Você está na página 1de 2

TEORIA GERAL DO PROCESSO - FELIPE

TÓPICOS 1.3 – 1.6 (PARTE II)

O tópico 1.3 traz uma análise sobre o direito de agir “abstrato”, sob a ótica de
Plósz e Degenkolb, os quais compreendiam este direito como autônomo e
independente do reconhecimento de direito material, pois não excluía possibilidade
de uma sentença desfavorável. DEGENKOLB iniciou o seu estudo com o conceito
de ação favorável e ação desfavorável. Assim, diante de um conflito, o autor tem a
possibilidade de levar o réu para o juiz e este é obrigado a participar do processo. A
ação, portanto, seria a aspiração ao direito, proveniente da consciência subjetiva ao
direito. Já PLÓSZ considera que o direito abstrato de ação, ou Klagerecht, exige
apenas boa-fé do autor, no sentido de o indivíduo portar-se com justiça e lealdade.

A partir do próximo tópico, a ação surge como confirmação de existência do


direito. Diferentemente do que Degenkolb e Plósz afirmavam, MORTARA dizia que
o direito subjetivo, para ser reconhecido, necessitaria da negação do demandado.
Após isto, surge a necessidade de ação e da relação jurídica processual. Após isso,
surgirá duas pretensões concorrentes que ainda não é direito, pois esse apenas se
apresentará para àquela parte que obtiver sentença favorável. Por conseguinte, para
a exercício do direito de agir basta que a realização do direito subjetivo seja
obstaculizada por alguém; ou que haja um contraste entre duas posições.

A Teoria da Pretensão à Tutela Jurídica, proposta por WACH, parte da união


de elementos do direito material e processual. Essa teoria parte do conceito de ação
declaratória, que tem por objetivo declarar a existência ou inexistência de uma
relação jurídica. Nisto, caberia ao Estado à concessão de tutela jurídica, se, e
somente se a ação proposta contra o adversário tivesse uma sentença favorável.
Em contrapartida, o réu também poderia requerer tutela jurídica caso a demanda
fosse julgada improcedente.

Soma-se à questão anterior a teoria proposta por CHIOVENDA, uma vez que
trata imediata relação com o pensamento de Wach. Chiovenda, portanto, propõe a
ideia de que a ação deve ser dirigida contra o Estado, visando provocar um efeito
jurídico contra o adversário. Segundo o teórico, a ação se configura como um poder
em face do adversário que depende de uma sentença favorável, ou seja, que
declare a vontade da lei. Para o pensador, a ação não exige obrigação, apenas
sujeição do adversário aos efeitos jurídicos da atuação da lei, em caso de sentença
favorável. Essa relação de poder entre autor e réu é denominada Direito Potestativo,
direito incontroverso que decorre da vontade de uma das partes contratuais,
devendo esta parte sujeitar-se ao seu exercício e aos seus efeitos.

Você também pode gostar