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EXCELENTÍSSIMO SR. DR.

JUIZ FEDERAL DA _______ VARA FEDERAL DA


SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE ___________________

PEDIDO LIMINAR - URGENTE

QUALIFICAÇÃO DO IMPETRANTE, por meio de seu advogado e procurador que


esta subscreve, vem à presença de V. Excelência com fulcro no na Lei 12.016/2009,
impetrar o presente

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR

contra ATO DO GERENTE DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (qualificação e


endereço), pelos motivos de fato e de direitos que seguem.

DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA

O autor não possui condições financeiras de arcar com as custas processuais sem
prejuízo do próprio sustento, razão pela qual, por força do art. 98 do NCPC, requer a
concessão da gratuidade judiciária.

DOS FATOS

O autor é optante pelo regime do FGTS desde (inserir a data que consta no extrato
analítico), conforme extrato em anexo.

Atualmente, possui valores depositados nas contas cujos vínculos são:

(inserir os vínculos que possuem saldo na conta do FGTS).

Diante da situação de quarentena imposta por decretos estaduais e municipais,


atualmente encontra-se sem renda, visto que não pode exercer suas atividades
laborais (inserir se o autor é empregado e a empresa encontra-se paralisada ou se é
autônomo).

Pela ausência de renda, o autor se dirigiu até uma unidade da Caixa Econômica
Federal a fim de realizar o saque das contas que possuíam saldo de vínculos
antigos e do vínculo atual, acreditando que, por força do estado de calamidade
pública, tal saque seria possível por direito.

Ocorre que o ato coator, se consumou na negativa por parte da autoridade coatora
para o levantamento do saldo total sob a alegação de que a MP 946/2020, prevê o
saque limitado até R$ 1.045,00.

Trata-se de grave situação de Pandemia a nível internacional causada pela COVID-


19, o que motivou o Governo Federal a decretar o Estado de Calamidade Pública
por meio do Decreto Legislativo n. 6 de 2020, que, pela lei do FGTS, autorizaria o
saque INTEGRAL das contas pelo trabalhador, vejamos.

DO DIREITO

A lei 8.036/90, claramente dispõe no seu art. 20, as hipóteses de movimentação da


conta vinculada do FGTS, sendo uma delas, o saque por necessidade pessoal, cuja
a urgência e gravidade decorram de desastre natural.

Para tanto, o beneficiário deverá ser residente em áreas comprovadamente


atingidas de municípios ou do distrito federal em situação de emergência ou estado
de calamidade pública reconhecidas formalmente pelo Governo Federal.

Cumulativamente, a solicitação deverá ser feita em até 90 dias após a decretação


do estado de calamidade pública, que no caso fora reconhecido pelo Decreto
Legislativo n. 6 de 2020.

Ademais, o Decreto 5.113/2004 traz o rol de situações consideradas como desastre


natural, e, a situação vivenciada hoje, de pandemia causada por um vírus, não
encontra-se prevista no art. 2º do referido regulamento.

Contudo, o STJ já firmou entendimento de que o referido dispositivo, elenca apenas


um rol exemplificativo, permitindo-se uma interpretação extensiva quando
relacionado ao princípio constitucional de proteção à finalidade do fundo (REsp
1251566/SC).

Por sua vez, o Governo Federal reconheceu a gravidade inequívoca da pandemia


causada pelo COVID 19, e publicou o Decreto Legislativo n. 6 que decretou o
Estado de Calamidade Pública.

Entrementes, fora editada a Medida Provisória 946 que reconhece a possibilidade


da movimentação das contas vinculadas diante do motivo de força maior vivenciado
e da decretação do estado de calamidade, contudo, limitando o saque ao valor de
R$ 1.045,00 que não se faz suficiente para suprir os danos causados pela
imposição da quarentena e a ausência de fonte de renda.
Ademais, cumpre destacar que o FGTS tem como finalidade a cumulação de
patrimônio em favor do trabalhador e que tem como função, ainda, suprir o sustento
em tempos de imprevisão.

O ato coator (negativa do saque), afronta o direito líquido e certo do impetrante


previsto no art. 20, inciso XVI da Lei 8.036/90 que autoriza a movimentação das
contas vinculadas em casos de desastre natural.

Portanto, com fulcro no art. 5º, inciso LXIX da Carta Maior, requer a concessão do
mandamus a fim de assegurar ao impetrante o direito ao saque da totalidade das
contas do FGTS em seu nome.

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer LIMINARMENTE, seja concedida a ordem a fim de


garantir ao impetrante o saque da totalidade dos valores das contas vinculadas do
FGTS e, após manifestação da autoridade coatora, confirmada a ordem.

Requer-se a notificação da autoridade coatora, que pode ser encontrada no


endereço supra referido, do inteiro conteúdo desta inicial, entregando-lhe a segunda
via acompanhada de todos os documentos anexos para que preste as informações
que julgar necessárias no prazo de quinze (10) dias, nos termos do artigo 7º, inciso
I, da Lei nº 12.016/09.

Ademais, requer que se dê ciência do fato ao órgão de representação judicial da


pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para
que, querendo, ingresse no feito, nos moldes do artigo 7º, inciso II, da Lei
12.016/09.

Findo o prazo para informações, e ouvido o Ministério Público, devem os autos irem
à conclusão para a decisão definitiva que será comunicada à autoridade coatora.

Requer, ainda, a condenação do Impetrado no pagamento das despesas


processuais na forma da lei.

Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00


Termos em que

Pede deferimento

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