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Olá! Boas-Vindas!
Cada material foi preparado com muito carinho para que você
possa absorver da melhor forma possível, conteúdos de qua-
lidade!
Com carinho,
Equipe Ceisc. ♥
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Prof.ª Nathalie Kuczura
Sumário
Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
concursos e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso, recomenda-
se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.
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1 Tradicionalmente, o conceito de Direito Constitucional estava relacionado ao estudo das normas e instituições
fundamentais relacionadas à Constituição. Atualmente, a Constituição segue sendo a principal fonte formal do Di-
reito Constitucional, mas este vai além da análise única e exclusiva do texto da Constituição. Ademais, ainda, de-
fende-se, tendo por base a divisão entre direito público e direito privado, que se trata de uma disciplina vinculada ao
direito público.
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Virgílio Afonso da Silva, por sua vez, apresenta uma análise a partir do papel da Cons-
tituição, ou seja, sua função no ordenamento jurídico interno de um país. Para tanto apresenta a
seguinte classificação:
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2. Estrutura da Constituição
2.1. Preâmbulo
O preâmbulo expressa, brevemente, os principais objetivos e valores que nortearam o
novo texto constitucional, servindo como um norte interpretativo histórico do texto constitu-
cional.
De acordo com o posicionamento do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI
2.076, o preâmbulo não é considerado uma norma constitucional. Trata-se de uma norma de
natureza política (tese da irrelevância jurídica). Em razão disso, o preâmbulo, em tese, não
pode ser alterado por meio de emenda constitucional; não é norma de repetição obrigató-
ria nas Constituições Estaduais; não pode ser utilizado como parâmetro ou paradigma
para a realização de controle de constitucionalidade; e a expressão “Deus”, constante no
final do mesmo, não ofende à laicidade do Estado.
O preâmbulo da Constituição Federal de 1988 está assim redigido:
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Consti-
tuinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade
e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos,
fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução
pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUI-
ÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
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3. Supremacia da Constituição
(Bloco de Constitucionalidade)
No âmbito brasileiro atual, a pirâmide kelseniana pode ser utilizada, porém o conceito
de Constituição tem sido adotado de uma forma mais ampla do que na sua concepção original.
Isso porque por Constituição não se entende apenas o texto aprovado pelo Constituinte em 1988
e suas sucessivas transformações pelo Poder Constituinte Derivado. O conteúdo constitucional,
tem sido, pois, observado através de uma perspectiva ampliativa. Abarca, assim, os princípios
dela decorrentes, como por exemplo, o direito das minorias, o direito à felicidade etc 2, bem
como os tratados internacionais sobre direitos humanos, aprovados pelas duas casas do
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos respectivos membros, nos termos
do art. 5º, §3º, da Constituição Federal. Tal forma o denominado bloco de constitucionalidade
ou bloco constitucional.
Atualmente, os seguintes tratados foram aprovados com o quórum previsto no §3º do
art. 5º da Constituição Federal e, portanto, possuem status de norma constitucional: 1. Conven-
ção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo; 2.
Tratado de Marraqueche para Facilitar o Acesso a Obras Publicadas às Pessoas Cegas, com
Deficiência Visual ou com Outras Dificuldades para ter Acesso ao Texto Impresso e 3. Conven-
ção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerân-
cia.
Assim, no topo da pirâmide não está apenas a Constituição Federal, mas, sim, o cha-
mado bloco de constitucionalidade. Logo abaixo do bloco de constitucionalidade, localizam-
se as normas supralegais, que, segundo o Supremo Tribunal Federal se configuram como
sendo tratados sobre direitos humanos que não foram aprovados pelas duas casas do Con-
gresso Nacional,3 em dois turnos, por três quintos de seus membros. Abaixo destes, estão as
2 Quanto a estes, ainda, não há um maior debate doutrinário e jurisprudencial quanto à sua inclusão no âmbito do
denominado bloco de constitucionalidade, em razão da ideia de supremacia formal apregoada.
3 Frise-se que a Constituição Federal não apresenta regulamentação expressa sobre o status dos tratados sobre
direitos humanos aprovados sem o referido procedimento especial, razão pela qual existem diversas correntes
acerca da temática, dentre elas a que defende que tais tratados seriam incorporados, por força do que determina o
§2º do art. 5º da Constituição Federal com status de norma constitucional. Esse, contudo, não é o entendimento que
prevaleceu no âmago do Supremo Tribunal Federal.
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leis (leis ordinárias, leis complementares4, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legis-
lativos e resoluções). Por fim, têm-se os atos infralegais, que são atos normativos emanados
pelo Poder Executivo, que possuem como principal objetivo regular a(a) lei(s) que lhe é superior
hierarquicamente.
Atenção!
Normas Supralegais
Leis
Atos Infralegais
4A discussão existente acerca da hierarquia entre lei ordinária e lei complementar já foi balizada pelo entendimento
do Supremo Tribunal Federal no sentido de que inexiste hierarquia entre referidas espécies normativas.
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Constituição Promulgada
Quanto à origem, ainda, podem ser citadas outras duas espécies de Constituições: Ce-
sarista (bonapartista), que é a elaborada pelo governante (unilateral) e submetida a referendo
ou plebiscito e a pactuada (dualista), que se configura quando há um acordo entre duas forças
políticas existentes em um Estado.
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Políticos e individuais dos cidadãos. As demais matérias poderiam ser alteradas sem aludidas
formalidades, seguindo-se, pois, o mesmo processo legislativa previsto para elaboração de lei
infraconstitucional.
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