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Alvará
xxx, brasileira, casada, orientadora escolar, com RG nº xxx, expedida pela SSP-CE
e CPF nº xxx, telefone xxx, residente e domiciliada à Rua xxx, nº xxx, bairro,
cidade, vem, respeitosamente, por intermédio do(a) Defensor(a) Público(a) infra-
assinado(a), perante Vossa Excelência, requerer a expedição de ALVARÁ JUDICIAL,
com fulcro no art. 1.829, I, CC/02; arts. 203 a 205, CPC/2015; na Lei 6.858/80, art.1º,
Súmula 161 do Superior Tribunal de Justiça - STJ pelas razões de fato e de direito a
seguir expostas:
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Requer, com fulcro no artigo 98 e 99 do CPC/2015, bem como no art. 5º, LXXIV, da
Constituição Federal/88, os benefícios da Justiça Gratuita por ser pobre na forma da lei,
não podendo, portanto, arcar com as custas e demais despesas processuais sem prejuízo
do próprio sustento e de sua família.
DAS PRERROGATIVAS DA DEFENSORIA PÚBLICA
Por oportuno, é válido esclarecer que, por compreender parte representada judicialmente
pela Defensoria Pública Geral do Estado, esta possui a prerrogativa de prazo em dobro
para todas as suas manifestações processuais, bem como de intimação pessoal do
defensor público, já que se encontra no exercício de suas funções institucionais,
consoante inteligência do art. ( cada defensoria estadual tem sua lei)
DOS FATOS
Quando da morte do “de cujus”, este deixou uma pequena quantia em dinheiro,
proveniente de contribuições ao fundo do PIS e que está depositada na Caixa
Econômica Federal.
Art. 1º. Os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os montantes das
contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e do Fundo de
Participação PIS-PASEP, não recebidos em vida pelos respectivos titulares, serão
pagos, em quotas iguais, aos dependentes habilitados perante a Previdência Social ou na
forma da legislação específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta, aos
sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de
inventário ou arrolamento. (Grifo nosso)
Art. 2º. O disposto nesta lei se aplica às restituições relativas ao imposto de renda e
outros tributos, recolhidos por pessoa física e, não existindo outros bens sujeitos a
inventário, aos saldos bancários e de contas de caderneta de poupança e fundos de
investimento de valor até quinhentas obrigações do tesouro nacional. (Grifo nosso)
Por meio da simples leitura dos artigos acima, somada à análise dos documentos anexos
à presente exordial, conclui-se que o direito aqui pleiteado assiste ao requerente.
Primeiro, porque não existem dependentes do falecido habilitados perante a previdência
social, segundo porque não se trata de servidor público, e terceiro porque o requerente,
na ordem da linha sucessória prevista no Código Civil, é o primeiro sucessor do “de
cujus. ”
O montante que se pretende levantar por meio de ordem judicial é oriundo do fundo de
participação PIS-PASEP e encontra-se depositado em uma conta individual em nome do
“de cujus” na CEF. Cumpre salientar que, ainda que existam bens em nome do falecido,
esse fato não é motivo suficiente para obstar o levantamento de tal quantia, na medida
em que a exigência de não existir outros bens sujeitos a inventário se aplica somente
para o levantamento de valores decorrentes de: saldo bancário; conta de caderneta de
poupança e fundo de investimento, conforme art. 2° da lei 6.858/80.
Cumpre-nos salientar, ainda, que o Código de Processo Civil, em seu art. 666, também
assegura a desnecessidade de inventário ou arrolamento de bens para fins de pagamento
de valores previstos na lei 6.858/80, a exemplo do PIS-PASEP, vejamos:
Por tudo o que foi exposto, fica evidente que assiste ao requerente o direito aqui
apontado, tanto por ser descente e sucessor do falecido, como por preencher todos os
requisitos necessários à obtenção dos valores, figurando, portanto, como titular do
direito de fazer o levantamento do montante creditado em nome do “de cujus”.
DOS REQUERIMENTOS
Nesses termos,
LOCAL E DATA
GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Ocorre que o de cujus deixou uma pequena quantia em dinheiro, proveniente do PIS e
do FGTS depositados na Caixa Econômica Federal.
Cumpre-nos salientar ainda, que não há necessidade de abertura de inventário para que
a Requerente seja autorizada a levantar a quantia ora depositada, consoante dispõe o
artigo 666 do Novo Código de Processo Civil, in verbis: