Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Processo nº 00000
RÉPLICA À CONTESTAÇÃO
apresentada pela Ré, pelas razões fáticas e jurídicas adiante que seguem.
Em sua peça repressiva, alega a Ré, falta de interesse processual por parte do
Autor e ilegitimidade passiva.
Acontece Exa., que o Autor veio se socorrer da Justiça, pelo fato de ter ocorrido
resistência a sua pretensão, na via administrativa, quando se dirigiu a uma
agência bancária afim de verificar os seus extratos da conta PASEP.
1
totalmente inconstitucional, pois afronta diretamente CLÁUSULA PÉTREA DA
CARTA MAGNA DE 1988, qual seja: ART.5, XXXV, in verbis:
"Art.5- Omissis
2
Muitos doutrinadores descrevem princípios como "alicerces" do ordenamento
jurídico, sendo que o princípio da boa-fé objetiva, objeto de discussão do
presente trabalho serve de parâmetro para aplicabilidade da lei nas relações
contratuais, é o que será demonstrado.
O artigo 113 disciplina sua função interpretativa nas relações jurídicas privadas,
já o artigo 187 dispõe que a boa-fé objetiva é um limite ao exercício de direitos
subjetivos e, por fim, o artigo 422 do Código Civil, aponta a boa-fé como fonte
autônoma de deveres jurídicos.
Ora Exa., de acordo como a Lei Complementar 8/70, se extrai o polo ativo da
presente ação, uma vez que em se art. 5º, elenca as pessoas que estarão aptas
a receber os valores decorrentes da relação jurídica sob exame. Nesse sentido:
3
“Art. 5º - (...)
Decreto nº 71618/72
4
cobrará uma comissão de serviço, tudo na forma que for estipulada
pelo Conselho Monetário Nacional.”
Ainda se faz presente, que o Banco do Brasil presta serviço público, devendo
ser aplicada a responsabilidade civil objetiva, que somente deverá ser afastada
se comprovada a inexistência de defeito no serviço ou a culpa exclusiva do
autor ou de terceiros, como será adiante explicitado com mais rigor tendo
falhado em exibir os extratos condizentes com o serviço por ele prestado como
agente operador do Programa.
(...)
5
PASEP. CORREÇÃO MONETÁRIA. AÇÃO DE COBRANÇA. BANCO DO
BRASIL. LEGITIMIDADE PASSIVA.
(...)
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
6
para, cassando a r. decisão, declarar a legitimidade do réu para
figurar no polo passivo da relação processual. O réu interpôs
embargos infringentes e a Segunda Câmara Cível negou
provimento ao recurso, nos termos da ementa acima transcrita.
Irresignado, o recorrente interpôs o presente recurso, alegando
que o acórdão vergastado, ao declarar sua legitimidade passiva ad
causam, violou a legislação federal, sem lograr indicar o dispositivo
tido por violado. De outro lado, suscitou dissenso pretoriano. Os
recorridos, devidamente intimados, não ofertaram contra razões,
conforme certidão de fls. 143 verso. II – A irresignação é
tempestiva, regular o preparo, as partes são legítimas e está
presente o interesse recursal. A irresignação do recorrente, com
fulcro na alínea "a" do permissivo constitucional, não merece
prosperar, eis que não logrou ele declinar quais dispositivos legais
teriam sido violados, tornando impossível a exata compreensão da
controvérsia. ( Súmula 284, do STF) Melhor sorte não colhe a
irresignação lastreada na alínea "c", uma vez que o recorrente
inobservou as exigências contidas nos artigos 541, parágrafo único
do CPC, e 255 do RISTJ, deixando de fazer o cotejo analítico entre
os acórdãos colacionados e a decisão hostilizada, restando
indemonstrado o dissenso pretendido. III - Ante o exposto,
indefiro o processamento do recurso especial. Publique-se.
Brasília, 09 de abril de 2001 Desembargador EDMUNDO
MINERVINO Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
dos Territórios NCM.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto acima, a parte autora requer que Vossa Excelência a rejeição
in totum dos argumentos apresentados pela Ré, especialmente de questão
prejudicial, proferindo sentença de mérito no sentido de acolher os pedidos
constantes na exordial, bem como, condenar a requerida nas cominações
legais, por ser medida da mais lídima Justiça.