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DIA 78
CRONOGRAMA DE 4H / 6H
MATERIAL PÁG
Apostila de Criminologia
1 a 26
Legislação:
▪ 1H - LEI DE EXECUÇÃO PENAL – ART. 1 AO 48
26 a 42
▪ 1H - C. ELEITORAIS (LEI Nº 4.737/65) ART. 289
AO 364
Tempo aprox.: 2H (todos os públicos)
10 EXÉRCÍCIOS + COMENTÁRIOS 42 a 55
“Plus”: cronograma de 6 horas
OBS.: Lembrando que o nosso cronograma se adequa ao estudo de 4 horas e 6 horas. Àqueles
que dispõem de 4 horas de estudo (dia), aconselhamos que façam, nesse momento inicial, a
leitura da jurisprudência/resolução das questões aos sábados e domingos, pois nesses dias o
programa fica mais leve.
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SUMÁRIO
CRIMINOLOGIA ................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
CONCEITO DE CRIMINOLOGIA ........................................................................ Erro! Indicador não definido.
O TERMO CRIMINOLOGIA ............................................................................. Erro! Indicador não definido.
2- OBJETO.............................................................................................................. Erro! Indicador não definido.
2.1 DELITO .......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
2.2 DELINQUENTE ............................................................................................... Erro! Indicador não definido.
2.3 VÍTIMA .......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
2.4 CONTROLE SOCIAL ................................................................................. Erro! Indicador não definido.
3. MÉTODO DA CRIMINOLOGIA ....................................................................... Erro! Indicador não definido.
3.1- EMPIRISMO ............................................................................................... Erro! Indicador não definido.
3.2- DIÁLOGO COM OS DIVERSOS CAMPOS DO SABER (INTERDISCIPLINAR) .. Erro! Indicador
não definido.
4. NASCIMENTO DA CRIMINOLOGIA ............................................................. Erro! Indicador não definido.
4.1. ILUMINISMO .............................................................................................. Erro! Indicador não definido.
5. ESCOLAS DA CRIMINOLOGIA ..................................................................... Erro! Indicador não definido.
A) ESCOLA LIBERAL CLÁSSICA................................................................ Erro! Indicador não definido.
B) ESCOLA POSITIVISTA OU POSITIVA ITALIANA ............................... Erro! Indicador não definido.
ESTUDO DA LEGISLAÇÃO ....................................................................................................................................34
LEI DE EXECUÇÃO PENAL – ART. 1 AO 48 .....................................................................................................34
C. ELEITORAIS (LEI Nº 4.737/65) ART. 289 AO 364.................................. Erro! Indicador não definido.
QUESTÕES DE CONCURSOS .............................................................................................................................. 56
QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................................... 61
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TEORIA GERAL DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
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as constituições flexíveis”
(BERNARDES e FERREIRA).
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KELSEN entendia que, por não ser relacionada a hipóteses concretas, a
decisão de inconstitucionalidade não teria efeitos retroativos. Portanto, as leis
deveriam ser declaradas inconstitucionais com eficácia ex nunc, a menos que a
Corte optasse por manter a norma em vigor por período que não poderia ser
superior a um ano. A Corte Constitucional era comparada a um legislador negativo.
Com base nos sistemas mencionados, surgiram duas teses para descrever a
natureza da norma inconstitucional: tese da nulidade (sistema norte-americano) e
tese da anulabilidade (sistema austríaco).
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Permite-se, portanto, a modulação dos efeitos da decisão, tanto em sede de
controle concentrado como em sede de controle difuso. A previsão encontra-se
no art. 27 da Lei nº. 9868/99.
INCONSTITUCIONALIDADE
FORMAL (“NOMODINÂMICA”)
SUBJETIVA: desobediência a
iniciativa constitucionalmente
estipulada. Ex.: projeto de Deputado
Federal propondo o aumento da
remuneração dos servidores
públicos federais, em ofensa a regra
de iniciativa do Presidente da
República descrita no art. 61, §1º, II,
INCONSTITUCIONALIDADE “a”, da Constituição Federal.
FORMAL PROPRIAMENTE
DITA OBJETIVA: o vício se refere a outras
fases do processo legislativo,
chamadas de constitutiva (na qual
há a discussão e votação das
proposições) e complementar (na
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qual ocorre a integração de eficácia
do ato normativo já aprovado, por
meio da promulgação e publicação).
Desobediência à regra de
competência para a produção do
ato.
INCONSTITUCIONALIDADE
FORMAL ORGÂNICA Ex.: quando um Estado-membro
edita norma dispondo sobre trânsito
e transporte, que é competência
legislativa privativa da União (art.
22, XI).
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pressupostos objetivos previstos no
art. 18, §4º da CRFB.
Pode ocorrer no confronto com uma REGRA CONSTITUCIONAL (ex.: lei que fixa a
remuneração de servidores públicos acima do limite constitucional do art. 37, XI)
ou com um PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL (ex.: lei que restrinja ilegitimamente a
participação de candidatos em concurso público em razão de sexo ou idade, em
infração ao princípio da isonomia – art. 5º, caput).
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Previdência com base no julgamento da AP 470 do STF. Em
parecer na ADI 4887, a PGR denominou a tese de “vício na
formação da vontade no procedimento legislativo”.
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adequada dos direitos previstos na
PARCIAL constituição.
“Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI n.° 875/DF, ADI n.° 1.987/DF, ADI n.°
2.727/DF e ADI n.° 3.243/DF). Fungibilidade entre as ações diretas de
inconstitucionalidade por ação e por omissão. Fundo de Participação dos Estados
- FPE (art. 161, inciso II, da Constituição). Lei Complementar n° 62/1989. Omissão
inconstitucional de caráter parcial. Descumprimento do mandamento
constitucional constante do art. 161, II, da Constituição, segundo o qual lei
complementar deve estabelecer os critérios de rateio do Fundo de Participação
dos Estados, com a finalidade de promover o equilíbrio socioeconômico entre os
entes federativos. Ações julgadas procedentes para declarar a
inconstitucionalidade, sem a pronúncia da nulidade, do art. 2º, incisos I e II, §§ 1º,
2º e 3º, e do Anexo Único, da Lei Complementar n.º 62/1989, assegurada a sua
aplicação até 31 de dezembro de 2012”. (ADI 875, Relator(a): Min. GILMAR MENDES,
Tribunal Pleno, julgado em 24/02/2010).
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apenas executá-la com o propósito subalterno de torná-la aplicável somente nos
pontos que se mostrarem ajustados à conveniência e aos desígnios dos
governantes, em detrimento dos interesses maiores dos cidadãos (ADI 1474/DF).
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lei apresentados visando à regulamentação do art. 18, § 4º, da Constituição, é
possível constatar a omissão inconstitucional quanto à efetiva deliberação e
aprovação da lei complementar em referência As peculiaridades da atividade
parlamentar que afetam, inexoravelmente, o processo legislativo, não justificam
uma conduta manifestamente negligente ou desidiosa das Casas Legislativas,
conduta esta que pode pôr em risco a própria ordem constitucional. A inertia
deliberandi das Casas Legislativas pode ser objeto da ação direta de
inconstitucionalidade por omissão. [...]”. (ADI 3682, Relator(a): Min. GILMAR
MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 09/05/2007).
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Constituição superveniente; nem o legislador poderia infringir Constituição futura.
A Constituição sobrevinda não torna inconstitucionais leis anteriores com ela
conflitantes: revoga-as. Pelo fato de ser superior, a Constituição não deixa de
produzir efeitos revogatórios. Seria ilógico que a lei fundamental, por ser suprema,
não revogasse, ao ser promulgada, leis ordinárias. A lei maior valeria menos que
a lei ordinária. 2. Reafirmação da antiga jurisprudência do STF, mais que
cinqüentenária. 3. Ação direta de que se não conhece por impossibilidade jurídica
do pedido. (ADI 2, Relator(a): Min. PAULO BROSSARD, Tribunal Pleno, julgado em
06/02/1992).
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outra regra legal, substancialmente divorciada do conteúdo material que lhe deu
o próprio legislador. (ADI 1063 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal
Pleno, julgado em 18/05/1994)
“Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao
Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. [...] § 2º O veto parcial
somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea”.
Declaração de invalidade de
expressões linguísticas contidas
HORIZONTAL no dispositivo (ex.: uma palavra
ou expressão do texto
impugnado).
A declaração, sem afetar o
texto constitucional, repercute
VERTICAL (OU sobe determinada interpretação.
QUALITATIVA) É o caso da declaração de
inconstitucionalidade sem
redução de texto.
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Ressalte-se que, por questões de política judiciária, o STF adota o “conceito
restrito de inconstitucionalidade”, que restringe essas hipóteses apenas às
ofensas frontais à Constituição.
O exercício indevido do poder regulamentar (ex.: 84, VI1 e 87, §único, II, CF2),
embora contrarie reflexamente a Constituição Federal, não se sujeita ao controle
de constitucionalidade. Trata-se de uma hipótese de SIMPLES LEGALIDADE.
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Art. 84, CF. Compete privativamente ao Presidente da República: [...] IV - sancionar,
promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua
fiel execução.
2
Art. 87, §único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas
nesta Constituição e na lei: II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e
regulamentos;
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Ex. 3: se a medida provisória for declarada inconstitucional pela ausência dos
requisitos de relevância e urgência, também será a lei de conversão.
APROFUNDANDO
A doutrina ainda apresenta os TIPOS DE INCONSTITUCIONALIDADE
CONSEQUENTE (BERNARDES e FERREIRA):
Contaminação das normas de
hierarquia inferior em decorrência da
VERTENTE HIERÁRQUICA inconstitucionalidade de norma de
hierarquia superior. Ex.: regulamento
afetado pela legislação regulamentada.
Vício atinge a norma de mesmo
status da norma que dá origem a
VERTENTE NÃO inconstitucionalidade.
HIERÁRQUICA
Por dependência intrínseca:
inconstitucionalidade de uma norma
reflete no processo de elaboração de
outra que lhe é dependente. Ex.: lei de
conversão de medida provisória
declarada inconstitucional após a
declaração de inconstitucionalidade da
própria MP.
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unilateral), seja porque ambas faziam
parte de uma sistemática normativa
comum e que restou atingida pela
declaração de inconstitucionalidade de
uma delas (interdependência).
JURISPRUDÊNCIA
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– CONTINGENCIAMENTO. Ante a situação precária das penitenciárias, o interesse
público direciona à liberação das verbas do Fundo Penitenciário Nacional.
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA – OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA. Estão obrigados juízes
e tribunais, observados os artigos 9.3 do Pacto dos Direitos Civis e Políticos e 7.5
da Convenção Interamericana de Direitos Humanos, a realizarem, em até noventa
dias, audiências de custódia, viabilizando o comparecimento do preso perante a
autoridade judiciária no prazo máximo de 24 horas, contado do momento da prisão.
(ADPF 347 MC, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em
09/09/2015).
4. PARÂMETO DE CONSTITUCIONALIDADE
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O parâmetro (ou paradigma) consiste na norma ou conjunto de normas que
serve como REFERÊNCIA para a análise de constitucionalidade dos demais
diplomas.
O preâmbulo contém
TESE DA preceitos cuja eficácia jurídica
RELEVÂNCIA assemelha-se a qualquer outra
EQUIVALENTE norma Constitucional (adotado na
França).
O preâmbulo possui
TESE DA
algumas características jurídicas
RELEVÂNCIA
próprias de constituição, mas não
JURÍDICA
possui a mesma relevância do
ESPECÍFICA
texto constitucional;
O preâmbulo não é norma,
TESE DA
nem faz parte do domínio do
IRRELEVÂNCIA
direito, embora possa inferir-se
JURÍDICA
no plano político ou histórico.
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Quanto à parte permanente, não há dúvida quanto à possibilidade de
considerá-la parâmetro, não importa se originária, derivada (emendas
constitucionais) ou decorrente de assimilação dos Tratados e Convenções
Internacionais de Direitos Humanos pelo rito especial, previsto no art. 5º, §3º, CF.
O ADCT também pode ser parâmetro, desde que a norma constitucional não
esteja com eficácia exaurida.
APROFUNDANDO NA DOUTRINA
O que é bloco de constitucionalidade? O bloco de
constitucionalidade foi desenvolvido por LUIS FAVOREU
para definir o conjunto de normas com status
constitucional do ordenamento jurídico francês
(Constituição de 1958, preâmbulo da Constituição de 1946,
Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1789, além
de outras normas de valor constitucional) (CARVALHO
apud NOVELINO).
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restringindo-a somente aos padrões normativos com
hierarquia equivalente às normas constitucionais em
sentido formal, expressas ou implícitas. Esse sentido foi o
adotado pelo Supremo Tribunal Federal nas ADIs de nº. 595
e 514.
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atos ao controle político e outros
ao controle jurídico.
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O Poder Judiciário é o principal ator do controle repressivo, fiscalizando as
leis de demais instrumentos normativos com tramitação procedimental
devidamente concluída.
ATENÇÃO PARA AS
PECULIARIDADES JURISPRUDENCIAIS
a) A legitimidade é EXCLUSIVA dos parlamentares.
Eventuais terceiros, ainda que destinatários da futura lei,
não podem se investir na posição de parte legitimada para
suscitar controle judicial prévio de constitucionalidade
(STF MS 34763 MC).
b) O Mandado de Segurança deve ser impetrado por
parlamentar integrante da Casa Legislativa na qual a
medida SE ENCONTRA TRAMITANDO. Considera-se
prejudicado o MS quando a proposta de emenda (ou projeto
de lei) tiver tido a votação que se pretendia paralisar na
Câmara dos Deputados. (STF MS 24609).
c) A PERDA SUPERVENIENTE da condição de parlamentar
acarreta a extinção da ação em virtude da ausência
superveniente de legitimidade ativa ad causam (STF MS
27971).
a) PODER LEGISLATIVO
b) PODER EXECUTIVO
PODER LEGISLATIVO
a) Possibilidade de o Congresso Nacional SUSTAR os atos
do Poder Executivo quando este extrapolar os limites da
delegação legislativa.
PODER EXECUTIVO
No Poder Executivo, o controle repressivo é motivo de
grande controvérsia.
Fundamentos:
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a) se até mesmo o particular pode se recursar a cumprir a
lei por entendê-la inconstitucional, quando mais o Chefe do
Executivo;
Atribuído exclusivamente a
determinado Tribunal (sistema
austríaco).
CONTROLE
No Brasil, surgiu com a
CONCENTRADO
representação interventiva, na
Constituição de 1934, mas a
primeira norma constitucional a
falar sobre controle
concentrado-abstrato foi a EC
16/1965, responsável por
introduzir a representação de
inconstitucionalidade no
ordenamento jurídico brasileiro.
Exercido por qualquer órgão do
Poder Judiciário (sistema norte-
CONTROLE DIFUSO
americano). No Brasil, foi
consagrado desde a Constituição
de 1891.
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5.5. QUANTO À FINALIDADE (OU OBJETIVO) DO CONTROLE
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b) CONTROLE DIFUSO-ABSTRATO: norma afetada a um
Tribunal em incidente de inconstitucionalidade (art. 97 da
CF e 949 do CPC/15). O julgamento do caso concreto
permanece no órgão fracionário, enquanto a arguição de
inconstitucionalidade é enviada ao Pleno (ou órgão
especial, se houver) para análise desvinculada do caso
concreto.
CONTROLE DIFUSO
1. NOÇÕES GERAIS
2. LEGITIMIDADE ATIVA
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3. OBJETO
4. PARÂMETRO
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros
do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade
de lei ou ato normativo do Poder Público.
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Quando o processo é distribuído para o órgão fracionário – turma ou câmara
– e a constitucionalidade da norma é questionada, faz-se uma votação preliminar,
em que o órgão define seu posicionamento sobre a constitucionalidade ou
inconstitucionalidade da norma.
IMPORTANTE!!
Existe cláusula de reserva de plenário no Supremo Tribunal Federal? SIM!!
Quando há arguição de inconstitucionalidade em sede de controle difuso (art. 177
do RISTF), TODA A QUESTÃO é enviada ao plenário, inclusive a decisão do caso
concreto.
Portanto, NÃO HÁ uma cisão funcional de competência no plano horizontal.
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Súmula Vinculante 10 – Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a
decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente
a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua
incidência, no todo ou em parte.
6. EFEITOS DA DECISÃO
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641798, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, julgado em 22/10/2010, publicado em
DJe-212 DIVULG 04/11/2010 PUBLIC 05/11/2010).
Essa atribuição consiste em tornar erga omnes uma decisão do STF em sede
de controle difuso, que originalmente havia sido proferida com eficácia inter
partes. E o instrumento normativo adequado para isso é a resolução.
Por muito tempo se entendeu que essa atuação do Senado Federal era
discricionária. Todavia, há alguns anos, alguns Ministros, capitaneados por Gilmar
Mendes, passaram a pregar a revisão da atuação do Senado nesse cenário.
Segundo os defensores da tese, o art. 52, X, da CF havia sofrido uma mutação
constitucional, e o papel do Senado Federal deveria ser apenas conferir
publicidade à decisão proferida em sede de controle difuso. A tese ficou conhecida
como abstativização do controle difuso.
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7. O CONTROLE DIFUSO NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Assim, o STF entendia que não era possível o controle difuso em sede de ação
civil pública, com o objetivo de impedi a invasão do campo de atuação das ADIs,
bem como impedir a subtração de competência do STF (MASSON), ainda que a
análise fosse realizada de modo incidental.
ESTUDO DA LEGISLAÇÃO
▪ 1H - LEI DE EXECUÇÃO PENAL – ART. 49 AO 68
▪ 1H - C. ELEITORAIS (LEI Nº 4.737/65) ART. 289 AO 364
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VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II - recolhimento em cela individual;
II e V, do artigo 39, desta Lei. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003)
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer III - visitas semanais de duas pessoas, sem
aparelho telefônico, de rádio ou similar, que contar as crianças, com duração de duas horas;
permita a comunicação com outros presos ou com (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003)
o ambiente externo. (Incluído pela Lei nº 11.466, de
2007) IV - o preso terá direito à saída da cela por 2
horas diárias para banho de sol.
VIII - recusar submeter-se ao procedimento de (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003)
identificação do perfil genético. (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019) Art. 52. A prática de fato previsto como crime
doloso constitui falta grave e, quando ocasionar
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica- subversão da ordem ou disciplina internas,
se, no que couber, ao preso provisório. sujeitará o preso provisório, ou condenado,
nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da sanção
Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as
restritiva de direitos que: seguintes características: (Redação dada pela Lei
nº 13.964, de 2019)
I - descumprir, injustificadamente, a restrição
imposta; I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem
prejuízo de repetição da sanção por nova falta
II - retardar, injustificadamente, o cumprimento grave de mesma espécie; (Redação dada pela Lei
da obrigação imposta; nº 13.964, de 2019)
Art. 52. A prática de fato previsto como crime III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por
doloso constitui falta grave e sujeita o preso, ou vez, a serem realizadas em instalações equipadas
condenado, à sanção disciplinar, sem prejuízo da para impedir o contato físico e a passagem de
sanção penal. objetos, por pessoa da família ou, no caso de
terceiro, autorizado judicialmente, com duração de
Art. 52. A prática de fato previsto como crime 2 (duas) horas; (Redação dada pela Lei nº 13.964,
doloso constitui falta grave e, quando ocasione de 2019)
subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita
o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da IV - direito do preso à saída da cela por 2 (duas)
sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, horas diárias para banho de sol, em grupos de até
com as seguintes características: 4 (quatro) presos, desde que não haja contato com
(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) presos do mesmo grupo criminoso; (Redação
dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - duração máxima de trezentos e sessenta
dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova V - entrevistas sempre monitoradas, exceto
falta grave de mesma espécie, até o limite de um aquelas com seu defensor, em instalações
sexto da pena aplicada; (Incluído pela equipadas para impedir o contato físico e a
Lei nº 10.792, de 2003) passagem de objetos, salvo expressa autorização
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judicial em contrário; (Incluído pela Lei nº 13.964, § 3º Existindo indícios de que o preso exerce
de 2019) liderança em organização criminosa, associação
criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação
VI - fiscalização do conteúdo da criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da
correspondência; (Incluído pela Lei nº 13.964, de Federação, o regime disciplinar diferenciado será
2019) obrigatoriamente cumprido em estabelecimento
prisional federal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
VII - participação em audiências judiciais 2019)
preferencialmente por videoconferência,
garantindo-se a participação do defensor no § 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o
mesmo ambiente do preso. (Incluído pela Lei nº regime disciplinar diferenciado poderá ser
13.964, de 2019) prorrogado sucessivamente, por períodos de 1
(um) ano, existindo indícios de que o preso:
§ 1o O regime disciplinar diferenciado também (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
poderá abrigar presos provisórios ou condenados,
nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto I - continua apresentando alto risco para a
risco para a ordem e a segurança do ordem e a segurança do estabelecimento penal de
estabelecimento penal ou da sociedade. origem ou da sociedade; (Incluído pela Lei nº
(Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) 13.964, de 2019)
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visita de que trata o inciso III do caput deste artigo § 2o A decisão judicial sobre inclusão de preso
poderá, após prévio agendamento, ter contato em regime disciplinar será precedida de
telefônico, que será gravado, com uma pessoa da manifestação do Ministério Público e da defesa e
família, 2 (duas) vezes por mês e por 10 (dez) prolatada no prazo máximo de quinze dias.
minutos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003
Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares,
serão aplicadas por ato motivado do diretor do levar-se-ão em conta a natureza, os motivos, as
estabelecimento e a do inciso V, por prévio e circunstâncias e as conseqüências do fato, bem
fundamentado despacho do juiz competente. como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão.
(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)
§ 1o A autorização para a inclusão do preso em Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se
regime disciplinar dependerá de requerimento as sanções previstas nos incisos III a V do art. 53
circunstanciado elaborado pelo diretor do desta Lei. (Redação dada pela Lei nº
estabelecimento ou outra autoridade 10.792, de 2003
administrativa. (Incluído pela Lei nº
10.792, de 2003)
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Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição I - o Conselho Nacional de Política Criminal e
de direitos não poderão exceder a 30 (trinta) dias. Penitenciária;
Art. 60. A autoridade administrativa poderá Art. 62. O Conselho Nacional de Política Criminal
decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo e Penitenciária, com sede na Capital da República,
prazo de até dez dias. A inclusão do preso no é subordinado ao Ministério da Justiça.
regime disciplinar diferenciado, no interesse da
disciplina e da averiguação do fato, dependerá de Art. 63. O Conselho Nacional de Política Criminal
despacho do juiz competente. (Redação e Penitenciária será integrado por 13 (treze)
dada pela Lei nº 10.792, de 2003) membros designados através de ato do Ministério
da Justiça, dentre professores e profissionais da
Parágrafo único. O tempo de isolamento ou área do Direito Penal, Processual Penal,
inclusão preventiva no regime disciplinar Penitenciário e ciências correlatas, bem como por
diferenciado será computado no período de representantes da comunidade e dos Ministérios
cumprimento da sanção disciplinar. da área social.
(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)
Parágrafo único. O mandato dos membros do
TÍTULO III Conselho terá duração de 2 (dois) anos, renovado
1/3 (um terço) em cada ano.
Dos Órgãos da Execução Penal
Art. 64. Ao Conselho Nacional de Política
CAPÍTULO I Criminal e Penitenciária, no exercício de suas
atividades, em âmbito federal ou estadual,
Disposições Gerais incumbe:
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I - propor diretrizes da política criminal quanto Do Juízo da Execução
à prevenção do delito, administração da Justiça
Criminal e execução das penas e das medidas de Art. 65. A execução penal competirá ao Juiz
segurança; indicado na lei local de organização judiciária e, na
sua ausência, ao da sentença.
II - contribuir na elaboração de planos nacionais
de desenvolvimento, sugerindo as metas e Art. 66. Compete ao Juiz da execução:
prioridades da política criminal e penitenciária;
I - aplicar aos casos julgados lei posterior que
III - promover a avaliação periódica do sistema de qualquer modo favorecer o condenado;
criminal para a sua adequação às necessidades do
País; II - declarar extinta a punibilidade;
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f) a desinternação e o restabelecimento da II - requerer:
situação anterior;
a) todas as providências necessárias ao
g) o cumprimento de pena ou medida de desenvolvimento do processo executivo;
segurança em outra comarca;
b) a instauração dos incidentes de excesso ou
h) a remoção do condenado na hipótese prevista desvio de execução;
no § 1º, do artigo 86, desta Lei.
c) a aplicação de medida de segurança, bem
i) (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de como a substituição da pena por medida de
2010) segurança;
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§ 2º O mandato dos membros do Conselho III - assistir tecnicamente as Unidades
Penitenciário terá a duração de 4 (quatro) anos. Federativas na implementação dos princípios e
regras estabelecidos nesta Lei;
Art. 70. Incumbe ao Conselho Penitenciário:
IV - colaborar com as Unidades Federativas
I - emitir parecer sobre indulto e comutação de mediante convênios, na implantação de
pena, excetuada a hipótese de pedido de indulto estabelecimentos e serviços penais;
com base no estado de saúde do preso;
(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) V - colaborar com as Unidades Federativas para
a realização de cursos de formação de pessoal
II - inspecionar os estabelecimentos e serviços penitenciário e de ensino profissionalizante do
penais; condenado e do internado.
41
mulheres nos casos de crimes cometidos sem Parágrafo único. O diretor deverá residir no
violência ou grave ameaça. (Incluído pela estabelecimento, ou nas proximidades, e dedicará
Lei nº 13.769, de 2018) tempo integral à sua função.
Art. 75. O ocupante do cargo de diretor de Art. 78. O Patronato público ou particular
estabelecimento deverá satisfazer os seguintes destina-se a prestar assistência aos albergados e
requisitos: aos egressos (artigo 26).
I - ser portador de diploma de nível superior de Art. 79. Incumbe também ao Patronato:
Direito, ou Psicologia, ou Ciências Sociais, ou
Pedagogia, ou Serviços Sociais; I - orientar os condenados à pena restritiva de
direitos;
II - possuir experiência administrativa na área;
II - fiscalizar o cumprimento das penas de
III - ter idoneidade moral e reconhecida aptidão prestação de serviço à comunidade e de limitação
para o desempenho da função. de fim de semana;
42
III - colaborar na fiscalização do cumprimento Art. 81-A. A Defensoria Pública velará pela
das condições da suspensão e do livramento regular execução da pena e da medida de
condicional. segurança, oficiando, no processo executivo e nos
incidentes da execução, para a defesa dos
CAPÍTULO VIII necessitados em todos os graus e instâncias, de
forma individual e coletiva. (Incluído
Do Conselho da Comunidade pela Lei nº 12.313, de 2010).
Art. 80. Haverá, em cada comarca, um Conselho Art. 81-B. Incumbe, ainda, à Defensoria Pública:
da Comunidade composto, no mínimo, por 1 (um) (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
representante de associação comercial ou
industrial, 1 (um) advogado indicado pela Seção da I - requerer: (Incluído pela Lei nº
Ordem dos Advogados do Brasil, 1 (um) Defensor 12.313, de 2010).
Público indicado pelo Defensor Público Geral e 1
(um) assistente social escolhido pela Delegacia a) todas as providências necessárias ao
Seccional do Conselho Nacional de Assistentes desenvolvimento do processo executivo;
Sociais. (Redação dada pela Lei nº (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
12.313, de 2010).
b) a aplicação aos casos julgados de lei
Parágrafo único. Na falta da representação posterior que de qualquer modo favorecer o
prevista neste artigo, ficará a critério do Juiz da condenado; (Incluído pela Lei nº
execução a escolha dos integrantes do Conselho. 12.313, de 2010).
43
i) a autorização de saídas temporárias; próprio. (Incluído pela Lei nº 12.313, de
(Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010). 2010).
44
dependências internas. (Incluído pela I - classificação de condenados;
Lei nº 12.121, de 2009). (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015).
§ 1o A execução indireta será realizada sob III - acusados pela prática de outros crimes ou
supervisão e fiscalização do poder público. contravenções diversos dos apontados nos incisos
(Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015). I e II. (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
45
II - reincidentes condenados pela prática de a medida se justifique no interesse da segurança
crimes cometidos com violência ou grave ameaça pública ou do próprio condenado.
à pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.167, (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)
de 2015)
§ 1° A União Federal poderá construir Art. 88. O condenado será alojado em cela
estabelecimento penal em local distante da individual que conterá dormitório, aparelho
condenação para recolher, mediante decisão sanitário e lavatório.
judicial, os condenados à pena superior a 15
(quinze) anos, quando a medida se justifique no Parágrafo único. São requisitos básicos da
interesse da segurança pública ou do próprio unidade celular:
condenado.
a) salubridade do ambiente pela concorrência
§ 1o A União Federal poderá construir dos fatores de aeração, insolação e
estabelecimento penal em local distante da condicionamento térmico adequado à existência
condenação para recolher os condenados, quando humana;
46
b) área mínima de 6,00m2 (seis metros
quadrados).
CAPÍTULO III
Art. 89. Além dos requisitos referidos no art. 88,
a penitenciária de mulheres será dotada de seção Da Colônia Agrícola, Industrial ou Similar
para gestante e parturiente e de creche para
abrigar crianças maiores de 6 (seis) meses e Art. 91. A Colônia Agrícola, Industrial ou Similar
menores de 7 (sete) anos, com a finalidade de destina-se ao cumprimento da pena em regime
assistir a criança desamparada cuja responsável semi-aberto.
estiver presa. (Redação dada pela Lei nº
11.942, de 2009) Art. 92. O condenado poderá ser alojado em
compartimento coletivo, observados os requisitos
Parágrafo único. São requisitos básicos da da letra a, do parágrafo único, do artigo 88, desta
seção e da creche referidas neste artigo: Lei.
(Incluído pela Lei nº 11.942, de 2009)
Parágrafo único. São também requisitos
I – atendimento por pessoal qualificado, de básicos das dependências coletivas:
acordo com as diretrizes adotadas pela legislação
educacional e em unidades autônomas; e a) a seleção adequada dos presos;
(Incluído pela Lei nº 11.942, de 2009)
b) o limite de capacidade máxima que atenda os
objetivos de individualização da pena.
JURISPRUDÊNCIA CORRETATA
Súmula vinculante 10-STF: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão
fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte.
Súmula 642-STF: Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do Distrito Federal derivada da sua
competência legislativa municipal.
47
Súmula 614-STF: Somente o Procurador-Geral da Justiça tem legitimidade para propor ação direta
interventiva por inconstitucionalidade de Lei Municipal.
STF: É possível que uma emenda constitucional seja julgada formalmente inconstitucional se ficar
demonstrado que ela foi aprovada com votos “comprados” dos parlamentares e que esse número foi
suficiente para comprometer o resultado da votação
STF: Entidade de classe que representa apenas parte da categoria profissional (e não a sua totalidade),
não pode ajuizar ADI/ADC
A entidade que não representa a totalidade de sua categoria profissional não possui legitimidade ativa
para ajuizamento de ações de controle concentrado de constitucionalidade. Por esse motivo, a Federação
Nacional do Fisco Estadual e Distrital - FENAFISCO não tem legitimidade para a propositura de ADI na
medida em que constitui entidade representativa de apenas parte de categoria profissional, já que não
abrange os auditores fiscais federais e municipais. STF. Plenário. ADI 6465 AgR/DF, Rel. Min. Alexandre
de Moraes, julgado em 19/10/2020 (Info 995).
As hipóteses de impedimento e suspeição restringem-se aos processos subjetivos; logo, não se aplicam,
ordinariamente, ao processo de fiscalização concentrada de constitucionalidade
48
Não há impedimento, nem suspeição de ministro, nos julgamentos de ações de controle concentrado,
exceto se o próprio ministro firmar, por razões de foro íntimo, a sua não participação. STF. Plenário. ADI
6362/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 2/9/2020 (Info 989).
Origem: STF
É recorrível a decisão denegatória de ingresso no feito como amicus curiae. É possível a impugnação
recursal por parte de terceiro, quando denegada sua participação na qualidade de amicus curiae. STF.
Plenário. ADI 3396 AgR/DF, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 6/8/2020 (Info 985). Vale ressaltar que
existem decisões em sentido contrário e que o tema não está pacificado. Nesse sentido: Tanto a decisão
do Relator que ADMITE como a que INADMITE o ingresso do amicus curiae é irrecorrível (STF. Plenário.
RE 602584 AgR/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, julgado em 17/10/2018. Info
920).
Pessoa física não pode ser amicus curiae em ação de controle concentrado de constitucionalidade
Origem: STF
A pessoa física não tem representatividade adequada para intervir na qualidade de amigo da Corte em
ação direta. STF. Plenário. ADI 3396 AgR/DF, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 6/8/2020 (Info 985).
Para ser considerada entidade de classe de âmbito nacional e, assim, ter legitimidade para propor ações
de controle abstrato de constitucionalidade, é necessário que a entidade possua associados em pelo
menos 9 Estados-membros
Origem: STF
49
A CF/88 e a lei preveem que a “entidade de classe de âmbito nacional” possui legitimidade para propor
ADI, ADC e ADPF. A jurisprudência do STF, contudo, afirma que apenas as entidades de classe com
associados ou membros em pelo menos 9 (nove) Estados da Federação dispõem de legitimidade ativa
para ajuizar ação de controle abstrato de constitucionalidade. Assim, não basta que a entidade declare no
seu estatuto ou ato constitutivo que possui caráter nacional. É necessário que existam associados ou
membros em pelo menos 9 (nove) Estados da Federação. Isso representa 1/3 dos Estados-membros/DF.
Trata-se de um critério objetivo construído pelo STF com base na aplicação analógica da Lei Orgânica dos
Partidos Políticos (art. 7º, § 1º, da Lei nº 9.096/95). STF. Plenário. ADI 3287, Rel. Marco Aurélio, Relator p/
Acórdão Ricardo Lewandowski, julgado em 05/08/2020 (Info 988 – clipping).
Origem: STJ
Procurador público possui capacidade postulatória para interpor recurso extraordinário em ação de
controle concentrado de constitucionalidade, desde que o legitimado tenha outorgado poderes
Origem: STF
Os procuradores públicos têm capacidade postulatória para interpor recursos extraordinários contra
acórdãos proferidos em sede de ação de controle concentrado de constitucionalidade, nas hipóteses em
que o legitimado para a causa outorgue poderes aos subscritores das peças recursais. STF. Plenário. RE
1068600 AgR-ED-EDv/RN, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 4/6/2020 (Info 980).
50
É cabível o ajuizamento de ADPF contra interpretação judicial de que possa resultar lesão a preceito
fundamental
Origem: STF
Cabe ADPF contra o conjunto de decisões judiciais que determinam medidas de constrição judicial em
desfavor do Estado-membro, das Caixas Escolares ou das Unidades Descentralizadas de Execução da
Educação UDEs e que recaiam sobre verbas destinadas à educação. STF. Plenário. ADPF 484/AP, Rel. Min.
Luiz Fux, julgado em 4/6/2020 (Info 980).
É possível o aditamento da petição inicial da ADI para a inclusão de novos dispositivos legais?
Origem: STF
O aditamento à petição inicial da ação direta de inconstitucionalidade para que sejam incluídos novos
dispositivos legais somente é possível nas hipóteses em que a inclusão da nova impugnação: a) dispense
a requisição de novas informações e manifestações; e b) não prejudique o cerne da ação. Assim, por
exemplo, se o autor, depois que o processo já está em curso, pede a inclusão no objeto da ADI de novos
dispositivos legais que ampliam o escopo da ação, esse aditamento deve ser indeferido porque isso
exigiria que novos pedidos de informações à Assembleia Legislativa ou ao Congresso Nacional, bem como
novas manifestações da Advocacia-Geral da União e da Procuradoria-Geral da República, o que violaria
os princípios da economia e da celeridade processuais. Ademais, a inclusão dos dispositivos prejudicaria
o objeto da ação direta, na medida em que ampliaria o seu escopo. STF. Plenário. ADI 1926, Rel. Roberto
Barroso, julgado em 20/04/2020.
Lei estadual que modifique os limites geográficos de Município pode ser objeto de ADI
Origem: STF
51
Lei estadual que dispõe sobre criação, incorporação, fusão ou desmembramento de municípios possui
natureza normativa e abstrata, desafiando o controle concentrado. STF. Plenário. ADI 1825, Rel. Min. Luiz
Fux, julgado em 15/04/2020 (Info 978).
Procuração com poderes específicos para o ajuizamento de ADI e possibilidade de que esse vício seja
sanado
Origem: STF
O advogado que assina a petição inicial da ação direta de inconstitucionalidade precisa de procuração com
poderes específicos. A procuração deve mencionar a lei ou ato normativo que será impugnado na ação.
Repetindo: não basta que a procuração autorize o ajuizamento de ADI, devendo indicar, de forma
específica, o ato contra o qual se insurge. Caso esse requisito não seja cumprido, a ADI não será conhecida.
Vale ressaltar, contudo, que essa exigência constitui vício sanável e que é possível a sua regularização
antes que seja reconhecida a carência da ação. STF. Plenário. ADI 6051, Rel. Cármen Lúcia, julgado em
27/03/2020.
Origem: STF
O amicus curiae não tem legitimidade para propor ação direta; logo, também não possui legitimidade para
pleitear medida cautelar. Assim, a entidade que foi admitida como amicus curiae em ADPF não tem
legitimidade para, no curso do processo, formular pedido para a concessão de medida cautelar. STF.
Plenário. ADPF 347 TPI-Ref/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado
em 18/3/2020 (Info 970).
Relator não pode, de ofício, na ADPF que trata sobre o Estado de Coisas Inconstitucional dos presídios,
determinar medidas para proteger os presos do Covid-19
52
Origem: STF
A decisão do Ministro Relator que, de ofício, na ADPF que trata sobre o Estado de Coisas Inconstitucional
no sistema prisional, determina medidas para proteger os presos do Covid-19 amplia indevidamente o
objeto da ação. É certo que no controle abstrato de constitucionalidade, a causa de pedir é aberta. No
entanto, o pedido é específico. Nenhum dos pedidos da ADPF 347 está relacionado com as questões
inerentes à prevenção do Covid-19 nos presídios. Não é possível, portanto, a ampliação do pedido cautelar
já apreciado anteriormente. A Corte está limitada ao pedido. Aceitar a sua ampliação equivale a agir de
ofício, sem observar a legitimidade constitucional para propositura da ação. Ademais, em que pese a
preocupação de todos em relação ao Covid-19 nas penitenciárias, a medida cautelar, ao conclamar os
juízes de execução, determina, fora do objeto da ADPF, a realização de megaoperação para analisar
detalhadamente, em um único momento, todas essas possibilidades e não caso a caso, como recomenda
o Conselho Nacional de Justiça. O STF entendeu que, neste momento, o Poder Judiciário deve seguir as
recomendações sobre a questão emitidas pelo Conselho Nacional de Justiça CNJ e por portaria conjunta
dos Ministérios da Saúde e da Justiça. Para evitar a disseminação do novo coronavírus nas prisões, o CNJ
recomendou a análise de situações de risco caso a caso. A Recomendação 62/2020 do CNJ traz
orientações aos Tribunais e aos magistrados quanto à adoção de medidas preventivas contra a
propagação do Covid-19 no âmbito dos sistemas de justiça penal e socioeducativo. STF. Plenário. ADPF
347 TPI-Ref/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 18/3/2020
(Info 970).
Viola a cláusula de reserva de plenário e a SV 10 a decisão de órgão fracionário do Tribunal que permite
que empresa comercialize produtos em desacordo com as regras previstas em Decreto federal, sob o
argumento de que este ato normativo violaria o princípio da livre concorrência
Origem: STF
O afastamento de norma legal por órgão fracionário, de modo a revelar o esvaziamento da eficácia do
preceito, implica contrariedade à cláusula de reserva de plenário e ao Enunciado 10 da Súmula Vinculante.
Caso concreto: a 4ª Turma do TRF da 1ª Região, ou seja, um órgão fracionário do TRF1, ao julgar apelação,
permitiu que uma empresa comercializasse determinada espécie de cigarro mesmo isso sendo contrário
às regras do Decreto nº 7.212/2010. Embora não tenha declarado expressamente a inconstitucionalidade
do Decreto, a 4ª Turma afirmou que ele seria contrário ao princípio da livre concorrência, que é previsto
no art. 170, IV, da CF/88. Ao desobrigar a empresa de cumprir as regras do decreto afirmando que ele
violaria o princípio da livre iniciativa, o que a 4ª Turma fez foi julgar o decreto inconstitucional. Ocorre que
isso deveria ter sido feito respeitando-se a cláusula de reserva de plenário, conforme explicitado na SV
10: Súmula vinculante 10-STF: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão
53
fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte. STF. 1ª Turma. RE 635088 AgR-
segundo/DF, rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 4/2/2020 (Info 965).
O Procurador da Câmara Municipal dispõe de legitimidade para interpor recurso extraordinário contra
acórdão de Tribunal de Justiça proferido em representação de inconstitucionalidade em defesa de lei ou
ato normativo estadual ou municipal
Origem: STF
Os Procuradores (do Estado, do Município, da ALE, da Câmara etc.) possuem legitimidade para a
interposição de recursos em ação direta de inconstitucionalidade. STF. 2ª Turma. RE 1126828 AgR/SP, rel.
orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Cármen Lúcia, julgado em 4/2/2020 (Info 965).
É possível, em tese, o ajuizamento de ADI contra deliberação administrativa de tribunal, desde que ela
tenha conteúdo normativo com generalidade e abstração, devendo, contudo, em regra, a ação ser julgada
prejudicada caso essa decisão administrativa seja revogada
Origem: STF
É cabível ação direta de inconstitucionalidade contra deliberação administrativa do Tribunal que determina
o pagamento de reajuste decorrente da conversão da URV em reais (“plano real”) aos magistrados e
servidores. Depois que a ADI foi proposta, e antes que fosse julgada, o TRT decidiu revogar essa
deliberação administrativa. Diante disso, indaga-se: o mérito da ação foi julgado? NÃO. Em decorrência da
revogação da deliberação, o STF julgou prejudicada a ADI, por perda superveniente de objeto. STF.
Plenário. ADI 1244 QO-QO/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 19/12/2019 (Info 964).
Exige-se quórum de maioria absoluta dos membros do STF para modular os efeitos de decisão proferida
em julgamento de recurso extraordinário no caso em que não tenha havido declaração de
inconstitucionalidade
54
Direito Constitucional Controle de constitucionalidade Modulação de efeitos da decisão
Origem: STF
Exige-se quórum de MAIORIA ABSOLUTA dos membros do STF para modular os efeitos de decisão
proferida em julgamento de recurso extraordinário repetitivo, com repercussão geral, no caso em que
NÃO tenha havido declaração de inconstitucionalidade da lei ou ato normativo. Qual é o quórum para que
o STF, no julgamento de recurso extraordinário repetitivo, com repercussão geral reconhecida, faça a
modulação dos efeitos da decisão? • Se o STF declarou a lei ou ato inconstitucional: 2/3 dos membros. • Se
o STF não declarou a lei ou ato inconstitucional: maioria absoluta. STF. Plenário. RE 638115 ED-ED/CE, Rel.
Min. Gilmar Mendes, julgado em 18/12/2019 (Info 964).
Uma lei que tenha destinatários determináveis continua possuindo caráter abstrato e geral e pode ser
impugnada por meio de ADI
Origem: STF
O fato de uma lei possuir destinatários determináveis não retira seu caráter abstrato e geral, tampouco a
transforma em norma de efeitos concretos. STF. 1ª Turma. RE 1186465 AgR/TO, Rel. Min. Alexandre de
Moraes, julgado em 8/10/2019 (Info 955).
Mesmo que uma lei seja fruto de acordo homologado judicialmente, ela poderá ser objeto de ADI, não
havendo violação da coisa julgada material
Origem: STF
Foi proposta ADI contra lei municipal. O TJ não conheceu da ação sob o argumento de que a lei impugnada
seria fruto de um acordo homologado judicialmente. Logo, não seria possível rediscutir a matéria por meio
de ação direta de inconstitucionalidade, considerando que haveria violação à coisa julgada material. O STF
concordou com essa conclusão? NÃO. O fato de a lei ter sido aplicada em casos concretos, com decisões
transitadas em julgado, em nada interfere na possibilidade dessa mesma norma ser analisada,
abstratamente, em sede de ação direta de inconstitucionalidade. Acordos homologados judicialmente
55
jamais podem afastar o controle concentrado de constitucionalidade das leis. STF. 1ª Turma. RE 1186465
AgR/TO, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 8/10/2019 (Info 955).
QUESTÕES DE CONCURSOS
1. Ano: 2016 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Câmara de Rio Branco - AC Prova:
INSTITUTO AOCP - 2016 - Câmara de Rio Branco - AC - Analista Legislativo - Direito
56
3. Ano: 2009 Banca: AOCP Órgão: CASAN
A) Apenas I e II.
B) Apenas I, II e III.
C) Apenas III e IV.
D)Apenas I, III e IV.
E) I, II, III e IV.
Ano: 2016 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: CISAMUSEP - PR Prova: INSTITUTO AOCP - 2016
- CISAMUSEP - PR - Advogado
5. Ano: 2017 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de Pinhais - PR Prova: INSTITUTO
AOCP - 2017 - Prefeitura de Pinhais - PR - Analista Fiscal de Tributos Municipais
57
B) Pelo Sistema brasileiro, a declaração de inconstitucionalidade de lei compete, no
âmbito do controle jurisdicional difuso, somente ao STF.
C) Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de
norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que
defenderá o ato ou texto impugnado.
D) Estão legitimados para propor Ação Direta De Inconstitucionalidade, por ofensa à
Constituição Federal, dentre outros, o Presidente da República, a Mesa do Senado
Federal e os Conselhos Seccionais da OAB.
E) Súmula vinculante editada pelo Supremo Tribunal Federal também pode ser objeto de
Ação Direta de Inconstitucionalidade.
a) pode ser levado a efeito por meio de mandado de segurança impetrado por qualquer
cidadão contra proposta de emenda à constituição.
b) ocorre no âmbito das casas parlamentares e quando da sanção ou veto, não existindo
na esfera judicial.
c) tem natureza marcadamente política, mesmo quando levado a efeito em juízo, porque
atua ainda quando do processo de elaboração normativa.
d) é realizado por meio de mecanismos difusos e concentrados em geral de controle de
constitucionalidade.
e) implica a impossibilidade de derrubada de veto levado a efeito nos termos de
jurisprudência vinculante do Supremo Tribunal Federal.
Certo ( )
Errado ( )
58
a) Suponha-se que um órgão fracionário de um tribunal regional federal entenda que
uma lei, que se aplica ao caso, é inconstitucional e que, portanto, não deve ser aplicada
no caso concreto. Nesse caso, o tribunal regional federal deverá atentar para a cláusula
de reserva de plenário.
b) No âmbito do controle difuso de constitucionalidade, somente as leis federais podem
ser objeto de decisão em julgamento do STF.
c) De acordo com o STF, no que se refere ao controle concentrado, a constituição
brasileira adotou a tese da inconstitucionalidade superveniente, ou seja, será
inconstitucional a norma inferior incompatível com a nova regra constitucional.
d) O sistema de controle difuso brasileiro adotou a teoria da nulidade, isto é, a declaração
de inconstitucionalidade terá eficácia ex tunc, não se permitindo a modulação dos
efeitos.
e) No controle constitucional difuso, há a possibilidade de participação do Senado
Federal, que pode, por meio de decreto legislativo, suspender, no todo ou em parte, a lei
declarada formalmente inconstitucional por decisão definitiva do STF.
10. (PC-MS – Delegado de Polícia – FAPEMS – 2017 – ADAPTADA) No âmbito do controle
difuso-concreto de constitucionalidade brasileiro, tem-se que a inconstitucionalidade da
norma objeto do caso concreto não pode ser reconhecida de ofício pelo magistrado.
Certo ( )
Errado ( )
59
Judiciário, ao passo que o controle de constitucionalidade preventivo é de atribuição dos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Certo ( )
Errado ( )
14. (TJ-SP – Juiz de Direito – 2018 – VUNESP) É possível afirmar que, no sistema
constitucional brasileiro,
60
15. (FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Inspetor de Polícia Legislativa)
À luz do sistema constitucional vigente, o Poder Judiciário exercerá o controle
repressivo da constitucionalidade da lei federal, em face da Constituição Federal,
QUESTÕES COMENTADAS
1. Ano: 2016 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Câmara de Rio Branco - AC Prova:
INSTITUTO AOCP - 2016 - Câmara de Rio Branco - AC - Analista Legislativo - Direito
Gabarito D
A banca anotou esse item como gabarito, mas existem algumas exceções, como a
previsão do art. 949, parágrafo único, do CPC, que prevê: “os órgãos fracionários dos
61
tribunais não submeterão ao plenário ou ao órgão especial a arguição de
inconstitucionalidade quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do
Supremo Tribunal Federal sobre a questão”.
a) não há condição para a declaração de nulidade em sede de controle de
constitucionalidade. Não se estende a vedação relativa ao veto.
b) será em regra “inter partes”.
c) em regra “ex tunc”, mas se admite modulação temporal de efeitos.
e) o coração não está entre os legitimados para propor ADI, conforme rol taxativo do art.
103 da CF.
Gabarito A
A questão está se referindo à classificação que adora os modelos de controle. O controle
judiciário repressivo é misto porque pode se dar de forma difusa ou concentrada.
62
II. O Presidente da República e o Vice-Presidente podem propor a ação direta de
inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade.
III. O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de
inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal
Federal.
IV. Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.
A) Apenas I e II.
B) Apenas I, II e III.
C) Apenas III e IV.
D)Apenas I, III e IV.
E) I, II, III e IV.
Gabarito D.
I - Correto. Art. 103, V, CF.
II - Errado. Art. 103, I, CF. Vice-Presidente não é legitimado.
III - Correto. Art.
103, parágrafo 1º,
CF.
IV - Art. 103, parágrafo 2°, da CF.
Ano: 2016 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: CISAMUSEP - PR Prova: INSTITUTO AOCP - 2016
- CISAMUSEP - PR - Advogado
Gabarito E.
Art. 103, V e VI da CF
5. Ano: 2017 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de Pinhais - PR Prova: INSTITUTO
AOCP - 2017 - Prefeitura de Pinhais - PR - Analista Fiscal de Tributos Municipais
63
Assinale a alternativa correta acerca dos sistemas de controle de constitucionalidade.
A) Pelo Sistema brasileiro, a declaração de inconstitucionalidade de lei compete, no
âmbito do controle jurisdicional difuso, somente ao STJ.
B) Pelo Sistema brasileiro, a declaração de inconstitucionalidade de lei compete, no
âmbito do controle jurisdicional difuso, somente ao STF.
C) Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de
norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que
defenderá o ato ou texto impugnado.
D) Estão legitimados para propor Ação Direta De Inconstitucionalidade, por ofensa à
Constituição Federal, dentre outros, o Presidente da República, a Mesa do Senado
Federal e os Conselhos Seccionais da OAB.
E) Súmula vinculante editada pelo Supremo Tribunal Federal também pode ser objeto de
Ação Direta de Inconstitucionalidade.
Gabarito: C
AGU funcionará como o”defensor legis (Art. 103, “parágrafo terceiro, CF.
A e B) qualquer juiz ou Tribunal pode realizar controle difuso.
D) os conselhos seccionais não são legitimados.
E) não pode. Há outros meios de controle da súmula vinculantes
a) pode ser levado a efeito por meio de mandado de segurança impetrado por qualquer
cidadão contra proposta de emenda à constituição.
b) ocorre no âmbito das casas parlamentares e quando da sanção ou veto, não existindo
na esfera judicial.
c) tem natureza marcadamente política, mesmo quando levado a efeito em juízo, porque
atua ainda quando do processo de elaboração normativa.
d) é realizado por meio de mecanismos difusos e concentrados em geral de controle de
constitucionalidade.
e) implica a impossibilidade de derrubada de veto levado a efeito nos termos de
jurisprudência vinculante do Supremo Tribunal Federal.
GABARITO C.
Correto. Inclusive esse é o grande motivo do controle jurídico preventivo ser tão
excepcional.
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a) o MS tem como único legitimado o parlamentar.
b) existe na esfera judicial, mas é excepcional. MS impetrado por parlamentar para
tutelar o direito dos parlamentares a um processo legislativo hígido ou,
excepcionalmente no caso das PECs, para discutir ofensa às cláusulas pétreas.
d) Não. A vida adequada é MP. Esses métodos são repressivos.
e) Não há relação entre o controle preventivo e o controle do veto pelo controle do veto
pelo Congresso Nacional. São duas prerrogativas autônomas.
Certo ( )
Errado ( )
GABARITO ERRADO.
É possível aplicar a interpretação conforme sem a necessidade de submeter a demanda
à clausula de reserva de plenário.
65
d) O sistema de controle difuso brasileiro adotou a teoria da nulidade, isto é, a declaração
de inconstitucionalidade terá eficácia ex tunc, não se permitindo a modulação dos
efeitos.
e) No controle constitucional difuso, há a possibilidade de participação do Senado
Federal, que pode, por meio de decreto legislativo, suspender, no todo ou em parte, a lei
declarada formalmente inconstitucional por decisão definitiva do STF.
GABARITO A.
b) O objeto é amplo, não se restringindo às leis federais, é nem sequer às leis. Não
existem restrições quando à natureza do ato questionado (primário ou secundário;
normativo ou não normativo), nem quanto ao âmbito de sua emanação (federal, estadual
ou municipal). Não importa, ainda, se o ato já foi revogado, se exauriu seus efeitos ou se
é anterior à constituição em vigor.
c) O Brasil não adotou a tese da inconstitucionalidade superveniente.
d) Permite-se a modulação dos efeitos (art. 27, da Lei nº. 9868/99).
e) O instrumento correto é a Resolução. Atualmente, há outro erro na questão: o “pode”.
Já se sabe que, segundo entendimento do STF, o Senado Federal não tem mais
discricionariedade de suspender, ou não, a lei. Ele apenas publica a decisão do STF.
Certo ( )
Errado ( )
GABARITO ERRADO.
A legitimidade para inaugurar o controle difuso de constitucionalidade é ampla.
Enquadram-se nesse rol de autores quaisquer pessoas, no exercício de seu direito
constitucional de ação – partes e terceiros intervenientes, o Ministério Público e até o
Juiz de ofício. Deve-se ressaltar que, no recurso extraordinário, não é possível a
declaração de inconstitucionalidade ex officio, pois deve ter havido prévio
prequestionamento.
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a) Por meio do controle difuso de constitucionalidade é possível aferir a compatibilidade
de direito pré- constitucional para com a Constituição Federal de 1988, o que não se
mostra possível em sede de controle concentrado, a menos que o instrumento
processual seja a Ação de descumprimento de preceito fundamental.
b) É viável o controle difuso de constitucionalidade sobre lei ou ato normativo municipal
que contraria a Constituição da República.
c) É cabível, no sistema brasileiro, o controle difuso de constitucionalidade sobre normas
constitucionais originárias, resultantes da Assembleia Nacional Constituinte de 1988.
d) Membros do Ministério Público que atuem em processo judicial possuem legitimidade
para pleitear, incidentalmente, declaração difusa de inconstitucionalidade.
GABARITO C.
Não é admissível qualquer tipo de controle de constitucionalidade sobre as normas
constitucionais originárias.
Certo ( )
Errado ( )
GABARITO ERRADO.
Admite-se controle judicial-repressivo e político-repressivo, bem como judicial-
preventivo e político-preventivo.
14. (TJ-SP – Juiz de Direito – 2018 – VUNESP) É possível afirmar que, no sistema
constitucional brasileiro,
GABARITO A.
b) o único legitimado é o parlamentar.
c) a única via é a mandamental. Não é possível controle preventivo por meio de ação
direta de inconstitucionalidade.
d) em relação a projeto de lei, apenas inconstitucionalidade formal. PEC admite
inconstitucionalidade formal ou material.
15. (FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Inspetor de Polícia Legislativa)
À luz do sistema constitucional vigente, o Poder Judiciário exercerá o controle
repressivo da constitucionalidade da lei federal, em face da Constituição Federal,
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A) exclusivamente pela via da ação direta de inconstitucionalidade proposta pelas
pessoas autorizadas pela Constituição Federal, como o Procurador-Geral da República.
B) exclusivamente pela via da ação declaratória de constitucionalidade proposta pelas
pessoas autorizadas pela Constituição Federal, como o Presidente da República.
C) em caráter difuso, pelos juízes e tribunais, evidentemente nos processos submetidos
à sua apreciação, ou em caráter concentrado, exclusivamente pelo Supremo Tribunal
Federal.
D) exclusivamente em caráter concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal, em sede de
recurso extraordinário, quando a decisão recorrida houver declarado a
inconstitucionalidade da lei.
E) pela via das ações diretas de inconstitucionalidade e ações declaratórias de
constitucionalidade, sendo que as decisões de mérito, proferidas apenas nas primeiras,
produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante circunscrito aos demais órgãos do
Poder Judiciário.
GABARITO C.
O controle difuso pode ser exercido por qualquer Juiz ou Tribunal, de acordo com sua
competência, e sempre pela via de exceção. O controle concentrado é exercido apenas
pela STF, por via de ação, através de um processo constitucional objetivo, e com
legitimados previamente estabelecidos pela ordem constitucional (art. 103 da CF).
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