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LEI DE EXECUÇÃO PENAL
1 Do Objeto e da Aplicação da Lei de Execução Penal. 2 Do Condenado e
do Internado. (PARTE II): Art. 28 até 60

RAIO-X DO CONTEÚDO
INCIDÊNCIA FONTE DAS PROBABILIDADE
EM PROVAS QUESTÕES DE EXIGÊNCIA
LEI SECA, DOUTRINA
ALTA 97%
E JURISPRUDÊNCIA

O QUE PRIORIZAR NA RETA FINAL


DO OBJETO E DA APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL E
DO CONDENADO E DO INTERNADO:
✓ Saiba quais são as características do trabalho do preso, especialmente, o tra-
balho externo;
✓ Saiba quais são as regras gerais sobre a disciplina (Art. 45) Muito importante;
✓ Memorize as características do RDD (Muito cobrado);

TÉCNICA QLT
QUESTÕES

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QUANTIDADE MÍNIMA 20 QUESTÕES
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LEI SECA
ARTIGOS: Art. 28 ATÉ 60
LER 2x LEI DE EXECUÇÃO PENAL (LEP)
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(LEGISLAÇÃO ATUALIZADA) (CLIQUE AQUI)

TEORIA
Após resolver as questões indicadas e ler a lei seca (Caso o assunto tenha
artigos) você deve iniciar o estudo da teoria! Este material já é um RESUMO,
desta forma, você não precisa resumir ele escrevendo. Solicito apenas que
complemente escrevendo ou digitando informações não presentes neste crono-
grama visando complementá-lo.

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1 DO OBJETO E DA APLICAÇÃO DA
LEI DE EXECUÇÃO PENAL. 2 DO
CONDENADO E DO INTERNADO.

TEORIA (VERSÃO COMPLETA)


3. DO TRABALHO:

3.1. DISPOSIÇÕES GERAIS:

Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade hu-
mana, terá finalidade educativa e produtiva. § 1º Aplicam-se à organização e aos
métodos de trabalho as precauções relativas à segurança e à higiene.

§ 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das


Leis do Trabalho.

Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não
podendo ser inferior a 3/4 (três quartos) do salário mínimo.

Jurisprudência: É constitucional o art. 29, caput, da LEP, que permite que o preso
que trabalhar receba 3/4 do salário-mínimo. STF. Plenário. ADPF 336/DF, Rel. Min.
Luiz Fux, julgado em 27/2/2021 (Info 1007).

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§ 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender:

a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que deter-


minados judicialmente e não reparados por outros meios;

b) à assistência à família;

c) a pequenas despesas pessoais;

d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a ma-


nutenção do condenado, em proporção a ser fixada e sem prejuízo
da destinação prevista nas letras anteriores.

§ 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante para


constituição do pecúlio, em Caderneta de Poupança, que será entregue ao conde-
nado quando posto em liberdade.

Art. 30. As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não


serão remuneradas.

3.2. TRABALHO INTERNO:

Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na


medida de suas aptidões e capacidade.

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Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só
poderá ser executado no interior do estabelecimento.

TRABALHO INTERNO
CONDENADO À PENA PRESO PROVISÓRIO
PRIVATIVA DE LIBERDADE
Obrigado ao trabalho NÃO é obrigatório trabalho

Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em conta a habilitação, a


condição pessoal e as necessidades futuras do preso, bem como as oportunidades
oferecidas pelo mercado.

§ 1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem expres-


são econômica, salvo nas regiões de turismo.

§ 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar ocupação ade-


quada à sua idade.

§ 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão atividades apro-


priadas ao seu estado.

3.2.1. JORNADA DE TRABALHO:

Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem superior
a 8 (oito) horas, com descanso nos domingos e feriados.

A jornada normal de trabalho:

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• Não será inferior a 6 (seis)

• Nem superior a 8 (oito) horas,

• Com descanso nos domingos e feriados.

Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de trabalho aos presos de-
signados para os serviços de conservação e manutenção do estabelecimento penal.

Art. 34. O trabalho poderá ser gerenciado por fundação, ou empresa pública, com
autonomia administrativa, e terá por objetivo a formação profissional do condenado.

§ 1o. Nessa hipótese, incumbirá à entidade gerenciadora promover e supervisionar a


produção, com critérios e métodos empresariais, encarregar-se de sua comercializa-
ção, bem como suportar despesas, inclusive pagamento de remuneração
adequada.

§ 2o Os governos federal, estadual e municipal poderão celebrar convênio


com a iniciativa privada, para implantação de oficinas de trabalho referen-
tes a setores de apoio dos presídios.

Art. 35. Os órgãos da Administração Direta ou Indireta da União, Estados, Territórios,


Distrito Federal e dos Municípios adquirirão, com dispensa de concorrência pú-
blica, os bens ou produtos do trabalho prisional, sempre que não for possível ou
recomendável realizar-se a venda a particulares.

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Parágrafo único. Todas as importâncias arrecadadas com as vendas reverte-
rão em favor da fundação ou empresa pública a que alude o artigo anterior
ou, na sua falta, do estabelecimento penal.

3.3. TRABALHO EXTERNO:

Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado
somente em serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da Administra-
ção Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as
cautelas contra a fuga e em favor da disciplina.

§ 1º O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento)


do total de empregados na obra.

§ 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à empresa empreiteira a


remuneração desse trabalho.

§ 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do consentimento


expresso do preso.

Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do


estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade, além
do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena.

Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que


vier a praticar fato definido como crime, for punido por falta grave, ou tiver com-
portamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo.

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TRABALHO EXTERNO
O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado
Somente em serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração
Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra
a fuga e em favor da disciplina.
10% (dez por cento) do total de empregados na obra: É limite máximo do
número de presos
Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à empresa empreiteira a
remuneração desse trabalho.
A prestação de trabalho à entidade privada depende do consentimento ex-
presso do preso.
Precisa cumprir 1/6 da pena: A prestação de trabalho externo, a ser autorizada
pela direção do estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabili-
dade, além do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena.

4. DOS DEVERES, DOS DIREITOS E DA DISCIPLINA:

4.1. DOS DEVERES:

Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado,
submeter-se às normas de execução da pena.

Art. 39. Constituem deveres do condenado:

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I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença;

II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem


deva relacionar-se;

III - urbanidade e respeito no trato com os demais condenados;

IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de


fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina;

V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;

VI - submissão à sanção disciplinar imposta;

VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores;

VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas reali-


zadas com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da
remuneração do trabalho;

IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;

X - conservação dos objetos de uso pessoal.

Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste


artigo.

4.2. DOS DIREITOS:

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Art. 40 - Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física e moral dos
condenados e dos presos provisórios.

Art. 41 - Constituem direitos do preso:

I - alimentação suficiente e vestuário;

II - atribuição de trabalho e sua remuneração;

III - Previdência Social;

IV - constituição de pecúlio;

V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o


descanso e a recreação;

VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas


e desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução
da pena;

VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e


religiosa;

VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;

IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;

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X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em
dias determinados;

XI - chamamento nominal;

XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da indi-


vidualização da pena;

XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento;

XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de


direito;

XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência


escrita, da leitura e de outros meios de informação que não com-
prometam a moral e os bons costumes.

XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena


da responsabilidade da autoridade judiciária competente.

Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos


ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.

Os direitos a seguir poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato motivado


do diretor do estabelecimento.

V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e


a recreação;

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X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias deter-
minados;

XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da


leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os
bons costumes.

Art. 42 - Aplica-se ao preso provisório e ao submetido à medida de segurança, no


que couber, o disposto nesta Seção.

Art. 43 - É garantida a liberdade de contratar médico de confiança pessoal do


internado ou do submetido a tratamento ambulatorial, por seus familiares ou depen-
dentes, a fim de orientar e acompanhar o tratamento.

Parágrafo único. As divergências entre o médico oficial e o particular serão


resolvidas pelo Juiz da execução.

I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença; II -


obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva
relacionar-se; III - urbanidade e respeito no trato com os demais
condenados; IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou co-
DEVERES letivos de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina; V - execução
do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas; VI - submissão à

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sanção disciplinar imposta; VII - indenização à vitima ou aos seus
sucessores; VIII - indenização ao Estado, quando possível, das des-
pesas realizadas com a sua manutenção, mediante desconto
proporcional da remuneração do trabalho; IX - higiene pessoal e as-
seio da cela ou alojamento; X - conservação dos objetos de uso
pessoal.
I - alimentação suficiente e vestuário; II - atribuição de trabalho e
sua remuneração; III - Previdência Social; IV - constituição de pe-
cúlio; V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho,
o descanso e a recreação; VI - exercício das atividades profissionais,
intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que compatí-
veis com a execução da pena; VII - assistência material, à saúde,
jurídica, educacional, social e religiosa; VIII - proteção contra qual-
DIREITOS quer forma de sensacionalismo; IX - entrevista pessoal e reservada
com o advogado; X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes
e amigos em dias determinados; XI - chamamento nominal; XII -
igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da indi-viduali-
zação da pena; XIII - audiência especial com o diretor do
estabelecimento; XIV - representação e petição a qualquer autori-
dade, em defesa de direito; XV - contato com o mundo exterior por
meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de
informação que não com-prometam a moral e os bons costumes. XVI
– atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da res-
ponsabilidade da autoridade judiciária competente.

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4.3. DA DISCIPLINA:

4.3.1. DISPOSIÇÕES GERAIS:

Art. 44. A disciplina consiste na colaboração com a ordem, na obediência às deter-


minações das autoridades e seus agentes e no desempenho do trabalho.

Parágrafo único. Estão sujeitos à disciplina o condenado à pena privativa de liber-


dade ou restritiva de direitos e o preso provisório.

Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e
anterior previsão legal ou regulamentar.

§ 1º As sanções não poderão colocar em perigo a integridade física


e moral do condenado.

§ 2º É vedado o emprego de cela escura.

§ 3º São vedadas as sanções coletivas.

Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão
legal ou regulamentar.
As sanções não poderão colocar em perigo a integridade física e moral do
condenado.
É vedado o emprego de cela escura.

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São vedadas as sanções coletivas.

Jurisprudência: É ilegal a sanção administrativa que impede definitivamente o


direito do preso de receber visitas. STJ. 6ª Turma. RMS 48818-SP, Rel. Min. Rogerio
Schietti Cruz, julgado em 26/11/2019 (Info 661).

Art. 46. O condenado ou denunciado, no início da execução da pena ou da prisão,


será cientificado das normas disciplinares.

Art. 47. O poder disciplinar, na execução da pena privativa de liberdade, será


exercido pela autoridade administrativa conforme as disposições regula-
mentares.

Art. 48. Na execução das penas restritivas de direitos, o poder disciplinar será exer-
cido pela autoridade administrativa a que estiver sujeito o condenado.

Parágrafo único. Nas faltas graves, a autoridade representará ao Juiz da execução


para os fins dos artigos 118, inciso I, 125, 127, 181, §§ 1º, letra d, e 2º desta Lei.

Nas faltas graves, a autoridade representará ao Juiz da execução para os fins dos
artigos:

Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regres-
siva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o
condenado: I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;

Art. 125. O benefício será automaticamente revogado quando o condenado prati-


car fato definido como crime doloso, for punido por falta grave, desatender as

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condições impostas na autorização ou revelar baixo grau de aproveitamento do
curso. Parágrafo único. A recuperação do direito à saída temporária dependerá da
absolvição no processo penal, do cancelamento da punição disciplinar ou da de-
monstração do merecimento do condenado.

Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do
tempo remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir
da data da infração disciplinar.

Art. 181. A pena restritiva de direitos será convertida em privativa de liberdade


nas hipóteses e na forma do artigo 45 e seus incisos do Código Penal. § 1º A pena
de prestação de serviços à comunidade será convertida quando o condenado: d)
praticar falta grave;

§ 2º A pena de limitação de fim de semana será convertida quando o condenado


não comparecer ao estabelecimento designado para o cumprimento da pena, re-
cusar-se a exercer a atividade determinada pelo Juiz ou se ocorrer qualquer das
hipóteses das letras "a", "d" e "e" do parágrafo anterior.

4.3.2. FALTAS DISCIPLINARES:

Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legisla-


ção local especificará as leves e médias, bem assim as respectivas sanções.

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Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à
falta consumada.

ATENÇÃO: A legislação local especificará as leves e médias, bem assim as


respectivas sanções.

Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:

• I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou


a disciplina;

• II - fugir;

• III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a inte-


gridade física de outrem;

• IV - provocar acidente de trabalho;

• V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas;

• VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo


39, desta Lei.

• VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico,


de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos
ou com o ambiente externo.

• VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação do

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perfil genético.

• Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que couber,


ao preso provisório.

QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS


DECORRENTES DA PRÁTICA DE FALTA GRAVE?

EXECUÇÃO PENAL
Consequências decorrentes da prática de FALTA GRAVE:
Atrapalha Não interfere

• PROGRESSÃO: interrompe o prazo • INDULTO E COMUTAÇÃO DE


para a progressão de regime. PENA: a prática de falta grave não in-
terrompe o prazo para fim de
• REGRESSÃO: acarreta a regressão de comutação de pena ou indulto (Súmula
regime. 535-STJ). A concessão de comutação
de pena ou indulto deverá observar o
• SAÍDAS: revogação das saídas tempo- cumprimento dos requisitos previstos
rárias. no decreto presidencial.

• TRABALHO EXTERNO: revogação do • SAÍDA TEMPORÁRIA E TRABA-


trabalho externo. LHO EXTERNO (requisito objetivo):
a prática de falta grave durante o cum-
• REMIÇÃO: revoga até 1/3 do tempo primento da pena não acarreta a
remido. alteração da data-base para fins de sa-
ída temporária e trabalho externo.

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• RDD: pode sujeitar o condenado ao
RDD.

• DIREITOS: suspensão ou restrição de


direitos.

• ISOLAMENTO: na própria cela ou em lo-


cal adequado.
LIVRAMENTO CONDICIONAL: para ter direito ao benefício o réu não pode ter
cometido falta grave nos últimos 12 meses. Por outro lado, a falta grave não in-
terrompe o prazo para obtenção do livramento condicional (Súmula 441-STJ).

A FALTA GRAVE INTERROMPE


O PRAZO PARA O LIVRAMENTO?

Não. Embora o cometimento de falta grave interrompa o prazo para a progressão de


regime (Súmula 534 STJ), não o faz para fins de concessão de livramento condicional,
pois não há previsão legal a esse respeito. Nesse sentido é a súmula nº 441 do STJ,
cujo conteúdo não é incompatível com a regra imposta pela Lei 13.964/19. Embora
o condenado não possa obter o livramento se houver cometido falta grave nos doze
meses anteriores à sua pretensão, o prazo do benefício não volta a correr do começo
quando cometida a infração. Praticada a falta grave, nos 12 meses seguintes o ree-
ducando não pode ser beneficiado com a liberdade antecipada, mesmo que cumpra
seu requisito temporal. O prazo de 12 meses, aliás, coincide com o prazo da reabili-
tação da falta grave, hoje previsto na maioria dos regimentos internos das unidades
prisionais dos vários estados brasileiros.” (Pacote anticrime. Lei 13.964/2019. Salva-
dor: Juspodivm, 2020, p. 32).

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Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que:

I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;

II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta;

III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39,


desta Lei.

I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;


II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação
Comete falta imposta;
grave o conde- III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do
nado à pena artigo 39, desta Lei:
restritiva de di-
reitos que: • II - obediência ao servidor e respeito a qualquer
pessoa com quem deva relacionar-se;

• V - execução do trabalho, das tarefas e das or-


dens recebidas;

4.3.3. REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO (RDD):

REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO (RDD):

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O regime disciplinar diferenciado (RDD) é uma sanção
disciplinar decorrente de crime doloso praticado por preso
provisório ou condenado, desde que ocasione subversão
CONCEITO da ordem ou disciplina internas; ou medida acautelatória
destinada a abrigar presos provisórios ou condenados, na-
cionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a
ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da so-
ciedade. Previsto no art. 52 da LEP.
A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta
grave e quando ocasionar subversão da ordem ou disci-
plina internas sujeitará ao regime disciplinar diferenciado
(RDD), sem prejuízo da sanção penal, o preso:

• PROVISÓRIO, OU
• CONDENADO, NACIONAL OU
DESTINATÁRIOS • CONDENADO ESTRANGEIRO

O RDD se aplica também aos presos:

I - que apresentem alto risco para a ordem e a segu-


rança do estabelecimento penal ou da sociedade;

II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvi-


mento ou participação, a qualquer título, em organização
criminosa, associação criminosa ou milícia privada,
independentemente da prática de falta grave.
I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo
de repetição da sanção por nova falta grave de mesma es-
pécie;

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II - recolhimento em cela individual;

III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez,


a serem realizadas em instalações equipadas para impedir
o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da
família ou, no caso de terceiro, autorizado judicialmente,
com duração de 2 (duas) horas.

CARACTERÍSTICAS Sobre a visita há duas observações:

OBS 01: A visita será gravada em sistema de áudio ou de


áudio e vídeo e, com autorização judicial, fiscalizada por
agente penitenciário.

OBS 02: Após os primeiros 6 (seis) meses de RDD, o


preso que não receber a visita poderá, após prévio agen-
damento, ter contato telefônico, que será gravado, com
uma pessoa da família, 2 (duas) vezes por mês e por
10 (dez) minutos.

IV - direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas


diárias para banho de sol, em grupos de até 4 (quatro)
presos, desde que não haja contato com presos do mesmo
grupo criminoso;

V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com


seu defensor, em instalações equipadas para impedir o

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contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa au-
torização judicial em contrário;

VI - fiscalização do conteúdo da correspondência;

VII - participação em audiências judiciais preferencial-


mente por videoconferência, garantindo-se a participação
do defensor no mesmo ambiente do preso.
Existindo indícios de que o preso exerce liderança em or-
ganização criminosa, associação criminosa ou milícia
privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou
INDÍCIOS QUE É mais Estados da Federação, o regime disciplinar diferen-
LIDERANÇA EM ciado será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento
ORGANIZAÇÃO prisional federal.
CRIMINOSA
OBS: O RDD deverá contar com alta segurança interna e
externa, principalmente no que diz respeito à necessidade
de se evitar contato do preso com membros de sua orga-
nização criminosa, associação criminosa ou milícia privada,
ou de grupos rivais.
Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar
diferenciado poderá ser prorrogado sucessivamente, por
períodos de 1 (um) ano, existindo indícios de que o
preso:

PRORROGAÇÃO I - continua apresentando alto risco para a ordem e a se-


gurança do estabelecimento penal de origem ou da
sociedade;

II - mantém os vínculos com organização criminosa, asso-

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ciação criminosa ou milícia privada, considerados também
o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo
criminoso, a operação duradoura do grupo, a superveniên-
cia de novos processos criminais e os resultados do
tratamento penitenciário.

ATENÇÃO (MEMORIZE):

REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO (RDD): MEMORIZE!


duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de
repetição da sanção por nova falta grave de mesma espé-
cie;
DURAÇÃO:
Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar
2 ANOS + SUCES- diferenciado poderá ser prorrogado sucessivamente,
SIVAS por períodos de 1 (um) ano, existindo indícios de que o
PRORROGAÇÕES preso: I - continua apresentando alto risco para a ordem e
POR PERÍODOS DE a segurança do estabelecimento penal de origem ou da so-
1 ANO ciedade; II - mantém os vínculos com organização
criminosa, associação criminosa ou milícia privada, consi-
derados também o perfil criminal e a função
desempenhada por ele no grupo criminoso, a operação du-
radoura do grupo, a superveniência de novos processos
criminais e os resultados do tratamento penitenciário.
Visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a se-
rem realizadas em instalações equipadas para impedir o
VISITAS contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da

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família ou, no caso de terceiro, autorizado judicialmente,
com duração de 2 (duas) horas.

Após os primeiros 6 (seis) meses de RDD, o preso que


não receber a visita poderá, após prévio agendamento, ter
contato telefônico, que será gravado, com uma pessoa da
família, 2 (duas) vezes por mês e por 10 (dez) minu-
tos.
Direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diá-
BANHO DE SOL rias para banho de sol, em grupos de até 4 (quatro)
presos, desde que não haja contato com presos do mesmo
grupo criminoso;
A decisão judicial sobre inclusão de preso em regime dis-
DECISÃO EM ciplinar (RDD) será precedida de manifestação do
15 DIAS Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo má-
ximo de quinze (15) dias.

4.3.4. DAS SANÇÕES E DAS RECOMPENSAS:

Art. 53. Constituem sanções disciplinares:

• I - advertência verbal;

• II - repreensão;

• III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo


único);

• IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos esta-

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belecimentos que possuam alojamento coletivo, observado o
disposto no artigo 88 desta Lei.

• V - inclusão no regime disciplinar diferenciado.

Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 serão aplicadas por ato motivado do
diretor do estabelecimento e a do inciso V, por prévio e fundamentado despa-
cho do juiz competente.

AS SANÇÕES SERÃO APLICADAS:

I - advertência verbal;

II - repreensão;

III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, pa-


rágrafo único): Os direitos previstos nos incisos V, X e XV
poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato moti-
vado do diretor do estabelecimento.
DIRETOR DO ES-
TABELECIMENTO
• Proporcionalidade na distribuição do tempo para o
trabalho, o descanso e a recreação;

• Visita do cônjuge, da companheira, de parentes e


amigos em dias determinados;

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• Contato com o mundo exterior por meio de corres-
pondência escrita, da leitura e de outros meios de
informação que não comprometam a moral e os bons
costumes.

IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado,


nos estabelecimentos que possuam alojamento coletivo, ob-
servado o disposto no artigo 88 desta Lei.

V - inclusão no regime disciplinar diferenciado (RDD).

OBS 01: A autorização para a inclusão do preso em regime


disciplinar dependerá de requerimento circunstanciado ela-
JUIZ borado pelo diretor do estabelecimento ou outra autoridade
administrativa.

OBS 02: A decisão judicial sobre inclusão de preso em re-


gime disciplinar será precedida de manifestação do
Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo máximo
de quinze (15) dias.

4.3.5. RECOMPENSAS:

Art. 55. As recompensas têm em vista o bom comportamento reconhecido em favor


do condenado, de sua colaboração com a disciplina e de sua dedicação ao trabalho.

Art. 56. São recompensas:

I - o elogio;

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II - a concessão de regalias.

Parágrafo único. A legislação local e os regulamentos estabelecerão a natureza e a


forma de concessão de regalias.

4.3.6. DA APLICAÇÃO DAS SANÇÕES:

Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão em conta a natureza, os


motivos, as circunstâncias e as consequências do fato, bem como a pessoa do faltoso
e seu tempo de prisão.

Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se as sanções previstas nos incisos III
a V do art. 53 desta Lei.

Nas faltas graves aplicam-se as sanções:

• III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo


único);

• IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos esta-


belecimentos que possuam alojamento coletivo, observado o
disposto no artigo 88 desta Lei.

• V - inclusão no regime disciplinar diferenciado.

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Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exceder a
trinta dias, ressalvada a hipótese do regime disciplinar diferenciado.

Não poderão exceder a trinta (30) dias:

• Isolamento (será sempre comunicado ao Juiz da execução)


• Suspensão
• Restrição de direitos
• Ressalvada a hipótese do regime disciplinar diferenciado (RDD).

5. DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR:

Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o procedimento para
sua apuração, conforme regulamento, assegurado o direito de defesa.

Parágrafo único. A decisão será motivada.

Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo


do faltoso pelo prazo de até dez (10) dias. A inclusão do preso no regime disci-
plinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do fato, dependerá
de despacho do juiz competente.

Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão preventiva no regime disciplinar


diferenciado será computado no período de cumprimento da sanção discipli-
nar.

SÚMULAS

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Súmula 533-STJ: Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da
execução penal, é imprescindível a instauração de procedimento administrativo pelo di-
retor do estabelecimento prisional, assegurado o direito de defesa, a ser realizado por
advogado constituído ou defensor público nomeado. • Superada, em parte, ou, nas pala-
vras do STJ, o enunciado foi “relativizado”. Veja a tese fixada pelo STF: A oitiva do
condenado pelo Juízo da Execução Penal, em audiência de justificação realizada na pre-
sença do defensor e do Ministério Público, afasta a necessidade de prévio Procedimento
Administrativo Disciplinar (PAD), assim como supre eventual ausência ou insuficiência de
defesa técnica no PAD instaurado para apurar a prática de falta grave durante o cumpri-
mento da pena. Assim sendo, a apuração da prática de falta grave perante o juízo da
Execução Penal é compatível com os princípios do contraditório e da ampla defesa (art.
5º, LIV e LV, da CF). STF. Plenário. RE 972598, Rel. Roberto Barroso, julgado em
04/05/2020 (Repercussão Geral – Tema 941). Diante disso, o próprio STJ tem se curvado
ao entendimento do Supremo. Nesse sentido: STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 581.854/PR,
Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 04/08/2020.

Súmula 534-STJ: A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a pro-
gressão de regime de cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir do cometimento
dessa infração.

Súmula 535-STJ: A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação
de pena ou indulto.

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Súmula 526-STJ: O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de fato
definido como crime doloso no cumprimento da pena prescinde do trânsito em julgado de
sentença penal condenatória no processo penal instaurado para apuração do fato.

Súmula 441-STJ: A falta grave não interrompe o prazo para obtenção do livramento
condicional.

JURISPRUDÊNCIA
A ausência de falta grave nos últimos 12 meses não é suficiente para satisfazer
o requisito subjetivo exigido para a concessão do livramento condicional: É legí-
timo que o julgador fundamente o indeferimento do pedido de livramento condicional em
infrações disciplinares cometidas há mais de 12 meses, em razão da existência do requi-
sito cumulativo contido na alínea “a" do art. 83 do inciso III do CP, o qual determina que
esse benefício será concedido apenas aos que demonstrarem bom comportamento du-
rante a execução da pena. STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 776645-SP, Rel. Min. Laurita Vaz,
julgado em 25/10/2022 (Info 756).

É constitucional o art. 29, caput, da LEP, que permite que o preso que trabalhar
receba 3/4 do salário-mínimo. STF. Plenário. ADPF 336/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado
em 27/2/2021 (Info 1007).

O reconhecimento de falta grave consistente na prática de fato definido como


crime doloso no curso da execução penal dispensa o trânsito em julgado da con-
denação criminal, desde que ocorra a apuração do ilícito com as garantias
constitucionais. STF. Plenário. RE 776823, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em
04/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 758) (Info 1001).

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É ilegal a sanção administrativa que impede definitivamente o direito do preso
de receber visitas. STJ. 6ª Turma. RMS 48818-SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, jul-
gado em 26/11/2019 (Info 661).

O cumprimento da pena somente pode ter início com o esgotamento de todos os


recursos: Assim, é proibida a chamada “execução provisória da pena”. Dessa forma, o
réu até pode ficar preso antes do trânsito em julgado, mas cautelarmente (preventiva-
mente), e não como execução provisória da pena. STF. Plenário. ADC 43/DF, ADC 44/DF
e ADC 54/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em 7/11/2019 (Info 958).

É possível autorização para trabalho externo em empresa da família. STJ. 5ª


Turma. HC 310515-RS, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 17/9/2015 (Info 569).

Recusa injustificada do apenado ao trabalho constitui falta grave: O dever de tra-


balho imposto pela LEP ao apenado não é considerado como pena de trabalho forçado,
não sendo incompatível com o art. 5º, XLVII, "c", da CF/88. STJ. 6ª Turma. HC 264989-
SP, Rel. Min. Ericson Maranho, julgado em 4/8/2015 (Info 567).

Exigência de cumprimento de 1/6 da pena para trabalho externo aplica-se ape-


nas ao fechado: Assim, o trabalho externo é admissível aos apenados que estejam no
regime semiaberto ou aberto mesmo que ainda não tenham cumprido 1/6 da pena. Em
tese, o condenado ao regime semiaberto ou aberto poderia ter direito ao trabalho externo
já no primeiro dia de cumprimento da pena. STF. Plenário. EP 2 TrabExt-AgR/DF, Rel.
Min. Roberto Barroso, julgado em 25/6/2014 (Info 752).

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Prescrição de infrações disciplinares na execução penal é de 3 anos: Se o Estado
demorar muito tempo para punir o condenado que praticou uma falta disciplinar, haverá
a prescrição da infração disciplinar.
Não existe lei federal prevendo de quanto será esse prazo prescricional. Por essa razão,
a jurisprudência aplica, por analogia, o menor prazo prescricional existente no Código
Penal, qual seja, o de 3 anos, previsto no art. 109, VI, do CP. Assim, se entre o dia da
infração disciplinar e a data de sua apreciação tiver transcorrido prazo superior a 3 anos,
a prescrição restará configurada. STF. 2ª Turma. HC 114422/RS, Rel. Min. Gilmar Men-
des, julgado em 6/5/2014 (Info 745). STJ. 5ª Turma. HC 426.905/RJ, Rel. Min. Reynaldo
Soares da Fonseca, julgado em 27/02/2018.
• Se a falta grave foi praticada antes da Lei nº 12.234/2010: o prazo prescricional para
apuração da conduta será o de 2 anos.
• Se a falta grave foi cometida depois da Lei nº 12.234/2010: o prazo prescricional para
apuração da conduta será o de 3 anos.

Posse de chip de celular caracteriza falta grave: A posse de chip de telefone celular
pelo preso, dentro de estabelecimento prisional, configura falta disciplinar de natureza
grave, ainda que ele não esteja portando o aparelho. Para o STJ e o STF, configura falta
grave não apenas a posse de aparelho celular, mas também a de seus componentes
essenciais, como é o caso do carregador, do chip ou da placa eletrônica, considerados
indispensáveis ao funcionamento do aparelho. STJ. 5ª Turma. HC 260122-RS, Rel. Min.
Marco Aurélio Bellizze, julgado em 21/3/2013 (Info 517). Não confundir com esse
aqui: A conduta de ingressar em estabelecimento prisional com chip de celular não se
subsome ao tipo penal previsto no art. 349-A do Código Penal. STJ. 5ª Turma. HC
619776/DF, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 20/04/2021 (Info 693).

É proibida a aplicação de sanções coletivas: O princípio da culpabilidade irradia-se


pela execução penal, quando do reconhecimento da prática de falta grave. STJ. 6ª Turma.

Licensed to Leidiane Dias de Oliveira - leidiane_dias@live.com - 041.348.381-93


HC 177293-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 24/4/2012 (Info 496).

QUESTÕES
ATENÇÃO: Após concluir o estudo, resolva, pelo menos 5 (cinco) novas questões
na plataforma do QConcursos (Basta clicar no link do Raio-X do assunto no corpo
deste material).

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ANDRÉ, Márcio. Súmulas do STF e do STJ. Editorajuspodivm. 2023. ANDRÉ, Márcio. Vade
Mecum de Jurisprudência Dizer o Direito. Editora juspodivm. 2023.

MENSAGEM FINAL
Caro aluno finalizamos juntos mais uma aula! Aguardo você no próximo encon-
tro! Grande abraço.

A dispersão é inimiga do conhecimento. Sendo assim, separe momentos especí-


ficos de seu dia, exclusivamente, para aprender novos conhecimentos que te
ajudarão nas provas.

Goiânia/GO, 21 de janeiro de 2023

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