Tribunal Federal já decidiu sobre a
sua utilização, oportunidade em que analisou a ofensividade da conduta como elemento a
justificar ou não a incidência da excludente da atipicidade.

DIREITO PENAL. HABEAS CORPUS. CRIME DE FURTO.


PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INCIDÊNCIA NO CASO.
ORDEM CONCEDIDA. 1. A questão de direito tratada neste writ,
consoante a tese exposta pela impetrante na petição inicial, é a suposta
atipicidade da conduta realizada pelo paciente com base no princípio
da insignificância. 2. Considero, na linha do pensamento
jurisprudencial mais atualizado que, não ocorrendo ofensa ao bem
jurídico tutelado pela norma penal, por ser mínima (ou nenhuma) a
lesão, há de ser reconhecida a excludente de atipicidade representada
pela aplicação do princípio da insignificância. O comportamento passa
a ser considerado irrelevante sob a perspectiva do Direito Penal diante
da ausência de ofensa ao bem jurídico protegido. 3. Como já analisou
o Min. Celso de Mello, o princípio da insignificância tem como
vetores a mínima ofensividade da conduta do agente, a nenhuma
periculosidade social da
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ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a


inexpressividade da lesão jurídica provocada (HC 84.412/SP). 4. No
presente caso, considero que tais vetores se fazem simultaneamente
presentes. Consoante o critério da tipicidade material (e não apenas
formal), excluem-se os fatos e comportamentos reconhecidos como de
bagatela, nos quais têm perfeita aplicação o princípio da
insignificância. O critério da tipicidade material deverá levar em
consideração a importância do bem jurídico possivelmente atingido no
caso concreto.5. Habeas corpus concedido. (STF – HC: 96688 RS,
Relator: ELLEN GRACIE, Data de Julgamento: 12/05/2009, Segunda
Turma, Data de Publicação: DJe-099 DIVULG 28-05-2009 PUBLIC
29-05-2009 EMENT VOL-02362-07 PP-01249).

Na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça a aplicação do princípio também é matéria


superada:

RECURSO ESPECIAL. FURTO SIMPLES. REINCIDÊNCIA


ESPECÍFICA. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.
APLICABILIDADE. EXCEPCIONALIDADE ADMITIDA. VALOR
IRRISÓRIO DA COISA FURTADA. CIRCUNSTÂNCIAS DO
CASO
CONCRETO. 1. O princípio da insignificância jamais pode surgir
como elemento gerador de impunidade, mormente em se tratando de
crime contra o patrimônio, pouco importando se o valor da res furtiva
seja de pequena monta, até porque não se pode confundir bem de
pequeno valor com o de valor insignificante ou irrisório, já que para
aquela primeira situação existe o privilégio insculpido no §2º do artigo
155 do Código Penal. 2. Para a verificação da lesividade mínima da
conduta, apta a torná-la atípica, deve-se levar em consideração a
mínima ofensividade da conduta do agente; a ausência de
periculosidade social da ação; o reduzido grau de reprovabilidade do
comportamento; a inexpressividade da lesão jurídica provocada. 3. A
aplicação do princípio da insignificância demanda o exame do
preenchimento de certos requisitos objetivos e subjetivos, traduzidos
no reduzido valor do bem tutelado e na favorabilidade das
circunstâncias em que foi cometido o fato criminoso e de suas
consequências jurídicas e sociais. 4. Hipótese em que a instância de
origem decidiu que o fato de a ré possuir uma condenação transitada
em julgado por crime de furto, o que configura reincidência
específica, não constitui óbice à aplicação do princípio da
insignificância, pois, para tanto, deve-se analisar somente aspectos de
ordem objetiva do fato. 5. A Terceira Seção desta Corte, no
julgamento do EAREsp n. 221.999/RS (Rel. Ministro Reynaldo
Soares da Fonseca, julgado em 11/11/2015, DJe 10/12/2015),
estabeleceu a tese de que “a reiteração criminosa inviabiliza a
aplicação do princípio da insignificância, ressalvada a possibilidade
de, no caso concreto, as instâncias ordinárias verificarem que a
medida é socialmente recomendável”. 6. Há situações excepcionais já
reconhecidas no âmbito desta Corte em que se recomenda a aplicação
do Princípio da Insignificância, a despeito da reincidência do réu:
(AgRg no REsp 1415978/MG, Rel. Ministro FELIX FISCHER,
Quinta Turma, julgado em 02/02/2016, DJe 15/02/2016 e AgRg no
AREsp 633.190/SP, Rel Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, Sexta
Turma, julgado em 14/4/2015, DJe 23/4/2015).
7. Caso em que se verifica se tratar de situação que atrai a incidência
7

excepcional do Princípio da Insignificância, ainda em se tratando de ré


reincidente específica, tendo em vista as circunstâncias em que o
delito ocorreu (furto simples contra estabelecimento comercial), o
valo reduzidíssimo da res furtiva, e a natureza do bem subtraído – 1
ovo de Páscoa. 8. Recurso desprovido (STJ – Resp: 1721018 MG
2018/0019458-8, Relator: Ministro JORGE MUSSI, Data de
Julgamento: 02/08/2018, T5 – QUINTA TURMA, Data de
Publicação: DJe 10/08/2018).

No curso da ação penal, a insignificância pode ser alegada pela defesa tão logo como
fundamento para a absolvição sumária, bem como ao final, quando do julgamento de mérito
ao afastar a tipicidade material do fato. (GOMES, 2009)

3. O INQUÉRITO POLICIAL E AS ATRIBUIÇÕES DO DELEGADO DE POLÍCIA

No ordenamento jurídico nacional, fundamentado nos princípios da legalidade, ampla defesa


e contraditório; o Estado, na qualidade de legitimado ativo para a apresentação de denúncias e
instauração de processo penal, especialmente quando há crime de interesse público, deve
obedecer às regras e apresentar segurança jurídica aos cidadãos.

Quer isto dizer que a abertura de um processo penal em desfavor de um suspeito deve ser
realizada após a investigação dos fatos, que apresentem indícios de que esta pessoa pode ser
autor de um crime ou contravenção penal. Guilherme de Souza Nucci destaca o poder e o
dever do Estado em punir pelos delitos praticados em sua jurisdição.

O Estado pode e deve punir o autor da infração penal, garantindo com isso a estabilidade e a
segurança coletiva, tal como idealizado no próprio texto constitucional (art. 5º, caput, CF),
embora seja natural e lógico exigir-se uma atividade controlada pela mais absoluta legalidade
e transparência. Nesse contexto, variadas normas permitem que órgãos estatais investiguem e
procurem encontrar ilícitos penais ou extrapenais. O principal instrumento investigatório no
campo penal, cuja finalidade precípua é estruturar, fundamentar e dar justa causa à ação penal,
é o inquérito policial (2014, p. 122).

A Constituição Federal, em seu artigo 144, § 4º, estabelece: “Às polícias civis, dirigidas por
delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções
de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares” (BRASIL, 1988).

O Código de Processo Penal – CPP, por sua vez, no artigo 4º determina a competência das
autoridades policiais:

Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas


autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e
terá de pôr fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.

Parágrafo único. A competência definida neste


artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei
seja cometida a mesma função (BRASIL, 1941).

O exercício da investigação por parte das autoridades policiais denomina-se inquérito policial
e é regulamentado do artigo 4º ao 23º do Código de Processo Penal Brasileiro. Apesar de mais
mencionado nos crimes de ação penal pública, a atuação da polícia também serve às vítimas,
querelantes em ações penais de natureza privada.O inquérito policial é um procedimento
preparatório da ação penal, de caráter administrativo, conduzido pela polícia judiciária e
voltado
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à colheita preliminar de provas para apurar a prática de uma infração penal e sua autoria. Seu
objetivo precípuo é a formação da convicção do representante do Ministério Público, mas
também a colheita de provas urgentes, que podem desaparecer, após o cometimento do crime.
Não podemos olvidar, ainda, que o inquérito serve à composição das indispensáveis provas
pré- constituídas que servem de base à vítima, em determinados casos, para a propositura da
ação penal privada (NUCCI, 2014, p. 122).

De acordo com a legislação nacional, compete ao Delegado de Polícia a condução do


inquérito policial, o qual poderá ser instaurado de ofício ou a requerimento. Além do
ofendido, o Ministério Público e a autoridade judiciária podem solicitar a instauração da
investigação policial.

Logo que se tenha notícia do fato, a primeira incumbência da autoridade policial consiste,
segundo o artigo 6º do CPP:

Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:

I – Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o


estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;

II – Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após


liberados pelos peritos criminais;

III – colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato


e suas circunstâncias;

IV – Ouvir o ofendido;

V – Ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do


disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o
respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham
ouvido a leitura;

VI – Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;

VII – determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de


delito e a quaisquer outras perícias;

VIII – Ordenar a identificação do indiciado pelo processo


datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de
antecedentes;

IX – Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista


individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e
estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer
outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu
temperamento e caráter.

X – Colher informações sobre a existência de filhos, respectivas


idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de
eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa
presa. (BRASIL, 1941)

O CPP estabelece um prazo de até dez dias para a conclusão do inquérito em caso de indiciado
preso e de até trinta dias, se estiver solto. O Inquérito será encaminhado ao juiz competente
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acompanhado de um relatório, que indicará as testemunhas, caso existam. Se entender


necessário, o delegado pode solicitar a devolução dos autos para a complementação de
diligências, quando se tratar de fato de difícil elucidação, com indiciado solto (BRASIL,
1941).

Em auxílio à ação penal, o Delegado deverá ainda observar as seguintes incumbências:

Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:

I – Fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à


instrução e julgamento dos processos;

II – Realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério


Público;

III – cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades


judiciárias;

IV – Representar acerca da prisão preventiva (BRASIL, 1941).

Apesar dos poderes concedidos pelo CPP, o


mesmo dispositivo apresenta uma vedação à atuação da autoridade
policial, qual seja a de não poder mandar arquivar os autos de
inquérito (artigo 17).

Ocorre que há na jurisprudência e na doutrina nacional a discussão acerca da possibilidade de,


constatada a insignificância do delito, poder o delegado reconhecê-la desde já, dispensando-se
a interposição de ação penal para apuração do delito. Sobre essa questão, o capítulo seguinte
dispõe.

4. O RECONHECIMENTO DA INSIGNIFICÂNCIA PELO DELEGADO DE POLÍCIA

Não faz muito tempo que passou a ser objeto de discussão a possibilidade jurídica de o
Delegado de Polícia, autoridade competente para a condução do Inquérito Policial, possuir
legitimidade para o arquivamento da investigação quando constatado de tratar de hipótese de
incidência do princípio da insignificância.

Isto porque, observando-se a inocorrência dos requisitos legais de instauração de ação penal,
o arquivamento seria a medida cabível para por fim à investigação.

Ocorre que o Artigo 17 do Código de Processo Penal é categórico ao dizer: “A autoridade


policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. ” De acordo com a lei, somente o Juiz
pode arquivar, mediante requerimento apresentado pelo Ministério Público.

Aury Lopes Jr. (2018, p. 150), apresenta ao passo a passo após a entrega do inquérito à
autoridade do Ministério Público: “recebendo o IP, o promotor poderá: oferecer a denúncia;
pedir o arquivamento; solicitar diligências ou realizar diligências”.

Das situações indicadas, não há o arquivamento do Inquérito de ofício. Apesar disso, existem
situações enquadradas na insignificância ou bagatela penal, que não justificariam a
instauração do processo investigativo, ante a atipicidade da conduta diante da pouca
lesividade da ação.

Bruno Contreinas destaca ainda ser questão controvertida na doutrina e jurisprudência,


contudo destaca uma prevalência da corrente que concorda com esse poder do Delegado de
Polícia.
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A aplicação do Princípio da Insignificância pelo Delegado de Polícia é tema ainda


controverso tanto no âmbito doutrinário quanto no jurisprudencial. A própria aplicação do
referido princípio, independente de quem faça a análise jurídica de cabimento ou não, ainda
não se encontra pacificada tendo em vista os critérios de admissibilidade elencados pelas
cortes superiores serem eivados de excessiva subjetividade.

A corrente que defende a aplicação do princípio supracitado pelo Delegado de Polícia ao


analisar a tipicidade do fato concreto, vem ganhando força nos últimos tempos podendo
inclusive já ser determinada como entendimento majoritário mesmo que ainda não pacificado
(CONTREINAS, 2017, p.1).

Todavia, segundo seu estudo aponta, o Superior Tribunal de Justiça já se manifestou


contrariamente ao reconhecimento da insignificância em sede policial:

No que se refere à invocação do princípio da bagatela em sede policial, objeto do presente


artigo, o Superior Tribunal de Justiça, quando do julgamento do HC 154.949/MG[1], já se
manifestou no sentido de que o delegado de polícia, ao lhe ser apresentada uma situação de
flagrância, deve, no estrito cumprimento do dever legal, proceder à autuação em flagrante,
uma vez que cabe somente ao Poder Judiciário, a posteriori, a análise acerca da aplicação do
princípio da insignificância, de acordo com o caso concreto (CONTREINAS, 2017, p.1).

Apesar do expresso, há entendimento que existem casos em que o Delegado pode influenciar
a origem do processo investigatório. Neste ponto, urge apontar a diferença entre o inquérito e
a notícia do crime, esta última podendo não ser levada à fase investigatória por parte da
Delegacia de Polícia.

Não obstante, há que distinguir o arquivamento do Inquérito Policial do arquivamento da


“notitia criminis” ou do denominado Boletim de Ocorrência que pode e deve perfeitamente
ocorrer em determinados casos específicos (CABETTE, 2013, p.1).

Essa diferenciação é relevante ao passo que a atuação do Delegado de Polícia é regida pelo
poder discricionário, cabendo à autoridade agir segundo o interesse público; isto porque o
artigo 5º do CPP estabelece que compete à autoridade policial verificar a viabilidade de
instauração do Inquérito Policial (BRASIL, 1941).

O Delegado de Polícia será a autoridade competente instituída pelo Estado, dotado de poderes
da administração pública, que terá o difícil dever de analisar casos concretos e decidir pela
prisão em flagrante do indivíduo, restringido o segundo bem maior do indivíduo, a liberdade,
ou pela instauração de inquérito policial, sempre que haver indícios de autoria e prova da
materialidade, para devida apuração da infração penal, para tanto, a autoridade policial exerce
o poder discricionário (SOUSA, 2019, p.1).

A partir disso, questiona-se também se poderia o Delegado deixar de lavrar o auto de


flagrante e demais atribuições, tão logo verificado que se trata de crime insignificante,
conforme Gustavo de Mattos Brentano:

O princípio da insignificância, embora não possua expressa previsão legal, é amplamente


reconhecido pela doutrina, sendo pacífica sua aplicação pelos tribunais pátrios como causa
excludente da tipicidade. No entanto, questiona-se se o delegado de polícia poderia deixar de
lavrar auto de prisão em flagrante com base no referido princípio, ou mesmo não instaurar
inquérito policial, ou, ainda, deixar de indiciar o investigado, caso já em tramitação o
procedimento policial, adotando mesmo fundamento (BRENTANO, 2018, p. 1).
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Certo é que, diante da averiguação dos fatos, constatando-se que se enquadra nos requisitos
autorizadores da aplicação do princípio da insignificância, poderá o Delegado, dentro dos
limites legais, com base no seu poder discricionário, analisar o caso concreto, arquivando a
notícia crime, mesmo que tenha havido a prisão em flagrante delito (SOUSA, 2019).

O Tribunal de Justiça do Espírito Santo julgou acertado o arquivamento de notícia crime ante
a ocorrência de prática delituosa considerada insignificante, por ausência de potencialidade
lesiva.

ACÓRDÃO. MANDADO DE SEGURANÇA Nº 0015529-


41.2015.8.08.0000 REQTE: ANTONIO SÁVIO VENTORIM AUT.
COATORA: JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE VENDA
NOVA DO IMIGRANTE. RELATOR: DES. SÉRGIO LUIZ
TEIXEIRA GAMA. EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA.
ARQUIVAMENTO DE NOTICIA CRIME. DECISÃO
DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. INEXISTENCIA DE
ILEGALIDADE, TERATOLOGIA OU ABUSO DE PODER.
SEGURANÇA DENEGADA. 1. Constatada a ausência de
potencialidade lesiva e consequente atipicidade material dos fatos
narrados na notitia criminis apresentada pelo Requerente, não se
vislumbra teratologia alguma no decisium proferido pelo Magistrado
de primeira Instancia, que, seguindo requerimento ministerial
devidamente fundamentado, arquivou notícia crime, por compreender,
de igual modo, não haver indícios mínimo da materialidade e autoria
do crime, aptos a dar suporte ao oferecimento da denúncia. 2.
Segurança denegada. VISTOS, discutidos e relatados os presentes
autos, em que são partes as acima indicadas. ACORDA a Egrégia
Segunda Câmara Criminal, na conformidade da ata e notas
taquigráficas da sessão, que integram este julgado, à unanimidade,
denegar a segurança, nos termos do voto do relator. (TJ-ES – MS:
00155294120158080000, Relator: Sérgio Luiz Teixeira Gama, Data
de Julgamento: 21/10/2015, Segunda Câmara Criminal, Data de
Publicação: 03/11/2015)

No caso acima citato, houve a correta fundamentação para justificar o arquivamento. Nesse
sentido, Alexon Sousa defende que pode haver o arquivamento do inquérito e do termo
circunstanciado de ocorrência, devendo a autoridade policial elaborar o relatório policial que
informe os fundamentos, para que a decisão seja corroborada pelo Ministério Público e pelo
juízo competente.

Nas suas palavras:

Considerando que deve haver um controle judicial dos atos praticados pelo Delegado de
Polícia, este ao aplicar o princípio da insignificância seja em um inquérito policial, ou numa
prisão em flagrante delito, deverá fazer um relatório circunstanciado dos fatos a exemplo do
que é realizado no termo circunstanciado de ocorrência (TCO) e encaminhar ao Poder
Judiciário no prazo máximo de 24 horas, bem como deverá ser enviada uma cópia do relatório
para o Ministério Público.

O princípio da insignificância aplicado pelo Delegado de Polícia não traz prejuízo para a
sociedade em momento algum, visto que o Magistrado ou Promotor de Justiça, entendendo
contrária a aplicação do citado princípio, poderão requerer ao Delegado de Polícia a
instauração do procedimento cabível (SOUSA, 2019, p.1).
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Diante dos estudos apresentados, atualmente, o Delegado de Polícia poderá arquivar uma
notitia criminis, deixando de lavrar o auto de flagrante e de instaurar os processos inquisitório.

Todavia, uma vez iniciado o Inquérito Policial, a decisão de arquivamento caberá ao juiz
competente, podendo ser solicitado pelo Ministério Público. Nesta segunda situação, a
autoridade policial poderá recomendar o arquivamento em seu relatório, ante a constatação da
insignificância, autorizada pela jurisprudência nacional, mas está impedido pelo artigo 17 do
CPP de realizar por si só o arquivamento.

I- PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA

https://br.pinterest.com/pin/21532904455447319/
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REQUESITOS PARA A APLICAÇÃO DO PRINNCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA

https://www.youtube.com/watch?v=u6bqW-MYbT8

CONCLUSÃO

Assim sendo, não resta dúvidas de que cabe ao delegado de polícia enquanto o primeiro
garantidor da legalidade e da justiça, evitar abusos contra o cidadão e assegurar tais
garantias e suas funções no aspecto pré-processual, considerando a tipicidade, ilicitude e
culpabilidade dos fatos, e cumprir sua missão constitucional e reduzir a sobrecarga
desnecessária da máquina estatal, sendo assim, considera-se que há constitucionalidade em
tal aplicabilidade que só tem a beneficiar a sociedade e ao judiciário brasileiro.
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I- Princípio da Insignificância- situações de aplicação

(Direito Penal Esquematizado 016- Cleber Masson).

https://www.conjur.com.br/2020-set-29/mpf-chama-atencao-alta-casos-insignificantes-stf-stj

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme proposto, este artigo teve por objetivo pesquisar, analisar e descrever o
entendimento doutrinário predominante acerca da possibilidade de compreender a
constitucionalidade na aplicação do princípio da insignificância pelo Delegado de Polícia, e os
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principais requisitos para que esta aplicação seja realizada de acordo com o que rege a
legislação brasileira.
Exposto isso, estudou-se a história da Polícia Judiciária além do papel do Delegado na
área jurídica, sendo exposto seu papel na presidência do inquérito policial e no auto de prisão
em flagrante.
Abordar origem e conceito do princípio da insignificância e sua aplicabilidade de
acordo com a legislação brasileira;
● Compreender funções do Delegado de Polícia e delimitar as suas funções constitucionais;

● Analisar a legalidade e a finalidade da aplicação do princípio da insignificância pelo


delegado de polícia no ordenamento jurídico.

Foi possível observar que o que o delegado de polícia é um instrumento importantíssimo para
o bem jurídico brasileiro, no entanto, seus requisitos e pressupostos de possuir a autonomia na
condução das investigações, de modo que, o Delegado de Polícia por ser o primeiro
representante do Estado a ter acesso ao fato dito como criminoso, poderá filtrar caso em que
fique evidente conforme dispões a jurisprudência de crimes insignificantes, causando assim
uma maior economia aos cofres públicos, além de proporcionar agilidade processual nos que
realmente necessitam de atenção especial, logo, pode-se dizer que todos tem a ganhar ao dar
mais essa designação ao Delegado de Polícia, pois não possui norma que vede tal conduta.

Quanto ao método, trata-se de uma pesquisa dedutiva e quanto à abordagem, este


estudo se caracteriza como qualitativa, com o intuito de analisar os dados da realidade do
contexto estudado, sendo assim, é ainda caracterizado como uma pesquisa exploratória, por
meio de documentação indireta, com o intuito de descrever os aspectos de uma determinada
população ou fatos, descrevendo a conjectura de relações entre variáveis (GIL, 2002).
Buscou-se, inicialmente, investigar as características dos processos lrgais, e a evolução do
conceito de negócio jurídico para o direito até o alcance da interpretação contemporânea,
abordando sua historicidade, suas classificações e elementos essenciais.

Assim sendo, não resta dúvidas de que cabe ao delegado de polícia enquanto o
primeiro garantidor da legalidade e da justiça, evitar abusos contra o cidadão e assegurar tais
garantias e suas funções no aspecto pré-processual, considerando a tipicidade, ilicitude e
culpabilidade dos fatos, e cumprir sua missão constitucional e reduzir a sobrecarga
desnecessária da máquina estatal, sendo assim, considera-se que há constitucionalidade em tal
aplicabilidade que só tem a beneficiar a sociedade e ao judiciário brasileiro.

Logo após, tratou-se de analisar a teoria geral, que cabe ao delegado de polícia o
controle de constitucionalidade e de convencionalidade frente um fato em investigação sendo
habilitado para determinar a incidência ou não princípio da bagatela (insignificância).

Neste estudo, vê-se que a conceituação, retratando sua historicidade e principais


características como função de um delegado, assegurar o cumprimento das leis e proteger os
direitos e princípios constitucionais reduzindo a exposição desnecessária dos cidadãos ao
encarceramento que pode gerar prejuízos sociais irreparáveis.

Deste modo conclui-se que o principal intuito da aplicação do princípio da


insignificância pelo Delegado de polícia é garantir que não ocorram prisões em flagrante, ou
seja, evitar denúncia ou condenação nos casos em que essa não se sustentaria em sede
judicial.
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REFERÊNCIAS

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Julgamento: 12/05/2009, Segunda Turma, Data de Publicação: DJe-099 DIVULG 28-05-2009
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Jorge Mussi, Data de Julgamento: 02/08/2018, T5 – Quinta Turma, Data de Publicação: DJe
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https://www.conjur.com.br/2018-fev-28/gustavo-brentano-uso-principio-insignificancia-
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insignific%C3%A2ncia%20pelo%20delegado%20de%20pol%C3%ADcia&text=O%20princ
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%C3%ADpio%20da%20insignific%C3%A2ncia%2C%20embora,como%20causa%20exclud
ente%20da%20tipicidade.

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