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TEORIA GERAL DO
DIREITO CONSTITUCIONAL

INTRODUÇÃO
AO DIREITO
CONSTITUCIONAL
Teoria Geral do Direito Constitucional
Uninorte

Bem-vindos ao
Curso de Teoria
Geral do Direito
Constitucional
Nossa jornada inicia aqui!
Teoria Geral do Direito Constitucional
Uninorte

SSOR

LEONARDO
PROFE

BANDEIRA Advogado, professor, podcaster,


especialista em Direito Civil e
Docência do Ensino Superior
Teoria Geral do Direito Constitucional
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Comunidade do
Professor no
Telegram
Slides;
Resumos;
Esquemas;
Flashcards;
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O QUE 1 INTRODUÇÃO

IREMOS 2
3
IMPORTÂNCIA DA CONSTITUIÇÃO

CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO

APRENDER
HOJE?FOCO
O QUE É
Figura 1 - Cena do Filme Ponte dos Espiões
Fonte: 20cth Century Studios
CONSTITUIÇÃO?
Figura 2 - Foto de Ferdinand Lassale

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1 - SENTIDO SOCIOLÓGICO
Proposta por Ferdinand Lassalle o sentido
sociológico busca desvendar o sentido que
uma constituição possui em uma sociedade.
A Constituição reflete as forças sociais que
constituem o poder.
A Constituição expressa a somatória dos
fatores reais de poder dentro de uma
sociedade.

Ferdinand Lassalle - Fonte: Wikipédia


# quais os fatores reais de poder presentes na
sociedade brasileira?
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Figura 3 - Foto de Carl Schmitt

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2 - SENTIDO POLÍTICO
Classificação proposta por Carl
Schmitt que defendia a necessidade
de diferenciar Constituição de Lei
Constitucional.
a. A Constituição: decisão política
fundamental (Ex: estrutura dos
órgãos de Estado, Direitos
Individuais, etc.).
b. A Lei Constitucional: demais
dispositivos que não abordam Carl Schmitt - Fonte: Wikipédia

questões políticas fundamentais.


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A - SENTIDO MATERIAL
05 É Constitucional aquilo que tratar de

3 - SENTIDO
matérias específicas, regras
estruturais da sociedade, de seus

MATERIAL E FORMAL
alicerces fundamentais, tais como a
formas de Estado, governo, órgãos etc.

# A Constituição brasileira adotou o


sentido formal ou material?
B - SENTIDO FORMAL
Sistema misto, pois é possível que
existam normas constitucionais fora do As normas constitucionais deve ser
texto da constituição, tal como expõe o criadas através do poder soberano, por
art. 5.º, § 3.º, CRFB, o qual admite que meio de processo legislativo
tratados internacionais de direitos dificultoso, diferenciado e solene.
humanos (matéria) sejam incorporados Diferente de uma norma comum.
como emendas (art. 242, § 2.º, CRFB).
Figura 3 - Hans Kelsen

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4 - SENTIDO JURÍDICO
Segundo Hans Kelsen, o Direito é uma ordem
de conduta humana, ou seja, é um conjunto de
normas que forma um sistema único.
Sistema hierárquico de leis, no qual a norma
do estrato inferir retira sua validade do
estrato superior.
Fonte: Conjur
A Constituição então é o que inaugura este
sistema e confere validade as demais
normais, encontrando-se no topo. A
verdadeira norma suprema fundamental.
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# Se a Constituição confere validade a todas


as normas, o que confere validade para a
O Cientista aponta uma delimitação de
possibilidades válidas, permitindo ao
aplicador do Direito identificar dentre elas
Constituição na visão de Kelsen?
aquela que julga (subjetivamente) adequada
Segundo a Teoria Pura do Direito, não há na ao caso concreto.
Ciência do Direito qualquer influência dos A Constituição é uma norma "pressuposta",
fenômenos sociais (Ex. Inflação, desemprego, pois segundo a Teoria Pura do Direito não
invasão do STF, etc.) e fatores subjetivos poderá ser "posta" por uma autoridade.
(política, moral, valores, costumes, cultura). Trata-se de um recurso não concreto, apenas
Somente no momento de aplicação da norma meramente teórico. Este último é justamente
que o julgador observando o caso concreto o ponto crítico de sua teoria, pois é inegável
utiliza fatores subjetivos de julgamento. A que na origem das leis e da própria
manifestação bruta do Direito (aplicada pelo Constituição os fenômenos sociais e os
julgador) é diferente da Ciência do Direito. fatores subjetivos interferem. Não significa
Kelsen não busca verificar se uma norma é necessariamente que Kelsen esteja errado,
justa ou não, mas sim, se é válida ou não. trata-se tão somente de uma teoria.
O cientista do Direito, busca então verificar no Inovadora que organizou e estabeleceu
caso concreto quais as interpretações válidas critérios diferenciadores entre o Direito e a
ou não. Ciência do Direito.
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CONSTITUIÇÃO
NORMAS SUPRALEGAIS ARTIGO
Afinal, o que é a norma

NORMAS LEGAIS fundamental hipotética?

NORMAS INFRALEGAIS
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CONSTITUIÇÃO

Constituição da Republica
Federativa do Brasil
Constituições Estaduais
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# Por que os Tratados Internacionais

CONSTITUIÇÃO
de Direitos Humanos estão logo
abaixo da Constituição?

NORMAS SUPRALEGAIS

Tratados internacionais de Direitos


Humanos aprovados nas 2 casas
do Congresso Nacional em 2
turnos por 3/5 (Art. 5°, §3°,
CRFB/88)
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#
Inicialmente, os doutrinadores apontavam
Por que os Tratados Internacionais que o TIDH era forma diferida de alteração
de Direitos Humanos estão logo da Constituição. Adiante estudaremos que a
abaixo da Constituição? forma de alteração da CRFB/88 deve ocorrer
por meio de PEC.
1ª Corrente: Bidart Campos e Celso Albuquerque de No entanto é ilógico, tendo em vista que o
Mello afirmam que os TIDH estão acima da Constituição. Constituinte Originário não dispôs nenhuma
2ª Corrente: Ada Peregrini Grinover e outros defendem norma neste sentido. Simplesmente apontou
que possuem natureza jurídica constitucional em razão que os direitos e garantias fundamentais
do art. 5°, §2°, da CRFB/88. apontados na Constituição de 1988 não são
3ª Corrente: STF através do julgamento do HC 90.172/SP estritos. Bastando portanto que o TIDH
definiu que se trata de norma supralegal. obedeça a sistemática do Art. Art. 5°, §3°,
4ª Corrente: STF através do julgamento da ADI 480-3/DF CRFB/88, dessa forma equivalerá a Emenda
definiu que se trata de norma ordinária. Constitucional. No entanto, não é
necessariamente (formal) parte da
Constituição, trata-se de norma supralegal.
Exemplo: Convenção Internacional sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência de 2007
(vide Decreto n° 6.949/2009)
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CONSTITUIÇÃO
NORMAS SUPRALEGAIS
NORMAS LEGAIS Lei Complementar;
Lei Ordinária;
Lei Delegada;
Medida Provisória;
Decreto Legislativo;
Resoluções;
Decretos Autônomos (Art. 84, IV,
CRFB/88).
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CONSTITUIÇÃO
NORMAS SUPRALEGAIS
NORMAS LEGAIS
NORMAS INFRALEGAIS
Decretos;
Regulamentações;
Instruções Normativas.
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A formulação de uma Constituição sofre

5 - SENTIDO CULTURALISTA
então a influência de fatores culturais, tais
como:

a. Fatores Reais: natureza humana,


A Constituição é um produto de um
necessidades individuais e sociais concretas,
fato cultural (expressão de um povo), localização geográfica, etc.
produzido pela sociedade e que nela b. Fatores Espirituais: sentimentos, ideias
morais, políticas e religiosas, valores.
pode influir.
c. Fatores Puramente Racionais: Técnicas
Segundo o J. H. Teixeira trata-se de jurídicas, formas políticas, instituições,
uma formação objetiva de cultura que formas e conceitos jurídicos a priori
d. Fatores Voluntaristas: A vontade humana
encerra ao mesmo tempo os seguintes e livre adesão. Vontade política da
elementos: comunidade em aderir ou não a sistema
a. elementos históricos; constitucional.

b. elementos sociais;
c. elementos racionais.
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A constituição deve apenas conter o

6 - CONSTITUIÇÃO ABERTA
essencial, todavia, normas
programáticas podem ser abordadas,
não com o intuito de esgotar a
Pedro Lenza aponta a classificação atividade legiferante posterior.
criada por Canotillo, o qual indica que a
Figura 5 - Promulgação da Constituição dos EUA em 1787
Constituição deve
desconstitucionalizar certos
elementos.
A desconstitucionalização de
elementos tais como economia,
trabalho, direitos sociais e fatores
culturais é necessária para que não
haja o engessamento da Constituição
Fonte: Site Café História
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LEITURAS
RECOMENDADAS

Afinal, o que é norma fundamental Direito Constitucional Tratados de direitos humanos


hipotética? - Luís Henrique Esquematizado - Pedro Lenza supralegais e constitucionais -
Linhares Zouein Beclaute O. Silva
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TRABALHO (0,5)
Ler o Capítulo 2, item 2.4 do Livro Direito Prazo de entrega: Impresso para a
Constitucional Esquematizado de Pedro próxima aula (14/02).
Lenza. Forma de avaliação:
Redigir 1 fichamento do tipo resumo. Conteúdo: O aluno leu o trecho do
Fichamento Resumo: livro apontado e abordou todos os
Escrever em texto corrido; tópicos enumerados pelo autor de
Compilar as partes mais importantes formas sucinta, destacando as partes
do texto em um conteúdo menor e mais importantes do texto?
mais direto. Abordar cada tópico Forma: O aluno seguiu o modelo
abordado pelo autor. disponibilizado em sala de aula?

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