Você está na página 1de 10

PROCESSO Nº: 0800777-48.2013.4.05.

8300 - PROCEDIMENTO
ORDINÁRIO
AUTOR: SERGIO NAVARRO DE VASCONCELOS
ADVOGADO: ROMILDO ALVES GOMES FILHO
RÉU: UNIÃO FEDERAL - UNIÃO (e outro)
ADVOGADO: MELISSA ABRAMOVICI PILOTTO
9ª VARA FEDERAL - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

SENTENÇA

1. Relatório

Cuida-se de ação ordinária por meio da qual a parte autora requer a


condenação das rés no pagamento de indenização por danos morais, no valor
de R$ 10.000,00 (dez mil), e materiais, em função do saque indevido das
contas do PASEP de titularidade do demandante.

Narra a inicial que o autor, atualmente aposentado, foi servidor público da


Controladoria Geral da União entre 1973 e 2011, albergado pelo PASEP.
Entretanto, ao buscar o saque do valor após a aposentadoria, recebeu o valor
de R$ 1.686,85 (mil, seiscentos e oitenta e seis reais e oitenta e cinco
centavos), insuficiente em relação ao tempo laborado.

Aduz que o Banco do Brasil informou a inexistência de saldo anterior a 1999,


ainda que o autor afirme não haver realizado qualquer saque. Nesse contexto,
requer a exibição dos extratos do PASEP não obtidos extrajudicialmente, bem
como, em caso de negativa ou omissão, seja utilizado como paradigma o
servidor Melson Roberto Mulatinho de Souza, de forma a garantir-lhe
indenização no total de R$ 88.605,48 (oitenta e oito mil, seiscentos e cinco
reais e quarenta e oito centavos).

Em contestação, alega a União: a) ilegitimidade passiva, pois apenas ao Banco


do Brasil compete a administração financeira do PASEP; b) a prescrição
quinquenal, nos termos do entendimento do STJ; c) necessidade de intimação
da PFN, em função da natureza tributária do PASEP.

No mérito, afirma que, após a CF/1988, o PASEP teve sua destinação


alterada, não mais servindo para a distribuição da arrecadação em contas
individuais, nos termos do art. 239 da CF. Assim, apenas sobre os valores
depositados até antes da CF, incide correção monetária, juros e o resultado
líquido adicional. Pugna, assim, pela improcedência dos pedidos, e,
subsidiariamente, pela fixação em patamares razoáveis.

22/43
Citado, o Banco do Brasil não apresentou contestação.

O autor apresentou réplica, refutando as alegações da União, a qual, por sua


vez, indicou a desnecessidade de produção probatória.

Atravessa o Banco do Brasil petição, em maio de 2014, na qual requer a


anotação do advogado com procuração outorgada, sem, contudo, nada tecer
sobre o caso concreto.

É o que basta relatar.

2. Fundamentação

2.1. Da ilegitimidade passiva da União

Alega a União a existência de ilegitimidade passiva para figurar na demanda,


a ocasionar a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do
art. 267, VI, do CPC.

A legitimidade da parte, classicamente definida como a pertinência subjetiva


da lide, deve ser examinada a partir de contornos bem expostos por Fredie
Didier Jr[1], nos seguintes termos:

"Parte legítima é aquela que se encontra em posição processual (autor ou


réu) coincidente com a situação legitimadora, 'decorrente de certa previsão
legal, relativamente àquela pessoa e perante o respectivo objeto litigioso'. (...)

Essa noção revela os principais aspectos da legitimidade ad causam: a) trata-


se de uma situação jurídica regulada pela lei ("situação legitimante";
"esquemas abstratos"; "modelo ideal", nas expressões normalmente usadas
pela doutrina); b) e qualidade jurídica que se refere a ambas as partes do
processo {autor e réu); c) afere-se diante do objeto litigioso, a relação
jurídica substancial deduzida - "toda legitimidade baseia-se em regras de
direto material"; embora se examine a luz da situação afirmada no
instrumento da demanda."

Portanto, a legitimidade ad causam, enquanto condição da ação, deve ser


analisada sob o viés do objeto/pedido trazido em juízo, o qual, no caso em
questão, versa sobre a intenção de condenar a União e o Banco do Brasil pela
insuficiência de depósitos do PASEP.

23/43
Ora, à luz da teoria da asserção - adotada pelo STJ (AgRg no AREsp
462.204/RJ, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado
em 08/04/2014) -, a legitimidade da parte será apreciada nos termos da relação
jurídica deduzida na inicial.

Assim, se a parte autora questiona se os depósitos efetuados em sua conta de


PASEP foram efetuados adequadamente, bem como se foram objeto de saques
ilegais, há manifesta legitimidade da União, na medida em que lhe competia
promover a transferência dos valores.

Rejeito, assim, a preliminar de ilegitimidade.

2.2. Da necessidade de chamamento da Procuradoria da Fazenda


Nacional

Quanto à necessidade de citação da PFN, alicerçada na natureza tributária do


PASEP, melhor sorte não resta à União.

Ainda que seja certa a natureza tributária do PASEP - fruto de contribuição


social (REsp 1141065/SC) -, a demanda em questão não discute qualquer
aspecto relacionado à relação jurídico-tributária relativa à incidência do
tributo.

Ao contrário, discute se - uma vez efetuada a tributação - a destinação dos


recursos observou o destino adequado, antes da CF/1988, qual seja a conta
individual de cada servidor.

Caso haja algum equívoco na destinação ou no saque das importâncias fruto


da tributação, a responsabilidade será da União, cuja representação deverá ser
promovida pela Procuradoria da União, e não pela Procuradoria da Fazenda
Nacional, eis que se discute eventual responsabilidade civil.

Afasto a preliminar.

2.3. Prejudicial de mérito: da prescrição

Aponta a União a prescrição quinquenal da pretensão da parte autora, com


base na jurisprudência sedimentada pelo Colendo STJ, em sede do REsp nº.
1.205.277/PB.

A tese, entretanto, não merece prosperar.

24/43
Os precedentes trazidos pela União, no qual o STJ reconhece a incidência do
prazo prescricional quinquenal para a discussão sobre os critérios de correção
monetária e expurgos inflacionários, em nada se confundem com o caso em
debate.

Ora, uma vez depositados os valores do PASEP na conta individual de cada


servidor, no período anterior à Constituição, resta como obrigação apenas o
dever de aplicar sobre os mesmos correção monetária, juros previstos em lei e
o resultado líquido adicional.

Portanto, a União é periodicamente chamada a efetuar a complementação da


parcela depositada, nos termos acima, prestação que configura prerrogativa
passível de ser exigida pelo interessado. Está-se diante, pois, da fluência de
prazo prescricional em face de cada pretensão eventualmente não cumprida.

No caso dos autos, entretanto, alega a parte autora que - ao buscar o Banco do
Brasil para efetuar o saque do PASEP, quando de sua aposentadoria, em 2011
- tomou conhecimento da insignificância do valor depositado.

Em casos tais, há pretensão indenizatória em função de ato ilícito, qual seja o


saque ilegal ou o depósito a menor, alegadamente ocorrido em algum
momento no passado, mas cujo conhecimento apenas obteve a parte no
momento de acesso à conta do PASEP.

Não há, aqui, uma prestação periodicamente exigível da União ou do Banco


do Brasil, como seriam os casos julgados pelo STJ, mas sim um ou vários atos
ilícitos perpetrados anteriormente. Surge como aplicável, pois, a teoria
da actio nata, segundo a qual o prazo prescricional começa a correr da
possibilidade de ajuizamento da ação, o que depende da ciência do dano.

Nesse sentido:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO


ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. PRESCRIÇÃO.
TERMO INICIAL. MOMENTO DA CONSTATAÇÃO DAS
CONSEQUÊNCIAS LESIVAS DECORRENTES DO EVENTO DANOSO.
PRINCÍPIO DA ACTIO NATA. SÚMULA 83/STJ. AGRAVO REGIMENTAL
NÃO PROVIDO.

1. Na hipótese dos autos, o recorrente sustenta a prescrição desta ação ao


asseverar que o prazo prescricional deve ser contado a partir do momento do
evento danoso, independentemente da ciência dos efeitos das lesões.

25/43
2. Segundo a orientação jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça, o
termo inicial do prazo prescricional das ações indenizatórias, em
observância ao princípio da actio nata, é a data em que a lesão e os seus
efeitos são constatados. Incidente, portanto, o óbice da Súmula 83/STJ.

3. Agravo regimental não provido.

(AgRg no REsp 1248981/RN, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,


SEGUNDA TURMA, julgado em 06/09/2012, DJe 14/09/2012)

Deveras, em se iniciando o prazo com na data do saque do valor depositado na


conta, em 25/04/2011, o ajuizamento da ação em março de 2013 respeita o
prazo prescricional, não havendo se falar em inércia do demandante.

2.4. Do mérito

Superadas as questões acima, adentra-se no exame do mérito, relativo à


pretensão de indenização por danos materiais e morais pelo valor insuficiente
na conta de PASEP.

Pois bem.

A contribuição para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor -


PASEP - fora instituída pela Lei Complementar nº 8, de 03 de dezembro de
1970, visando proporcionar aos servidores participação nas receitas das
entidades e órgãos da Administração Pública.

Posteriormente, houve a unificação do PASEP com o fundo do Programa de


Integração Social-PIS, pela Lei Complementar nº 26/75, passando a constituir
um único fundo, PIS/PASEP, sob o comando administrativo de um Conselho
Diretor vinculado ao Ministério da Fazenda e a administração burocrática do
Banco do Brasil S/A.

A situação acima foi sensivelmente alterada pelo advento da Constituição da


República de 1988, a qual - para além de constituir a natureza tributária da
contribuição para o Fundo - alterou sua destinação, nos termos do art. 239:

Art. 239. A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de


Integração Social, criado pela Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de
1970, e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público,

26/43
criado pela Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970, passa, a partir
da promulgação desta Constituição, a financiar, nos termos que a lei
dispuser, o programa do seguro-desemprego e o abono de que trata o § 3º
deste artigo. (Regulamento)

§ 1º - Dos recursos mencionados no "caput" deste artigo, pelo menos


quarenta por cento serão destinados a financiar programas de
desenvolvimento econômico, através do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social, com critérios de remuneração que lhes preservem o
valor.

§ 2º - Os patrimônios acumulados do Programa de Integração Social e do


Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público são
preservados, mantendo-se os critérios de saque nas situações previstas nas
leis específicas, com exceção da retirada por motivo de casamento, ficando
vedada a distribuição da arrecadação de que trata o "caput" deste artigo,
para depósito nas contas individuais dos participantes.

§ 3º - Aos empregados que percebam de empregadores que contribuem para o


Programa de Integração Social ou para o Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público, até dois salários mínimos de remuneração
mensal, é assegurado o pagamento de um salário mínimo anual, computado
neste valor o rendimento das contas individuais, no caso daqueles que já
participavam dos referidos programas, até a data da promulgação desta
Constituição.

§ 4º - O financiamento do seguro-desemprego receberá uma contribuição


adicional da empresa cujo índice de rotatividade da força de trabalho
superar o índice médio da rotatividade do setor, na forma estabelecida por
lei.

A análise dos dispositivos acima demonstra que, ainda que alterada a


destinação dos recursos - ora dirigidos ao seguro-desemprego e ao abono -, os
valores anteriores permaneceriam de titularidade do servidor, que poderia
sacá-los nas hipóteses legais, salvo o casamento.

Nesse sentido é o art. 4º da LC nº. 26/75, ao afirmar que "ocorrendo


casamento, aposentadoria, transferência para a reserva remunerada, reforma
ou invalidez do titular da conta individual, poderá ele receber o respectivo
saldo, o qual, no caso de morte, será pago a seus dependentes, de acordo com
a legislação da Previdência Social e com a legislação específica de servidores
civis e militares ou, na falta daqueles, aos sucessores do titular, nos termos da
lei civil".

27/43
Na hipótese dos autos, o servidor iniciou o labor perante a Administração
Pública em 1973, antes da Constituição, razão pela qual houve depósitos
anteriores à nova Carta, os quais são de sua titularidade.

Dito isso, afirma o autor ser o montante de R$ 1.686,85, observado do


momento do saque, incompatível com o tempo de recolhimento, entre 1973 e
1988, especialmente quando comparado com seu paradigma. Imputa tal valor
irrisório ou à falta de depósito ou a saques indevidos em sua conta.

Quanto à União, sua obrigação era promover o depósito periódico dos valores
na conta individual. Sobre tal fato, inexiste qualquer indício de que a
Administração Direta não efetuou a transferência. Ao contrário, a mera
existência de saldo no momento do saque demonstra que houve depósitos.

Portanto, em sendo a falta dos depósitos o pressuposto fático da obrigação de


reparar eventuais danos materiais ou morais,nada há que se reclamar em
face da União.

Diversa, porém, é a situação perante o Banco do Brasil.

Nos termos do art. 319 do CPC, "se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão
verdadeiros os fatos afirmados pelo autor". Dito efeito material da revelia
apenas não se manifesta quando, apesar da falta de defesa, uma das hipóteses
do art. 320 se manifesta.

Aqui, em sendo o direito discutido disponível - diante da natureza privada do


Banco do Brasil -, inexistindo instrumento público necessário à demanda,
restaria apenas a análise do inciso I do dispositivo, que afasta os efeitos da
revelia se algum outro réu contestar a demanda.

Todavia, em interpretação finalística, a doutrina afirma que, "se o litisconsorte


que contestou o pedido do demandante aponta um fato comum a todos os
consertes e sobre essa alegação faz prova, pela regra da comunhão da prova a
produção probatória aproveita aos demais litisconsortes"[2].

No caso dos autos, ainda que haja contestação da União, esta não abordou os
aspectos exclusivos do Banco do Brasil, a exemplo dos alegados saques
indevidos, razão pela qual o efeito material da revelia se impõe.

Ademais, para além da ausência de contestação, surge verossímil a alegação


de ocorrência de saques indevidos, seja pelo diminuto valor depositado na
conta individual do autor - incompatível com cerca de 15 (quinze) anos de
contribuições, somado a quase 23 (vinte e três) anos de juros e correção -, seja
porque o extrato juntado à inicial mostra periódicas retiradas, com a
denominação "PGTO rendimento ‘ 00489828000236".

28/43
Ora, os casos em que a lei admite o saque - aposentadoria, transferência para a
reserva remunerada, reforma ou invalidez (art. 4º da LC 26/75) -, à evidência,
não são periodicamente renováveis, em especial no lapso de tempo quase
anual que se verifica no extrato.

Assim, há de se acolher a tese segundo a qual houve saques indevidos na


conta da parte demandante, a impor ao Banco do Brasil a obrigação de
indenizar os danos materiais.

Ademais, em não sendo apresentado o extrato pelo Banco do Brasil, que não
se desincumbiu de seu ônus de contestar a lide, presume-se adequado o
cálculo trazido pela parte autora. Aplica-se, por analogia, o disposto no art.
475-B, § 2º, do CPC.

Isto porque, quando da ordem para citação, o magistrado expressamente


determinou que, "quando da apresentação da peça contestatória, traga(m) aos
autos todo e qualquer registro administrativo que possua(m), relativo ao
objeto do presente litígio. Em se tratando de processo administrativo, deverá
vir para os autos a sua cópia integral".

Disciplinando o acesso de dados em poder do réu, afirma o CPC que, "quando


a elaboração da memória do cálculo depender de dados existentes em poder
do devedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento do credor, poderá requisitá-
los, fixando prazo de até trinta dias para o cumprimento da diligência". Em
casos tais, "se os dados não forem, injustificadamente, apresentados pelo
devedor, reputar-se-ão corretos os cálculos apresentados pelo credor (...)" (art.
475-B, §§ 1º e 2º, do CPC).

Os danos materiais, portanto, são no valor de R$ 88.605,48 (oitenta e oito mil,


seiscentos e cinco reais e quarenta e oito centavos).

Quanto aos danos morais, ao contrário do afirmado na peça da União, sua


constatação prescinde da ocorrência de algum fato externo apto a abalar a
imagem ou qualquer atributo do indivíduo, nem, tampouco, de dor, tristeza ou
angústia.

O dano moral, em verdade, é compreendido como a violação aos direitos da


personalidade, animados pelo postulado da dignidade da pessoa humana (art.
1º, III, da CF), a partir do qual se faz necessária a proteção dos atributos que
vão além do aspecto patrimonial, evitando-se a coisificação do ser humano
pela tutela de sua integridade física, psíquica/moral e intelectual.

As sensações de dor, angústia, tristeza e outras são mero reflexo da violação


ao direito de personalidade, cuja constatação sequer se faz necessária, posto
cuidar-se de dano in re ipsa (AgRg no AREsp 259.222/SP, Rel. Ministro

29/43
SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 19/02/2013). Assim,
mais do que comprovar a ocorrência de tais reflexos, cabe ao magistrado
perquirir se os fatos são aptos a violar os direitos de personalidade do
demandante.

Ora, em sendo o PASEP um patrimônio acumulado ao longo da vida do


servidor, destinado a lhe apoiar financeiramente em momentos delicados -
como a aposentadoria, invalidez ou reforma -, há manifesta expectativa do
indivíduo na fruição oportuna de tais valores.

Ao deparar-se com a insignificância dos valores acumulados, o autor, então


recém aposentado, sofreu abalo em sua integridade psíquica/moral, eis que
violada sua segurança jurídica e a previsibilidade de sua situação econômica,
tão cara em tais situações.

Em tal circunstância, surge com adequado o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil


reais), como compensação dos danos morais sofridos.

3. Dispositivo

Ante o exposto, com base no art. 269, I, do CPC, julgo parcialmente


procedente o pedido, de forma a condenar apenas o Banco do Brasil em
indenizar os danos materiais sofridos pelo autor, no valor de R$ 88.605,48
(oitenta e oito mil, seiscentos e cinco reais e quarenta e oito centavos), e
dano morais, estes no montante de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

A indenização por danos materiais será acrescida de juros e correção


monetária, a contar da citação, com base na Selic (art. 406 do CC). Em relação
aos danos morais, juros de mora com base na Selic, desde a citação, e
correção monetária a contar da data da sentença (Súmula 362/STJ).

Condeno a parte autora no pagamento de honorários advocatícios em face da


União, no percentual de 5% (cinco por cento) sobre o valor da causa.

Condeno o Banco do Brasil em honorários em face da autora, no valor de 5%


(cinco por cento) sobre o valor da causa.

Custas na forma da lei.

Sem remessa de ofício.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com baixa na distribuição.

30/43
Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Recife, 29 de maio de 2014.

BERNARDO MONTEIRO FERRAZ

Juiz Federal Substituto da 9ª Vara

31/43

Você também pode gostar