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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ DA VARA DO

TRABALHO DE SINOP – MT.

CRISTIANO DOS SANTOS , brasileiro, técnico de refrigeraçã o,


solteiro, nascido em 25/03/1989, do RG sob nº 1087030 SESDEC/RO, inscrito no CPF nº
955.323.902-15, residente e domiciliado na Rua Gines Sanches Parra Qd 17 lote 16 Jardim Santa
Rita, CEP: 78.550-000, cidade de Sinop-MT, Estado de Mato Grosso , vem respeitosamente
perante Vossa Excelência, por seus advogados infra-assinado (procuraçã o em anexo),
deduzir a presente.

RECLAMATÓRIA TRABALHISTA
Em face de SOLANGE GIRARDI MOREIRA AR-CONDICIONADO-
EPP, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº11.767.887/0001-64
estabelecidas na Rua Colonizador Ê nio Pepino, nº 1701, Setor Industrial Sul CEP 78.557-
477, Sinop, MT.

1. DOS FATOS E FUNDAMENTOS.

Avenida das Figueiras nº 1510-B, Centro, Sinop/MT.


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O reclamante foi contratado em 10/03/2020 na a funçã o de
técnico de refrigeraçã o.

Percebia salá rio base de R$ 1.450,00.

O pagamento do salá rio acertado entre as partes seria o valor de


R$ 2.000,00, porém percebeu apenas o valor de R$ 1.450,00 mensais.

Além do salá rio base o reclamante percebia adicional de


periculosidade, horas extras, valores estes, pelo qual deve servir de base em eventual
condenaçã o da reclamada (complexo salarial - Sú mula 264 do TST).

O reclamante foi dispensado sem justa causa e sem aviso prévio


em 06/06/2020, laborando normalmente até essa data.

Ocorre que, a empresa ora reclamada nã o fez a anotaçã o de


admissã o corretamente na CTPS do Reclamante, no momento da rescisã o a reclamada
elaborou aviso prévio com data retroativa "fraudulenta" de 23/04/2020, o qual jamais
existiu, e que devido sua hipossuficiência, o autor laborou mais de 1 mês sem assinatura
de sua CTPS, o reclamante foi obrigado a assinar para receber parte das verbas.

Diante do exposto, requer seja reconhecido e declarado: a


nulidade do aviso prévio, do TRCT, bem como, pede seja determinada a intimaçã o da
reclamada para que efetue a retificaçã o na CTPS do reclamante para constar o real
período de admissã o em 10/03/2020 com término do contrato de trabalho
06/06/2020(face à nulidade e projeçã o do aviso prévio indenizado de 30 dias), em
prazo fixado por este juízo, sob pena de multa diá ria de R$ 500,00 (arts. 537, 538 CPC).

Da mesma forma até a presente data, a Reclamada nã o pagou o


salá rio do Reclamante em sua integralidade referente ao: saldo de salá rio 20 dias de
março de 2020, saldo de salá rio de 16 dias do mês de março de 2021, da mesma forma
nã o pagou o aviso prévio indenizado de 33 dias, as férias integrais referente a 12/12
(2020/2021), férias+1/3 a 12/12 (2020/2021), 13º salá rio parciais 10/12 (2020), 13º
salá rio parcial 03/12 (2021), também nã o foi dado baixa na CTPS da Reclamante,
como também nã o foram fornecidos a chave de conectividade para saque do FGTS,
apenas foram depositados um valores aleató rios sem qualquer discriminaçã o na conta

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da Reclamante com os valores de R$ R$25,25 no dia 04/05/2020, R$24,12 04/06/2020,
R$86,23 04/06/2020. Diante o exposto, requer seja condenada a reclamada ao
pagamento das verbas rescisó rias em sua integralidade.

A reclamada nã o efetuou o pagamento das verbas rescisó rias em


sua integralidade. Em nã o sendo pagos as verbas rescisó rias integralmente no prazo
Legal, gera a reclamante o direito as multas contidas nos artigos 467 da CLT. Portanto
requer a condenaçã o da reclamada ao pagamento das multas dos artigos 467 e 477 § 8º
da CLT.

Bem como os FGTS do reclamante nã o foram depositados


conforme determina a Lei, foi depositado no mês de abril de 2020 apenas os valores de
R$ R$25,25 no dia 04/05/2020, R$24,12 04/06/2020, R$86,23 04/06/2020, desta
forma requer seja efetuado os depositado de FGTS correspondente a todos os meses em
atrasos na conta vinculada do reclamante com juros e correçõ es.

A reclamada possui mais de 10 empregados.

Diante do exposto requer seja condenada a reclamada a realizar a


anotaçã o de saída na CTPS da Reclamante, ou seja, 10/03/2020 até 18/03/2021 face a
projeçã o do aviso prévio de 33 dias;

2. DA JORNADA DE TRABALHO

O reclamante foi contratado para laborar 8 horas diá rios e 44


horas semanais, porém durante toda a contratualidade a reclamante laborou na seguinte
jornada de trabalho:

- De segunda-feira a sexta-feira das 07h à s 11h30, e das 13h à s


18:30;

- Laborou 3 sá bados das 07h à s 11h;

- 3 domingos das 07h as 11h;

O reclamante possuía uma jornada além do limite legal. Quanto


aos cartõ es ponto/relató rios, nã o retratam a real jornada do obreiro, pois sã o batidos
conforme determinaçã o da reclamada, com datas e horá rios fictícios e irreais e ainda era

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passivo de advertência (doc. em anexo), para melhor esclarecimento, caso a reclamante
registrasse o ponto no horá rio real (depois da hora normal) recebia advertência da
reclamada, configurando fraude e tornando imprestá veis para o fim a que se destinam,
restando previamente impugnados os registros de ponto da Reclamante.

Assim, a reclamante entende que faz jus as horas extras


trabalhadas com acréscimo de 50%, bem como seus reflexos.

Desse modo, portanto requer seja condenada a reclamada ao


pagamento das horas extras com acréscimo de 50% assim consideradas aqueles
excedentes da 8ª (oitava) hora diá ria e 44ª (quadragésima quarta) hora semanal,
considerando o divisor 220 durante todo o período contratual.

2.1 DO TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS

A Constituição Federal, por meio do artigo 7º, inciso XV, bem como o
artigo 67 da CLT estabelece o repouso semanal remunerado preferentemente aos
domingos e, quando realizado, será sempre subordinado à permissão prévia da
autoridade competente em matéria de trabalho, o que de fato não ocorreu com o
Reclamante.
Dessa forma, diante da súmula 146 do TST, os dias trabalhados em
domingos e feriados deverão ser pagos em dobro sem prejuízo à remuneração relativa
ao repouso semanal., conforme precedentes sobre o tema:
JORNADA DE TRABALHO -domingos e feriados não compensados. Sem
razão Como bem analisado pela origem, restou comprovada a ativação do
obreiro em jornada que extrapola sete dias consecutivos, sem folga
compensatória ou percepção da remuneração em dobro pelo trabalho em tais
dias. Não trouxe a recorrente, por seu turno, nenhum argumento que
pudesse infirmar a fundamentação lançada em sentença, a qual resta
mantida incólume, por consequência. (TRT-2, 1000977-54.2017.5.02.0468,
Rel. ANA CRISTINA LOBO PETINATI - 5ª Turma - DOE 02/07/2019)
DOMINGOS LABORADOS NA ESCALA 12 X 36. PAGAMENTO EM
DOBRO. INDEVIDO. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA REGIONAL Nº 47. O
julgado a quo está na contramão da jurisprudência deste E. Regional, veja-
se: 47 - Jornada de trabalho. Escala 12X36. Pagamento em dobro dos
domingos e feriados trabalhados. (Res. TP nº 06/2015 - DOEletrônico
11/12/2015) Os domingos trabalhados no regime de escala 12X36 não são
devidos em dobro, já que se trata de dia normal de trabalho. Os feriados
trabalhados, sem folga compensatória, são devidos em dobro.
Ressalte-se, ainda, a Súmula nº 444 do C. TST, que determina o pagamento
em dobro apenas dos feriados laborados, nada mencionando quanto aos

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domingos. Apelo da reclamada que se acolhe. (TRT-2, 1002252-
81.2016.5.02.0465, Rel. VALDIR FLORINDO - 6ª Turma - DOE
25/03/2019)
RECURSO ORDINÁRIO DO AUTOR. PAGAMENTO DE DOMINGOS E
FERIADOS. No caso em tela, analisando os cartões de ponto, constata-se que
não havia folga compensatória em razão do labor em domingos e feriados,
fora da escala 12x36, e os contracheques provam que não havia o pagamento
de todos os domingos trabalhados com o adicional de 100%, nem tampouco
de todos os feriados laborados, conforme exigência das normas coletivas.
Portanto, faz jus o autor ao pagamento de domingos e feriados
(municipais, estaduais e federais) laborados, em dobro, e seus
reflexos, devendo ser consideradas as folgas compensatórias
permitidas em cada uma das Convenções Coletivas de Trabalho
adunadas aos autos, durante a vigência de cada uma delas, e autorizando-
se a dedução de valores pagos a idêntico título, sob pena de enriquecimento
ilícito. Recurso autoral conhecido e parcialmente provido. (TRT-1,
01010821720175010005, Relator Desembargador/Juiz do Trabalho:
SAYONARA GRILLO COUTINHO LEONARDO DA SILVA, Gabinete da
Desembargadora Sayonara Grillo Coutinho Leonardo da Silva, Publicação:
2019-06-28)
RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMANTE. DOMINGOS E FERIADOS
TRABALHADOS. A Constituição Federal assegura, em seu art. 7º, inciso XV,
a fruição do "repouso semanal remunerado, preferencialmente aos
domingos". Em que pese não haja a imposição de gozo do repouso semanal
exclusivamente aos domingos, conforme disposições acima transcritas, a Lei
n. 10.101/2000 garante ao empregado seja o repouso usufruído ao menos em
um domingo a cada três semanas, conforme dispõe o seu art. 6º. Desse
modo, ainda que tenha sido concedido o repouso semanal em dia diverso,
fazia jus a reclamante a ver coincidi-lo em um domingo a cada três
laborados, o que não foi observado pela ré. Assim, devido o pagamento em
dobro de um domingo a cada três trabalhados. Bem assim, relativamente ao
período contratual sem registros de horário, forma-se a presunção relativa
de veracidade do alegado na petição inicial quanto ao labor em feriados sem
o correspondente pagamento, (...) (TRT-4, RO 00209444920175040015,
Relator(a): Alexandre Correa Da Cruz, 3ª Turma, Publicado em:
21/02/2019)

Nesse sentido, considerando que o reclamante laborou aos domingos,


no período de 10/03/20 a 06/06/2020, conforme provas que junta em anexo, deve
usufruir da devida remuneração.

3. DO ACIDENTE DE TRABALHO

Em 18/03/2020, o reclamante sofreu um acidente de trabalho


onde realizava um trabalho em uma residência a mando da reclamada. A escada que o
reclamante estava desestabilizou e caiu, na queda neste acidente sofreu vá rias fraturas,
no dedo da mã o e quebrou o nariz. Conforme fotos e documentos em anexo.

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Apó s o acidente o reclamante ficou afastado por apenas 15 dias a
mando da reclamada mesmo sem capacidade e sem condiçõ es para retornar ao trabalho,
o reclamante nem retornou ao médico para nova consulta, o reclamante foi obrigado a
retornar ao labor, pois a reclamada nã o queria o afastamento do autor.

Ocorre que a reclamada nã o realizou o LTCAT do reclamante, o


mesmo nem recebeu o auxílio acidente. No entanto, em contrariedade à estabilidade
prevista no art. 118 da Lei 8.213, o Reclamante foi demitido sem motivo ou falta grave
que justificasse sua saída em 06/06/2020, ou seja, antes do término do período de
estabilidade.

A Lei 8213/91 que dispõ e sobre os Planos de Benefícios da


Previdência Social previu em seu art. 118 a estabilidade para o trabalhador em funçã o
da gravidade de acidente que trabalho, nos seguintes termos:
Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem
garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção
do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do
auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção
de auxílio-acidente.

A Lei nº 6.367/76 tratou de conceituar didaticamente o que se


enquadra como acidente de trabalho:
"Acidente do trabalho é aquele que ocorrer pelo exercício do
trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte, ou a perda ou redução
permanente ou temporária da capacidade para o trabalho."

Assim, considerando que o acidente ocorreu durante o labor


realizando serviços habituais, conforme laudo que junta em anexo, o nexo causal fica
perfeitamente configurado, afinal, tratavam-se de atividades habituais inerentes à
função exercida na empresa.

Pacificando qualquer controvérsia sobre o tema, foram publicadas


as Orientaçõ es Jurisprudenciais 105 e 230 da SDI-1 do Tribunal Superior do Trabalho:
Orientaçã o Jurisprudencial - SDI-1 - 105. Estabilidade provisó ria.
Acidente de trabalho. É constitucional o art. 118, da Lei nº
8213/1991.
Orientaçã o Jurisprudencial - SDI-1 - 230. Estabilidade. Lei nº
8213/1991. Art. 118 c/c 59. O afastamento do trabalho por prazo

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superior a 15 dias e a consequente percepçã o do auxílio doença
acidentá rio constituem pressupostos para o direito à estabilidade
prevista no art. 118 da Lei nº 8213/1991, assegurada por período de
12 meses, apó s a cessaçã o do auxílio-doença.

Assim, o empregado que, afastado de suas funçõ es por mais de 15


dias decorrente de acidente de trabalho, faz jus à ESTABILIDADE PROVISÓRIA prevista
no artigo 118 da Lei 8213/91, pelo prazo mínimo doze meses, contados do término do
auxílio doença:
ESTABILIDADE ACIDENTÁ RIA. REQUISITOS. A estabilidade
acidentá ria de que trata o artigo 118 da Lei n. 8.213/91 exige a
comprovaçã o de dois requisitos, concomitantemente, a saber:
acidente do trabalho ou doença ocupacional a ele equiparada e
afastamento previdenciá rio por mais de 15 dias. A matéria também
se encontra disciplinada na Sú mula 378, II, do TST, que, além disso,
prevê o direito ao empregado que, embora nã o tenha sido afastado do
emprego com percepçã o de auxílio doença previdenciá rio por tempo
superior a 15 dias, tenha reconhecida, em perícia médica posterior à
extinçã o do contrato, incapacidade decorrente de acidente do
trabalho. (TRT da 3.ª Regiã o; PJe: 0012214-51.2016.5.03.0164 (RO);
Disponibilizaçã o: 19/02/2020; Ó rgã o Julgador: Primeira Turma;
Relator: Convocada Sabrina de Faria F.Leao, #44248192)
ESTABILIDADE ACIDENTÁ RIA. PRESSUPOSTOS. O afastamento do
trabalho por prazo superior a 15 dias e a percepçã o do auxílio-doença
acidentá rio constituem pressupostos para o direito à estabilidade
prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/1991. (TRT12 - ROT - 0000958-
52.2017.5.12.0059, Rel. MARCOS VINICIO ZANCHETTA, 4ª Câ mara,
Data de Assinatura: 06/03/2020, #24248192)
RECURSO DA RECLAMADA. DOENÇA OCUPACIONAL. ESTABILIDADE
ACIDENTÁ RIA.Nos termos do artigo 118 da Lei 8.213/91, para que o
empregado faça jus à estabilidade acidentá ria é necessá ria a
comprovaçã o do acidente do trabalho ou doença ocupacional a ele
equiparada, bem como o afastamento previdenciá rio por mais de 15
dias. No entanto, constatada por meio de prova pericial, apó s a
dispensa, a doença profissional que guarda relaçã o de causalidade
com a execuçã o do contrato de emprego, faz jus a trabalhadora à
estabilidade acidentá ria. Aplicaçã o do inciso II da Sú mula 378 do C.
TST. Recurso nã o provido. (TRT-1, 0010428-80.2014.5.01.0007 -
DEJT 2020-01-30, Rel. JORGE FERNANDO GONCALVES DA FONTE,
julgado em 27/01/2020, #84248192)

Bem como a jurisprudência garante até mesmo empregado


submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisó ria de
emprego decorrente de acidente de trabalho, como:

RECURSO ORDINÁ RIO. AÇÃ O RESCISÓ RIA AJUIZADA NA VIGÊ NCIA


DO CPC/2015. PEDIDO DE DESCONSTITUIÇÃ O FUNDADO EM
VIOLAÇÃ O MANIFESTA DE NORMA JURÍDICA (ART. 966, V, DO

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CPC/2015). VIOLAÇÃ O DO ART. 118 DA LEI N.º 8.213/91. NÃ O
CONFIGURAÇÃ O.
1. O processo matriz versa sobre reintegraçã o de empregado
vitimado por acidente do trabalho. Conforme apurado no feito
primitivo, o acidente ocorreu no deslocamento do trabalhador entre
sua residência e o local de trabalho, e a pretensã o reintegrató ria foi
acolhida pela Corte Regional.
2. A recorrente sustenta que o acó rdã o rescindendo teria violado o
art. 118 da Lei n.º 8.213/91 sob tripla perspectiva: a) por aplicar a
garantia de emprego em hipó tese de acidente atípico, uma vez que,
segundo seu entendimento, a garantia legal em apreço é limitada aos
casos de acidentes de trabalho típicos; b) por aplicar a garantia de
emprego em contrato a prazo determinado, em hipó tese de manifesta
incompatibilidade com o instituto; e, c) por ter deferido a
reintegraçã o em prazo superior ao previsto em lei, de modo a
propiciar enriquecimento indevido do trabalhador.
3. Com relaçã o ao primeiro argumento, dispõ e o art. 118 da Lei n.º
8.213/91: "O segurado que sofreu acidente do trabalho tem
garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutençã o do seu
contrato de trabalho na empresa, apó s a cessaçã o do auxílio-doença
acidentá rio, independentemente de percepçã o de auxílio-acidente".
4. Como se sabe, a violaçã o de lei autorizadora da desconstituiçã o da
res judicata é aquela que surge de forma literal, induvidosa, manifesta
em sua expressã o, sempre a partir da moldura fá tica definida na
decisã o rescindenda. Partindo desse ponto, deve-se destacar que o
art. 118 da Lei n.º 8.213/91, em sua literalidade, nã o aponta para a
distinçã o mencionada pela recorrente, entre acidentes do trabalho
típicos e atípicos. Ao revés, o referido dispositivo legal trata do
acidente do trabalho latu sensu , conceito em que se enquadra
também, por expressa dicçã o legal, o acidente do trabalho
equiparado, previsto no art. 21 da Lei n.º 8.213/91, de maneira que
nã o há como acolher a pretensã o rescisó ria com esse enfoque, por
nã o ter havido, na interpretaçã o dada pela Corte Regional no acó rdã o
rescindendo, violaçã o manifesta à norma legal em apreço.
5. No que se refere à sustentada incompatibilidade entre a garantia de
emprego e a modalidade contratual aplicada ao recorrido, que, à
época do evento, se encontrava na execuçã o de contrato de
experiência, espécie do gênero dos contratos a prazo determinado
(art. 443, § 2.º, c, da CLT), tampouco se verifica ocorrida a hipó tese de
rescindibilidade em apreço, pois, nesse aspecto, o acó rdã o
rescindendo decidiu a causa de acordo com a interpretaçã o firmada
por esta Corte Superior sobre o tema, que assenta a compatibilidade
entre a garantia de emprego prevista no art. 118 da Lei n.º 8.213/91 e
os contratos de trabalho celebrados a prazo determinado, consoante
diretriz contida no item III da Sú mula n.º 378 do TST.
6. Assim, considerando que a decisã o rescindenda se encontra em
harmonia com a interpretaçã o sumulada por esta Corte sobre a
aplicabilidade do art. 118 da Lei n.º 8.213/91 aos contratos
celebrados a prazo determinado, cuja observâ ncia é imperativa (art.
927, IV e V, do CPC de 2015), torna-se forçoso concluir pela nã o
caracterizaçã o da hipó tese de rescindibilidade prevista no art. 966, V,
do CPC/2015 na espécie.
7. Por fim, no que tange à alegaçã o de que a reintegraçã o teria sido
deferida em prazo superior ao previsto em lei, de modo a propiciar
enriquecimento indevido do trabalhador, também por essa
perspectiva o pleito desconstitutivo nã o merece ser acolhido.
8. A pretensã o deduzida pelo recorrido na Reclamaçã o Trabalhista

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originá ria dividiu-se entre o pedido principal, de nulidade da
dispensa e reintegraçã o, e o pedido sucessivo, de pagamento de
indenizaçã o correspondente à garantia de emprego sonegada.
[...]
13. Recurso Ordiná rio conhecido e nã o provido.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso Ordiná rio em
Açã o Rescisó ria n.º TST-RO-11130-51.2018.5.03.0000 , em que é
Recorrente ASTER ESTAMPAS E FERRAMENTARIA EIRELI e
Recorrido JARBAS SANTANA DE SOUZA.

Dessa forma, o relator, ministro Luiz José Dezena da Silva,


argumenta que nã o merece ser acolhida a sustentada incompatibilidade entre a garantia
de emprego e a modalidade contratual aplicada ao caso, mesmo que em contrato de
experiência, espécie do gênero dos contratos por prazo determinado (artigo 443, §2º,
"c", da CLT).

Trata-se de reconhecimento inequívoco da jurisprudência do


direito à estabilidade provisó ria, devendo ser indenizado o período integral que lhe era
devido, nã o restando qualquer impedimento ao pedido de indenizaçã o pelo período que
lhe era devido.

Diante de todo exposto, requer seja condenada a reclamada ao


pagamento da estabilidade de no mínimo 12 meses em favor do reclamante.

No caso da reclamada ser condenada a indenizar o período de


estabilidade, tem o autor direito ao pagamento das seguintes verbas:

1) Salá rios Vencidos e Vincendos, devidamente corrigidos, de


18/03/2020 até 18/03/2021, quando se daria o término da estabilidade;

2) Reflexos no Aviso Prévio, nas férias, acrescidas de 1/3, nos 13º


salá rios, FGTS, e na multa de 40%.

4.DO DIREITO

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Nos termos do artigo 7º, inciso XXVIII da Constituiçã o Federal
vigente, está obrigado o empregador brasileiro nã o só ao seguro contra acidentes do
trabalho, como também à indenizaçã o quando incorrer em dolo ou culpa.

Como se sabe, tudo aquilo que diz respeito a acidentes do


trabalho, dentro do normal risco da atividade laborativa, é regido pela Lei de Acidentes,
que dispensa o lesado de demonstrar, naquela via, a culpa do empregador.

A teoria do risco, em matéria infortunística, foi acolhida em


benefício do trabalhador e nã o do empregador. Objetivou trancar outra via, para nã o
impor à quele que a lei considera mais fraco, a obrigaçã o de provar. Esse raciocínio nã o
pode levar à afirmaçã o de que, em nenhuma hipó tese, o lesado terá outra via que nã o a
acidentá ria.

Tudo o que ocorre dentro do risco normal do trabalho é matéria


puramente acidentá ria; aquilo que extrapola o simples risco profissional, cai no domínio
da responsabilidade civil.

Por outro lado, é orientaçã o cediça que a açã o de acidente do


trabalho, por ser de natureza alimentar, é compensató ria e a de responsabilidade civil é
indenizató ria, visando restabelecer a situaçã o existente e anterior ao dano.

Anota Sá Pereira o seguinte:


"... a indenizaçã o nã o empobrece nem enriquece. O responsá vel é
obrigado a repor aos benefícios da vítima na situaçã o em que
estariam, sem o dano. Assim, a reparaçã o atende à perda e, como
anotou brilhante arresto do Tribunal de Apelaçã o do Distrito Federal,
quando essa perda é a morte de uma pessoa da família, nã o há que
demonstrar que ela representa prejuízo. Este deflui, "ipso facto", do
acontecimento danoso. Por essa parte, outro eminente juiz assinalou
que a expressã o alimentos nã o pode ser tomada no sentido
puramente técnico, sob pena de restringir o ressarcimento do dano,
contra toda a doutrina aceita em matéria de responsabilidade civil, ao
estritamente necessá rio para as subsistência e só deferi-lo à queles
dos parentes que nã o pudessem prover a pró pria manutençã o ..." (in -
Responsabilidade Civil, 4ª Ed. - Forense, Rio, Vol. II, pá g. 802).

Nã o se admite, por outro lado, compensaçã o do que foi pago


acidentariamente.

Esta é a orientaçã o segura, reproduzida no Acó rdã o da Egrégia


Sexta Câ mara Cível do Tribunal de Justiça de Sã o Paulo - verbis:

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"Da indenizaçã o fixada nã o se deduz qualquer parcela relativa à
pensã o previdenciá ria porque é paga a título diverso do evento
lesivo" (TJSP - Ap. 13.214-1, 6ª C., Relator: Des. Macedo Costa).

Na esteira do entendimento aqui sustentado "... o empregador fica


obrigado à indenizaçã o do direito comum, se tiver culpa no acidente o trabalho ..."
(Jardel Noronha e Odaléa Martins - "Referência da Sú mula do STF", vol. 12, pá g. 29).

Nesse mesmo sentido já se decidiu reiteradamente que em se


tratando de acidente do trabalho e responsabilidade civil, a açã o de direito comum é
legítima em caso de falta inescusá vel do empregador, se há prova de que este nã o se
preocupa com a segurança do operá rio ou do pú blico, dando causa ao acidente. Em tais
condiçõ es, inexiste o enriquecimento sem causa do empregado que se tornou invá lido e
sem condiçõ es de pretender, na vida, qualquer outra melhoria, o que antes era
presumivelmente de admitir.

Nã o se pode olvidar que a responsabilidade civil envolve a


empresa, o patrã o ou seus prepostos.

A Sú mula 341 do colendo Supremo Tribunal Federal edita:

"É presumida a culpa do patrã o ou comitente pelo ato culposo do


empregado ou preposto".

É corolá rio do disposto nos artigos 186, 182, 932, III a 948 e a 954
do Có digo Civil, valendo citar o primeiro - verbis:

"Art. 186. Aquele que, por açã o ou omissã o voluntá ria, negligência, ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito".

A responsabilidade civil abarca todos os acontecimentos que


extravasam o campo de atuaçã o do risco profissional.

Quando a empresa nã o cumpre a obrigaçã o implícita concernente


à segurança do trabalho de seus empregados e de incolumidade durante a prestaçã o de
serviços, tem o dever de indenizar por inexecuçã o de sua obrigaçã o.

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No presente caso houve desatendimento pela empresa e seus
prepostos quanto à adoçã o de metodologia que facilitasse o trabalho, tornando-o menos
penoso e perigoso para o autor.

Mais que isto, houve negligência na adoçã o de mecanismos e


treinamento que tornassem seguro o seu labor diá rio, prevenindo possíveis acidentes.

O nã o fornecimento de equipamentos eficazes de proteçã o


individual (EPI), como previstos na legislaçã o de segurança do trabalho, tornaram ainda
mais grave a culpa da suplicada pelo sinistro ocorrido, ampliando os seus resultados
danosos.

Deve a empresa, assim, indenizar o suplicante pelos danos à


estética, à integridade física e moral, direitos que nã o podem ser violados impunemente.

Trata-se de um ato ilícito que dificultou a conduçã o normal da


vida do Autor, ultrapassando os meros dissabores do dia a dia, gerando o dever de
indenizar.

A Reforma Trabalhista tratou de positivar o direito ao


recebimento de danos morais no seguinte sentido:
Art. 223-A. Aplicam-se à reparaçã o de danos de natureza
extrapatrimonial decorrentes da relaçã o de trabalho apenas os
dispositivos deste Título.’
‘Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a açã o ou
omissã o que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou
jurídica, as quais sã o as titulares exclusivas do direito à reparaçã o.’
‘Art. 223-C. A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de açã o, a
autoestima, a sexualidade, a saú de, o lazer e a integridade física sã o
os bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa física.’
Pelos laudos e fotos que junta em anexo, o autor teve graves danos
estéticos, além de ter um forte impacto em sua produtividade, afetando a auto estima de
qualquer ser humano, configurando Dano moral devendo ser indenizado.

E nesse sentido, a indenizaçã o por dano moral deve representar


para a vítima uma satisfaçã o capaz de amenizar de alguma forma o abalo sofrido e de
infligir ao causador sançã o e alerta para que nã o volte a repetir o ato, uma vez que fica
evidenciado completo descaso aos transtornos causados.

Diante do acidente e da conduta da Reclamada resta inequívoco o


direito de ser indenizado, conforme jurisprudência, in verbis:

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DOENÇA OCUPACIONAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO
EMPREGADOR. O nexo de concausalidade entre a doença e o trabalho,
estabelecido por meio de perícia médica, nã o afasta o
reconhecimento da natureza ocupacional da moléstia. A açã o culposa
do empregador configura-se em face da nã o adoçã o de medidas
destinadas à melhoria das condiçõ es de trabalho e à minimizaçã o dos
riscos ergonô micos a que sujeita a trabalhadora. Do nexo de causa e
efeito entre a açã o culposa da reclamada e o dano sofrido pela
trabalhadora, resulta a responsabilidade civil daquela, que deve
indenizar os prejuízos sofridos por esta. Condenaçã o mantida. DANO
ESTÉTICO. Configura-se o dano estético que deve ser indenizado
pelo empregador quando existe cicatriz decorrente da lesão de
natureza ocupacional sofrida pela empregada. Em se tratando de
alteraçã o morfoló gica oriunda do tratamento da doença ocupacional,
deve ser indenizada por quem contribuiu para seu surgimento.
Indenizaçã [EMENTA PARCIAL] (TRT-4, RO
00208182220155040030, Relator(a): Ana Luiza Heineck Kruse, 4ª
Turma, Publicado em: 12/04/2018)
INDENIZAÇÃ O POR DANO MORAL DECORRENTE DE ACIDENTE DO
TRABALHO. A ofensa à integridade física e moral do trabalhador em
decorrência de acidente de trabalho, enseja o dever de indenizar.
Sentença mantida. (TRT-4 - RO: 00205738420155040232, Data de
Julgamento: 20/07/2017, 6ª Turma, #74248192)
DANOS MORAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRABALHO.
Devida a compensaçã o por danos morais se provado que a sequela
adquirida pelo trabalhador, que o incapacitou parcialmente para o
labor, decorreu das atividades cotidianas desempenhadas na
empresa. A dor e o sofrimento do obreiro que ainda convalescem
deve ser minimizada pela indenizaçã o respectiva. (TRT-1 - RO:
00000413920105010009 RJ, Relator: Claudia de Souza Gomes Freire,
Nona Turma, Data de Publicaçã o: 27/10/2017, #04248192)

Afinal, considerando que a expectativa de vida do homem


brasileiro é de 71 anos, o Reclamante teve sua vida afetada pela moléstia ocasionada
pelo acidente, sendo inequívoco o abalo e dano à vida do Reclamante, sendo devida a
presente indenizaçã o.

5. DO DIES A QUO PARA FIXAÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL NAS


AÇÕES ACIDENTÁRIAS.

Importante salientar que o STF consolidou o entendimento,

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mediante a Sú mula 230, que “a prescriçã o da açã o de acidente de trabalho conta-se do
exame pericial que comprovar a enfermidade ou verificar a natureza da incapacidade”,
sendo que este exame pericial deve ser considerado como o laudo pericial do INSS.

O STF, por sua vez, pela Sú mula 278, pacificou o entendimento


de que “o termo inicial do prazo prescricional, na açã o de indenizaçã o, é a data em que o
segurado teve ciência inequívoca da incapacidade laboral”. Cumpre dizer ainda, que a
referida sú mula fala em ciência da incapacidade laboral, e nã o em ciência da moléstia.

É a partir da ciência inequívoca da lesã o que começa a fluir o


prazo prescricional, nã o se cogitando se já operado ou nã o o prazo do art. 7º, XXIX, da
Constituiçã o Federal. A propó sito, o Colendo TST já se manifestou, in verbis:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA.
ACIDENTE DE TRABALHO, DANO MORAL E MATERIAL.
PRESCRIÇÃ O. CERCEIO DE DEFESA. DANOS MORAIS E
MATERIAIS. DECISÃ O DENEGATÓ RIA. MANUTENÇÃ O. Em se
tratando de acidente de trabalho e doença ocupacional, o
marco inicial para a contagem do prazo prescricional para a
propositura da açã o de indenizaçã o nã o é a data do
afastamento ou da constataçã o da doença, e sim a da ciência
inequívoca da incapacidade laboral - no caso, da constataçã o
por laudo médico da incapacidade total para o trabalho, apesar
da alta previdenciá ria - por se considerar o critério da actio
nata. Esse é o sentido do art. 104, Il, da Lei 8.213/91, o qual,
conquanto direcionado à s açõ es previdenciá rias, aplica-se, por
analogia, à s açõ es trabalhistas indenizató rias de acidente de
trabalho. Neste sentido, inclusive, o entendimento pacificado
no â mbito da jurisprudência do STF (Sú mula 230) e no STJ
(Sú mula 278). Na hipó tese, o Regional concluiu estar presente
o nexo de causalidade entre a atividade laboral e o acidente
que vitimou o Reclamante, o qual, em 5/6/1999, sofreu fratura
na coluna, concluindo o laudo pericial que o infortú nio
decorreu do labor em carregamentos de sacos de terra de 100
kg. O Reclamante permaneceu em auxílio-doença acidentá rio
até 16/11/2006, quando teve alta definitiva pelo INSS.
Entretanto, o laudo médico atestou que o empregado teve
incapacidade total para o trabalho braçal. Portanto, em

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16/11/2006, o Reclamante teve a ciência inequívoca da
incapacidade laboral, sendo este o marco inicial para o fluxo da
prescriçã o de cinco anos previsto no art. 782, XXIX, CF. Como a
açã o foi ajuizada em 14/03/2008, dentro do quinquídio legal,
nã o está prescrita a pretensã o. Inviá vel o processamento do
recurso de revista quando as razõ es expendidas no agravo de
instrumento nã o logram infirmar os termos da decisã o
denegató ria, que subsistem por seus pró prios fundamentos.
Agravo de instrumento desprovido” (AIRR 22140-
11.2008.5.10.0821 Data de Julgamento: 03/08/2011, Relator
Ministro: Mauricio Godinho Delgado, 62 Turma, Data de
Publicaçã o: DEJT 12/08/2011).

Sobre a questã o do marco inicial da prescriçã o o Colendo TST


tem adotado o seguinte precedente: a data da concessã o da aposentadoria por invalidez.

Nesse sentido, eis a jurisprudência:

RECURSO DE REVISTA - PRESCRIÇÃ O - ACIDENTE DE


TRABALHO - INDENIZAÇÃ O POR DANOS MORAIS E
MATERIAIS - MARCO INICIAL - CIÊ NCIA INEQUÍVOCA DA
LESÃ O. Embora tormentosa a questã o relativa à data a ser
considerada para se definir o início da fluência do prazo
prescricional, em se tratando de acidente de trabalho, o
Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça
consagraram entendimentos consubstanciados nas respectivas
Sú mulas nºs 230 e 278 de que o termo inicial do prazo é a data
em que o empregado teve ciência inequívoca da incapacidade
laboral. No caso, o acidente de trabalho iniciou um processo
gradativo com possibilidade de recuperaçã o ou de
agravamento da saú de no decurso do tempo, de modo que nã o
se pode considerar que o conhecimento inequívoco das lesõ es
oriundas do acidente deu-se no dia exato em que ocorreu o
infortú nio. O autor apenas teve ciência inequívoca da
consolidaçã o dos efeitos gerados pelo acidente de trabalho
quando foi concedida sua aposentadoria por invalidez. Desse
modo, tendo em vista que nã o houve a extinçã o do contrato de

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trabalho, mas, sim, suspensã o, encontrando-se o obreiro
aposentado por invalidez desde o dia 23/12/2011, a
prescriçã o aplicá vel é a quinquenal, estabelecida no art. 72,
XXIX, da Constituiçã o da Repú blica, iniciando a contagem a
partir da mencionada data da aposentadoria. Ajuizada a
reclamató ria trabalhista em 22/11/2012, nã o há prescriçã o a
ser pronunciada relativamente à pretensã o de reparaçã o dos
danos morais e patrimoniais decorrentes do acidente de
trabalho. Recurso de revista conhecido e provido. (TST - RR:
17246320125080004, Relator: Luiz Philippe Vieira de Mello
Filho, Data de Julgamento: 21/10/2015, 72 Turma, Data de
Publicaçã o: DEJT 23/10/2015).

Portanto, como se observa acima exposto, nã o há que se falar


em prescriçã o da presente açã o indenizató ria.

6. DOS DANOS MORAIS

Conforme relatado, trata-se de inequívoco abalo à dignidade do


trabalhador. A conduta da reclamada por arbitrá ria, abusiva e inconveniente submetia o
Reclamante a situaçõ es insustentá veis, gerando o dever de indenizar.

A redaçã o dada pela reforma Trabalhista é de perfeita aplicaçã o,


ao prever na CLT:
Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou omissão que
ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica, as quais
sã o as titulares exclusivas do direito à reparaçã o.
Art. 223-C. A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de açã o, a autoestima, a
sexualidade, a saú de, o lazer e a integridade física sã o os bens juridicamente
tutelados inerentes à pessoa física.

Afinal, diante de conduta lesiva à honra objetiva do Reclamante,


perfeitamente caracterizado o dano extrapatrimonial indenizá vel.

Nã o há de se falar, portanto, em obrigaçã o da parte autora de


comprovar o efetivo dano moral que se lhe causou, tratar-se-ia de tarefa inalcançá vel a

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necessidade de demonstraçã o de existência de um dano psíquico.

A exposiçã o do empregado a situaçõ es constrangedoras por parte


do reclamado, que extrapolou no exercício do poder diretivo caracteriza abuso de
direito do qual resulta em dano à honra e à integridade psíquica do autor, com violaçã o
aos direitos bá sicos da personalidade tutelados pela lei.

Em julgamento sobre o tema, tem-se importante disciplina:


"São invioláveis a honra, a dignidade e a integridade física e psíquica da pessoa,
por força de expressa disposição de lei, garantias que têm destacada importância
também no contexto do pacto laboral, fonte de dignidade do trabalhador. Daí
porque a violação a qualquer desses bens jurídicos, no âmbito do contrato de
trabalho, importará a indenização pelos danos dela decorrentes, tendo em conta
que a igualdade preconizada no artigo 5º da Magna Carta deve ser considerada
também na relação de respeito que deve nortear o contrato de trabalho.
A indenização por dano moral sofrido pelo empregado, no âmbito do contrato de
trabalho, pressupõe, portanto, um ato ilícito, consubstanciado em erro de
conduta ou abuso de direito, praticado pelo empregador ou por preposto seu, um
prejuízo suportado pelo ofendido, com a subversão dos seus valores subjetivos da
honra, dignidade, intimidade ou imagem, um nexo de causalidade entre a
conduta injurídica do primeiro e o dano experimentado pelo último.
(...)
O exercício abusivo do direito e o conseqüente ato ilícito em questão
caracterizam o assédio contra a dignidade ou integridade psíquica ou física do
trabalhador, objetivando a sua exposição a situações incômodas e humilhantes
caracterizadas pela repetição de um comportamento hostil de um superior
hierárquico ou colega, ameaçando o emprego da vítima ou degradando o seu
ambiente de trabalho moral, também denominadomobbing ou bullying, tema que
já vem merecendo destacada importância na sociologia e medicina do trabalho,
assim como no meio jurídico. Essa conduta injurídica vem sendo conceituada, no
âmbito do contrato de trabalho, como a manipulação perversa e insidiosa que
atenta sistematicamente". (Relator o Dr. Emerson José Alves Lage.01245-2005-
012-03-00-0-RO TRT3)
Qualquer tratamento discriminató rio deve ser indenizado e
punido, para fins de que nã o se perpetue no ambiente de trabalho.

No presente caso, "são responsáveis pelo dano


extrapatrimonial todos os que tenham colaborado para a ofensa ao bem jurídico
tutelado, na proporção da ação ou da omissão", nos termos do Art. 223-E da CLT.

Assim, nos termos do Art. 223-G da CLT, devem ser considerados


no presente caso:
I - a natureza do bem jurídico tutelado: Trata-se de ato que violou a
dignidade do trabalhador, uma vez que o expô s ________ ;
II - a intensidade do sofrimento ou da humilhação: Evidente o sofrimento
íntimo quando os atos impugnados afetaram ________ ;
III - a possibilidade de superação física ou psicológica: Trata-se de ato que
afetou diretamente o físico e psicoló gico do trabalhador pois ________ ;

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IV - os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão: No presente caso
importante considerar a exposiçã o do trabalhador perante seus colegas e
familiares, uma vez que ________ ;
V - a extensão e a duração dos efeitos da ofensa: Tratam-se de atos que
perduraram mais de ________ , nã o podendo ser desconsiderado;
VI - as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral: O
trabalhador é pessoa humilde e sem qualificaçã o, sendo obrigado a seguir
suportando tais abusos pela necessidade do emprego, evidenciando a
desigualdade entre as partes, sendo evidente o abuso cometido pelo reclamado;
VII - o grau de dolo ou culpa: Ao ter plena ciência dos danos que vinha
causando ao trabalhador e deixando de tomar qualquer atitude, o reclamado
comete falta gravíssima em detrimento à boa fé na relaçã o de emprego;
VIII - a ausência de retratação espontânea: Conforme ________ o empregador
foi alertado das ofensas sem que tomasse qualquer atitude ou qualquer
retrataçã o;
IX - ausência de esforço efetivo para minimizar a ofensa: Mesmo alertado, o
reclamado nã o efetivou qualquer esforço para minimizar os danos causados ao
trabalhador;
X - ausência de perdão, tácito ou expresso: Nã o há que se falar em perdã o
tá cito quando o empregado dependia diretamente do vínculo de emprego para
manter sua família, deixando, portanto, de buscar o auxílio judicial previamente
por medo de ficar sem emprego;
XI - a situação social e econômica das partes envolvidas: Evidentemente
que a situaçã o financeira precá ria e completa ausência de qualificaçã o das
partes é um fator notó rio que deve ser considerado no presente caso;
XII - o grau de publicidade da ofensa: No presente caso, ________ ficaram
sabendo do ocorrido demonstrando a ampla publicidade das ofensas.

Assim, considerando que o salá rio do Reclamante é de R$


1,450,00. nos parâ metros fixados pelo Art. 223-G, §1º da CLT, o valor dos danos morais
deve corresponder a R$ 15.000,00.

Por tal motivo é que se requer que a reclamada seja compelida a


reparar o reclamante pelos danos morais.

7. DO DANO MATERIAL

Convém registrar que o reclamante antes de ingressar no quadro funcional


da reclamada nã o tinha nenhum problema de saú de.

Conforme descrito acima, a reclamante durante o período contratual foi


acometida de lesã o grave onde fraturou 5 metacarpos proximal, bem como também
quebrou seu nariz.

Com maior razã o, o dever de indenizar advém da doença ocupacional


adquirida no decorrer da prestaçã o laboral, o obreiro passou a apresentar fortes dores

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na regiã o da mã o, conforme descrito nos laudos médicos anexos.

Cabe ressaltar também que, conforme o disposto no art. 7º, inciso XXVIII,
da CF, bem como o entendimento sumular n. 229 do STF, nã o é possível compensar o
valor a ser pago a título de indenizaçã o civil com aquele devido através do benefício
previdenciá rio, visto que possuem natureza diversa. Por essa razã o, trata-se aqui da
indenizaçã o civil pelo acidente, excluindo-se a abordagem referente ao benefício
previdenciá rio.

Sobre o tema, afirma José Luiz Dias Campos:


“A incapacidade parcial e permanente para o trabalho, abarcando as atividades
habituais, pode resultar de uma lesã o que acarrete debilidade, aleijã o ou perda
ou inutilizaçã o de membro, sentido ou funçã o, ou ser proveniente de
enfermidade incurá vel ou resultar de uma deformidade”. CAMPOS, José Luiz
Dias. Acidentes do trabalho: prevençã o e reparaçã o. 3. ed. Sã o Paulo: LTr,
1996”.

Diante disso, desde já , requer que este Juízo, digne-se a determinar a


realizaçã o de PERÍCIA MÉ DICA para que seja constatado o nexo de causalidade entre a
“doença ocupacional” e/ ou seu agravamento/concausa, ocorrido na atividade
desenvolvida pela reclamante na empresa reclamada, bem como para aferir a invalidez
ou o grau de reduçã o sua capacidade laborativa, a fim de ter parâ metros para estipular a
indenizaçã o oriunda dos danos morais e materiais que estã o sendo postuladas, inclusive
para fixaçã o da pensã o vitalícia, que também está sendo reivindicada.

Prescreve o artigo 949 e seguintes do Có digo Civil Brasileiro, legislaçã o


subsidiá ria do Direito do Trabalho no Brasil, por força do artigo 8º da Consolidaçã o das
Leis do Trabalho, respectivamente in verbis:
Art. 949. No caso de lesã o ou outra ofensa à saú de, o ofensor indenizará o
ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da
convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver
sofrido.

Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido nã o possa exercer o
seu ofício ou profissã o, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a
indenizaçã o, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da
convalescença, incluirá pensã o correspondente à importâ ncia do trabalho para

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que se inabilitou, ou da depreciaçã o que ele sofreu.

Pará grafo ú nico. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a


indenizaçã o seja arbitrada e paga de uma só vez.

Deste modo, cabível a condenaçã o da reclamada ao pagamento de uma


pensã o mensal a ser fixada em valor nã o inferior ao salá rio normativo da categorial, bem
como, deve ser levado em consideraçã o a reduçã o da capacidade laborativa da
reclamante, sendo que tal prestaçã o deverá ser paga do momento da propositura da
presente açã o até que a reclamante complete 80 anos de idade.

8. DO FGTS.

O período de afastamento do empregado por motivo de


acidente de trabalho ou doenças ocupacionais equiparadas é considerado como de
serviço para efeito de recolhimento dos depó sitos do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS), pois assim dispõ em os artigos 15, pará grafo 5º, da Lei nº 8.036/90 e 28,
inciso Ill, do Decreto nº 99.684/90, que regulamentou a lei.

Sendo assim, em face do afastamento laboral da reclamante em


virtude da doença ocupacional adquirida pelo trabalho exercido na reclamada, e
consequentemente a percepçã o de benefício previdenciá rio, requer seja a reclamada
condenada a recolher o FGTS de todo o período em que a reclamante se encontrou
afastada do emprego em gozo de benefício previdenciá rio.

9. DA NÃO LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AO PEDIDO E VALOR DA


CAUSA.

Cumpre destacar, que os valores atribuídos aos pedidos na


presente inicial, retratam mera estimativa em relaçã o ao quantum debeatur, em
conformidade com o disposto no art. 840, §1º, da CLT, objetivando a indicaçã o de valor
para cada pedido.

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Assim, o valor dado à causa, bem como, os valores atribuídos à s
verbas pleiteadas, servem apenas para indicaçã o de valor, nã o havendo disposiçã o legal
que exija a absoluta coincidência destes com o valor que vier a ser apurado em
liquidaçã o. Aliá s, o artigo 291 do CPC fala em conteú do econô mico da causa, servindo
apenas como parâ metro de grandeza do valor da condenaçã o, mas nunca fator
limitador desta.

Com efeito, as limitaçõ es de que tratam os arts. 141 e 492 do


CPC nã o se aplicam no processo trabalhista, com o mesmo rigor do processo civil, face o
cará ter alimentar das verbas, habitualmente pleiteadas, inseridas dentre os direitos
indisponíveis do trabalhador.

Daí decorre a necessidade das normas legais aplicá veis ao


processo do trabalho de forma subsidiá ria, adaptarem-se aos contornos trabalhistas,
que remetem os direitos trabalhistas à condiçã o de “questã o de ordem pú blica”.

Além disso, nã o pode ser interpretada como renú ncia pelo


empregado o valor que sobejar à quele valor dado a causa ou pedidos, em razã o do
princípio da irrenunciabilidade dos diretos trabalhistas.

Nesse sentido, é a jurisprudência:


LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AOS PEDIDOS E VALOR DA CAUSA. O pedido fixa a limitação da
condenação quanto aos títulos expressamente pleiteados, o que não acontece quanto aos valores
apresentados a título de uma liquidação prévia, os quais cuidam, em verdade, de números aproximados, a
fim de justificar o rito processual a ser adotado. Autorizado o julgador a corrigir, ex officio, eventuais
equívocos cometidos na petição inicial quanto à liquidação antecipada dos pedidos. (TRT-15 - RO:
00113551020165150032 0011355-10.2016.5.15.0032, Relator: LUIZ FELIPE PAIM DA LUZ BRUNO LOBO,
11ª Câmara, Data de Publicação: 29/08/2018) (grifamos)

Ademais, a Instrução Normativa n. 41 do Colendo Tribunal


Superior do Trabalho, em seu art. 12, §2º, dispõ e que o valor da causa é mera estimativa:
“para fim do que dispõe o art. 840, §§1º e 2º da CLT, o valor da causa será estimado,
observando-se, no que couber, o disposto nos arts. 291 a 293 do Código de Processo Civil”.

Portanto, requer a nã o limitaçã o da condenaçã o referente ao


valor atribuído aos pedidos, sob pena de ferir preceitos constitucionais de proteçã o ao
trabalhador.

10. DOS JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA.

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Conforme já decidido pelo STF, a atualizaçã o monetá ria
incidente sobre obrigaçõ es expressas em pecú nia, constituindo direito subjetivo do
credor e deve refletir a exata recomposiçã o do poder aquisitivo decorrente da inflaçã o
do período em que é apurado, sob pena de violar o direito fundamental da propriedade
(art. 5º, XXII, CF), a coisa julgada (art. 5º, XXXVI, CF), a isonomia (art. 5º, caput), o
princípio da separaçã o dos Poderes (art. 2º, CF) e o postulado da proporcionalidade.

Desse modo, pede, incidentalmente, a inconstitucionalidade do


art. 39, caput, da Lei n. 8.177/91, norma esta que impede que se restabeleça o direito à
recomposiçã o integral do crédito reconhecido pela sentença transitada em julgado. Tal
entendimento, aliá s, foi expressamente adotado pelo Pleno do Tribunal Superior do
Trabalho no julgamento do ArgInc-479-60.2011.5.04.0231.

Destacando que nã o mais prevalece a cautelar proferida pelo


STF no julgamento da Reclamaçã o 22012, tendo em vista que tal demanda foi julgada
improcedente pela Segunda Turma daquela Corte Suprema.

Assim, e diante da modulaçã o de efeitos fixada pela Corte


Superior Trabalhista, pede seja determinado na liquidaçã o do julgado a utilizaçã o do
IPCA-E como índice de correçã o monetá ria a partir de 25/03/2015, devendo ser
utilizada a TR para o período anterior.

Pede ainda, seja observado os juros de mora simples, pro rata


die, de 1% (um por cento) ao mês, contados da data do ajuizamento da açã o e incidentes
sobre as parcelas já corrigidas monetariamente, nos termos do art. 39, §1º, da Lei n.
8.177/91, do art. 883 da CLT e da Sú mula n. 200 do TST, observando-se seu propó sito
meramente indenizató rio (OJ n. 400, SDI-1, TST), bem como a incidência dos juros de
mora sobre o valor bruto da condenaçã o corrigido monetariamente, observada a
deduçã o prévia dos valores relativos à s contribuiçõ es previdenciá rias, conforme
previsã o da Sú mula n. 11 do TRT-23.

11. DA JUSTIÇA GRATUITA


Cumpre esclarecer que a Constituiçã o Federal prevê a garantia da
assistência jurídica integral e gratuita em seu art. 5º, LXXIV:

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"o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita
aos que comprovarem insuficiência de recursos".

Conforme disciplina o professor HOMERO BATISTA MATEUS DA


Silva Comentá rios à Reforma Trabalhista, Revista dos Tribunais, 2017, 1ª ediçã o, p. 158.

A exigência de pagamento de custas para o beneficiá rio da justiça


gratuita viola o caput do artigo 5º da CF, por diferenciar o beneficiá rio da justiça gratuita
que litiga na Justiça do Trabalho, quando comparado com todos demais litigantes de
outros ramos do Judiciá rio na mesma situaçã o jurídica, que, nessa condiçã o, nã o arcam
com os custos do processo. Tal previsã o normativa, em seu conjunto, implica na
precarizaçã o da situaçã o do trabalhador como litigante.
Tese para apresentaçã o na 2º Jornada de Direito Material e Processual do
Trabalho. Autor e responsá vel pela defesa na comissã o temá tica: Ricardo
Machado Lourenço Filho.

Endereço Eletrô nico ricardo.lourencofilho@gmail.com.

Pertinência: Comissã o temá tica 7 - Acesso à justiça e justiça gratuita.


Honorá rios advocatícios. Honorá rios periciais. Litigâ ncia de má -fé e dano
processual.

Ementa: É inconstitucional a previsã o de utilizaçã o dos créditos trabalhistas


reconhecidos em juízo para o pagamento de despesas do beneficiá rio da justiça
gratuita com honorá rios advocatícios ou periciais (artigos 791-A, § 4º, e 790-B,
§ 4º, da CLT, com a redaçã o dada pela Lei nº 13.467/2017), por ferir os direitos
fundamentais à assistência judiciá ria gratuita e integral, prestada pelo Estado, e
à proteçã o do salá rio (artigos 5º, LXXIV, e 7º, X, da Constituiçã o Federal).

Ademais, desvirtua a natureza jurídica das custas que passa a ter


cará ter punitivo, afastando-se do campo das despesas processuais.

Ressalte-se que no presente caso, a reclamante, por insuficiência


econô mica e nã o poder pagar as custas processuais sem prejuízo do sustento pró prio e
de sua família.

Com efeito, a garantia constitucional do acesso à justiça, também


denominada de princípio da inafastabilidade da jurisdiçã o, está consagrada no artigo 5º,
inciso XXXV da Constituiçã o Federal, que diz:
Art.5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à

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liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXXV - a lei não excluirá da
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

Além da Constituiçã o Federal, o artigo 8º da 1ª Convençã o


Interamericana sobre Direitos Humanos de Sã o José da Costa Rica[8], da qual o Brasil é
signatá rio, também garante:

Art. 8º. Toda pessoa tem direito de ser ouvida,


com as garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou
tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido
anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal
contra ela, ou para que se determinem seus direitos ou obrigações de
natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer natureza.

Assim, o direito do acesso à justiça supera uma garantia


constitucional, sendo elevado a uma prerrogativa de Direitos Humanos, revelando
tamanha sua importâ ncia.

Ainda, o TRT da 10ª Regiã o (2017) enunciado aprovado em


seminá rio que tratou sobre a reforma trabalhista:

Enunciado n.º 03 - JUSTIÇA GRATUITA.


COMPROVAÇÃ O DE HIPOSSUFICIÊ NCIA ECONÔ MICA. O benefício
da Justiça Gratuita a que se refere o art. 790, §§ 3.º e 4.º, da CLT
pode ser concedido a qualquer parte e, na hipó tese de pessoa
natural, a prova da hipossuficiência econô mica pode ser feita por
simples declaraçã o do interessado ou afirmaçã o de seu advogado
(art. 1.º da Lei n.º 7.115/1983 e art. 99, § 3.º, do CPC).

Nesse sentido também é a Sumula 463 do TST:

SÚ MULA Nº 463 DO TST ASSISTÊ NCIA


JUDICIÁ RIA GRATUITA. COMPROVAÇÃ O (conversã o da
Orientaçã o Jurisprudencial nº 304 da SBDI-I, com alteraçõ es
decorrentes do CPC de 2015)

I - A partir de 26.06.2017, para a concessã o


da assistência judiciá ria gratuita à pessoa natural, basta a
declaraçã o de hipossuficiência econô mica firmada pela parte ou

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por seu advogado, desde que munido de procuraçã o com poderes
específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015);

II - No caso de pessoa jurídica, nã o basta a


mera declaraçã o: é necessá ria a demonstraçã o cabal de
impossibilidade de a parte arcar com as despesas do processo.

Determina a nova redaçã o da CLT no artigo 790 parag.3º que é


facultado aos juízes e tribunais do trabalho conceder de oficio ou a requerimento a
gratuidade da justiça para aqueles que perceberem salario igual ou inferior a 40% do
limite má ximo dos benefícios do Regime |Geral da Previdência Social. Assim diz o texto
legal:

Art.790 (...)

§3º È facultado aos juízes, órgão julgadores e


presidentes dos tribunais do trabalho, a requerimento ou de oficio, o
benefício da justiça gratuita, inclusive quando a translado e
instrumentos, aqueles que perceberem salario igual ou inferior a
40%( quarenta por cento) do limite máximo dos benefício do
Regime Geral da Previdência Social. Por todo exposto, pede seja
deferido o benefício da gratuidade de Justiça, sem o qual será
cerceado a garantia constitucional do acesso à justiça.

Desta forma requer que seja concedido o benefício da justiça


gratuita, tendo em vista que a reclamante é hipossuficiente e encontra-se desempregado,
e mesmo quando estava trabalhando a remuneraçã o mensal desta jamais atingiu 40%
do teto da previdência social, conforme carteira de trabalho em anexo.

Pelo exposto, pede seja deferido o benefício da gratuidade de


Justiça, sem o qual será cerceada a garantia constitucional do acesso à justiça.

12. PEDIDOS:

Ante o Exposto, requer se digne V. Exa., acolher a presente inicial,


com a procedência integral dos pedidos e condenaçõ es que requer, tudo tendo por

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parâ metro o valor do salá rio base do obreiro acrescido das verbas salariais pagas com
habitualidade as quais, nos termos da lei integram o salá rio para todos os fins (complexo
salarial - Sú m. 264 do TST, a média remunerató ria nos termos dos regramentos
dispostos nos art.142, §5º, 478, e 487, §§§1º,3º e 5º da CLT, o que desde já requer o
pagamento das diferenças):

1. Requer seja reconhecida a unicidade contratual, e o reconhecimento do


vínculo empregatício do período contratual sem registro, sendo, portanto, o início da
contratualidade (admissã o) 10/03/2020, sob pena de multa diá ria de R$1.000,00.
2. quanto a estabilidade caso este MM. Juízo do trabalho entenda pela a
condenaçã o da reclamada a pagar ao reclamante as verbas a seguir discriminadas:
a) Pagamento dos salá rios vencidos e vincendos do reclamante, desde a data
de 18/03/2020 até 18/03/2021, quando termina a estabilidade, e o seu devido reflexo
no pagamento do aviso prévio, 13º salá rio, férias + 1/3, FGTS, e multa;
b) A retificaçã o da CTPS mudando a data de saída com o acréscimo do
período da estabilidade;

c) A tudo aplicando-se juros e correçã o monetá ria;

3. requer seja reconhecido e declarado: a nulidade do aviso prévio, do TRCT,


bem como, pede seja determinada a intimaçã o da reclamada para que efetue a
retificaçã o na CTPS do reclamante para constar o real período de admissã o em
10/03/2020 com término do contrato de trabalho 18/03/2021 (visto a estabilidade e
face à nulidade e projeçã o do aviso prévio indenizado de 30 dias), em prazo fixado por
este juízo, sob pena de multa diá ria de R$ 500,00 (arts. 537, 538 CPC).

4. Requer seja condenada a Reclamada ao pagamento das verbas rescisó rias: saldo de salário 20 dias de março de 2020, saldo de

salário de 16 dias do mês de março de 2021, da mesma forma não pagou o aviso prévio indenizado de 33 dias, as férias integrais referente a 12/12

(2020/20 21), férias+1/3 a 12/12 (2020/2021), 13º salário parciais 10/12 (2020), 13º salário parcial 03/12 (2021), DSR e FGTS +40%, tudo

observando-se a média remunerató ria nos termos dos regramentos dispostos nos art.142, §5º,478, e 487, §§§1º,3º e 5º da CLT e complexo salarial -

Sú mula. 264 do TST), no valor de R$ 7.736,51;

saldo de salá rio 20 dias de março de 2020 R$ 973,33

Saldo de salá rio de 16 dias do mês de março de 2020 R$ 773,33

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Aviso prévio de 33 dias; R$ 1.595,00

férias integrais 12/12 (2020/2021) R$ 1.450,00

Férias+1/3 proporcional 12/12(2020/2021); R$ 483,33

13º salário parciais 10/12 (2020) R$ 1.208,33

13º salário parcial 03/12 (2021) R$ 362,50

DSR`s R$ 217,50

FGTS+40%, R$ 673,19

TOTAL = 0

5. Seja condenada a reclamada a pagar a obreira a multa do art. 467 da CLT,


devido ao nã o pagamento das verbas rescisó rias, no valor R$ 3.868,255;
6. Seja condenada a reclamada a pagar a multa do artigo 477 da CLT pelo nã o
pagamento no prazo legal da indenizaçã o compensató ria de 40% sobre o valor FGTS,
por se tratar de verba tipicamente rescisó ria, no valor de R$ 1.450,00;
7. Requer seja condenada a reclamada a pagar as horas extras excedentes da
8ª hora diá ria e 44º semanal a reclamante, com acréscimo de 50% no valor de R$
2.167,44 e o divisor 220 durante o referido período contratual, as quais deverã o refletir
sobre: : saldo de salá rio 20 dias de março de 2020, saldo de salá rio de 16 dias do mês de
março de 2021, da mesma forma nã o pagou o aviso prévio indenizado de 33 dias, as
férias integrais referente a 12/12 (2020/2021), férias+1/3 a 12/12 (2020/2021), 13º
salá rio parciais 10/12 (2020), 13º salá rio parcial 03/12 (2021), DSR e FGTS +40%, tudo
observando-se a média remunerató ria nos termos dos regramentos dispostos nos
art.142, §5º,478, e 487, §§§1º,3º e 5º da CLT e complexo salarial - Sú mula. 264 do TST),
no valor de R$ 24.028,88;.

saldo de salá rio 20 dias de março de 2020 R$ 973,33

Saldo de salá rio de 16 dias do mês de março de 2020 R$ 773,33

Aviso prévio de 33 dias; R$ 1.595,00

férias integrais 12/12 (2020/2021) R$ 1.450,00

Férias+1/3 proporcional 12/12(2020/2021); R$ 483,33

13º salário parciais 10/12 (2020) R$ 1.208,33

13º salário parcial 03/12 (2021) R$ 362,50

DSR`s R$ 217,50

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FGTS+40%, R$ 673,19

TOTAL = 0

8. Requer condenaçã o da Reclamada ao pagamento das diferenças da


"dobras" dos domingos e feriados Federais laborados (calendá rio oficial) de todo o
período imprescrito a saber: de abril (sexta-feira) Paixã o de Cristo - feriado nacional; VI
- 21 de abril (terça-feira) Tiradentes - feriado nacional; VII - 1º de maio (sexta-feira) Dia
Mundial do Trabalho - feriado nacional; e divisor 220, tudo com acréscimo de 100% no
valor de R$ 10,920,00 e reflexos: saldo de salá rio 20 dias de março de 2020, saldo de salá rio
de 16 dias do mês de março de 2021, da mesma forma nã o pagou o aviso prévio indenizado de
33 dias, as férias integrais referente a 12/12 (2020/2021), férias+1/3 a 12/12 (2020/2021),
13º salá rio parciais 10/12 (2020), 13º salá rio parcial 03/12 (2021) , DSR e FGTS +40%, tudo
observando-se a média remunerató ria nos termos dos regramentos dispostos nos art.142,
§5º,478, e 487, §§§1º,3º e 5º da CLT e complexo salarial - Sú mula. 264 do TST) no valor de R$
24.028, 88;

saldo de salá rio 20 dias de março de 2020 R$ 973,33

Saldo de salá rio de 16 dias do mês de março de 2020 R$ 773,33

Aviso prévio de 33 dias; R$ 1.595,00

férias integrais 12/12 (2020/2021) R$ 1.450,00

Férias+1/3 proporcional 12/12(2020/2021); R$ 483,33

13º salário parciais 10/12 (2020) R$ 1.208,33

13º salário parcial 03/12 (2021) R$ 362,50

DSR`s R$ 217,50

FGTS+40%, R$ 673,19

TOTAL = 0

9. Pede seja condenada a reclamada ao recolhimento do FGTS+ multa


na conta vinculada da reclamante de todo o período em que a obreira esteve
afastada do emprego em gozo do benefício previdenciário, com juros e correções
monetárias, no valor de R$ 2.356,15;

10. Pede seja reconhecida e declarada a obrigaçã o da reclamada no


dever de indenizar a reclamante pela doença ocupacional, da seguinte forma:

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A. Indenizaçã o por danos morais decorrentes da doença ocupacional, no
valor de R$ 15.000,00;

B. Requer seja condenada a reclamada no pagamento de indenizaçã o por


danos materiais desde a data da propositura da presente açã o até que a autora complete
80 anos, devendo ser paga de uma ú nica vez (Pará grafo ú nico do art. 950 do Có digo
Civil), tudo levando em conta o ú ltimo salá rio do obreiro na empresa, e o percentual de
reduçã o da capacidade laborativa da Reclamante que deve ser aferida através de perícia
médica feita por profissional especialista em traumatologia e ortopedia, indicando o
valor do pedido apenas para cumprir a formalidade legal exigida pelo §1º do art. 840 da
CLT na forma do § 2º do VIII do art. 292 do CPC (prestaçõ es vincendas) no montante de
uma anualidade equivalente ao valor de R$ 7.000,00 sem prejuízo do direito de receber
as demais parcelas até que complete 80 anos;

A Reclamante, encontra-se desempregado (sem renda) e,


portanto, absolutamente hipossuficiente, por nã o ter a mínima condiçã o de pagar as
custas e despesas processuais sem prejuízo do sustento pró prio e de sua família. Desta
forma com base no princípio constitucional do acesso à justiça (art. 5º, XXXV, CRFB/88)
e no direito à assistência judiciá ria gratuita, conforme previsto no art. 5º, LXXIV, pede
seja concedido os benefícios da justiça gratuita, conforme declaraçã o de hipossuficiência
em anexo.

Outrossim, talvez para evitar que interpretaçõ es literais da


norma provoquem a denegaçã o de direitos fundamentais, o Procurador Geral da
Repú blica – PGR ajuizou ADIN, tombada sob o nú mero 5766, em face de algumas
alteraçõ es introduzidas pela lei n.º 13.347/2017 – Reforma Trabalhista Reforma
Trabalhista (arts. 790-B, caput e § 4º; 791-A, § 4º, e 844, § 2º).

Ainda, seja determinada a notificaçã o da Reclamada para


contestar, querendo, os termos do presente inicial, sob as penas de revelia e confissã o,
bem como, condenada nos pedidos aduzidos na exordial.

Requer ainda, seja por V. Exa., determinada a juntada aos autos


dos comprovantes de pagamento de salá rio, férias e 13º salá rio, de todo o período
contratual (art. 464 da CLT), nos termos do art.396 e s/s do CPC.
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Protesta pela mais ampla produçã o probató ria em direito
admitida, requerendo desde já , o depoimento pessoal do representante da reclamada,
sob pena de confissã o.

Em caso de nã o pagamento do débito, apó s o transito em


julgado e o prazo estabelecido na legislaçã o, bem como pelo fato de que as decisõ es
judiciais devem ser cumpridas, requer que seja declarado na pró pria sentença que serã o
adotadas as medidas necessá rias ao cumprimento de decisã o judicial, especialmente o
que dispõ e o art. 139, IV, do CPC/2015 c/c o art. 523, § 1º do mesmo diploma legal e 765
da CLT ("Os Juízos e Tribunais do Trabalho terã o ampla liberdade na direçã o do
processo e velarã o pelo andamento rá pido das causas, podendo determinar qualquer
diligência necessá ria ao esclarecimento delas"), fixando multa por eventual nã o
pagamento do débito:
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as
disposições deste Código, incumbindo-lhe:
(...)
IV - Determinar todas as medidas indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para
assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas
ações que tenham por objeto prestação pecuniária;
(grifamos e sublinhamos)
Diante do exposto, requer-se a notificaçã o da Reclamada, para
comparecer na audiência de instruçã o e julgamento, prestar depoimento pessoal, sob
pena de revelia e confissã o quanto à matéria de fato e que no final, seja condenada ao
pagamento do principal, acrescidos de juros, correçã o monetá ria, custas processuais e
honorá rios advocatícios.

Requer ainda, seja por V. Exa., determinada a juntada aos autos


dos comprovantes de pagamento de CAT (comunicado de Acidente de Trabalho), salá rio,
férias e 13º salá rio, de todo o período contratual (art. 464 da CLT), nos termos do art.
396 e s/s do CPC, sob pena de confissã o da Ré.

Levando-se em consideraçã o o Princípio da Distribuiçã o


Dinâ mica do ô nus da prova, previsto no Novo CPC, e que esta deve ser produzida por
aquela parte que detém ou que tem acesso à ela sendo inacessível ou de difícil acesso a
parte contraria, requer a inversã o do ô nus da prova.

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Requer seja a reclamada condenada no ô nus da sucumbência
(custas e honorá rios advocatícios).

Requer-se que as intimaçõ es dos atos processuais sejam feitas


exclusivamente em nome do DAYANE DIAS DA SILVA – OAB/MT 27.588.

Dá - se à presente causa, o valor de R$ 126.951,68.

Termos em que, pede deferimento.

Sinop/MT, 14 de julho de 2021.

DAYANE DIAS DA SILVA

OAB/MT 27.588-O

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