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1 - TREINAMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA

Enunciado

Considerando as previsões do tempo, o Presidente da República prevendo


os temporais/chuvas que ocorrerão no mês de março do próximo ano e
uma possível calamidade pública, inclusive com a possibilidade de
tornados e outros fenômenos naturais e violentos, identificados por meio
de pesquisas realizadas pelo instituto brasileiro de relevância
internacional, edita há 30 dias, por meio de Medida Provisória, Empréstimo
Compulsório. O tributo passará a ser exigido de todos os cidadãos
brasileiros que adquirirem veículos automotores novos e importados a
partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte ao da publicação da
medida provisória. Guilherme Silva, residente em Santa Cruz do Sul-RS,
deseja comprar veículo automotor novo e importado. Sentindo-se inseguro
em adquirir o bem, o procura e solicita que seja proposta medida judicial
urgente e menos onerosa, capaz de afastar a possível cobrança que
ocorrerá já no próximo mês e enfrentar o ato realizado pelo Presidente.
Guilherme Silva solicita, ainda, que não sejam cobrados os honorários da
parte contrária caso venha a vencer a demanda.

Desenvolvimento

Egrégio Supremo Tribunal Federal


Douto Ministro Presidente
Ilustres Ministros

Guilherme Silva, estado civil ..., profissão ..., inscrito no CPF sob o nº ...,
endereço eletrônico ..., residente e domiciliado ..., neste ato representado
por seu procurador (procuração em anexo), este estabelecido ..., local
onde receberá intimações, vem respeitosamente perante Vossa
Excelência, com fundamento no artigo 5º, LXIX da CF e 1º e seguintes da
Lei 12.016/09, impetrar o presente:

MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO COM PEDIDO DE LIMINAR

Em face de ato praticado pelo Digno Presidente da República Federativa


do Brasil, autoridade integrante dos quadros da União, pessoa jurídica de
direito público, inscrita no CNPJ sob o nº ..., endereço eletrônico ...,
estabelecida ..., neste ato representada por seu representante legal ..., na
forma do artigo 75, I do CPC, pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos.

I – Do Cabimento
Na forma do artigo 5º, LXIX da Constituição Federal caberá a utilização de
mandado de segurança à fim de proteger direito líquido e certo de qualquer
pessoa, seja ocorrida lesão ou pelo menos existindo ameaça de lesão. No
presente caso o impetrante vislumbrando a possibilidade de ter de pagar
tributo de forma indevida, procurou advogado para afastar a possibilidade
de tributação. Assim considerando que existe ameaça de lesão a direito
líquido e certo, torna-se cabível o mandado de segurança, eis que ainda
narra o enunciado a necessidade de ajuizamento de demanda que não
comporte condenação em honorários sucumbenciais.

II – Dos Fatos
Presidente da República, considerando fatos climáticos noticiados,
resolveu criar mediante Medida Provisória, Empréstimo Compulsório de
Calamidade. Outrossim o referido tributo terá como fato gerador todo o
contribuinte que adquirir veículo novo e importado. Logo, considerando a
possibilidade de ser tributado, não restou outra alternativa senão de
provocar o Poder Judiciário.
III – Dos Direitos
Reza o artigo 148 da Constituição Federal que empréstimo compulsório
somente poderá ser criado mediante lei complementar. No presente caso,
o referido empréstimo fora criado mediante Medida Provisória. Assim,
considerando o que previsto no artigo 148 combinado com o artigo 62, §1º,
III da Constituição Federal, considera-se inconstitucional a forma de que
fora criado o referido tributo, eis que medida provisória não poderá atuar
em matéria reservada a lei complementar.

Ainda na forma do artigo 150, II da Constituição Federal é vedado que os


entes exerçam sua competência tributária de forma desigual. Logo,
considerando o fato gerador do referido tributo tratar-se de tributação que
não é isonômica, considera-se igualmente inconstitucional o fato gerador
previsto na norma.

IV – Da Suspensão da Exigibilidade
Reza o artigo 7º, III da Lei 12.016/09 que será concedida liminar uma vez
presentes os requisitos da fumaça do bom direito e do perigo de demora.
No presente caso restam preenchidos os requisitos da fumaça do bom
direito, eis que existe clara violação aos artigos 148, 62, §1º, III e 150, II,
todos da Constituição Federal. Outrossim resta evidenciado o perigo de
dano, eis que acaso a parte seja tributada, poderá sofrer execução fiscal
e os consequentes atos de constrição. Logo, considerando presentes os
requisitos da liminar, deseja a parte impetrante que seja suspensa a
exigibilidade do crédito na forma do artigo 7º, III, da Lei 12.016/09,
combinado com o artigo 151, IV do CTN.

V – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
a) que seja deferida a liminar uma vez presentes os requisitos do artigo 7º,
III da Lei 12.016/09 para que seja suspensa a exigibilidade do crédito
igualmente na forma do artigo 151, IV do CTN.

b) que seja notificada a autoridade coatora, para que desejando, venha


apresentar suas informações na forma do artigo 7º, I da Lei 12.016/09.

c) que seja cientificado o representante da autoridade coatora, para que


tome ciência dos atos realizados, na forma do artigo 7º, II da Lei 12.016/09.

d) que seja intimado o representante do Ministério Público na forma do


artigo 12 da Lei 12.016/09,

e) que seja concedida à segurança para que seja declarado


inconstitucional o referido empréstimo compulsório eis que o mesmo é
inconstitucional na forma dos artigos 148, 62, §1º, III e 150, II da
Constituição Federal.

f) que seja condenado o órgão representante da autoridade coatora ao


pagamento das custas processuais na forma do artigo 82, §2º do CPC.

Nestes termos, pede deferimento.


Valor da Causa: R$ ...
Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
2 - TREINAMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO

Enunciado

Em virtude da grave crise financeira que se abateu sobre o Estado Beta, a


Assembleia Legislativa estadual buscou novas formas de arrecadação
tributária, como medida de incremento das receitas públicas. Assim, o
Legislativo estadual aprovou a lei ordinária estadual nº 12.345/18, que foi
sancionada pelo Governador do Estado e publicada em 20 de dezembro
de 2018. A referida lei, em seu Art. 1º, previa, como contribuintes de ICMS,
as empresas de transporte urbano coletivo de passageiros, em razão da
prestação de serviços de transporte intramunicipal. Em seu Art. 2º,
determinava a cobrança do tributo a partir do primeiro dia do exercício
financeiro seguinte à sua publicação. As empresas de transporte urbano
coletivo de passageiros que atuam no Estado Beta, irresignadas com a
nova cobrança tributária, que entendem contrária ao ordenamento jurídico,
buscaram o escritório regional (localizado na capital do Estado Beta) da
Associação Nacional de Empresas de Transportes Urbanos (ANETU),
legalmente constituída e em funcionamento desde 2010, à qual estão
filiadas. As empresas noticiaram à ANETU que não estão apurando e
recolhendo o ICMS instituído pela lei estadual nº 12.345/18 e que não
pretendem fazê-lo. Noticiaram, ainda, que possuem justo receio da
iminente prática de atos de cobrança desse imposto pelo Delegado da
Receita do Estado Beta, autoridade competente para tanto, e da
consequente impossibilidade de obtenção de certidão de regularidade
fiscal, razões pelas quais desejam a defesa dos direitos da categoria, com
efeitos imediatos, para que não sejam obrigadas a recolher qualquer valor
a título da referida exação, desde a vigência e eficácia prevista no Art. 2º
da lei estadual em questão. Como advogado(a) constituído(a) pela ANETU
– considerando que não se deseja correr o risco de eventual condenação
em honorários de sucumbência, bem como ser desnecessária qualquer
dilação probatória –, elabore a medida judicial cabível para atender aos
interesses dos seus associados, ciente da pertinência às finalidades
estatutárias e da inexistência de autorização especial para a atuação da
Associação nessa demanda. (Valor: 5.00)

Desenvolvimento

Douto Juízo de Direito da ... Vara (Cível/Fazenda Pública) da Comarca ...


do Estado Beta

ANETU, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº ...,


endereço eletrônico ..., atos constitutivos em anexo, estabelecida ..., neste
ato representada por seu procurador (procuração em anexo), este
estabelecido ..., local onde receberá intimações, vem respeitosamente
perante Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 5º, LXX, B da
Constituição Federal e 21, §º único da Lei 12.016/09, impetrar o presente:

MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO PREVENTIVO

Em face do ato da autoridade fazendária competente, Delegado da


Delegacia da Receita Estadual do Estado Beta, autoridade integrante dos
quadros do Estado Beta, pessoa jurídica de direito público, inscrita no
CNPJ sob o nº ..., endereço eletrônico ..., estabelecida ..., neste ato
representada por seu representante legal ..., na forma do artigo 75, II do
CPC, pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos.

I – Do Cabimento e da Legitimidade
Reza o artigo 21, §º único da Lei 12.016/09 que caberá a associação que
esteja atendendo aos interesses de seus associados, ingressar com
Mandado de Segurança Coletivo toda vez que estiver na ameaça ou
houver ocorrido lesão à direito líquido e certo na forma do artigo 5º, LXIX
da Constituição Federal. No presente caso, existe a iminência das
empresas de transporte coletivo urbano sofrer tributação que
compreendem ser indevida em face de norma inconstitucional e ilegal.
Logo, em face da possibilidade das empresas sofrerem tributação
indevida, compreende-se cabível a utilização do presente mandado de
segurança coletivo como forma de proteção dos associados da ANETU.
Ainda, na forma do artigo 5º, LXX, Alínea B da Constituição Federal,
poderá associação no interesse de todos ou alguns dos seus associados,
impetrar mandado de segurança coletivo, desde que estejam constituídas
por mais de um ano. No presente caso a ANETU está constituição à mais
de um ano, sendo, portanto, parte legítima para impetrar o presente
mandado de segurança coletivo com a finalidade de evitar que seus
assistidos sofram tributação indevida.

II – Dos Fatos
A Assembleia Legislativa do Estado Beta resolveu criar por meio de lei
ordinária nova hipótese de incidência tributária, com a finalidade de incidir
ICMS sobre os serviços de transporte público realizados dentro de cada
município. Outrossim tal norma fora publicada em 20/12/18, com exigência
definida em lei à partir de 01/01/19. Não concordando com a norma
tributária, as empresas de transporte urbano coletivo procuraram sua
associação com a finalidade de impugnar a norma e evitar que sofram
tributação indevida. Assim, não concordando com a possibilidade de que
seus assistidos sofram tributação indevida, a ANETU procura advogado à
fim de impetrar medida judicial cabível à fim de que as empresas não
sofram tributação ilegal e inconstitucional, ciente que tal demanda deverá
ser ajuizada considerando que não deve existir possibilidade de
condenação em ônus sucumbenciais, bem como não precisa dilação
probatória.

III – Dos Direitos


Reza o artigo 146, III, A da Constituição Federal que o fato gerador e os
contribuintes deverão estar definidos em lei complementar geral e de
caráter nacional sobre o respectivo tipo tributário. No presente caso, o
Estado Beta, por meio de sua Assembleia Legislativa, aprovou hipótese
de incidência específica sem observar texto de norma geral. Diante disto,
compreende-se que a hipótese de incidência criada pelo Estado Beta é
inconstitucional visto que não atende ao que especificado e determinado
em norma geral de direito tributário, que deveria estar previsto em lei
complementar.

Reza o artigo 155, II da Constituição Federal que o ICMS, imposto este de


competência estadual, somente incidirá sobre serviços de transporte
intermunicipal e interestadual. Logo, no presente caso, considera-se
inconstitucional a referida norma tributária vez que acaba por fazer incidir
ICMS sobre serviços de transporte dentro de cada município. Ademais na
forma do artigo 156, III da Constituição Federal, quando tratar-se de
serviço de transporte realizado dentro de cada município haverá a
incidência de ISSQN. Logo, no presente caso, torna-se inconstitucional a
referida norma, eis que ao contrário de ICMS, incidirá ISS sobre os
serviços tipificados e realizados dentro de cada município.

Na forma do artigo 150, III, C da Constituição Federal apenas deverá ser


exigido tributo criado ou majorado, após noventa dias de sua publicação.
No presente caso, considerando que a norma tributária fora criada em
20/12/18 e já exigida à partir de 01/01/19, considera-se inconstitucional à
exigência do referido tributo à partir da última data, visto que a norma
tributária presente no enunciado deverá respeitar a anterioridade
nonagesimal, ou seja, somente poderá ser exigida após 90 dias da
publicação.

IV – Da Liminar
Reza o artigo 7º, III da Lei 12.016/09 que a parte impetrante poderá
solicitar o deferimento de liminar uma vez presentes os requisitos da
fumaça do bom direito e do perigo de dano. No presente caso a fumaça
do bom direito encontra-se devidamente explicitada, vez que existe lesão
aos artigos 146, III, A, 155, II, 156, III e 150, III, C da Constituição Federal,
bem como existe perigo de dano eis que a parte impetrante está na
iminência de sofrer cobrança indevida e a consequente impossibilidade de
emissão de certidão. Logo, considerando presentes os requisitos, deseja
a parte impetrante que seja deferida à medida liminar à fim de que seja
suspensa à exigibilidade do crédito na forma do artigo 151, IV do CTN para
que inexista qualquer ato de cobrança dos associados, bem como com a
devida suspensão, seja possível a emissão de certidão negativa e/ou
positiva com efeito de negativa na forma do artigo 205 ou 206 do CTN.

V – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
a) A oitiva ou realização de audiência com o representante legal da pessoa
jurídica de direito público, que deverá pronunciar-se no prazo de até 72
horas, considerando que exposto no artigo 22, §2º da Lei 12.016/09.

b) Que seja deferida à medida liminar na forma do artigo 7º, III da Lei
12.016/09 uma vez presentes os requisitos, para que seja suspensa
qualquer possibilidade de exigência do crédito tributário na forma do
artigo 151, IV do CTN, bem como consequentemente seja emitida
certidão negativa na forma do artigo 205 do CTN e/ou certidão positiva
com efeito de negativa na forma do artigo 206 do CTN.

c) Que seja concedida à segurança para que seja declarada à


inconstitucionalidade da norma tributária criada pela Assembleia
Legislativa do Estado Beta eis que não observou o comando legal dos
artigos 146, III, A, 155, II, 156, III e 150, III, C, todos da Constituição
Federal, à fim de que seja impossibilitada a cobrança do referido ICMS
das empresas associadas a ANETU.

Valor da Causa: R$ ...


Nestes termos, pede deferimento.
Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
3 - TREINAMENTO DE DECLARATÓRIA

Enunciado

A indústria de calçados Nini Missioneiro Ltda, situada na cidade de Porto


Alegre – Rio Grande do Sul, decide locar por 36 meses, máquinas que
realizam o processo de colagem para solas de sapatos. Para a efetivação
do negócio, o representante da empresa assinou um contrato de
arrendamento mercantil com opção de compra, que contemplava a
utilização do maquinário pelos 36 meses. Acaso a empresa decidisse
realizar a compra, abater-se-ia, do valor total das máquinas, os valores já
pagos pela utilização. Outras empresas, do mesmo ramo de negócios,
foram notificadas para recolherem o ICMS aos cofres públicos, já que as
máquinas foram fisicamente deslocadas da empresa locatária para as
empresas produtoras de calçados. Apesar da devolução de todo o
maquinário realizado pelas indústrias, a cobrança tem sido efetuada,
considerando, para fins de cobrança, todo o período compreendido entre
a data da entrada do maquinário e a data da devolução. Sabe-se, ainda,
que todos esses empresários foram inscritos em dívida ativa e alguns já
sofreram a constrição de bens através de ação própria. O representante
legal da empresa o procura para que seja proposta medida judicial cabível
afastando a cobrança futura, ja que a indústria irá devolver as máquinas
daqui a seis meses, ao término do contrato, e não fara a opção pela
compra dos bens. Adote medida judicial, ciente que deverá perceber
honorários sucumbenciais pelo resultado da demanda.

Desenvolvimento

Douto Juízo de Direito da ... Vara (Cível/Fazenda Pública) da Comarca de


Porto Alegre Estado do Rio Grande do Sul
Nini Missioneiro Ltda, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ
sob o nº ..., endereço eletrônico ..., atos constitutivos em anexo,
estabelecido ..., neste ato representado por seu procurador (procuração
em anexo), este estabelecido ..., local onde receberá intimações, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo
19, I do CPC, ajuizar a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA


TRIBUTÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA

Em face do Estado do Rio Grande do Sul, pessoa jurídica de direito


público, inscrita no CNPJ sob o nº ..., endereço eletrônico ..., estabelecida
..., neste ato representada pelo seu representante ..., na forma do artigo
75, II do CPC, pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos.

I – Do Cabimento
Na forma do artigo 19, I do CPC caberá a utilização da ação Declaratória
para declarar a inexistência da relação jurídica do contribuinte e a norma
tributária. No presente caso considerando que existe a possibilidade do
requerente sofrer tributação indevida, torna-se cabível a utilização da
presente demanda.

II – Dos Fatos
Ocorre que a empresa requerente realizou contrato de arrendamento
mercantil de locação com opção de compra. Ocorre que, em contratos
análogos, tomou conhecimento a empresa que poderá sofrer tributação
futura de ICMS, eis que empresas do mesmo ramo, que realizaram
contratações idênticas foram tributadas. Assim, sabendo que irá devolver
as máquinas locadas, bem como não exercerá a opção de compra,
entende que está ameaçada de sofrer tributação indevida.

III – Dos Direitos


Reza o artigo 3º, VIII da Lei Complementar 87/96 que não haverá
incidência de ICMS quando ocorrer contratação de locação por
arrendamento mercantil, mesmo com opção de compra. Ademais
utilizando-se do artigo 155, II da Constituição Federal somente poderá
ocorrer da incidência de ICMS quando houver circulação jurídica de
mercadoria, o que não ocorrerá no presente caso. Logo, em face da
inocorrência de fato gerador futuro de ICMS, compreende-se ilegal e
inconstitucional qualquer tributação que possa sofrer a parte requerente.

IV – Da Suspensão da Exigibilidade
Na forma do artigo 294/300 do CPC poderá a parte requerente solicitar o
deferimento da tutela provisória de urgência, uma vez presentes os
requisitos da probabilidade do direito e do risco de dano. A probabilidade
do direito resta presente eis que não poderá sofrer tributação de ICMS a
empresa requerente eis que trata-se de cobrança ilegal e inconstitucional
na forma do artigo 155, II da Constituição Federal combinado com o artigo
3º, VIII da Lei Complementar 87/96. Outrossim está presente o risco de
dano, visto que acaso a parte venha ser tributada, irá sofrer execução fiscal
e os consequentes atos de constrição. Assim, considerando presentes os
requisitos do artigo 294/300 do CPC, deseja a parte requerente que seja
concedida a tutela provisória de urgência e a consequente suspensão da
exigibilidade do crédito na forma do artigo 151, V do CTN.

V – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
a) que seja deferida a tutela provisória de urgência uma vez presentes os
requisitos do artigo 294/300 do CPC para que seja suspensa a
exigibilidade do crédito na forma do artigo 151, V do CTN.

b) que seja a parte contrária citada, para que desejando, venha contestar
a presente demanda no prazo legal.

c) que não seja realizada a audiência de conciliação e/ou mediação na


forma do artigo 319, VII do CPC.

d) que sejam produzidas todas as provas admitidas em direito na forma do


artigo 319, VI do CPC.

e) que seja julgada procedente a presente demanda à fim de declarar a


inexistência da relação jurídica tributária para que a parte não seja
tributada de ICMS eis que é inconstitucional na forma do artigo 155, II da
Constituição Federal e ilegal na forma do artigo 3º, VIII da LC 87/96.
f) que seja condenada a parte contrária nos ônus sucumbenciais, mais
notadamente nas custas processuais na forma do artigo 82, §2º do CPC e
dos honorários advocatícios sucumbenciais na forma do artigo 85, §3º do
CPC.

Nestes termos, pede deferimento.


Valor da Causa: R$ ...
Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
4 - TREINAMENTO DE ANULATÓRIA

Enunciado

A indústria de cosméticos Guigui & Nini Ltda, sediada em Santa Cruz do


Sul, Rio Grande do Sul, desde a sua constituição, no ano 2010, declarou,
mas deixou de recolher o IPI incidente sobre a saída dos produtos
industrializados vendidos, estando vencidos os tributos vencidos entre os
anos de 2010 e 2014, sendo o último vencimento em 15.09.2014. A
Procuradoria da Fazenda Nacional do Rio Grande do Sul, em 01.02.2020,
notificou a empresa para pagar ou impugnar a cobrança, mas nada foi feito
pelo contribuinte. Em abril de 2020, todos os valores referentes à falta de
recolhimento foram inscritos em dívida ativa. A empresa solicita à
Secretaria da Receita Federal do Brasil, a CND, para apresentar ao
BNDES, a fim de obter recursos para financiar a compra de máquinas mais
modernas para a fábrica. Caso o investimento não seja feito empregas
serão demitidos, pois afetara a produção, e a empresa já atravessa uma
grave crise financeira, gerada pela crise econômica que avassala o país.
Em agosto de 2020, o representante da empresa lhe procura à fim de
ingressar com medida judicial cabível.

Desenvolvimento

Douto Juízo Federal da ... Vara (Federal/Fazenda Pública) da Subseção


de Santa Cruz do Sul Seção Judiciária do Rio Grande do Sul

Guigui e Nini Ltda, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob
o nº ..., atos constitutivos em anexo, endereço eletrônico ..., estabelecida
..., neste ato representada por seu procurador (procuração em anexo),
este estabelecido ..., local onde receberá intimações, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 38
da Lei 6.830/80 ajuizar a presente:

AÇÃO ANULATÓRIA COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE


URGÊNCIA

Em face da União, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ sob


o nº ..., endereço eletrônico ..., estabelecida ..., neste ato representada por
seu representante legal ..., na forma do artigo 75, I do CPC, pelos fatos e
fundamentos abaixo aduzidos.

I – Do Cabimento
Na forma do artigo 38 da Lei 6.830/80 caberá ao contribuinte a utilização
de ação anulatória para desconstituir o crédito tributário que entende
indevido. No presente caso, considerando que compreende-se indevida a
cobrança do IPI, torna-se cabível a presente demanda.

II – Dos Fatos
Ocorre que a empresa requerente tornou-se devedora de IPI,
regularmente declarados, porém não satisfeitos. Ocorre que, por não ter
satisfeito o referido crédito tributário, a empresa foi inscrita em Dívida
Ativa, motivo este pelo qual lhe fora negado o direito de certidão negativa.
Assim, considerando-se que a tributação é indevida e em face da
necessidade de certidão, não existe outra forma se não de provocar o
Poder Judiciário.

III – Dos Direitos


Reza o artigo 174 do CTN que ocorrerá a prescrição do crédito tributário
toda vez que fora ultrapassado prazo superior a 5 anos da constituição em
definitivo. No presente caso, ocorre que o último vencimento foi em
15/09/2014 e até agosto de 2020 ainda não foi notícia do ajuizamento da
execução fiscal. Logo, considerando que fora ultrapassado prazo superior
a 5 dias, compreende-se que ocorreu a prescrição dos créditos federais
devidos e a consequente extinção dos mesmos na forma do artigo 156, V
do CTN.

IV – Da Suspensão da Exigibilidade
Reza o artigo 294/300 do CPC que uma vez preenchidos os requisitos da
probabilidade do direito e do perigo de dano, caberá a parte a concessão
da tutela provisória de urgência. No presente caso restam preenchidos os
requisitos da probabilidade do direito visto que os créditos foram atingidos
pela prescrição na forma do artigo 174 do CTN e estão extintos conforme
o artigo 156, V do CTN, bem como está preenchido o risco de dano eis
que faz-se necessária a expedição de certidão para que a empresa possa
obter empréstimos e realizar compras de máquinas. Logo considerando
preenchidos os requisitos do artigo 294/300 do CPC deseja a parte que
seja deferida a tutela provisória de urgência para que seja suspensa a
exigibilidade do crédito tributário na forma do artigo 151, V do CTN e a
consequente possibilidade de emissão de certidão positiva com efeito de
negativa na forma do artigo 206 do CTN.

V – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
a) que seja concedida a tutela provisória de urgência vez que preenchidos
os requisitos dos artigos 294/300 do CPC, bem como consequentemente
seja suspensa a exigibilidade dos créditos na forma do artigo 151, V do
CTN e a consequente emissão das certidões positivas com efeito de
negativa na forma do artigo 206 do CTN.
b) que a parte contrária seja citada, para que desejando, venha contestar
a presente demanda no prazo legal.

c) que não seja realizada a audiência de conciliação e/ou mediação na


forma do artigo 319, VII do CPC.

d) que sejam produzidas todas as provas admitidas em direito na forma do


artigo 319, VI do CPC.

e) que seja julgada procedente a presente demanda à fim de condenar a


parte contrária a desconstituir as dívidas ativas, visto que já atingidas pela
prescrição na forma do artigo 174 do CTN e com a consequente extinção
dos créditos na forma do artigo 156, V do CTN.

f) que seja condenada a parte contrária nos ônus sucumbenciais, mais


notadamente as custas processuais na forma do artigo 82, 2º do CPC e
dos honorários sucumbenciais na forma do artigo 85, §3º do CPC.

Nestes termos, pede deferimento.


Valor da Causa: R$ ...
Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
5 - TREINAMENTO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

Enunciado

Guigui e Nini Missioneiros Ltda, empresa privada, firmou contrato de


prestação de serviços de consultoria com o Banco Sideral S.A, para
desenvolver e propor implementação de estratégias mercadológicas para
Internet e Redes Sociais. O serviço foi prestado na sede do Banco Sideral
S.A, no município de Belo Horizonte, e o estabelecimento da Guigui e Nini
Missioneiros Ltda é localizado no município de Santa Cruz do Sul. Após
consulta às legislações locais, os dirigentes da Guigui e Nini Missioneiros
Ltda, concluíram que tanto o município mineiro quanto o gaúcho se
reputam credores do ISS, o que ensejou dúvida sobre quem seria o sujeito
ativo competente para receber o referido imposto, no valor de R$
12.000,00. Considerando a situação hipotética apresentada, proponha, na
qualidade de procurador da Guigui e Nini Missioneiros Ltda, a medida
judicial cabível.

Desenvolvimento

Douto Juízo de Direito da ... Vara (Cível/Fazenda Pública) da Comarca


Belo Horizonte Estado de Minas Gerais

Guigui e Nini Missioneiros Ltda, pessoa jurídica de direito privado, inscrita


no CNPJ sob o nº ..., com atos constitutivos em anexo, endereço eletrônico
..., estabelecida ..., neste ato representada por seu procurador (procuração
em anexo) este estabelecido ..., local onde receberá intimações, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência ajuizar a presente ação com
fundamento no artigo 164, III do CTN e 539 e seguintes do CPC:
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO COM PEDIDO DE
DEPÓSITO

Em face do Município de Belo Horizonte, pessoa jurídica de direito público,


inscrito no CNPJ sob o nº ..., endereço eletrônico ..., estabelecido ..., neste
ato representada por seu representante ..., na forma do artigo 75, III do
CPC e em face do Município de Santa Cruz do Sul, pessoa jurídica de
direito público, inscrito no CNPJ sob o nº ..., endereço eletrônico ...,
estabelecido ..., neste ato representado por seu representante ..., na forma
do artigo 75, III do CPC, pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos.

I – Do Cabimento
Reza o artigo 164, III do CTN que toda vez que ocorrer dúvida ou cobrança
de entes diversos sobre o mesmo fato gerador, poderá ser ajuizada ação
de consignação em pagamento. No presente caso a empresa requerente
está em dúvida para quem deverá recolher o ISSQN devido referente a
prestação de serviço realizada. Portanto é plenamente cabível a presente
demanda.
II – Do Depósito
Reza o artigo 542, I do CPC que a parte requerente deverá providenciar o
depósito da quantia que compreende devida. Assim, vem a parte,
respeitosamente, solicitar que seja emitida a guia para realização do
depósito para justificar a utilização da presente demanda consignatória.

III – Dos Fatos


A empresa requerente, estabelecida em Santa Cruz do Sul, prestou
serviços no município de Belo Horizonte. Ocorre que, em razão da
prestação dos serviços, tornou-se devedora de ISSQN. Entretanto
considerando que existe dúvida para quem irá recolher o referido tributo,
não restou outra alternativa senão a de provocar o Poder Judiciário.
IV – Dos Direitos
Reza o artigo 164, §2º do CTN , combinado com o artigo 156, VIII do CTN
que o contribuinte poderá consignar a quantia que entende devida para
que venha extinguir o crédito tributário. No presente caso, considerando
que existe dúvida para quem deverá ser satisfeito o crédito tributário, é
direito do contribuinte utilizar-se da presente demanda para que venha
extinguir o crédito tributário e não torne-se devedor para o ente respectivo.

Reza o artigo 3º da Lei Complementar 116/03 que o ISSQN, via de regra,


será devido no local onde está estabelecido o prestador do serviço. Logo,
considerando que o requerente está domiciliado em Santa Cruz do Sul,
torna-se correto a realização do pagamento para o referido ente.

V – Da Suspensão da Exigibilidade
Reza o artigo 151, II do CTN cumulado com a Súmula 112 do STJ que o
depósito integral e em dinheiro irá suspender a exigibilidade do crédito
tributário. Considerando que fora solicitado a emissão da guia para
depósito, bem como o mesmo será satisfeito pelo requerente, deseja a
parte que seja suspensa a exigibilidade do crédito à fim de evitar a
exigência do ISSQN por parte dos entes públicos.

VI – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
a) que seja emitida a guia para depósito na forma do artigo 542, I do CPC,
para que consequentemente seja cumprido o requisito da consignação e
suspensa a exigibilidade na forma do artigo 151, II do CTN.

b) que as partes contrárias sejam citadas na forma do artigo 547 do CPC,


para que desejando, venham contestar a presente demanda.
c) que não seja realizada a audiência de conciliação e/ou mediação na
forma do artigo 319, VII do CPC.

d) que sejam produzidas todas as provas admitidas em direito na forma do


artigo 319, VI do CPC.

e) que seja julgada procedente a presente demanda à fim de extinguir o


crédito tributário para quem de fato seja credor do mesmo.

f) que sejam condenadas as partes contrárias nos ônus sucumbenciais,


mais notadamente as custas processuais na forma do artigo 82, §2º do
CPC e dos honorários advocatícios na forma do artigo 85, §3º do CPC.

Nestes termos, pede e espera deferimento.


Valor da Causa: R$ 12.000,00
Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
6 - TREINAMENTO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO

Enunciado

Lei Municipal, aprovada pela Câmara de Vereadores de Santa Cruz do


Sul, publicada em 01 de maio de 2016, estabeleceu, entre outras
providências relacionadas ao Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza (ISS), a majoração da alíquota para os serviços de hospedagem,
turismo, viagens e congêneres de 3% para 5%, com vigência a partir de
01 de junho de 2016. À vista disso, o hotel Ceisc Ltda que, em maio de
2014, recolhia, a título de ISS, o valor de R$ 30.000,00, com base na
contratação dos seus serviços por empresas locais para hospedagem de
funcionários, com a majoração da alíquota acima mencionada, incidente
sobre a sua atividade econômica, passou a recolher, mensalmente, o valor
de R$ 60.000,00. Todavia, as referidas empresas-cliente exigiram – e
obtiveram – desconto do valor do aumento do tributo, alegando que seria
indevido. Assim sendo, o contribuinte do ISS se submeteu ao aumento
desse imposto durante o período relativo ao mês de junho até dezembro
de 2016. Ocorre que, em janeiro de 2017, mediante notícia publicada em
jornal de grande circulação, o representante legal dessa empresa teve
conhecimento da propositura de ações deflagradas por empresas
hoteleiras e de turismo questionando a legalidade do aludido aumento do
ISS. Dessa forma, na qualidade de advogado(a) do hotel Ceisc Ltda,
formule a peça adequada para a restituição dos tributos, de forma
completa e fundamentada, com base no direito material e processual
tributário.

Desenvolvimento
Douto Juízo de Direito da ... Vara (Cível/Fazenda Pública) da Comarca de
Santa Cruz do Sul do Estado ...

CEISC Ltda, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº


..., atos constitutivos em anexo, endereço eletrônico ..., estabelecida ...,
neste ato representada por seu procurador (procuração em anexo), este
estabelecido ..., local onde receberá intimações, vem respeitosamente
perante Vossa Excelência com fundamento no artigo 165, I do CTN e 166
do CTN, ajuizar a presente:

AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO

Em face do Município de Santa Cruz do Sul, pessoa jurídica de direito


público, inscrita no CNPJ sob o nº ..., endereço eletrônico ..., estabelecida
..., neste ato representada por seu representante legal ..., na forma do
artigo 75, III do CPC, pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos.

I – Do Cabimento
Reza o artigo 165, I do CTN que toda vez que ocorrer pagamento
equivocado poderá o contribuinte utilizar-se da ação de repetição de
indébito tributário para restituir os tributos pagos de forma equivocada. No
presente caso a empresa requerente efetuou pagamento de forma
equivocada, restando cabível a presente demanda.

Reza ainda o artigo 166 do CTN que a restituição de tributo indireto caberá
somente ao contribuinte de direito, uma vez ele comprovando que não
repassou e/ou tendo autorizou para quem repassou à fim de restituir tributo
pago indevidamente. No presente caso, narra o enunciado que não houve
repasse ao consumidor final do crédito tributário pago indevidamente.
Assim tem legitimidade a parte requerente para restituir o tributo pago
equivocadamente.

Ainda, reza o artigo 168, I do CTN que o prazo para restituir tributo pago
indevidamente será de 5 anos contados do pagamento. No presente caso,
considerando que o pagamento fora realizado de junho até dezembro de
2016, restando tempestiva a utilização da presente demanda.

Por fim, anexa a parte requerente os comprovantes de pagamento do


tributo que agora requer restituição.

II – Dos Fatos
A empresa requerente, com base em norma municipal inconstitucional,
realizou o pagamento de tributo de forma equivocada. Considerando a
notícia do pagamento indevido, não restou outra alternativa a parte
requerente se não de provocar o Poder Judiciário.

III – Dos Direitos


Reza o artigo 150, III, B e C da Constituição Federal que todo tributo criado
ou majorado somente poderá ser exigido no próximo exercício da sua
publicação, bem como respeitados 90 dias da sua publicação. No presente
caso, o Município de Santa Cruz do Sul, com base em legislação publicada
em maio de 2016, tornou a cobrar dos contribuintes tributo majorado já em
junho de 2016. Logo, considerando que tal majoração somente poderia ser
efetivada em janeiro de 2017, compreende-se que os tributos pagos entre
junho até dezembro de 2016 foram equivocadamente satisfeitos, eis que
naquele período ainda era vigente a norma anterior a majoração.

IV – Do Modo de Correção e Juros


Reza o artigo 167, §º único do CTN cumulado com a Súmula 188 do STJ
que todo tributo pago equivocadamente sofrerá a incidência de juros
moratórios contados do trânsito em julgado. Outrossim reza a Súmula 162
do STJ que os tributos pagos de forma errônea igualmente serão
corrigidos contados do pagamento indevido. Assim considerando que
houve pagamento realizado de forma equivocada, deseja a parte
requerente que lhe seja restituído os tributos pagos equivocadamente com
correção monetária à partir do pagamento indevido e com juros moratórios
a partir do trânsito em julgado.

V – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
a) que a parte contrária seja citada, para que desejando, venha contestar
a presente demanda.

b) que não seja realizada a audiência de conciliação e/ou mediação na


forma do artigo 319, VII do CPC.

c) que sejam produzidas todas as provas admitidas em direito na forma do


artigo 319, VI do CPC.

d) que seja julgada procedente a presente demanda à fim de condenar a


parte contrária na restituição dos tributos municipais pagos, eis que foram
satisfeitos erroneamente visto que a norma ainda não poderia produzir
efeitos considerando o que previsto no artigo 150, III, B e C da Constituição
Federal, bem como eles sejam restituídos com correção monetária a partir
do pagamento indevido na forma da súmula 162 do STJ e com juros
moratórios à partir do trânsito em julgado na forma da súmula 188 do STJ
combinado com o artigo 167, §º único do CTN.
e) que seja condenada a parte contrária nos ônus sucumbenciais, mais
notadamente as custas processuais na forma do artigo 82, §2º do CPC e
dos honorários advocatícios sucumbenciais na forma do artigo 85, §3º do
CPC.

Nestes termos, pede deferimento.


Valor da Causa: R$ 210.000,00.
Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
7 - TREINAMENTO DE DECLARATÓRIA COM REPETIÇÃO

Enunciado

A empresa Guigui & Nini Ltda, estabelecida em Santa Cruz do Sul – RS,
tem como objeto social a exploração de locação de DVD’s. Ocorre que,
desde sua fundação, a empresa sempre pagou ISSQN devido, referente a
locação de DVD’s para vários clientes. Ocorre que a empresa, entre os
meses de janeiro até dezembro de 2018, recolheu de ISSQN o montante
de R$ 100.000,00. Outrossim, quando estava prestes a efetuar o
lançamento tributário, fora alertado por seu amigo, que o mesmo não
deveria mais efetuar o pagamento de tal tributo, eis que leu no “Dr. Google”
que o STF julgou ser inconstitucional tal cobrança. Na qualidade de
advogado da empresa, utilize de medida judicial à fim de restituir os
tributos satisfeitos entre os meses de janeiro até dezembro, bem como não
efetue mais qualquer lançamento/pagamento nos meses posteriores.

Desenvolvimento

Douto Juízo de Direito da ... Vara (Cível/Fazenda Pública) da Comarca de


Santa Cruz do Sul do Estado do Rio Grande do Sul

Guigui & Nini Ltda, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob
o nº ..., endereço eletrônico ..., com atos constitutivos em anexo,
estabelecida ..., neste ato representada por seu procurador (procuração
em anexo), este estabelecido ..., local onde receberá intimações, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência com fundamento nos artigos
19, I do CPC e 165, I do CTN, ajuizar a presente:
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA
TRIBUTÁRIA COM PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO
TRIBUTÁRIO.

Em face do Município de Santa Cruz do Sul, pessoa jurídica de direito


público, inscrita no CNPJ sob o nº ..., endereço eletrônico ..., estabelecida
..., neste ato representada por seu representante legal ..., na forma do
artigo 75, III do CPC, pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos.

I – Do Cabimento
Reza o artigo 19, I do CPC que o contribuinte poderá declarar a existência
ou inexistência da relação jurídica tributária. No presente caso,
compreende-se que a parte requerente está ameaçada de sofrer novas
tributações indevidas, sendo cabível a utilização da presente demanda.

II – Dos Fatos
A empresa requerente explora o mercado de locação de DVD´s. Ocorre
que a referida empresa sempre efetuou o pagamento de ISSQN referente
aos serviços prestados. Ocorre que alertada por um amigo, tornou a
questionar a validade do pagamento do referido crédito, bem como tornou-
se possível a restituição dos tributos já pagos. Não restando outra
alternativa, vem a parte provocar o Poder Judiciário.

III – Dos Direitos


Reza a súmula vinculante 31 do STF que não incidirá ISSQN sobre
locação de bem móvel, visto que tal serviço trata-se de obrigação de dar e
não de fazer. Logo, considerando que no presente caso trata-se de
obrigação de dar e não de fazer, considera-se inconstitucional toda
cobrança realizada do contribuinte, bem como o mesmo não poderá sofrer
nova incidência do referido tributo.
IV – Da Repetição de Indébito Tributário
Reza o artigo 165, I do CTN que ocorrendo pagamento indevido de crédito
tributário, pode a parte ajuizar ação de restituição deste tributo pago
indevidamente. No presente caso, considerando que a cobrança de
ISSQN é inconstitucional, compreende-se possível a restituição dos
tributos satisfeitos entre janeiro até dezembro de 2018. Logo é plenamente
cabível o pedido de restituição de indébito tributário.

Ainda, na forma do artigo 168, I do CTN compreende-se que a parte tem


prazo de 5 anos contados do pagamento indevido para utilizar-se da
presente ação. No presente caso, os pagamentos indevidos foram em
2018, ou seja, não ultrapassaram o prazo legal, sendo tempestivo o pedido
de restituição.

Também na forma do artigo 167, §º único do CTN cumulado com a Súmula


188 do STJ compreende-se que o valor pago indevidamente deverá sofrer
a incidência de juros moratórios à partir do trânsito em julgado. Da mesma
sorte, leciona a Súmula 162 do STJ que os valores pagos de forma errônea
deverão ser corrigidos pelo IGPM à partir do pagamento indevido. Logo,
deseja a parte requerente que os valores pagos indevidamente sejam
corrigidos à partir do pagamento indevido, bem como venham a sofrer a
incidência de juros moratórios à partir do trânsito em julgado.

V – Da Suspensão da Exigibilidade
Reza o artigo 294 cumulado com o artigo 311, II, todos do CPC que poderá
a parte solicitar o pedido de tutela provisória de evidência uma vez
atendidos os requisitos. No presente caso compreende-se que resta
evidenciada as alegações da parte requerente visto que esta demonstrado
que os tributos satisfeitos bem como aqueles que poderão ser exigidos são
inconstitucionais na forma da Súmula Vinculante 31 do STF. Outrossim tal
pedido resta lastreado tendo em vista ter a parte todos os documentos
necessários à fim de comprovar o seu direito. Logo, considerando
preenchidos os requisitos, requer a parte requerente a concessão da tutela
provisória de evidência para que seja suspensa a exigibilidade do crédito
na forma do artigo 151, V do CTN.

VI – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
a) que seja deferido o pedido de tutela provisória de evidência uma vez
preenchidos os requisitos do artigo 294/311, II do CPC para que seja
suspensa a exigibilidade do crédito na forma do artigo 151, V do CTN.

b) que a parte contrária seja citada, para que desejando, venha contestar
a presente demanda no prazo legal.

c) que não deseja a realização de audiência de conciliação e/ou mediação


na forma do artigo 319, VII do CPC.

d) que sejam produzidas todas as provas admitidas em direito na forma do


artigo 319, VI do CPC.

e) que seja julgada procedente à presente demanda para que seja


declarada a inexistência de relação jurídica tributária uma vez que trata-se
de tributo inconstitucional na forma da SV 31 do STF, bem como que seja
restituídos os tributos pagos indevidamente no montante de R$
100.000,00, estes devidamente corrigidos à partir do pagamento indevido
na forma da S. 162 do STJ, bem como venham a sofrer a incidência de
juros moratórios á partir do trânsito em julgado na forma do artigo 167, §º
único cumulado com a S. 188 do STJ.
f) que a parte contrária seja condenada nos ônus sucumbenciais, mais
notadamente as custas processuais na forma do artigo 82, §2º do CPC,
bem como dos honorários advocatícios na forma do artigo 85, §3º do CPC.

Nestes termos, pede deferimento.


Valor da Causa: R$ 100.000,00
Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
8 - TREINAMENTO DE EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL

Enunciado

A sociedade Ceisc Ltda é constituída pelos sócios Nini e Guigui,


estabelecendo o contrato social que a gerência será exercida exclusive e
isoladamente pelo sócio Guigui. Nini foi intimada, há 7 dias, de penhora de
um apartamento de sua propriedade, feita em uma execução fiscal
promovida pela União contra a sociedade Ceisc Ltda. Examinando os
autos da execução e os documentos fornecidos por Nini, verifica-se o
seguinte:
(a) A execução foi proposta pela União, contra a sociedade em 10 de maio
de 2018.
(b) A sociedade foi citada em 13 de maio de 2018. Não pagou a dívida e
nem indicou bens à penhora. O Oficial de Justiça certificou que não
encontrou bens da sociedade suficiente para garantir a execução.
(c) Em razão da certidão do Oficial de Justiça, a União requereu a citação
e a penhora de bens dos sócios Guigui e Nini.
(d) Nini e Guigui foram citados em 13 de agosto de 2018, sendo o mandado
de citação juntado aos autos em 20 de agosto de 2018. Não pagaram a
dívida e nem indicaram bens à penhora.
(e) Por não ter encontrado bens em nome do sócio Guigui, foi efetuada a
penhora do apartamento de Nini.
(f) O apartamento penhorado é o único de propriedade de Nini, que é
casado e nele reside com seus filhos menores.
(g) O débito cobrado é relativo ao Imposto sobre Produtos Industrializados,
do período de outubro de 2006 a dezembro de 2006, regularmente
escriturado nos livros fiscais e não recolhido no prazo legal, além da multa
pela falta de recolhimento do imposto exigido através de Auto de infração
lavrado em 27 de fevereiro de 2007.
(h) Que a sociedade deixou transcorrer in albis o prazo de 30 dias para
impugnar o Auto de Infração, razão pela qual, o débito foi inscrito na Dívida
Ativa.
(i) A intimação da penhora ocorreu a 7 dias atrás.
Na qualidade de advogado de Nini, ingressar com a medida judicial cabível
para defesa dos seus direitos, justificando os requisitos.

Desenvolvimento

Douto Juízo Federal da ... Vara (Federal/Fazenda Pública) da Subseção


Judiciária ... da Seção Judiciária ...

Distribuição por Dependência


Aos Autos do Processo nº ...

Nini, estado civil ..., profissão ..., inscrito no CPF sob o nº ..., endereço
eletrônico ..., residente e domiciliado ..., neste ato representado por seu
procurador (procuração em anexo), este estabelecido ..., local onde
receberá intimações, vem respeitosamente perante Vossa Excelência com
fundamento no artigo 16 da Lei 6.830/80 e 914 e seguintes do CPC, opor
a presente:

AÇÃO DE EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL COM PEDIDO DE


EFEITO SUSPENSIVO

Em face da União, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ sob


o nº ..., endereço eletrônico ..., estabelecida ..., neste ato representada por
seu representante ..., na forma do artigo 75, I do CPC, pelos fatos e
fundamentos abaixo aduzidos.
I – Do Cabimento
Reza o artigo 16, §1º da Lei 6.830/80 que os embargos à execução fiscal
somente poderá ser manejados havendo garantia do juízo. No presente
caso existe a notícia de penhora, restando preenchido o presente requisito.
Outrossim reza o artigo 16, III da Lei 6.830/80 que a parte poderá opor
embargos à execução fiscal no prazo de 30 dias da intimação da penhora.
No presente caso, transcorreu apenas 7 dias, preenchendo-se igualmente
o requisito da tempestividade para a oposição dos presentes embargos.

II – Dos Fatos
A empresa Ceisc Ltda deixou de efetuar o pagamento de IPI devidos desde
o ano de 2006. Ocorre que, considerando o inadimplemento do referido
tributo, a empresa passou a ser executada através de execução promovida
no ano de 2018. Considerando que não foram localizados bens em nome
da empresa devedora, o feito fora redirecionado contra os sócios,
momento este que levou a penhora de um apartamento do sócio Nini. Este,
não restando outro alternativa, procurou advogado à fim de defender seus
direitos.

III – Dos Direitos


Reza o artigo 135, III do CTN que somente poderá ser atribuída
responsabilidade pessoal ao sócio administrador. No presente caso,
considerando que o sócio administrador é Guigui e não Nini, compreende-
se que não poderá ocorrer o redirecionamento da responsabilidade dos
tributos devidos pela empresa a Nini.

Ainda na forma da Súmula 430 do STJ, o mero inadimplemento de tributo


pela empresa, não gera responsabilidade de sócio administrador. Logo,
considerando que o sócio Nini, sequer é administrador, não pode-se
operar a responsabilidade pessoal de forma automática para o referido
sócio.

Outrossim considerando o que leciona o artigo 174 do CTN o ente


competente terá prazo de 5 anos para exigir o crédito tributário contados
da constituição em definitivo. No presente caso, ocorre que a constituição
em definitivo ocorreu em 2007 e o ajuizamento tão somente no ano de
2018. Considerando assim prazo superior a 5 anos, compreende-se que
ocorreu a prescrição e consequentemente a extinção do crédito tributário
na forma do artigo 156, V do CTN.

Por fim, reza o artigo 1º e 3º da Lei 8.009/90 que o único bem imóvel
familiar não poderá ser utilizado para a satisfação do crédito tributário
inadimplido. Logo, considerando que o imóvel penhorado de Nini é o seu
único bem e serve de asilo para sua família, torna-se impenhorável o
referido imóvel.

IV – Da Concessão do Efeito Suspensivo


Reza o artigo 919, §1º do CPC que poderá a parte solicitar a concessão
do efeito suspensivo à fim de suspender o andamento da execução fiscal
até o julgamento da presente demanda. Ainda , na forma do referido artigo,
para que seja concedido o efeito suspensivo deve-se preencher os
requisitos da tutela provisória. No presente caso restam preenchidos os
requisitos da tutela provisória de urgência eis que existe probabilidade do
direito ser reconhecido na forma do artigo 300 do CPC, bem como existe
risco de dano acaso a execução fiscal tenha tramitação. Logo,
considerando preenchidos os requisitos do artigo 919, §1º do CPC,
combinados com os artigos 294/300 do CPC, deseja a parte embargante
que seja concedido o efeito suspensivo da execução fiscal.
V – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
a) que seja concedido o efeito suspensivo uma vez preenchidos os
requisitos do artigo 919, §1º do CPC, combinados com os artigos 294/300
do CPC, para que seja suspenso o andamento da execução fiscal até o
julgamento final da presente demanda.

b) que seja intimada a parte contrária para que desejando, venha impugnar
os presentes embargos na forma do artigo 17 da Lei 6.830/80.

c) que não seja realizada audiência de conciliação e/ou mediação na forma


do artigo 319, VII do CPC.

d) que sejam possibilitadas as produções de todas as provas admitidas em


direito na forma do artigo 319, VI do CPC , combinado com o artigo 16, §2º
da Lei 6.830/80.

e) que seja julgada procedente a presente demanda à fim de desconstituir


a CDA e consequentemente seja extinta a execução fiscal, visto que o
crédito tributário torna-se indevido na forma do artigo 135, III do CTN e
Súmula 430 do STJ, bem como já encontra-se extinto na forma do artigo
174 do CTN combinado com o artigo 156, V do CTN.

f) que seja desconstituída à penhora realizada no único bem imóvel do


embargante, vez que é ilegal tal constrição eis que trata-se de único bem
imóvel e este é impenhorável na forma do artigo 1º e 3º da Lei 8.009/90.

g) que seja condenada a parte contrária nos ônus sucumbenciais, mais


notadamente as custas processuais na forma do artigo 82, §2º do CPC e
dos honorários advocatícios sucumbenciais na forma do artigo 85, §3º do
CPC.

Valor da Causa: R$ ...


Nestes termos, pede deferimento.
Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
9 - TREINAMENTO DE EPE

Enunciado

A empresa WYZ Ltda declarou, em formulário próprio estadual, débito de


ICMS. Apesar de ter apresentado a declaração, não efetuou o
recolhimento do crédito tributário correspondente, o que motivou sua
inscrição em dívida ativa. Em execução fiscal promovida pelo Estado da
federação na 10ª Vara de Fazenda da Comarca da Capital, o sócio
administrador, Fulano de Tal, foi indicado como fiel depositário de um
veículo da pessoa jurídica executada, que foi penhorado. A pessoa jurídica
ofereceu embargos à execução, ao final julgados improcedentes. A
Fazenda do Estado requer, então, a reavaliação do veículo para futuro
leilão, sendo certificado pelo Oficial de Justiça que o veículo não mais está
na posse do sócio e não é mais encontrado. A Fazenda do Estado requer
e é deferida a inclusão de Fulano de Tal no polo passivo, em razão do
inadimplemento do tributo e ainda com base em lei do Estado que assim
dispõe:
Artigo X. São responsáveis, de forma solidária, com base no artigo 124,
do CTN, pelo pagamento do imposto:
(...)
X-o sócio administrador de empresa que descumpriu seus deveres legais
de fiel depositário em processo de execução fiscal;
(...)
O Sr. Fulano de Tal foi citado e intimado a respeito de sua inclusão no polo
passivo da execução fiscal, tendo transcorrido 6 (seis) meses desta sua
citação/intimação. Nas tentativas de penhora, não foram encontrados
bens. Na qualidade de advogado de Fulano de Tal, redija a peça
processual adequada para a defesa nos próprios autos da execução fiscal,
considerando que seu cliente não dispõe de nenhum bem para ofertar ao
juízo. A peça deve abranger todos os fundamentos de direito que possam
ser utilizados para dar respaldo à pretensão do cliente.

Desenvolvimento

Douto Juízo de Direito da 10ª Vara de Fazenda da Comarca da Capital do


Estado ...

Autos do Processo nº ...

Fulano de Tal, estado civil ..., profissão ..., inscrito no CPF sob o nº ...,
endereço eletrônico ..., residente e domiciliado ..., neste ato representado
por seu procurador (procuração em anexo), este estabelecido ..., local
onde receberá intimações, vem respeitosamente perante Vossa
Excelência com fundamento na Súmula 393 do STJ, apresentar a
presente:

EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE

Em face do Estado ..., pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ


sob o nº ..., endereço eletrônico ..., estabelecido ..., neste ato representado
por seu representante ..., na forma do artigo 75, II do CPC, pelos fatos e
fundamentos abaixo aduzidos.

I – Do Cabimento
Reza a Súmula 393 do STJ que caberá a utilização da exceção de pré
executividade toda vez que a matéria a ser arguida em defesa do
executado, possa ser conhecida de ofício e não dependa de dilação
probatória. Outrossim, conforme o presente caso, vislumbra-se que as
matérias que serão arguidas em defesa não dependem de provas e
poderão ser conhecidas de ofício. Por fim, por tratar-se de simples petição,
e na forma do enunciado peça produzida nos autos da execução fiscal,
torna-se cabível a utilização da presente Exceção de Pré Executividade.
II – Dos Fatos
Fora ajuizada execução fiscal contra a empresa WYZ Ltda. Ocorre que
uma vez penhorado bem em nome da empresa, esta promoveu embargos
à execução fiscal, sendo julgados improcedentes. Considerando que
houve andamento da execução fiscal e não fora encontrado o bem
penhorado que estava em posse do depositário, este sócio da empresa,
entendeu o fisco estadual em redirecionar a execução fiscal contra o sócio
com base em lei estadual. Assim, considerando que ocorreu
redirecionamento e este fora deferido pelo juízo, não restou outro
alternativa de defesa ao executado, ora sócio da empresa, para fazer valer
seus direitos.

III – Dos Direitos


Reza o artigo 146, III da Constituição Federal que as normas gerais de
direito tributário somente poderão ser realizadas por meio de lei nacional
e complementar. No presente caso, utilizou-se o Estado de lei estadual
para atribuir responsabilidade tributária. Logo tal lei é totalmente
inconstitucional, visto que trata-se de tema reservado a lei complementar
e caráter nacional/geral.

Reza ainda o artigo 135, III do CTN e a Súmula 430 do STJ que somente
não poderá ocorrer responsabilidade automática de débitos devidos pela
empresa para o sócio administrador, bem como este apenas poderá ser
responsável se ocorrer ato com exceção de poder, ou infração à lei,
estatuto ou contrato social. Considerando que o enunciado não atribuí
qualquer responsabilidade de ato ao sócio administrador, compreende-se
que tal responsabilidade é indevida e ilegal.
IV – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:

a) que seja intimada a parte contrária para que desejando venha se


manifestar na forma do artigo 7º do CPC e artigo 5º, LV da Constituição
Federal.

b) que seja acolhida a presente Exceção de Pré Executividade e julgada


procedente para que seja desconstituída a CDA visto que trata-se de
responsabilidade previsto em lei estadual e não em norma geral na forma
do artigo 146, III da Constituição Federal, bem como seja extinta a
execução visto que o sócio administrador não poderá ser responsabilizado
visto que não existir qualquer prova de ato realizado com exceção de
poder, infração à lei ou estatuto/contrato social na forma do artigo 135, III
do CTN, bem como não existir qualquer possibilidade de
responsabilização automática de sócio administrador na forma da súmula
430 do STJ.

c) que seja condenada a parte contrária nos ônus sucumbenciais, mais


notadamente as custas processuais na forma do artigo 82, §2º do CPC e
dos honorários advocatícios sucumbenciais na forma do artigo 85, §3º do
CPC.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
10 - TREINAMENTO DE ANULATÓRIA DO ARTIGO 169 DO CTN

Enunciado

O Município de Dom Pedrito – RS, aprovou por meio de decreto, taxa de


segurança pública. Tal lei fora publicada em 01 de agosto de 2018, e o
referido tributo passou a ser exigido em 01 de janeiro de 2019. Ocorre que
o Sr. Guilherme Pedrozo da Silva, efetuou o pagamento de R$ 2.000,00
referente o tributo, em 01 de janeiro de 2019. Passados 6 meses, o referido
contribuinte fora alertado pelo seu Contador, Ninizinho Missioneiro, que tal
pagamento foi realizado de forma equivocada, visto que tal tributo era
inconstitucional. E, considerando tal informação, o Sr. Guilherme Pedrozo
da Silva, por conta própria, pleiteou devolução administrativa da referida
taxa. Tal pedido fora indeferido. Passados 8 meses do indeferimento, o
contribuinte procura você, para que na qualidade de advogado do mesmo,
venha utilizar-se de medida judicial cabível para restituição de tal tributo
pago indevidamente.

Desenvolvimento

Douto Juízo de Direito da ... Vara dos Juizados Especiais da Fazenda


Pública da Comarca de Dom Pedrito Estado do Rio Grande do Sul

Guilherme Pedrozo da Silva, estado civil ..., profissão ..., inscrito no CPF
sob o nº ..., endereço eletrônico ..., residente e domiciliado ..., neste ato
representado por seu procurador (procuração em anexo), este
estabelecido ..., local onde receberá intimações, vem respeitosamente
perante Vossa Excelência com fundamento no artigo 169 do CTN ajuizar
a presente:
AÇÃO ANULATÓRIA DE DECISÃO ADMINISTRATIVA COM PEDIDO
DE RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO

Em face do Município de Dom Pedrito, pessoa jurídica de direito público,


inscrito no CNPJ sob o nº ..., endereço eletrônico ..., estabelecido ..., neste
ato representado por seu representante legal ..., na forma do artigo 75, III
do CPC, pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos.

I – Do Cabimento
Reza o artigo 169 do CTN que da decisão administrativa que denegar
restituição tributária, terá o contribuinte prazo de 2 anos para ajuizar ação
anulatória com pedido de restituição. No presente caso, considerando-se
que não houve prazo superior a 2 anos, bem como houve negativa de
restituição na esfera administrativa, compreende-se cabível a utilização da
presente demanda.

II – Dos Fatos
O município requerido criou por meio de decreto taxa de segurança pública
por meio de decreto. Ocorre que, considerando a exigência do referido
tributo, o requerente efetuou o pagamento. Fora alertado que o pagamento
foi realizado de forma equivocada, o que motivou pedido de restituição
administrativa do tributo. O pedido fora negado, não restando outra
alternativa, senão de provocar o Poder Judiciário.

III – Dos Direitos


Reza o artigo 150, I da Constituição Federal que um tributo somente
poderá ser criado ou majorado por meio de lei. No presente caso a referida
taxa fora criada por meio de decreto, logo sendo inconstitucional a forma
utilizada pelo ente para instituir o tributo cobrado do requerente.
Ainda reza o artigo 145, II da Constituição Federal que a taxa referente a
serviço somente poderá ser exigida quando este for específico e divisível.
No presente caso, tratando-se de segurança pública, compreende-se que
não será possível a individualização de quem utiliza do serviço, bem como
o mesmo não será prestado a contribuinte determinado. Sendo assim,
torna-se inconstitucional a cobrança da referida taxa de segurança pública
visto que não é específico e não é divisível.

IV – Do Pedido de Restituição.
Considerando que na forma do artigo 165, I do CTN houve pagamento
equivocado por tratar-se de tributo inconstitucional, poderá a parte solicitar
a devolução do tributo pago indevidamente. E tendo em vista negativa de
deferimento administrativo de restituição, não restou outra alternativa
senão de solicitar a anulação da decisão administrativa com o pedido de
restituição.

Assim, vem a parte requerente solicitar a anulação da decisão


administrativa visto que considera-se inconstitucional a cobrança do
referido tributo, bem como uma vez não podendo ser exigido, que o mesmo
venha a ser restituído ao contribuinte.

V – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
a) que seja citada a parte contrária, para que desejando, venha contestar
a presente demanda no prazo legal.

b) que não seja realizada a audiência de conciliação e/ou mediação na


forma do artigo 319, VII do CPC.
c) que sejam produzidas todas as provas admitidas em direito na forma do
artigo 319, VI do CPC.

d) que seja julgada procedente à presente demanda à fim de desconstituir


a decisão administrativa à fim de que seja condenada a parte contrária a
restituir os tributos pagos indevidamente pela parte requerente, restituição
esta que deverá sofrer a incidência de juros moratórios na forma da súmula
188 do STJ cumulado como artigo 167, §º único do CTN, bem como
corrigidas a partir do pagamento indevido a partir da súmula 162 do STJ.

e) que a parte contrária seja condenada nos ônus sucumbenciais, mais


notadamente as custas processuais na forma do artigo 82, §2º do CPC e
dos honorários advocatícios sucumbenciais na forma do artigo 85, §3º do
CPC.

Nestes termos, pede deferimento.


Valor da Causa: R$ 2.000,00
Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
11 - TREINAMENTO DE RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

Enunciado

A Construtora Guigui & Nini Ltda está sendo executada pela Fazenda
Pública Municipal. Entretanto, a empresa havia proposto uma ação de
consignação em pagamento, com relação ao mesmo débito apontado na
CDA que dá fundamento à execução fiscal, tendo obtido ganho de causa,
sendo certo que a sentença transitou em julgado. Ocorre que a Fazenda
Municipal, ao invés de levantar os valores consignados, permitindo a baixa
do feito, propôs a execução, mesmo já tendo ocorrido a baixa da inscrição
do débito na Dívida Ativa Municipal, determinada pela sentença na
consignatória, que deu por cumprida a obrigação fiscal da empresa. A
empresa contrata expert na matéria, que ingressou com exceção de pré-
executividade, que foi liminarmente rejeitada, entendendo o Juiz que o
tema deveria ser tratado em sede de embargos, após a segurança do
Juízo.Prepare o recurso cabível da decisão que rejeitou a exceção de pré-
executividade, fundamentando-o de forma completa, registrando toda a
matéria de direito processual e material pertinente.

Desenvolvimento

Douto Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça do Estado ...

Autos do Processo nº ...

Construtora Guigui & Nini Ltda, pessoa jurídica de direito privado, inscrita
no CNPJ sob o nº ..., atos constitutivos em anexo, endereço eletrônico ...,
estabelecida ..., neste ato representada por seu procurador (procuração
em anexo), este estabelecido ..., local onde receberá intimações, vem
respeitosamente perante Vossas Excelências, com fundamento no artigo
1.015, §º único do CPC, interpor o presente:

AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO

Em face da decisão interlocutória proferida nos autos do processo nº ...,


em que litiga com o Município ..., pessoa jurídica de direito público, inscrita
no CNPJ sob o nº ..., endereço eletrônico ..., estabelecida ..., neste ato
representada por seu representante legal ..., na forma do artigo 75, III do
CPC, pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos.

I – Cabimento & Requisitos de Admissibilidade


Na forma do artigo 1.015, §º único do CPC caberá a possibilidade de ser
realizado agravo de instrumento de decisão interlocutória proferida em
processo de execução. No presente caso, houve apresentação de
exceção de pré executividade, pedido este que não fora acolhido
liminarmente. Assim torna-se cabível a utilização de agravo de
instrumento.

Reza o artigo 1.017, §1º combinado com o artigo 1.007 do CPC que para
que seja realizado recurso a parte recorrente deverá efetuar o pagamento
das custas recursais. Logo vem a parte anexar no presente feito
comprovante de pagamento de preparo das custas recursais.

Ainda na forma do artigo 1.003, §5º combinado com os artigos 212/219 a


parte terá prazo de 15 dias úteis para interposição de recurso. No presente
caso, considera-se que a decisão é contemporânea, logo é tempestivo a
interposição do presente agravo de instrumento.

II – Das Peças Obrigatórias


Na forma do artigo 1.017, I do CPC faz-se necessária a juntada de
documentos obrigatórios para instruir o presente recurso de agravo de
instrumento. Assim vem a parte agravante anexar os documentos
obrigatórios para interposição, isto é, cópia da inicial, contestação,
decisão, certidão de intimação bem como das procurações das partes.

Ainda na forma do artigo 1.016, IV do CPC, vem a parte informar o nome


completo e endereço dos procuradores das partes.

III – Do Conhecimento do Juízo de 1º Grau


Considerando que o enunciado é omisso no tocante ao procedimento ser
ou não eletrônico, vem a parte na forma do artigo 1.018, §2º e §3º, informar
que irá anexar no procedimento de 1º grau cópia do presente recurso, bem
como irá informar quais os documentos que foram anexados no presente
agravo de instrumento, bem como anexar cópia de interposição do
recurso.

IV – Dos Fatos
A empresa agravante ajuizou ação de consignação em pagamento e a
mesma fora julgada procedente, inclusive com trânsito em julgado.
Inobstante o resultado da demanda, a fazenda municipal ajuizou execução
fiscal cobrando o mesmo crédito tributário já consignado pela empresa. E,
não concordando com tal procedimento de cobrança, apresentou a
empresa agravante Exceção de Pré Executividade e esta fora
liminarmente rejeitada. Não restando outra alternativa, vem a parte
apresentar o presente recurso.

V – Das Razões de Reforma


Na forma do artigo 156, VI e VIII do CTN, uma vez proposta ação de
consignação em pagamento e a mesma sendo julgada procedente,
ocorrerá a conversão do depósito realizado na ação em renda e
consequentemente a extinção do crédito tributário. Logo, no presente
caso, considerando que houve julgamento de procedência da ação de
consignação, inclusive com trânsito em julgado, considera-se que ocorreu
a extinção do crédito tributário ora executado, logo não sendo possível a
continuidade da execução fiscal, merecendo assim ser extinta a mesma.

Ainda na forma da Súmula 393 do STJ poderá ser utilizada a Exceção de


Pré Executividade toda vez que tratar-se de matéria que possa ser
conhecida de ofício e/ou não dependa de dilação probatória. Logo, no
presente caso, considerando-se que trata de execução fiscal com crédito
extinto em razão da procedência da ação de consignação em pagamento
, considera-se possível a utilização da Exceção de Pré Executividade
como medida de defesa do executado.

VI – Da Concessão do Efeito Suspensivo


Na forma do artigo 995, §º único do CPC combinado com o artigo 1.019, I
do CPC poderá a parte recorrente solicitar a concessão do efeito
suspensivo à fim de suspender os efeitos da decisão até o julgamento final
do agravo de instrumento. Logo, no presente caso, faz-se presentes os
requisitos do risco de dano grave e da probabilidade de provimento, visto
que se acaso a parte venha ser executada poderá experimentar sérios
prejuízos em razões dos atos constritivos. Ademais a probabilidade de
provimento está preenchida na forma do artigo 156, VI e VIII do CTN, bem
como da Súmula 393 do STJ. Assim, frente ao que exposto, vem a parte
solicitar a concessão do efeito suspensivo à fim de suspender os efeitos
da decisão até o julgamento do presente recurso.

VII – Dos Pedidos


Ante o exposto requer:
a) que seja admitido o presente recurso, vem que presentes todos os
requisitos de admissibilidade, mais notadamente fora realizado o preparo
na forma do artigo 1.017, §1º combinado com o artigo 1.007 do CPC, bem
como o recurso foi interposto no prazo legal na forma do artigo 1.003, §5º
do CPC combinado com os artigos 212/219 do CPC.

b) que, uma vez admitido o recurso, seja concedido o efeito suspensivo na


forma do artigo 995, §º único combinado com o artigo 1.019, I, todos do
CPC, vez que presentes os requisitos do perigo de dano e da
probabilidade de provimento, para que seja suspensa os efeitos da
decisão interlocutória até o julgamento final do presente agravo de
instrumento.

c) que seja intimado a parte agravada, para que desejando, venha


apresentar suas contrarrazões recursais na forma do artigo 1.019, II do
CPC.

d) que seja intimado o representante do Ministério Público na forma do


artigo 1.019, III do CPC, para que desejando, venha ofertar seu parecer.

e) que seja provido o presente recurso à fim de reformar a decisão


interlocutória, tornando-se acolhida a Exceção de Pré Executividade para
que seja extinta a execução fiscal, vez que o crédito ora executado está
extinto na forma do artigo 156, VI e VIII do CTN.

f) que seja revertida igualmente a condenação nos ônus sucumbenciais,


vindo a reformar a decisão, condenando a parte agravada nas custas
processuais na forma do artigo 82, §2º do CPC e dos honorários
advocatícios sucumbenciais na forma do artigo 85, §3º do CPC.
Nestes termos, pede deferimento.
Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
12 - TREINAMENTO DE ADI

Enunciado

O Estado do Rio Grande do Sul, preocupado com a grande evasão de


pessoas para outros estados, resolve criar incentivos à fim de promover a
permanência de seus contribuintes no referido estado. Assim, por meio de
lei complementar aprovada na Assembléia Legislativa Estadual, concedeu
isenção de ICMS para todos os contribuintes, pelo período de 2 anos.
Ademais, considerando a referida lei, o Partido Político ABC resolve
impugnar a norma, visto que se a mesma produzir efeitos, poderá produzir
danos aos demais estados do país. Assim na qualidade de advogado do
Partido Político, adote processo objetivo à fim de ser declarada inválida a
referida norma estadual.

Desenvolvimento

Egrégio Supremo Tribunal Federal


Douto Ministro Presidente
Ilustres Ministros

Partido Político ABC, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ


sob o nº ..., endereço eletrônico ..., estabelecida ..., neste ato representada
por seu procurador (procuração em anexo), este estabelecido ..., local
onde receberá intimações, vem respeitosamente perante Vossas
Excelências, com fundamento nos artigos 102, I, A da Constituição Federal
e art. 1º e seguintes da Lei 9.868/99, ajuizar a presente:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO


CAUTELAR
Em face da Lei Estadual nº ..., publicada em ..., lei esta publicada pela
Estado do Rio Grande do Sul, pessoa jurídica de direito público, inscrita
no CNPJ sob o nº ..., endereço eletrônico ..., estabelecido ..., neste ato
representada por seu representante ..., na forma do artigo 75, II do CPC,
pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos.

I – Do Cabimento
Reza o artigo 102, I, A da Constituição Federal que poderá parte legitimada
ingressar com ação de controle abstrato de constitucionalidade para que
seja declarada inconstitucional lei estadual. No presente caso,
considerando que o Estado do Rio Grande do Sul publicou lei
complementar que considera-se inconstitucional, torna-se cabível a
utilização da presente demanda.

II – Legitimidade e do Procurador
Reza o artigo 103, VIII da Constituição Federal que partido político é parte
legítima para ingressar com ação de controle abstrato de
constitucionalidade. No presente caso, considerando que a parte
requerente é partido político, considera-se legítimo o ajuizamento da
presente ação pelo Partido Político ABC.

Ainda vem a parte requerente declarar que está anexando junto a peça
vestibular procuração com poderes específicos para representação.

III – Dos Documentos Necessários


Reza o artigo 3º, II, §º único da Lei 9.868/99 que a parte requerente deverá
anexar conjunto de documentos necessários para o ingresso da demanda.
Assim, vem a parte requerente anexar cópias da lei estadual, bem como
todos os documentos hábeis à fim de comprovar a inconstitucionalidade
da referida norma.

IV – Dos Fatos
O Estado do Rio Grande do Sul, considerando a crise que enfrenta,
resolveu por meio de lei complementar isentar por dois anos seus
contribuintes do ICMS. Ocorre que, vislumbrando grande prejuízo aos
contribuintes e entes públicos dos demais estados do país, não restou
outra alternativa ao requerente, senão de provocar o presente Poder
Judiciário.

V – Dos Direitos
Reza o artigo 155, §2º, XII, G da Constituição Federal combinado com o
artigo 1º e seguintes da Lei Complementar 24/75, que somente convênio
poderá isentar ICMS. No presente caso, o Estado do Rio Grande do Sul,
adotou lei complementar à fim de isentar por dois anos o ICMS para seus
contribuintes. Logo, considerando que trata-se de inconstitucionalidade da
norma estadual, compreende-se possível a utilização da presente
demanda, bem como que a norma seja afastada em razão da sua
inconstitucionalidade.

VI – Da Cautelar
Reza o artigo 10 até o 12 da Lei 9.868/99 que poderá a parte requerente
solicitar o deferimento cautelar para que seja afastada a aplicação da
norma, com efeito ex nunc, até o julgamento final do presente processo.
Outrossim para efeitos de deferimento da cautelar faz-se necessário a
comprovação da fumaça do bom direito e do perigo de dano. Logo, está
comprovado o direito, eis que a norma é inconstitucional considerando o
que previsto no artigo 155, §2º, XII, G da Constituição Federal. Igualmente
resta preenchido o requisito do perigo de dano eis que acaso a norma
produza efeitos, os contribuintes e organizações situadas nos demais
estados, poderão experimentar sérios prejuízos. Logo, considerando
presentes todos os requisitos, deseja a parte que seja concedida a
cautelar, com efeito ex nunc, para suspender a aplicabilidade da norma
tributária.

VII – Dos Pedidos


Ante o exposto requer:
A) Que seja deferida a medida cautelar, na forma do artigo 10 até 12 da
Lei 9.868/99, para que seja liminarmente suspensa a aplicabilidade da
norma estadual visto que é totalmente inconstitucional, com efeito ex
nunca.

B) Que sejam anexados todos os documentos na forma do artigo 3º, II, §º


único da Lei 9.868/99.

C) Que seja citada o representante legal do ente público que expediu a


norma na forma do artigo 6º da Lei 9.868/99.

D) Que seja intimado os representantes da Advocacia Geral da União e da


Procuradoria Geral de Justiça na forma do artigo 8º da Lei 9.868/99,
para que desejando, venham opinar sobre a inconstitucionalidade da lei.

E) Que seja julgada procedente a presente demanda à fim de que seja


declarada inconstitucional a Lei Estadual nº ..., expedida pelo Estado do
Rio Grande do Sul, visto que a mesma é totalmente inconstitucional eis
que lesou o artigo 155, §2º, XII, G da Constituição Federal, combinado
com o artigo 1º e seguintes da Lei Complementar 24/75.

Nestes termos, pede deferimento.


Valor da Causa R$ ...
Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
13 - TREINAMENTO DE ADC

Enunciado

Governo Federal, através de lei federal nº 0123, resolveu conceder


inúmeros incentivos fiscais à fim de proporcionar maior giro na economia
em regiões menos favorecidas. Outrossim tais incentivos foram
concedidas para as empresas situadas nestas regiões, vindo estas
mesmas a serem isentas de IPI e IR nos anos de 2017 e 2018. Entretanto,
considerando a lei insentiva, várias ações foram ajuizadas por todo o país
por empresas buscando a equiparação e também possibilidade de gozar
de tais incentivos, visto que para estas houve clara violação à isonomia
tributária. Assim considerando tal divergência, houveram decisões
favoráveis a estas empresas, reconhecendo a inconstitucionalidade de tal
norma, e outras desfavoráveis, reconhecendo a validade da lei federal de
nº 0123. Considerando a divergência instada entre vários Tribunais em
nosso país, a Confederação Sindical ABC lhe procura à fim de que seja
ajuizado processo objetivo à fim de garantir a aplicabilidade da norma
federal.

Desenvolvimento

Egrégio Supremo Tribunal Federal


Douto Ministro Presidente
Ilustres Ministros

Confederação Sindical ABC, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no


CNPJ sob o nº ..., endereço eletrônico ..., estabelecida ..., neste ato
representada por seu procurador (procuração em anexo), este
estabelecido ..., local onde receberá intimações, vem respeitosamente
perante Vossas Excelências, com fundamento nos artigos 102, I, A da
Constituição Federal e art. 13º e seguintes da Lei 9.868/99, ajuizar a
presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO


CAUTELAR

Em face da Lei Federal nº 0123, publicada em ..., lei esta publicada pela
União, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ sob o nº ...,
endereço eletrônico ..., estabelecido ..., neste ato representada por seu
representante ..., na forma do artigo 75, I do CPC, pelos fatos e
fundamentos abaixo aduzidos.

I – Do Cabimento
Reza o artigo 102, I, A da Constituição Federal que poderá parte legitimada
ingressar com ação de controle abstrato de constitucionalidade para que
seja declarada a constitucionalidade de lei federal. No presente caso,
considerando que a União publicou lei ordinária que considera-se
constitucional, torna-se cabível a utilização da presente demanda, à fim de
manter a aplicabilidade da norma federal.

Reza o artigo 14, III da Lei 9.868/99 que para ser ajuizada ação
declaratória de constitucionalidade faz-se necessário igualmente a
existência de controvérsia entre tribunais sobre a norma que aqui deseja-
se manter. Logo, no presente caso, existe narrativa de decisões favoráveis
e desfavoráveis sobre a isenção posta em lei federal. Assim comprova-se
a existência de controvérsia sobre a norma tributária.

II – Legitimidade e do Procurador
Reza o artigo 103, IX da Constituição Federal que confederação sindical é
parte legítima para ingressar com ação de controle abstrato de
constitucionalidade. No presente caso, considerando que a parte
requerente é legítima, considera-se legítimo o ajuizamento da presente
ação pela Confederação Sindical ABC.

Ainda vem a parte requerente declarar que está anexando junto a peça
vestibular procuração com poderes específicos para representação.

III – Dos Documentos Necessários


Reza o artigo 14º, §º único da Lei 9.868/99 que a parte requerente deverá
anexar conjunto de documentos necessários para o ingresso da demanda.
Assim, vem a parte requerente anexar cópias do ato normativo
questionado, bem como todos os documentos hábeis à fim de comprovar
a constitucionalidade da referida norma.

IV – Da Pertinência Temática
Conforme decisões reiteradas do Supremo Tribunal Federal faz-se
necessário para alguns legitimados a comprovação de finalidade e
propósito com a presente demanda, ou seja, comprovação da pertinência
temática. No presente caso, considera-se existente a pertinência temática,
visto que se não for mantida a referida norma, poderá trazer sérios
prejuízos aos contribuintes dos estados situados em regiões menos
favorecidas onde estão presentes os assistidos do presente sindicato.

V – Dos Fatos
Lei Federal tratou de isentar determinados contribuintes de IPI e IR, estes
devidamente situados em regiões menos favorecidas. Ocorre que,
considerando a referida norma, outros contribuintes, situados em estados
não beneficiados pela referida isenção, pleitearam judicialmente a
inconstitucionalidade da referida norma, eis que também desejam ser
albergados pelos referidos benefícios. Considerando que houveram
decisões favoráveis e outros desfavoráveis nos tribunais de todo país, não
restou outra alternativa senão de provocar o Poder Judiciário.

V – Dos Direitos
Reza o artigo 151, I da Constituição Federal que a União deverá conceder
tratamento isonômico e uniforme para todos os contribuintes de todo o
país, salvo se tratar-se de contribuinte situado em região menos
favorecida. Logo, considerando que a lei federal de nº 0123 guardou de
conceder tal benefício de isenção para contribuintes situados em estados
menos favorecidos, torna-se constitucional, devendo ser mantida a
aplicabilidade da referida norma tributária.

VI – Da Cautelar
Reza o artigo 21 e 21, §º único da Lei 9.868/99 que poderá a parte
requerente solicitar o deferimento cautelar para que sejam suspensos
todos os processos em que tratam sobre a constitucionalidade ou não da
referida norma, até o julgamento final do presente processo. Outrossim
para efeitos de deferimento da cautelar faz-se necessário a comprovação
da fumaça do bom direito e do perigo de dano. Logo, está comprovado o
direito, eis que a norma é constitucional considerando o que previsto no
artigo 151, I da Constituição Federal. Igualmente resta preenchido o
requisito do perigo de dano eis que acaso a norma não produza efeitos, os
contribuintes e organizações situadas nos estados poderão experimentar
sérios prejuízos. Logo, considerando presentes todos os requisitos, deseja
a parte que seja concedida a cautelar, com efeito ex nunc, para suspender
todos os processos que discutam sobre o presente caso.

VII – Dos Pedidos


Ante o exposto requer:

A) Que seja deferida a medida cautelar, na forma do artigo 21 da Lei


9.868/99, para que seja liminarmente suspenso o andamento de todos
os processos em que se discute a aplicabilidade ou não da referida
norma tributária, com efeito ex nunc.

B) Que sejam anexados todos os documentos na forma do artigo 14º, §º


único da Lei 9.868/99.

C) Que seja citada o representante legal do ente público que expediu a


norma na forma do artigo 6º da Lei 9.868/99.

D) Que seja intimado os representantes da Advocacia Geral da União e da


Procuradoria Geral de Justiça na forma do artigo 19º da Lei 9.868/99,
para que desejando, venham opinar sobre a constitucionalidade da lei.

E) Que seja julgada procedente a presente demanda à fim de que seja


declarada constitucional a Lei Federal nº 0123, expedida pela União,
visto que a mesma é totalmente constitucional na forma do artigo 151, I
da Constituição Federal.
Nestes termos, pede deferimento.
Valor da Causa R$ ...
Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
14 - TREINAMENTO DE ADI OMISSÃO

Enunciado

Conforme texto constitucional existe a previsão sobre a criação dos


impostos sobre grandes fortunas na forma do artigo 153, VII da
Constituição Federal. Outrossim considerando tal norma constitucional de
eficácia limitada, a Entidade de Clase WYZ procura você à fim de que
venha ajuizar demanda junto ao tribunal superior para que seja exigida
prestação legislativa no que tange a criação dos impostos sobre grandes
fortunas. Logo na qualidade de advogado da Entidade de Clase WYZ
ajuíze ação de controle abstrato para resolução da omissão legislativa.

Desenvolvimento

Egrégio Supremo Tribunal Federal


Douto Ministro Presidente
Ilustres Ministros

Entidade de Classe WYZ, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no


CNPJ sob o nº ..., endereço eletrônico ..., estabelecida ..., neste ato
representada por seu procurador (procuração em anexo), este
estabelecido ..., local onde receberá intimações, vem respeitosamente
perante Vossas Excelências, com fundamento nos artigos 12-A e
seguintes da Lei 9.868/99 e artigo 103, §2º da Constituição Federal, ajuizar
a presente:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO


LEGISLATIVA COM PEDIDO CAUTELAR
Em face da omissão legislativa, considerando lei complementar que
deveria regular o IGF, lei esta que deverá ser publicada pela União, pessoa
jurídica de direito público, inscrita no CNPJ sob o nº ..., endereço eletrônico
..., estabelecido ..., neste ato representada por seu representante ..., na
forma do artigo 75, I do CPC, pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos.

I – Do Cabimento
Reza o artigo 12-A e seguintes da Lei 9.868/99 e 103, §2º da Constituição
Federal que poderá parte legitimada ingressar com ação direta de
inconstitucionalidade para que seja declarada inconstitucional a omissão
legislativa considerando existência de norma constitucional. No presente
caso, considerando que a União até o presente momento não realizou a
edição de lei complementar à fim de aplicar e cobrar o Imposto sobre
Grandes Fortunas, entende-se cabível a utilização da presente demanda.

II – Legitimidade e do Procurador
Reza o artigo 103, IX da Constituição Federal que entidade de classe é
parte legítima para ingressar com ação de controle abstrato de
constitucionalidade. No presente caso, considerando que a parte
requerente é legítima, considera-se legítimo o ajuizamento da presente
ação pela Entidade de Classe WYZ.

Ainda vem a parte requerente declarar que está anexando junto a peça
vestibular procuração com poderes específicos para representação.

III – Dos Documentos Necessários


Reza o artigo 12º-B, §º único da Lei 9.868/99 que a parte requerente
deverá anexar conjunto de documentos necessários para o ingresso da
demanda. Assim, vem a parte requerente anexar cópias dos documentos
necessários à fim de comprovar a omissão legislativa.
IV – Da Pertinência Temática
Conforme decisões reiteradas do Supremo Tribunal Federal faz-se
necessário para alguns legitimados a comprovação de finalidade e
propósito com a presente demanda, ou seja, comprovação da pertinência
temática. No presente caso, considera-se existente a pertinência temática,
visto que se não for criada a referida norma complementar, poderá trazer
sérios prejuízos para todos a omissão legislativa, eis que perdendo
arrecadação, o referido ente competente consequentemente terá
dificuldades ao cumprimento dos interesses da coletividade.

V – Dos Fatos
Reza o artigo 153, VII da Constituição Federal que poderá a União criar o
Imposto sobre Grandes Fortunas. Considerando que até o presente
momento não houve implementação da referida norma complementar, não
restou outra alternativa senão de provocar o Poder Judiciário para que seja
sugerida a adequação da norma complementar.

V – Dos Direitos
Reza o artigo 153, VII da Constituição Federal que poderá a União criar o
Imposto sobre Grandes Fortunas. Ocorre que tal criação deverá ser
obrigatoriamente legislada e regulada através de lei complementar.
Entretanto tal norma, até o presente momento inexiste, o que fica proibida
a exigência do referido tributo. Considerando que tal tributo não poderá ser
exigido daqueles mais abastados, considera-se existente a omissão
legislativa e consequentemente perda da arrecadação.

VI – Da Cautelar
Reza o artigo 12-F e §º primeiro da Lei 9.868/99 que poderá a parte
requerente solicitar o deferimento cautelar para que sejam tomadas as
medidas cabíveis à fim de suprir a omissão legislativa, até o julgamento
final do presente processo. Outrossim para efeitos de deferimento da
cautelar faz-se necessário a comprovação da fumaça do bom direito e do
perigo de dano. Logo, está comprovado o direito, eis que a norma é
constitucional considerando o que previsto no artigo 153, VII da
Constituição Federal. Igualmente resta preenchido o requisito do perigo de
dano eis que acaso a norma não produza efeitos e/ou seja regulamentada,
os contribuintes e organizações situadas nos estados poderão
experimentar sérios prejuízos com a perda da arrecadação do referido
imposto. Logo, considerando presentes todos os requisitos, deseja a parte
que seja concedida a cautelar, com efeito ex nunc, para que o órgão
legislativo tome as medidas necessárias para edição da referida lei
complementar.

VII – Dos Pedidos


Ante o exposto requer:

A) que seja deferida a medida cautelar, na forma do artigo 12-F da Lei


9.868/99, para que seja liminarmente o órgão legislativo tome as
medidas necessárias para edição da referida lei complementar à fim de
regular o IGF.

B) Que sejam anexados todos os documentos na forma do artigo 12-B, §º


único da Lei 9.868/99.

C) Que seja citada o representante legal do ente público que ainda não
expediu norma reguladora para preencher omissão de texto
constitucional.
D) Que seja intimado os representantes da Advocacia Geral da União e da
Procuradoria Geral de Justiça na forma do artigo 12-E, §2º e §3º
respectivamente da Lei 9.868/99, para que desejando, venham opinar
sobre a inconstitucionalidade do texto constitucional.

E) Que seja julgada procedente a presente demanda à fim de que seja


declarada inconstitucional a falta de regulamentação do artigo 153, VII
da Constituição Federal, norma exta que deveria ser expedida pela
União, visto que pende de regulamentação o imposto sobre grandes
fortunas.

F) Que seja intimado o órgão representante da União, para que tome as


medidas necessárias à fim de regular o artigo 153, VII da Constituição
Federal, para que enfim possa ser exigido.

Nestes termos, pede deferimento.


Valor da Causa R$ ...
Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
15 - TREINAMENTO DE ADPF

Enunciado

O Município de Santa Cruz do Sul, através de Lei Municipal nº 0123,


modificou o seu Código Tributário Municipal. Entre outras mudanças,
resolveu instituir a cobrança da Taxa de Serviços Urbanos (limpeza de rua
pública), bem como instituiu a possibilidade da cobrança de IPTU dos
imóveis de propriedade dos templos em que são realizados os
cultoss/missas. O Partido Político YQZ lhe procura à fim de ajuizar
demanda objetiva, à fim de afastar a possibilidade da norma ser aplicada,
considerando que compreender ser a lei inconstitucional. Assim na
qualidade do advogado do Partido Político, ajuíze demanda objetiva à fim
de afastar a aplicação da norma.

Desenvolvimento

Egrégio Supremo Tribunal Federal


Douto Ministro Presidente
Ilustres Ministros

Partido Político YQZ, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ


sob o nº ..., endereço eletrônico ..., estabelecida ..., neste ato representada
por seu procurador (procuração em anexo), este estabelecido ..., local
onde receberá intimações, vem respeitosamente perante Vossas
Excelências, com fundamento nos artigos 1º e seguintes da Lei 9.882/99
e 102, §1º da Constituição Federal, ajuizar a presente:

AÇÃO DE ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO


FUNDAMENTAL COM PEDIDO LIMINAR
Em face da lesão aos artigos 145, II e 150, VI, B da Constituição Federal,
realizados por meio da lei de nº 0123, esta publicada pelo Município de
Santa Cruz do Sul, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ sob
o nº ..., endereço eletrônico ..., estabelecido ..., neste ato representada por
seu representante ..., na forma do artigo 75, III do CPC, pelos fatos e
fundamentos abaixo aduzidos.

I – Do Cabimento
Reza o artigo 1º da Lei 9.882/99 combinado com o artigo 102, §1º da
Constituição Federal que poderá ser ajuizada ação à fim de evitar ou
reparar lesão a preceito fundamental resultante de ato do Poder Público.
No presente caso, considerando a existência de lei municipal que veio a
lesar preceitos fundamentais, considera-se cabível a utilização da
presente demanda.

II – Legitimidade e do Procurador
Reza o artigo 103, VIII da Constituição Federal que partido político é parte
legítima para ingressar com ação de controle abstrato de
constitucionalidade. No presente caso, considerando que a parte
requerente é legítima, considera-se legítimo o ajuizamento da presente
ação pelo Partido Político YQZ.

Ainda vem a parte requerente declarar que está anexando junto a peça
vestibular procuração com poderes específicos para representação.

III – Dos Documentos Necessários


Reza o artigo 3º, §º único da Lei 9.868/99 que a parte requerente deverá
anexar cópias do ato questionado, bem como todos os documentos
necessários para o ingresso da demanda. Assim, vem a parte requerente
anexar cópia do ato questionado, ou seja, lei municipal, bem como as
cópias dos documentos necessários à fim de comprovar a lesão ao
preceito fundamental.

V – Dos Fatos
O Município de Santa Cruz do Sul, através de Lei Municipal de nº 0123,
resolveu criar taxa de serviços urbanos, bem como cobrar IPTU dos
templos religiosos. Considerando que houve grave lesão a preceito
fundamental, não restou outra alternativa ao Partido Político, senão de
provocar o Poder Judiciário.

V – Dos Direitos
Reza o artigo 145, II da Constituição Federal que a taxa por serviços
realizados somente poderá ser cobrada quando for específico e divisível a
prestação dos serviços, isto é, o contribuinte saiba de quem e quando
recebeu o serviço, bem como o ente público saiba quem se utilizou
singularmente do serviço prestado. No presente caso, considerando que a
referida taxa está sendo cobrada referente aos serviços de limpeza de rua,
considera-se inconstitucional a referida lei municipal, eis que o referido
serviço não é específico e divisível.

Ainda reza o artigo 150, VI, B da Constituição Federal que não poderá ser
exigido impostos sobre os patrimônios, rendas e serviços dos templos e
cultos, desde que utilizados no cumprimento de suas finalidades
essenciais na forma do artigo 150, §4º da Constituição Federal. No
presente caso, considerando que trata-se de imóvel utilizado para
realização dos cultos, compreende-se que não pode ocorrer a incidência
de IPTU para os imóveis dos templos.

VI – Da Liminar
Deseja a parte requerente que seja apreciada e deferida a medida liminar,
uma vez presentes os requisitos dispostos no artigo 5º da Lei 9.882/99.
Também deseja a parte que seja suspendida por Vossa Excelência a Lei
Municipal, vez que ela viola preceito fundamental, nos termos do artigo 5º,
§3º da Lei 9.882/99.

Ainda cabe dizer que estão presentes os requisitos da fumaça do bom


direito eis que os fundamentos apresentados acima são totalmente
plausíveis e juridicamente corretos em razão da lesão aos preceitos
constitucionais supra informados, tais sejam: artigo 145, II, e artigo 150,
VI, B da Constituição Federal. Ainda cabe salientar que existe perigo de
demora, acaso mantida a lei municipal, eis que acarretará se mantida e
produzindo efeitos, no mínimo perigo de dano a toda coletividade.

Por fim acaso Vossas Excelências compreendam possível o deferimento


da medida liminar, que seja deferida em caráter erga omnes, vinculante e
com efeito ex nunc. Diante disto, requer ainda, que seja mantida a eventual
concessão da liminar, até o final da demanda onde será convertida em
julgamento de inconstitucionalidade da norma em razão da lesão a
preceito fundamental.

VII – Dos Pedidos


Ante o exposto requer:

a) que sejam ouvidas as partes elencadas na forma do artigo 5º, §2º da


Lei 9.882/99.

b) que seja deferida a medida liminar solicitada, uma vez presentes os


requisitos de urgência e relevância na forma do artigo 5º da Lei 9.882/99,
para que suspensa os efeitos da norma municipal até o julgamento final
da presente demanda.

c) que seja realizada a intimação do Advogado Geral da União para que


acaso queira, venha prestar esclarecimentos, na forma do artigo 103, §3º
da CF.

d) que seja citado o representante legal do órgão responsável pela


legislação que afronta os preceitos fundamentais da CF, para que acaso
queira, preste esclarecimentos.

e) que seja intimado o Procurador Geral da República, para que acaso


queira, preste esclarecimentos na forma do artigo 7º, §º único da Lei
9.882/99 e artigo 103, §1º da CF.

f) Por fim, que seja a presente demanda julgada procedente, com a


finalidade de declarar inválida a norma municipal de nº 0123, eis que a
mesma afronta dois preceitos fundamentais dispostos nos artigos 145, II e
150, VI, B da Constituição Federal, com efeito erga omnes, vinculante e ex
tunc. Tudo isto justifica-se nos termos dos artigos 102, §2º da CF e artigo
10, §1º da Lei 9.882/99.

g) ademais que Vossas Excelências determinem a retirada da norma do


ordenamento jurídico com a consequente intimação da autoridade
responsável para que cumpra imediatamente a decisão, na forma do artigo
10 e §1º da Lei 9.882/99.

Nestes termos, pede deferimento.


Valor da Causa R$ ...
Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
16 - TREINAMENTO DE RECURSO DE APELAÇÃO

Enunciado

Em janeiro de 2007, a Fazenda Nacional lavrou auto de infração em face


da pessoa jurídica ABC, visando à cobrança de contribuições
previdenciárias dos anos de 2005 e 2006. Não houve impugnação
administrativa por
parte do contribuinte. Em janeiro de 2014, a Fazenda Nacional ajuizou
execução fiscal em face da pessoa jurídica ABC visando à cobrança do
referido tributo. Antes mesmo da citação da contribuinte, a Fazenda
Nacional requereu a inclusão, no polo passivo da execução fiscal, de
Carlos, gerente da pessoa jurídica ABC, por entender que o não
recolhimento da contribuição é motivo para o redirecionamento da
execução, o que foi acolhido pelo Juízo da 2ª Vara de Execuções Fiscais
da Seção Judiciária do Estado X. Após garantia do Juízo, Carlos opôs
embargos de execução alegando a prescrição do crédito tributário, a
ausência de responsabilidade tributária e, por fim, a nulidade da certidão
de dívida ativa, uma vez que não constava na Certidão de Dívida Ativa
(CDA) o número do auto de infração que originou o crédito tributário. No
entanto, ao proferir a sentença nos embargos à execução, o juiz julgou
improcedente o pedido, determinando o prosseguimento da execução
fiscal, por entender que:
(i) inexiste prescrição dos créditos tributários, uma vez que às
contribuições previdenciárias se aplicam os artigos 45 e 46 da Lei nº
8.212/91;
(ii) o mero inadimplemento gera responsabilidade tributária; e
(iii) a inexistência do número do auto de infração na CDA não gera a
referida nulidade.
Diante do exposto, elabore, como advogado(a) de Carlos, a medida judicial
cabível contra a decisão publicada na quarta feira, dia 10/06/2019, dia útil,
para a defesa dos interesses de seu cliente, abordando as teses, o prazo
recursal, todos os fundamentos legais que poderiam ser usados em favor
do autor, ciente de que inexiste qualquer omissão, contradição e/ou
obscuridade na decisão.

Desenvolvimento

Douto Juízo da 2ª Vara de Execuções Fiscais da Seção Judiciária do


Estado X

Autos do Processo nº ...

Carlos, estado civil ..., profissão ..., inscrito no CPF sob o nº ..., endereço
eletrônico ..., residente e domiciliado ..., neste ato representado por seu
procurador (procuração em anexo), este estabelecido ..., local onde
receberá intimações, vem respeitosamente perante Vossa Excelência,
com fundamento no artigo 1.009 do CPC, interpor o presente:

RECURSO DE APELAÇÃO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO

Em face da decisão proferida nos autos do processo nº ..., em que litiga


com União, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ sob o nº ...,
estabelecida ..., endereço eletrônico ..., neste ato representante por seu
representante legal ..., na forma do artigo 75, I do CPC, pelos fatos e
fundamentos abaixo aduzidos.

I - Dos Pedidos:
Ante o exposto requer:
a) que seja intimada a parte contrária para que desejando venha
apresentar contrarrazões de apelação na forma do artigo 1.010, §1º, do
CPC.

b) que, uma vez apresentada as contrarrazões se assim desejar a parte


recorrida, que o recurso seja remetido ao Tribunal competente,
independentemente do juízo de admissibilidade na forma do artigo 1.010,
§3º do CPC.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...

Das Razões Recursais


Douto Desembargador Presidente do Tribunal Regional Federal ... Região
Ilustres Desembargadores
Douto Desembargador Relator

Autos do Processo nº ...

I – Do Cabimento e dos Pressupostos de Admissibilidade


Na forma do artigo 1.009 do CPC leciona-se que da sentença caberá
apelação. No presente caso, considerando que houve sentença julgando
improcedente a ação de embargos à execução fiscal, compreende-se
cabível a utilização da apelação.

Ainda na forma do artigo 1.007 do CPC compreende-se necessário o


pagamento das custas recursais para que o recurso seja admitido. Assim
vem a parte solicitar a juntada do comprovante do pagamento das custas
recursais à fim de que seja admitido o presente recurso.
Por fim, na forma do artigo 1.003, §5º combinado com os artigos 212/219
todos do CPC, a parte recorrente terá prazo de 15 dias úteis para
apresentação do presente recurso. Considerando-se que a intimação
ocorreu em 10/06/2019 e a feitura do presente recurso em 11/06/2019,
considera-se tempestivo o presente recurso.

II – Dos Fatos
A empresa ABC deixou de recolher contribuição previdenciária em
2005/2006. E, considerando o não recolhimento, sofreu auto de infração a
empresa no ano de 2007, o que formalizou-se a cobrança das
contribuições, o que ainda restaram inadimplidas. Considerando o não
pagamento, no ano de 2014 fora promovida a Execução Fiscal, momento
pelo qual desde já solicitou-se o ingresso na execução fiscal do sócio
administrador Carlos. Deferido o pedido e garantido o juízo após citação
do sócio administrador, o mesmo opôs embargos à execução fiscal, ação
esta que fora julgada improcedente.

III – Das Razões de Reforma


Na forma da SV 8 do STF são inconstitucionais os artigos 45 e 46 da Lei
8.212/91 que tratam sobre prescrição e decadência, visto que a lei
ordinária não poderá legislar em matéria reservada a lei complementar na
forma do artigo 146, III, B da Constituição Federal. Logo o prazo
determinado na lei ordinária é inconstitucional, mantendo-se vigente o
prazo disposto no artigo 174 do CTN. Assim considerando que o prazo
legal para ajuizamento da execução fiscal é de 5 anos à partir do
vencimento, e no presente caso houve prazo superior a 5 anos, considera-
se prescritos os créditos tributários ora exigidos.
Ainda na forma da súmula 430 do STJ o mero inadimplemento de tributo
não gera responsabilidade tributária de sócio administrador. No presente
caso, considerando que inexiste qualquer prova de excesso ou de
dissolução irregular capaz de atribuir a responsabilidade para sócio
administrador na forma do artigo 135, III do CTN e Súmula 435 do STJ,
compreende-se que inexiste responsabilidade do sócio administrador
Carlos no que diz respeito aos pagamentos de tributos não realizados pela
empresa.

Por fim, na forma do artigo 2º, §5º, VI da Lei 6.830/80 faz-se necessário
instruir a Certidão de Dívida Ativa com o número do auto de infração. Logo,
considerando que no presente caso a CDA não tornou-se acompanhada
do número do auto de infração, tal Certidão de Dívida Ativa é ilegal.

IV – Da Concessão do Efeito Suspensivo


Na forma do artigo 1.012, §1º, III do CPC a sentença que julga
improcedente os embargos terá efeito e aplicação imediata, salvo se
concedido o efeito suspensivo na forma do artigo 1.012, §4º do CPC, uma
vez presentes os requisitos para tanto. Logo vem a parte informar que
restam preenchidos os requisitos da probabilidade do direito, eis que na
forma supra citada, a cobrança realizada pelo fisco é totalmente
inconstitucional e ilegal. Diante disto requer a parte recorrente a concessão
do efeito suspensivo na forma do artigo 1.012, §4º para que seja suspenso
os efeitos da sentença até o julgamento do presente recurso.

V – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
a) que seja admitido o presente recurso, uma vez preenchidos todos os
requisitos de admissibilidade, mais notadamente fora realizado o
pagamento das custas recursais na forma do artigo 1.007 do CPC, bem
como fora obedecido o prazo legal na forma do artigo 1.003, §5º
combinado com os artigos 212/219 do CPC.

b) que seja concedido o efeito suspensivo na forma do artigo 1.012, §4º do


CPC vez que presente o requisito da probabilidade de provimento do
presente recurso.

c) que seja julgado monocraticamente o presente recurso pelo


desembargador relator, dando provimento ao recurso, vez que na forma
do artigo 932, V, A do CPC, a decisão recorrida é contrária a Súmula
Vinculante do STF e Súmula do STJ.

d) não sendo possível o julgamento monocrático pelo relator, que seja


provido o presente recurso à fim de reformar a sentença proferida, vez que
a decisão é contrária ao artigo 174 do CTN combinado com a SV 8 do STF,
Súmula 435 do STJ e ao artigo 2º, §5º, VI da Lei 6.830/80, o que torna a
exigência totalmente ilegal e inconstitucional, merecendo assim ser
desconstituída a CDA e consequentemente extinta a execução fiscal.

e) que seja revertido os ônus sucumbenciais, sendo condenada a parte


recorrida nas custas processuais na forma do artigo 82, §2º do CPC e dos
honorários advocatícios sucumbenciais na forma do artigo 85, §3º do CPC.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
17 – T. DE CONTRARRAZÕES DE RECURSO INOMINADO

Enunciado

Nini Missioneiro recebeu no dia 10 de janeiro de 2019 notificação de


lançamento tributário para efetuar o pagamento de R$ 2.000,00 referente
a taxa de incêndio instituída pelo Município de Santa Cruz do Sul – RS,
através de lei ordinária, em 01 de janeiro de 2018. Não concordando com
a cobrança da referida taxa, ajuizou o contribuinte Ação Anulatória junto a
1ª Vara dos Juizados Especiais da Fazenda Pública da Comarca de Santa
Cruz do Sul – RS. Contestou o referido ente público a demanda, alegando
que a taxa é constitucional. Produzidas todas as provas, inclusive com
oitiva de engenheiros técnicos, sobreveio sentença julgando procedente à
presente demanda, desconstituindo assim o lançamento tributário. Todos
intimados da decisão, e após 40 dias da intimação, interpôs o ente público
recurso para enfrentar a decisão. Intimado o contribuinte do recurso
interposto pelo referido ente, após 2 dias, você deverá manejar peça
judicial cabível para a manutenção da decisão judicial.

Desenvolvimento

Douto Juízo de Direito da 1ª Vara dos Juizados Especiais da Fazenda


Pública da Comarca de Santa Cruz do Sul Estado do Rio Grande do Sul

Autos do processo nº ...

Nini Missioneiro, estado civil ..., profissão, inscrito no CPF sob o nº ...,
endereço eletrônico ..., residente e domiciliado ..., respeitosamente, por
intermédio de seu procurador (procuração em anexo), este estabelecido
..., local onde receberá intimações, à presença da Egrégia Corte, com
fulcro no artigo 42, §2º da Lei 9.099/95 e 1.010, §1º do CPC, interpor a
presente:

CONTRARRAZÕES DE RECURSO INOMINADO

Em face da decisão proferida em sede dos autos supra indicados, nas


folhas ..., em que litiga com o Município de Santa Cruz do Sul, pessoa
jurídica de direito público, inscrita com o CNPJ sob o nº ..., endereço
eletrônico ..., estabelecida ..., neste ato representada por seu
representante legal ..., na forma do artigo 75, III do CPC, pelos fatos e
fundamentos abaixo aduzidos.

I – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
a) recebido as presentes contrarrazões, que sejam remetidas ao juízo ad
quem competente, para o reexame da matéria e manutenção da
decisão.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...

Das Razões Recursais


Douto Desembargador Presidente das Turmas Recursais do Rio Grande
do Sul
Ilustres Juízes
Douto Juiz Relator

Autos do Processo nº ...


I – Do Cabimento e da Tempestividade
Na forma do artigo 42, §2º da Lei 9.099/95 leciona-se que ocorrendo
interposição de recurso inominado, poderá a parte apresentar suas
contrarrazões. No presente caso, considerando que houve recurso
inominado ofertado da decisão proferida, compreende-se cabível a
utilização das presentes contrarrazões.

Por fim, na forma do artigo 42, §2º da Lei 9.099/95 combinado com os
artigos 212/219 todos do CPC, a parte recorrente terá prazo de 10 dias
úteis para apresentação de suas contrarrazões. Considerando-se que a
intimação ocorreu em 2 dias, considera-se tempestivo o presente recurso.

II – Dos Fatos
(narrar os fatos conforme o enunciado com tuas palavras ...).

III – Das Razões de Reforma

Preliminarmente deseja a parte recorrida que seja inadmitido o recurso


interposto pela parte recorrente, visto que o prazo para interposição do
recurso será de 10 dias úteis na forma do artigo 42 da Lei 9.099/95
combinado com os artigos 212/219 do CPC. No presente caso, conforme
expresso no enunciado, o recorrente interpôs recurso no prazo de 40 dias
após a intimação da decisão, ou seja, de forma intempestiva.

Quanto ao mérito recursal, vale ressaltar que a sentença recorrida merece


ser mantida. Com efeito, e como bem justificou o nobre julgador, a decisão
declarou inconstitucional e ilegal a cobrança da referida taxa eis que o
serviço prestado não é singular, ou seja, trata-se de serviço público ut
universali. Logo, na forma do artigo 145, II da CF e/ou artigo 77 do CTN,
toda taxa somente poderá ser exigida do contribuinte, quando da
realização de um serviço, quando for específica e divisível. Assim,
considerando que trata-se de cobrança de taxa de incidência, ela não é
prestado para destinatário determinado, bem como trata-se de um serviço
para todos.

V – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
a) que seja desprovido o recurso interposto pela parte contrária,
mantendo-se a decisão de 1º Grau onde declara inconstitucional e ilegal a
cobrança da referida taxa, mantendo-se portanto desconstituído o crédito
tributário na forma do artigo 145, II da CF e 77 do CTN.

b) que seja condenada a parte recorrente nas custas processuais na forma


do artigo 82, §2º do CPC e dos honorários advocatícios sucumbenciais na
forma do artigo 85, §3º do CPC.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
18 - TREINAMENTO DE RECURSO DE AGRAVO INTERNO

Enunciado

O Município de Santa Cruz do Sul – RS, através de lei ordinária, resolveu


criar taxa com a finalidade de remunerar o serviço de coleta de lixo
realizado pelo referido ente público nos imóveis dos contribuintes.
Outrossim tal norma teve como base de cálculo a renda auferida pelos
contribuintes daquele município, e foi publicada em 01 de setembro de
2019, com vigência e aplicação a partir de 01 de janeiro de 2020. Não
concordando com tal taxa e o respectivo lançamento tributário da referida
taxa, Nini Missioneiro ajuizou demanda anulatória para desconstituir o
lançamento, visto compreender que a taxa não pode ter base de cálculo
própria de imposto. Instruído o processo, sobreveio sentença onde a
demanda fora julgada improcedente, entendendo assim o juízo estar
correto a cobrança da taxa. Inconformado com a decisão, Nini Missioneiro,
dentro do prazo, interpôs recurso de apelação junto ao Tribunal de Justiça
do Estado do Rio Grande do Sul. Distribuído ao relator, este julgou
monocraticamente negando provimento ao recurso de apelação. Utilize de
recurso cabível, ciente que da decisão monocrática do relator inexiste
omissão, obscuridade ou contradição.

Desenvolvimento

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Relator da ... Câmara do


Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul

Autos do Recurso nº ...


Nini Missioneiro, estado civil ..., profissão ..., inscrito no CPF sob o nº ...,
endereço eletrônico ..., residente e domiciliado ..., vem por meio de seu
procurador (procuração em anexo), este estabelecido ..., local onde
receberá intimações, com fundamento no artigo 1.021 e seguintes do CPC,
interpor o presente:

AGRAVO INTERNO

Em face de decisão monocrática proferida nos autos do recurso de


apelação nº ..., que julgou monocraticamente o recurso de apelação
através de decisão, nos termos das razões que seguem em anexo.

I – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
A) Que a parte contrária seja intimada, para que caso queira, venha
produzir suas contrarrazões do presente recurso na forma do artigo
1.021, §2º do CPC.
B) Que caso Vossa Excelência compreenda possível, que se utilize do
direito de retratar-se da decisão, levando o processo para julgamento
junto ao colegiado na forma do artigo 1.021, §2º do CPC.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...

Razões de Recurso
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul
Doutos Desembargadores

I – Do Cabimento e dos Pressupostos de Admissibilidade


Reza o artigo 1.021 do CPC que da decisão monocrática de relator, caberá
a possibilidade de interposição de agravo interno. No presente caso,
considerando que houve decisão monocrática de relator, considera-se
cabível a utilização do agravo interno.

Ainda na forma do artigo 1.003, §5º combinado com os artigos 212/219,


todos do CPC, a parte recorrente terá prazo para interposição de 15 dias
úteis. No presente caso, considerando que se trata de decisão
contemporânea, compreende-se tempestivo a utilização do presente
recurso.

II – Dos Fatos
O município de Santa Cruz do Sul resolveu criar por meio de lei ordinária
taxa para o remunerar o serviço de recolhimento de coleta domiciliar de
lixo. Outrossim tal taxa fora criada com a base de cálculo própria do
imposto de renda. Não concordando com tal tributação, o recorrente
ajuizou demanda anulatória, cuja a qual fora julgada improcedente.
Interpôs recurso de apelação e este monocraticamente fora desprovido
pelo relator.

III – Das Razões de Reforma


Na forma do artigo 932, IV, A do CPC poderá o desembargador relator
negar provimento de forma monocrática quando o recurso for contrário a
súmula de STF ou STJ. No presente caso, a decisão proferida pelo relator
não tem fundamento em súmula, portanto sendo ilegal o julgamento de
forma monocrática praticado pelo relator, devendo o recurso de apelação
ser julgado pelo colegiado.

Ainda, reza o artigo 145, §2º da Constituição Federal que a taxa não
poderá ser base de cálculo idêntica a de imposto. No presente caso,
considerando-se que trata-se de taxa com base de cálculo idêntica ao
imposto de renda, considera-se inconstitucional a base utilizada pelo
referido ente público.

IV – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
A) que o presente recurso seja admitido, vez que estão presentes todos os
requisitos de admissibilidade, mais precisamente o da tempestividade
na forma do artigo 1.003, §5º do CPC combinado com os artigos
212/219 também do CPC.

B) que caso não seja realizada a retratação, que seja conhecido o presente
agravo interno para que seja remetido o recurso para a Câmara/Turma
para o julgamento, na forma do artigo 1.021, §2º do CPC, para que enfim
seja provido o presente recurso, à fim de reformar a decisão, dando-se
provimento ao recurso de apelação visto que a tributação realizada é
inconstitucional.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
19 - TREINAMENTO DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

Enunciado

A sociedade empresária Sigma S/A, concessionária de serviço público de


telefonia, foi autuada pelo Fisco do Estado X, em 31/07/2017, por não
recolher ICMS sobre operações de habilitação de telefone celular
ocorridas de janeiro a junho de 2010, sendo-lhe dado prazo de trinta dias
para pagamento do débito tributário. Inconformada com a exigência, a
sociedade resolve primeiro tentar desconstituir tal autuação na via
administrativa, recorrendo ao Conselho de Contribuintes do Estado X.
Nesse órgão colegiado administrativo, o recurso da sociedade tem seu
provimento negado. Irresignada, a sociedade empresária interpõe recurso
hierárquico ao Secretário Estadual de Fazenda, conforme permitia a
legislação do Estado X. O Secretário de Fazenda nega provimento ao
recurso, mantendo a exigência de cobrança do tributo. Esgotada a via
administrativa, a empresa imediatamente ingressa em juízo com mandado
de segurança de competência originária do Tribunal de Justiça local contra
o ato do Secretário Estadual, nos termos do estabelecido pela Constituição
do Estado X. Julgado o mandamus pelo Tribunal de Justiça local, a ordem
é denegada e a empresa é condenada em honorários sucumbenciais em
favor da Fazenda Pública estadual. Diante desse cenário, sete dias úteis
após a intimação dessa decisão, como advogado(a) da sociedade
empresária Sigma S/A, redija a medida judicial adequada para tutela dos
interesses do contribuinte no bojo desse mesmo processo.

Desenvolvimento

Douto Desembargador Presidente ou Vice Presidente do Estado X


Autos do Processo nº ...

Sigma S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº


..., com atos constitutivos em anexo, endereço eletrônico ..., estabelecida
..., neste ato representada por seu procurador (procuração em anexo),
este estabelecido ..., local onde receberá intimações, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo
105, II, B da Constituição Federal e artigos 1.027 e 1.028 do CPC, interpor
o presente:

RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

Em face do acórdão proferido nos autos do processo nº ..., em que


denegou a segurança requerida, do processo que move em face do Estado
X, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ sob o nº ..., endereço
eletrônico ..., estabelecida ..., neste ato representada por seu
representante, na forma do artigo 75, II do CPC, pelos fatos e fundamentos
abaixo aduzidos.

I – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
a) a intimação da parte recorrida, para que desejando, venha apresentar
contrarrazões nos termos do artigo 1.028, §2º combinado com o artigo 183
do CPC.
b) que o recurso seja remetido ao STJ, independentemente de
admissibilidade na forma do artigo 1.028, §3º do CPC.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
Colendo Superior Tribunal de Justiça
Ilustres Ministros
Douto Ministro Relator

I – Do Cabimento
Reza o artigo 105, II, B da Constituição Federal que caberá ao STJ o
julgamento, através de recurso ordinário, do mandado de segurança
denegado e decidido em foro de competência originária. No presente caso,
houve impetração de Mandado de Segurança diretamente no Tribunal de
Justiça, onde fora denegado a segurança. Assim torna-se plenamente
cabível a utilização do presente recurso.

II – Dos Requisitos de Admissibilidade


Reza o artigo 1.007 do CPC para que ocorra a possibilidade de
interposição de recurso, deverá a parte efetuar o recolhimento das custas
recursais. Assim, vem a parte recorrente informar que houve o
recolhimento das custas, momento este que se anexa comprovante de
pagamento.

Na forma do artigo 1.003, §5º combinado com os artigos 212/219 a parte


terá prazo de 15 dias úteis para interposição de recurso. No presente caso,
considerando que ainda restam 8 dias úteis para interposição, o presente
recurso ordinário é totalmente tempestivo.

III – Das Razões de Reforma


Reza a súmula 350 do STJ que o serviço de comunicação de habilitação
de telefonia celular é atividade meio e/ou preparatória para o exercício da
atividade fim pela empresa recorrente. Logo, considerando que houve
tributação da atividade meio e que se compreende ser esta ilegal, torna-
se impossível a constituição do referido crédito pelo representante do
Estado X.

Ainda na forma do artigo 173, I do CTN ou artigo 150, §4º do CTN terá o
ente competente prazo de 5 anos, contados do primeiro dia do exercício
seguinte, para que o crédito tributário seja constituído pelo Estado X. No
presente caso, considerando que o fato gerador ocorreu em 2010 e a
constituição do mesmo apenas em 2017, considera-se que houve
decadência do referido crédito, estando o mesmo portanto, extinto na
forma do artigo 156, V do CTN.

Por fim, na forma da S. 512 do STF não é possível a condenação da parte


sucumbente nos ônus sucumbenciais. Logo, considerando que no
presente caso, houve a condenação da empresa recorrente nos
honorários sucumbenciais, compreende-se que tal condenação não
merece prosperar, sendo portanto, ilegal.

IV – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
A) que seja admitido o presente recurso, vez que presentes todos os
requisitos de admissibilidade, mais notadamente as custas processuais
recursais na forma do artigo 1.007 do CPC, bem como a interposição do
presente recurso é totalmente tempestivo visto que ainda faltam 8 dias
para a preclusão de tal direito na forma do artigo 1.003, §5º combinado
com o artigo 212/219 do CPC.

B) que o presente recurso seja provido pelo próprio relator, de forma


monocrática, visto que na forma do artigo 932, V, A do CPC, a decisão
judicial da qual se recorre é contrária a Súmula do STJ.
C) que seja reformada a presente decisão, dando-se provimento ao
presente recurso, para que seja extinta a possibilidade de qualquer
exigência da empresa recorrente visto que operou-se a decadência na
forma do artigo 173. I do CTN, bem como tal exigência não merece
prosperar na forma da Súmula 350 do STJ.

D) que seja condenado o recorrido nos ônus sucumbenciais, mais


notadamente as custas processuais na forma do artigo 82, §2º do CPC.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
20 - TREINAMENTO DE RECURSO DE RESP

Enunciado

Uma empresa sofre execução fiscal promovida pela Procuradoria da


Fazenda do Rio Grande do Sul, permanecendo inerte diante da citação.
Todavia, transcorrido o prazo indicado, a executada oferece à penhora
bens de sua propriedade, como máquinas utilizadas em sua linha de
produção. Após tomar ciência da relação de bens indicados pela
executada, a Fazenda Pública protocola petição rejeitando os bens
oferecidos, arguindo a baixa liquidez destes bens no mercado e,
paralelamente, solicita a penhora de 30% do faturamento da executada,
pedido que é integralmente deferido pelo juiz. Contra a referida decisão, a
executada interpõe, perante o Tribunal de Justiça do Estado do Rio
Grande do Sul, agravo de instrumento contestando a falta de liquidez e
pedindo o levantamento da penhora sobre o faturamento, recurso que, por
votação unânime da turma julgadora foi improvido. Considerando a
penhora de 30% do faturamento da executada, o que poderia
comprometer as suas atividades e o fato de ter a executada indicado
outros bens que julga terem liquidez, proponha a medida judicial cabível,
ciente que do acórdão inexiste omissão, obscuridade ou contradição.

Desenvolvimento

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente ou Vice


Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul

Autos do Recurso nº ...


Empresa ..., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº
..., atos constitutivos em anexo, estabelecida ..., endereço eletrônico ...,
neste ato representada por seu procurador (procuração em anexo), este
estabelecido ..., local onde receberá intimações, vem respeitosamente
perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 105, III, A da
Constituição Federal, bem como do artigo 1.029 e seguintes do CPC,
interpor o presente:

RECURSO ESPECIAL

Em face do acórdão prolatado por Vossas Excelências, através do


julgamento do agravo de instrumento nº ..., nos autos do processo supra
citado, em que litiga com Estado do Rio Grande do Sul, pessoa jurídica de
direito público, inscrito no CNPJ sob o nº ...., endereço eletrônico ...,
estabelecida ..., neste ato representada por seu representante ..., na forma
do artigo 75, II do CPC, pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos.

I – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
A) que o presente recurso seja admitido por Vossa Excelência, uma vez
presentes todos os requisitos de admissibilidade, mais notadamente
efetuou a parte o pagamento das custas recursais na forma do artigo
1.007 do CPC, bem como o recurso fora interposto no prazo adequado
na forma do artigo 1.003, §5º combinado com os artigos 212/219 do
CPC. Ainda cabe a parte recorrente afirmar que foram preenchidos os
requisitos de pré questionamento bem como inexiste outra possibilidade
recursal na via ordinária.
B) que seja intimada a parte recorrida, para que desejando, venha
apresentar suas contrarrazões recursais no prazo legal na forma do
artigo 1.030 do CPC.

C) que seja dado prosseguimento ao presente recurso, atendendo ao que


exposto no artigo 1.030, II, V do CPC, e nos termos do inciso V que seja
encaminhado os autos recursais ao Superior Tribunal de Justiça.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...

Razões Recursais
Colendo Superior Tribunal de Justiça
Doutos Ministros
Ilustre Ministro Relator

I – Do Cabimento e dos Pressupostos de Admissibilidade


Reza o artigo 105, III, A da Constituição Federal que poderá a parte
recorrente interpor o presente recurso especial quando houver ofensa a
direito material proferida em acórdão manifestado em sede de Tribunal de
Justiça. No presente caso ocorre que o acórdão proferido em sede de
Tribunal de Justiça contrariou lei federal, o que compreende-se portanto
cabível a interposição do presente recurso.

Ainda cumpre a parte recorrente informar que efetuou o pagamento das


custas recursais na forma do artigo 1.007 do CPC, motivo pelo qual anexa
ao presente recurso o comprovante de pagamento.
Também observou a parte recorrente o que disposto no artigo 1.003, §5º
do CPC combinado com os artigos 212/219 do CPC, ou seja, o presente
recurso fora interposto no prazo de 15 dias úteis, visto que entre a
intimação e a interposição o prazo apresenta-se de forma contemporânea.

II – Do Pré Questionamento e da Inexistência de Recurso nas Vias


Ordinárias
A parte recorrente vem informar que o presente recurso não traz nenhuma
inovação no que tange a análise de direito, eis que a matéria aqui exposta
já fora decidida em sede de tribunal de justiça. Assim compreende a parte
que atende o requisito do pré questionamento.

Igualmente vem a parte informar que inexiste outra possibilidade recursal


ordinária, salvo a utilização do presente recurso especial. Logo,
considerando-se que trata de acórdão proferido em sede de Tribunal de
Justiça, compreende-se que o único recurso cabível é o presente
interposto.

III – Dos Fatos


A empresa recorrente passou a sofrer execução fiscal. Ocorre que, mesmo
após apresentados bens em garantia, a Procuradoria da Fazenda do
Estado do Rio Grande do Sul negou a possibilidade de que fossem aceitos
os bens oferecidos, solicitando assim a penhora de 30% do faturamento
da empresa, pedido este que fora deferido pelo juízo. Não concordando a
empresa com tal constrição, interpôs agravo de instrumento, o que fora de
forma unânime rejeitado.
IV – Das Razões de Reforma
Na forma do artigo 11 da Lei 6.830/80 existe ordem legal para ser
observado pelo fisco, para que ocorra à constrição de bens da parte
executada. Considerando que no presente caso ocorreu oferecimento de
bens em garantia, bem como o faturamento de percentual da empresa
trata-se de medida excepcional, compreende-se que o deferimento de tal
decisão é ilegal eis que não observa a ordem disposta na lei de execução
fiscal.

Ainda, na forma do artigo 867 do CPC a constrição de bens do devedor


deverá observar a forma menos gravosa a parte executada. Considerando
que, acaso a penhora sobre o faturamento seja realizada, as atividades da
empresa poderá ser comprometida. Assim considera-se ilegal igualmente
a referida constrição, visto que trata-se de ato gravoso a empresa
executada.

V – Da Concessão do Efeito Suspensivo


A parte recorrente deseja que vossa Excelência atribua efeito suspensivo
ao acórdão que está sendo recorrido, impedindo assim a constrição do
faturamento da empresa. Tudo isto na forma do artigo 995, §º único do
CPC combinado com o artigo 1.029, §5º do CPC.

VI – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
A) que Vossa Excelência conheça do recurso visto que o mesmo apresenta
todos os requisitos para admissibilidade, ou seja, está presente o pré
questionamento, bem como a inexistência da possibilidade da
interposição de outro recurso, bem como foram efetuados os
pagamentos das custas recursais na forma do artigo 1.007 do CPC, bem
como fora observado o prazo legal na forma do artigo 1.003, §5º
combinado com os artigos 212/219 do CPC.

B) que seja concedido o efeito suspensivo do acórdão na forma do artigo


995, §º único do CPC combinado com o artigo 1.029, §5º do CPC à fim
de que seja suspenso os efeitos da decisão até o julgamento do
presente recurso.

C) que o presente recurso seja promovido, à fim de que seja reformado o


acórdão proferido no Tribunal de Justiça para que seja declarado
impenhorável o faturamento da empresa eis que não fora observado o
prazo do artigo 11 da Lei 6.830/80, bem como acaso ocorra a presente
constrição trata-se de medida gravosa ao contribuinte na forma do artigo
867 do CPC.

D) por fim, que seja condenada a parte contrária nos ônus sucumbenciais,
mais notadamente as custas processuais na forma do artigo 82, §2º do
CPC , bem como dos honorários sucumbenciais na forma do artigo 85,
§3º do CPC.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
21 - TREINAMENTO DE RECURSO DE RE

Enunciado

A empresa Nidal Aviões & Uber Aéreo Ltda presta serviços de viagens
aéreas rápidas para diversos passageiros deste Brasil. Ocorre que em 01
de março de 2018, acaba por receber notificação de lançamento tributário
do Estado do Rio Grande do Sul onde o mesmo vem a cobrar 1 milhão de
reais de IPVA das aeronaves de propriedade da empresa. Não
concordando com tal tributação, a empresa ajuizou demanda anulatória
para desconstituir o crédito tributário. Contestada a demanda e produzidas
as provas em juízo, sobreveio sentença julgando improcedente a ação
anulatória. Ato contínuo a empresa interpôs apelação e os autos foram
remetidos ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Após
distribuição do recurso dentro do tribunal, sobreveio julgamento proferido
pelo colegiado, sendo proferido acórdão, onde o mesmo não deu
provimento ao recurso interposto pela empresa. Na qualidade de
advogado da empresa, utilize de medida judicial à fim de enfrentar o
acórdão, ciente que da decisão inexiste obscuridade, contradição ou
omissão.

Desenvolvimento

Excelentíssimo Senhor Doutor Presidente ou Vice Presidente do Tribunal


de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul

Autos do Processo nº ...

Nidal Aviões & Uber Aéreo Ltda, pessoa jurídica de direito privado, inscrita
no CNPJ sob o nº ..., endereço eletrônico ..., atos constitutivos em anexo,
estabelecida ..., neste ato representada por seu procurador (procuração
em anexo) este estabelecido ..., local onde receberá intimações, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo
102, III, A da Constituição Federal e artigos 1.029 e seguintes do CPC,
interpor o presente:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO

Em face do acórdão proferido no Tribunal de Justiça do Estado do Rio


Grande do Sul, nos autos do recurso nº ..., em processo que litiga com
Estado do Rio Grande do Sul, pessoa jurídica de direito público, inscrita
no CNPJ sob o nº ..., endereço eletrônico ..., estabelecida ..., neste ato
representada por seu procurador ..., na forma do artigo 75, II do CPC, pelos
fatos e fundamentos abaixo aduzidos.

I – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
A) que o presente recurso seja admitido por Vossa Excelência, uma vez
presentes todos os requisitos de admissibilidade, mais notadamente
efetuou a parte o pagamento das custas recursais na forma do artigo
1.007 do CPC, bem como o recurso fora interposto no prazo adequado
na forma do artigo 1.003, §5º combinado com os artigos 212/219 do
CPC. Ainda cabe a parte recorrente afirmar que foram preenchidos os
requisitos de pré questionamento, bem como inexiste outra
possibilidade recursal na via ordinária, assim como fora preenchido o
requisito da repercussão geral.

B) que seja intimada a parte recorrida, para que desejando, venha


apresentar suas contrarrazões recursais no prazo legal na forma do
artigo 1.030 do CPC.
C) que seja dado prosseguimento ao presente recurso, atendendo ao que
exposto no artigo 1.030, II, V do CPC, e nos termos do inciso V que seja
encaminhado os autos recursais ao Supremo Tribunal Federal.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...

Razões Recursais
Colendo Supremo Tribunal Federal.
Doutos Ministros
Ilustre Ministro Relator

I – Do Cabimento e dos Pressupostos de Admissibilidade


Reza o artigo 102, III, A da Constituição Federal que poderá a parte
recorrente interpor o presente recurso extraordinário quando houver
ofensa a direito constitucional proferido em acórdão manifestado em sede
de Tribunal de Justiça. No presente caso ocorre que o acórdão proferido
em sede de Tribunal de Justiça contrariou norma constitucional, o que
compreende-se portanto cabível a interposição do presente recurso.

Ainda cumpre a parte recorrente informar que efetuou o pagamento das


custas recursais na forma do artigo 1.007 do CPC, motivo pelo qual anexa
ao presente recurso o comprovante de pagamento.

Também observou a parte recorrente o que disposto no artigo 1.003, §5º


do CPC combinado com os artigos 212/219 do CPC, ou seja, o presente
recurso fora interposto no prazo de 15 dias úteis, visto que entre a
intimação e a interposição o prazo apresenta-se de forma contemporânea.
II – Do Pré Questionamento, da Inexistência de Recurso nas Vias
Ordinárias e da Repercussão Geral
A parte recorrente vem informar que o presente recurso não traz nenhuma
inovação no que tange a análise de direito, eis que a matéria aqui exposta
já fora decidida em sede de tribunal de justiça. Assim compreende a parte
que atende o requisito do pré questionamento.

Igualmente vem a parte informar que inexiste outra possibilidade recursal


ordinária, salvo a utilização do presente recurso especial. Logo,
considerando-se que trata de acórdão proferido em sede de Tribunal de
Justiça, compreende-se que o único recurso cabível é o presente
interposto.

Por fim, esclarece igualmente a parte recorrente, que o presente recurso


tem temática relevante sob vários pontos de vista. Mais especificadamente
no que tange a visão política, econômica e social. Diante disto, o presente
recurso ultrapassa a esfera pessoal subjetiva, sendo que sua matéria é de
interesse de toda coletividade. Assim esclarece a parte recorrente a
relevância do presente recurso na forma do artigo 1.035, §1º do CPC.

III – Dos Fatos


A empresa recorrente trabalha com os serviços de taxi aéreo e tem como
propriedade várias aeronaves. Ocorre que em razão da propriedade das
aeronaves, a empresa fora cobrada pelo Estado do Rio Grande do Sul no
montante de R$ 1 milhão de reais de IPVA. Não concordando com tal
lançamento a empresa ajuizou ação anulatória, motivo pelo qual fora
proferida sentença de improcedência. Não concordando com a referida
decisão, a empresa resolveu apelar da decisão, motivo pelo qual fora
proferido acórdão vindo a desprover o recurso de apelação.
IV – Das Razões de Reforma
Na forma do artigo 155, III da Constituição Federal incidirá IPVA apenas
sobre aqueles que sejam proprietários de veículos terrestres automotores.
No presente caso existe a cobrança de IPVA sobre veículos de transporte
aéreo, o que se compreende inconstitucional. Logo merece ser
desconstituído o lançamento realizado contra a empresa recorrente, eis
que tal tributação é inconstitucional.

V – Da Concessão do Efeito Suspensivo


A parte recorrente deseja que Vossa Excelência atribua efeito suspensivo
ao acórdão que está sendo recorrido, impedindo assim que seja dado
prosseguimento as cobranças do referido crédito tributário, suspendo-se
assim os efeitos da decisão até o julgamento do presente recurso. Tudo
isto na forma do artigo 995, §º único do CPC combinado com o artigo
1.029, §5º, I e II do CPC.

VI – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
A) que Vossa Excelência conheça do recurso visto que o mesmo apresenta
todos os requisitos para admissibilidade, ou seja, está presente o pré
questionamento, bem como a inexistência da possibilidade da
interposição de outro recurso, assim como presente a repercussão geral
na forma do artigo 1.035, §1º do CPC, bem como foram efetuados os
pagamentos das custas recursais na forma do artigo 1.007 do CPC, bem
como fora observado o prazo legal na forma do artigo 1.003, §5º
combinado com os artigos 212/219 do CPC.

B) que seja concedido o efeito suspensivo do acórdão na forma do artigo


995, §º único do CPC combinado com o artigo 1.029, §5º, I e II do CPC
à fim de que seja suspenso os efeitos da decisão até o julgamento do
presente recurso.

C) que o presente recurso seja promovido, à fim de que seja reformado o


acórdão proferido no Tribunal de Justiça para que seja declarado
inconstitucional o lançamento realizado contra a empresa recorrente,
visto que não incidirá IPVA sobre a propriedade de aeronaves na forma
do artigo 155, III da Constituição Federal.

D) por fim, que seja condenada a parte contrária nos ônus sucumbenciais,
mais notadamente as custas processuais na forma do artigo 82, §2º do
CPC , bem como dos honorários sucumbenciais na forma do artigo 85,
§3º do CPC.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
22 - TREINAMENTO DE IMPUGNAÇÃO ADMINISTRATIVA OU
RECURSO ADMINISTRATIVO

Enunciado

A União Federal, instituiu a taxa, nominada em lei ordinária de TSU. Tal


taxa tem como fato gerador a limpeza e recolhimento de lixo nos
logradouros públicos. Tal lei fora publicada em 01/09/18, para exigência já
em 01/01/19. Ocorre que a empresa Nini & Guigui Ltda, no dia 01/01/19,
recebeu notificação de lançamento para que venha efetuar o pagamento
da referida taxa. Você, na qualidade de advogado da empresa, deverá
adotar medida administrativa à fim de defender os interesses da empresa.

Desenvolvimento

Douto Delegado da Delegacia da Receita Federal do Brasil – Seção


Julgamentos

Auto de Infração nº ...


Processo administrativo nº ...

Nini & Guigui Ltda, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob
o nº ..., endereço eletrônico ..., atos constitutivos em anexo, estabelecida
..., neste ato representada por seu procurador (procuração em anexo),
este estabelecido ..., local onde receberá intimações, vem
respeitosamente perante Vossa Senhoria com fundamento no artigo 15 e
16 da Decreto 70.235/72, interpor o presente:

IMPUGNAÇÃO ADMINISTRATIVA
Em face do lançamento realizado pela presente repartição, através da
autoridade fiscal competente na forma do artigo 142 do CTN, onde é parte
integrante dos quadros da União, pessoa jurídica de direito público, inscrita
no CNPJ sob o nº ..., estabelecida ..., endereço eletrônico ..., neste ato
representada por seu representante legal na forma do artigo 75, I do CPC,
pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos.

I – Do Cabimento
Reza o artigo 15 e 16 do Decreto 70.235/72 que o contribuinte poderá
recorrer do lançamento realizado no prazo de 30 dias. No presente caso,
considerando que a parte fora notificado de lançamento e o prazo não
ultrapassou 30 dias, compreende-se cabível e tempestivo a utilização do
presente recurso administrativo.

II – Dos Fatos
Ocorre que a União resolveu, por meio de lei, criar a taxa de serviços
urbanos. Ocorre que, a empresa requerente, fora notificada para o
pagamento da referida taxa. Logo, considerando indevida a cobrança, não
restou outra alternativa senão de impugnar o presente recurso.

III – Dos Direitos


Reza o artigo 145, II da Constituição Federal que a taxa referente aos
serviços públicos somente poderá ser exigida quando prestado ou posto a
disposição dos contribuintes, serviço público específico e divisível. No
presente caso, por tratar-se de serviço de recolhimento de lixo em rua
pública, considera-se que não existe a prestação de um serviço para
contribuinte determinado, bem como o ente público não consegue
individualizar quem se utiliza do serviço. Logo, frente ao que exposto,
considera-se que tal tributação e consequente lançamento é
inconstitucional.
IV – Da Suspensão da Exigibilidade
Reza o artigo 151, III do CTN que ocorrendo a interposição de recurso
administrativo ocorrerá a suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
Considerando no presente caso que a parte esta a interpor o presente
recurso, deseja que seja suspensa a exigibilidade do crédito tributário.

V – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
a) uma vez interposto a presente impugnação administrativa, deseja a
parte que seja suspensa a exigibilidade na forma do artigo 151, III do CTN.

b) que sejam admitidas todas as provas permitidas em direito na forma do


artigo 319, VI do CPC.

c) que seja acolhido o presente recurso administrativo para que seja


desconstituído o lançamento tributário vez que trata-se de cobrança
inconstitucional na forma do artigo 145, II do CTN.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
23 - TREINAMENTO DE ANULATÓRIA COM REPETIÇÃO

Enunciado

A empresa Nini & Guigui Global Comunications Ltda, estabelecida em


Santa Cruz do Sul – RS, presta serviços de transporte interestadual. Em
razão dos serviços prestados, entre os meses de setembro até dezembro
de 2019, realizou o pagamento de R$ 120.000,00 ao município onde está
estabelecida. Ocorre que, após realizar o lançamento do mês de janeiro
de 2020, fora alertado por seu advogado, Fofinho de Ogum, que o
pagamento do referido tributo estava equivocado. Na qualidade de
advogado da empresa, utilize de medida judicial à fim de restituir eventual
tributo pago indevidamente, bem como venha ser desconstituído eventual
lançamento.

Desenvolvimento

Douto Juízo de Direito da ... Vara (Cível/Fazenda Pública) da Comarca de


Santa Cruz do Sul Estado do Rio Grande do Sul

Nini & Guigui Global Comunications Ltda, pessoa jurídica de direito


privado, inscrita no CNPJ sob o nº ..., endereço eletrônico ..., atos
constitutivos em anexo, estabelecida ..., neste ato representada por seu
procurador (procuração em anexo), este estabelecido ..., local onde
receberá intimações, vem respeitosamente perante Vossa Excelência com
fundamento no artigo 38 da Lei 6.830/80 e 165, I do CTN, ajuizar a
presente:

AÇÃO ANULATÓRIA COM PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO


TRIBUTÁRIO
Em face do Município de Santa Cruz do Sul, pessoa jurídica de direito
público, inscrita no CNPJ sob o nº ..., endereço eletrônico ..., estabelecida
..., neste ato representada por seu representante legal ..., na forma do
artigo 75, III do CPC, pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos.

I – Do Cabimento
Reza o artigo 38 da Lei 6.830/80 que a parte desejando questionar o
lançamento tributário poderá utilizar-se de ação anulatória. No presente
caso, considerando-se que fora lançado o crédito tributário cujo qual não
se concorda, torna-se cabível o ajuizamento da presente ação anulatória.

II – Dos Fatos
Ocorre que a empresa requerente presta serviços de transporte
interestadual. Em razão destes serviços recolheu ISSQN ao município
requerido, bem como efetuou o lançamento referente ao mês de janeiro
de 2020. Outrossim considerando que fora alertado que tal tributo não
deverá ser satisfeito, não restou outra alternativa senão de provocar o
Poder Judiciário.

III – Dos Direitos


Reza o artigo 155, II da Constituição Federal que será fato gerador do
ICMS a prestação de serviço de transporte interestadual. Logo,
considerando que no presente caso, houve pagamento pela realização dos
referidos serviços ao ente municipal, compreende-se que fora
inconstitucional a constituição e o pagamento, eis que inexiste a ocorrência
de fato gerador de tributo municipal para o referido serviço prestado pela
requerente. Assim deve ser desconstituído o lançamento realizado, bem
como restituído os tributos pagos indevidamente.
IV – Da Repetição de Indébito
Reza o artigo 165, I do CTN que ocorrendo pagamento equivocado poderá
o contribuinte utilizar-se do pedido de restituição dos tributos. No presente
caso, considerando que não houve fato gerador de tributo municipal,
compreende-se possível a utilização da repetição para restituir os tributos
pagos indevidamente pela parte requerente.

Ainda, na forma do artigo 168, I do CTN a parte requerente tem prazo de


5 anos para utilizar-se de demanda judicial à fim de restituir tributo pago
indevidamente. Logo, considerando que não houve prazo superior a 5
anos do pagamento, compreende-se tempestivo o pedido de restituição.

Também na forma do artigo 167, §º único do CTN cumulado com a súmula


188 do STJ, o tributo pago indevidamente sofrerá a incidência de juros
moratórios à partir do trânsito em julgado. Igualmente na forma da súmula
162 do STJ o tributo pago indevidamente será corrigido à partir do
pagamento indevido. Logo deseja a parte que os tributos pagos entre
setembro até dezembro de 2019 deverão ser corrigidos e sofrer a
incidência de juros na forma acima estabelecida.

V – Da Suspensão da Exigibilidade
Na forma do artigo 294/300 do CPC poderá a parte requerente solicitar o
deferimento da tutela provisória de urgência, uma vez atendidos os
requisitos da probabilidade do direito e do perigo de demora. No presente
caso restam preenchidos os requisitos da probabilidade do direito visto que
não existe a ocorrência de fato gerador de tributo municipal, bem como
estão presentes os requisitos de perigo de demora, vez que acaso a parte
venha sofrer execução fiscal poderá experimentar sérios prejuízos. Assim,
uma vez preenchidos os requisitos da tutela provisória de urgência, deseja
a parte que seja concedida para que consequentemente seja suspensa a
exigibilidade na forma do artigo 151, V do CTN.

VI – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
a) que seja concedida a tutela provisória de urgência na forma do artigo
294/300 do CPC, uma vez atendidos os requisitos, para que seja suspensa
a exigibilidade na forma do artigo 151, V do CTN.

b) que seja citada a parte contrária para que desejando venha contestar a
presente demanda, no prazo legal.

c) que não seja realizada a audiência de conciliação e/ou mediação na


forma do artigo 319, VII do CPC.

d) que sejam produzidas todas as provas admitidas em direito na forma do


artigo 319, VI do CPC.

e) que seja julgada procedente à presente demanda à fim de desconstituir


o tributo lançado visto que não existe fato gerador de tributo municipal,
bem como venha condenar a parte contrária a restituir os tributos pagos
indevidamente, estes corrigidos na forma da súmula 162 do STJ à partir
do pagamento indevido, bem como venham a sofrer a incidência de juros
moratórios à partir do trânsito em julgado na forma da súmula 188 do STJ
e artigo 167, §º único do CTN. Tudo isto visto que não existe fato gerador
de ISSQN, mas sim de ICMS na forma do artigo 155, II da Constituição
Federal.
f) que seja condenada a parte contrária nos ônus sucumbenciais, mais
notadamente as custas processuais na forma do artigo 82, §2º do CPC,
bem como dos honorários advocatícios na forma do artigo 85, §3º do CPC.

Nestes termos, pede deferimento.


Valor da Causa: R$ 120.000,00
Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
24 - TREINAMENTO DE RECURSO INOMINADO

Enunciado

Guilherme da Silva, proprietário de um imóvel situado em zona rural,


efetuou o pagamento do IPTU para o Município de Santa Cruz do Sul –
RS, município este que está localizado o bem imóvel. Ocorre que, ao
consultar seu advogado, verificou que o pagamento fora realizado de
forma equivocada, o que motivou o ajuizamento de ação de repetição de
indébito tributário junto a 2ª Vara dos Juizados Especiais da Fazenda
Pública da Comarca de Santa Cruz do Sul - RS. Contestada a demanda e
produzidas todas as provas necessários para o julgamento do feito,
sobreveio sentença julgando improcedente à presente demanda.
Passados 6 dias da intimação da sentença, adote medida judicial correta
para o presente caso.

Desenvolvimento

Douto Juízo da 2ª Vara dos Juizados Especiais da Fazenda Pública da


Comarca de Santa Cruz do Sul - RS

Autos do Processo nº ...

Guilherme da Silva, estado civil ..., profissão ..., inscrito no CPF sob o nº
..., endereço eletrônico ..., residente e domiciliado ..., neste ato
representado por seu procurador (procuração em anexo), este
estabelecido ..., local onde receberá intimações, vem respeitosamente
perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 41 da Lei 9.099/95,
interpor o presente:
RECURSO INOMINADO

Em face da decisão proferida nos autos do processo nº ..., em que litiga


com Município de Santa Cruz do Sul, pessoa jurídica de direito público,
inscrita no CNPJ sob o nº ..., estabelecida ..., endereço eletrônico ..., neste
ato representante por seu representante legal ..., na forma do artigo 75, III
do CPC, pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos.

I - Dos Pedidos:
Ante o exposto requer:
a) que seja intimada a parte contrária para que desejando venha
apresentar contrarrazões na forma do artigo 42, §2º da Lei 9.099/95.

b) que, uma vez apresentada as contrarrazões se assim desejar a parte


recorrida, que o recurso seja remetido ao Tribunal competente, na forma
do artigo 41, §1º da Lei 9.099/95.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...

Das Razões Recursais


Douto Desembargador Presidente das Turmas Recursais do Rio Grande
do Sul
Ilustres Juízes
Douto Juiz Relator

Autos do Processo nº ...

I – Do Cabimento e dos Pressupostos de Admissibilidade


Na forma do artigo 41 da Lei 9.099/95 leciona-se que da sentença caberá
recurso inominado. No presente caso, considerando que houve sentença
julgando improcedente a ação de repetição de indébito, compreende-se
cabível a utilização do recurso inominado.

Ainda na forma do 42, §1º da Lei 9.099/95 compreende-se necessário o


pagamento das custas recursais para que o recurso seja admitido. Assim
vem a parte solicitar a juntada do comprovante do pagamento das custas
recursais à fim de que seja admitido o presente recurso.

Por fim, na forma do artigo 42 da Lei 9.099/95 combinado com os artigos


212/219 todos do CPC, a parte recorrente terá prazo de 10 dias úteis para
apresentação do presente recurso. Considerando-se que a intimação
ocorreu em 6 dias, considera-se tempestivo o presente recurso.

II – Dos Fatos

(narrar os fatos conforme o enunciado com tuas palavras ...).

III – Das Razões de Reforma


Reza o artigo 153, VI da CF cumulado com o artigo 29 do CTN que haverá
incidência de ITR sobre a propriedade de imóvel rural. No presente caso,
considerando que houve o pagamento de IPTU, considera-se
inconstitucional e ilegal tal pagamento realizado, merecendo assim ser
reformado o conteúdo decisório à fim de que o contribuinte obtenha
devolução do pagamento equivocado realizado.

IV – Da Concessão do Efeito Suspensivo


(...neste caso não tem, mas acaso possível, peça na forma do artigo 43 da
Lei 9.099/95).
V – Dos Pedidos
Ante o exposto requer:
a) que seja admitido o presente recurso, uma vez preenchidos todos os
requisitos de admissibilidade, mais notadamente fora realizado o
pagamento das custas recursais na forma do artigo 42, §1º da Lei
9.099/95, bem como fora obedecido o prazo legal na forma do artigo 42 da
Lei 9.099/95.

b) que seja provido o presente recurso à fim de reformar a sentença


proferida, para condenar a parte recorrido à restituição do tributo pago
indevidamente com base no artigo 153, VI da CF e artigo 29 do CTN, visto
tratar-se de incidência de ITR e não IPTU.

e) que seja revertido os ônus sucumbenciais, sendo condenada a parte


recorrida nas custas processuais na forma do artigo 82, §2º do CPC e dos
honorários advocatícios sucumbenciais na forma do artigo 85, §3º do CPC.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
25 - TREINAMENTO DE RECURSO DE EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA

Enunciado

Guilherme da Silva, contumaz devedor de tributo, opôs através de


Embargos à Execução Fiscal irresignação no tocante à penhora do seu
único bem imóvel familiar realizada na Execução Fiscal que fora ajuizada
contra o mesmo. Ocorre que, após instrução dos embargos, sobreveio
sentença que julgou improcedente a presente demanda. Interposto o
recurso de apelação, o Tribunal de Justiça Gaúcho deu provimento ao
recurso, reformando a sentença, proferindo acórdão informando que o
único bem imóvel é impenhorável. Após da intimação do acórdão, a
Fazenda Pública Municipal do Município de Santa Cruz do Sul – RS
interpôs Recurso Especial, informando que a Lei 8.009/90 não pode se
sobrepor ao artigo 184 do CTN. Realizadas as contrarrazões recursais por
parte de Guilherme da Silva, o Superior Tribunal de Justiça através da 1ª
Turma concedeu provimento ao recurso especial, modificando a decisão
do Tribunal de Justiça, declarando que o bem é penhorável, contrariando
posição recente da 2ª Turma do referido tribunal superior. Logo, você
atuando como advogado de Guilherme da Silva, deverá manejar peça
recursal, considerando a divergência instada no Superior Tribunal de
Justiça.

Desenvolvimento

Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente da ... Seção do


Superior Tribunal de Justiça.

Autos do Recurso nº ...


Guilherme da Silva, estado civil ..., profissão, inscrito no CPF sob o nº ...,
endereço eletrônico ..., residente e domiciliado ..., respeitosamente, por
intermédio de seu procurador (procuração em anexo), este estabelecido
..., local onde receberá intimações, à presença da Egrégia Corte, com
fulcro no artigo 1.043 do CPC, interpor o presente:

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA

Em face da decisão proferida em sede de Recurso Especial, nos autos do


recurso supra indicado, nas folhas ..., em que litiga o Município de Santa
Cruz do Sul, pessoa jurídica de direito público, inscrita com o CNPJ sob o
nº ..., endereço eletrônico ..., estabelecida ..., neste ato representada por
seu representante legal ..., na forma do artigo 75, III do CPC, considerando
a existência de divergência no que tange ao direito material já decidido
anteriormente por Turma distinta e que agora fora julgado, pelas razões
de fato e de direito abaixo aduzidas.

I – Ante o exposto, requer:


a) sua remessa, com as inclusas razões, à Colenda ... Seção do Superior
Tribunal de Justiça, para que seja admitido e para que ocorra a
uniformização da jurisprudência interna, com a consequente reforma do
acórdão recorrido.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...
Razões Recursais
Egrégio Superior Tribunal de Justiça
Eméritos Ministros Julgadores
Doutro Ministro Relator
I – Do Cabimento
Reza o artigo 1.043, I, do CPC que, havendo recurso especial em que
houver decisão que venha a divergir de outra já realizada pelo mesmo
órgão do tribunal superior, caberá a possibilidade de oposição de
embargos de divergência. Assim, no presente caso, considerando que já
havia decisão que concedia tal direito e que no presente momento lhe fora
negado, deseja o recorrente que seja cabível e admitido o presente
recurso a fim de uniformização de jurisprudência.

II – Da Tempestividade
Reza o artigo 1.003, §5º do CPC, combinado com os artigos 212 e 219 do
CPC que a parte terá prazo de 15 dias úteis para a realização do recurso.
No presente caso, considerando a data de realização, o prazo está correto,
sendo, portanto, tempestivo o presente recurso.

Ainda, restam cumpridos os demais requisitos de admissibilidade, mais


notadamente o da legitimidade, na forma do artigo 996 do CPC, e da
inexistência de fato impeditivo, extintivo ou renúncia ao direito de recorrer
na forma do artigo 998 até 1000 do CPC.

III – Razões de Reforma


A Segunda Turma do presente Tribunal Superior acabou por aceitar a
regra disposto artigo 1º e 3º da Lei 8.009/90, onde afirma-se que o único
bem imóvel não poderá sofrer constrição judicial. Logo, diante do que
exposto, considera-se que a decisão atual proferida pela Primeira Turma
do Superior Tribunal de Justiça é ilegal e vem, igualmente, desconsiderar
a decisão anterior decidida pela Segunda Turma.
Portanto, é direito da parte recorrente ser albergada pelo instituto da
impenhorabilidade do único bem imóvel disposto no artigo 1º e 3º da Lei
8.009/90.

Por fim, vem a parte recorrente anexar prova da divergência e cópia da


decisão proferida nos autos recursais de nº ..., prolatada também pelo
Superior Tribunal de Justiça, obedecendo, assim, os termos do artigo
1043, §4º do CPC.

IV – Dos Pedidos
Ante o exposto, requer:
a) a remessa dos presentes embargos de divergência à respectiva Seção
do STJ e o recebimento do recurso, nos termos do artigo 1.043 do CPC;
b) a intimação da parte contrária para que, querendo, venha oferecer
contrarrazões recursais no prazo legal;
c) que o presente recurso seja provido para que ocorra a uniformização
da jurisprudência interna desta discussão, com a reforma do acórdão ora
prolatado, posto que está em dissonância com a jurisprudência maioral do
presente Tribunal Superior, sinalizada no acórdão de outra Turma indicada
como paradigma.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...

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