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O novo Código de Processo Civil não faz referência as condições da ação e não há mais menção
quanto à possibilidade jurídica do pedido. No entanto, prevê em seu artigo 17 que é
necessário ter o interesse processual e a legitimidade para o ajuizamento da ação.
A legitimidade trata da previsão legal que autoriza um determinado sujeito a ajuizar ação e do
outro sujeito de integrar o polo passivo da demanda.
Como consequência da ausência do interesse de agir e/ou da ilegitimidade para a causa será
proferida sentença de extinção sem resolução de mérito (artigo 485, inciso VI do NCPC).
Assim, sendo constatado que o pedido possui vedação no ordenamento jurídico, será
proferido uma sentença de mérito que será alvo da coisa julgada material.
7. Conclusão
Há associação entre os conceitos de jurisdição, ação e processo, sendo que não existe um sem
o outro. É impossível que se tenha jurisdição, e, por conseguinte, processo sem ação.
Nota-se que apesar do Novo Código de Processo Civil não tratar expressamente das condições
da ação, não as afastou por completo.
Para o ajuizamento da ação ainda é necessário ter interesse e legitimidade, não tendo o Novo
Código de Processo Civil citado expressamente quanto à possibilidade jurídica do pedido.
Tendo previsto o Novo Código de Processo Civil apenas como hipótese de condição da ação a
legitimidade e o interesse há uma aproximação maior da concepção de Liebman (Teoria
Eclética da Ação).
Em seus primeiros estudos Liebman entedia que as condições da ação eram compostas por
três elementos: a legitimidade, o interesse de agir e a possibilidade jurídica do pedido. Mais
tarde, o próprio criador da Teoria Eclética reformulou o seu entendimento e passou a defender
a ideia de que a possibilidade jurídica do pedido estaria compreendida pelo interesse de agir,
assim, haveria apenas dois elementos compondo as condições da ação: a legitimidade e o
interesse de agir.
É o que consta no artigo 17 do Novo Código de Processo Civil: “Para postular em juízo é
necessário ter interesse e legitimidade”.
Concluo, portanto, que o novo Código de Processo Civil realizou apenas a fusão entre os
pressupostos processuais e as condições da ação, sendo ambos pressupostos necessários para
o julgamento do mérito.