Você está na página 1de 8

EXCELENTÍSSIMO SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO DA _ VARA

TRABALHISTA DA CIDADE DE SÃO PAULO-SP.

Nº 040.2859.6.08.0167/0

SOCIEDADE EMPRESÁRIA MALHARIA FINA LTDA, pessoa jurídica de direito privado


registrada sob o CNPJ nº49.024.632/0001-84, localizada na capital Paulista, com endereço
eletrô nico: malhafriaadm@uol.br possui, intermediada por suas advogadas, ao final
firmado, - instrumento procuratório acostado aos autos, com endereço profissional
consignado no rodapé desta peça processual, em atendimento à diretriz do CPC, indica-o
para as intimações e/ou notificações necessárias, onde vem com o devido respeito à
presença de Vossa Excelência, oferecer a presente

CONTESTAÇÃO

Em face de YAGO AZEVEDO CARNEIRO, brasileiro, casado, inscrito no CPF sob nº 909,
portador da carteira de identidade RG sob nº 855, residente e domiciliado na Rua Coronel
Saturnino, n 28, Sã o-Paulo/SP, em decorrência das razõ es fá ticas e direito adiante
evidenciadas, com fulcro no art. 847 da CLT.

DA TEMPESTIVIDADE
Salienta-se que a presente contestaçã o é devidamente tempestiva, haja vista que o prazo
para sua apresentaçã o é de 15 (quinze) dias ú teis, nos moldes dos arts. 219 e 335, CPC.
1. DOS FATOS
Breve resumo da exordial e veracidade dos fatos.
A requerente ajuizou AÇÃ O THABALHISTA em face da requerida, com vistas ao pagamento
de verbas rescisó rias que a mesma alega nã o terem sido pagas.
A requerente foi admitida na data de 20/09/2014 a 30/12/2016, pela empresa, para
laborar como auxiliar de produçã o, submetendo-se ao exame admissional e recebendo
fardamento e todos os equipamentos de EPI da empresa, através de um contrato por prazo
determinado.
No ato do rompimento do contrato foram pagas todas as verbas rescisó rias devidas,
conforme será demonstrado por provas documental e testemunhal.
A requerente recebia alimentaçã o (almoço e lanche) gratuitamente, trabalhando de
segunda as sextas feiras, com intervalo de 1 hora de almoço, Marina ainda recebeu a
participaçã o proporcional nos lucros da empresa de 2014, e de maneira integral nos anos
de 2015 e 2016.
No entanto a requerente alega na exordial direitos e benefícios que supostamente nã o
foram cumpridos pela requerida, data vênia, discorda das alegaçõ es insertas na exordial,
impugnando, especificamente, as pretensõ es discriminadas nos termos articulados que
passa aduzir:
2. DAS PRELIMINARES
O legislador consolidado nã o contempla regras quanto à inépcia da petiçã o inicial, logo,
invocaremos a aplicaçã o subsidiá ria do Có digo de Processo Civil - CPC, de acordo com o
disposto no art. 769 da Consolidaçã o das Leis Trabalhistas - CLT.
2.1 Da Inépcia da Exordial
Inicialmente, vem o reclamado, anteriormente à discussã o do mérito, requerer seja julgado
improcedente o pedido autoral, nos termos precisos do art. 330, I, do CPC, pois: Sã o
requisitos do pedido que o mesmo seja claro, coerente, certo e determinado, nã o se
admitindo pedido implícito, ou seja, aquele reputado formulado, mesmo sem ter sido feito
expressamente.
As quatro características supramencionadas sã o também as quatro dimensõ es da sentença
regular.
Desta maneira, informe-se, que conforme o pará grafo ú nico do artigo 330 § 1º, inciso III do
CPC a inicial apresenta inépcia quando falta pedido ou causa de pedir; da narraçã o dos
fatos nã o decorrer logicamente a conclusã o; o pedido for juridicamente impossível; ou
contiver pedidos incompatíveis entre si.
Logo, o reclamante careceu de explicar pormenorizadamente o que efetivamente pleiteia, já
que a pretensã o de restituiçã o de descontos indevidos se mostra confuso, considerando
que a petiçã o inicial deixou de apresentar os cá lculos discriminados de todas as verbas
pleiteadas, deixou apresentar pedido certo, determinado e com o valor pleiteado, sendo
necessá ria a informaçã o.
Ainda sobre o tema da duraçã o do trabalho, inepto, também, o argumento formulado na
inicial, uma vez que, a informaçã o é de que teria laborado em jornada noturna sem recebê-
las, contudo, há indicaçã o na rescisã o os valores acrescidos ao adicional noturno
proporcional.
Ressalta-se que tais matérias nã o obstam tã o somente o direito à ampla defesa, como o
julgamento dos pedidos da presente.
Por este turno, resta claro, a toda evidência, que o pedido deduzido na exordial nã o é certo.
Assim, diante da evidente inépcia da inicial, impõ e-se a extinçã o do feito sem julgamento do
mérito, como preconiza o art. 485, I, c/c art. 330, inciso I e pará grafo ú nico, inciso I, ambos
do CPC, todos c/c art. 769 da CLT.
3. DO DIREITO
3.1. Da demissão
A reclamante falta com a verdade ao alegar que a sua demissã o seria impossível pela
condiçã o da mesma ser presidente de classe, pois a CLT estabelece que só sete dirigentes
sindicais tem direito à estabilidade Nã o há o que negar que o cargo para o qual o
reclamante foi eleito é o décimo na hierarquia da direçã o do sindicato. Na forma do que
preceitua o artigo 522 da CLT,
Art. 522 - A administraçã o do sindicato será exercida por uma diretoria constituída, no
má ximo, de 7 (sete) e, no mínimo, de 3 (três) membros e de um conselho fiscal composto
de 3 (três) membros, eleitos esses ó rgã os pela assembleia geral"e somente a estes é
reconhecida a garantia de emprego a partir do registro da candidatura até um ano apó s o
término do mandato, se eleito.
Ademais o reclamante é o décimo dirigente na hierarquia, conforme consta da ata de posse
e no estatuto do sindicato. Nã o fazendo jus a reintegraçã o no emprego, pois nã o é portador
de estabilidade.
3.2. Recálculo da rescisão contratual da inexistência do pagamento salário família e
do salário -utilidade (alimentação).

A Reclamante recebeu as verbas de ruptura contratual, ou seja, todas as verbas conforme


documentaçã o anexada junto com as Guias de levantamento do FGTS, além de receber a
participaçã o proporcional nos lucros da empresa no ano de 2014 e integral nos anos de
2015 e 2016. Ocorre excelência, é que nã o existe clareza do quanto em valores e de quais
verbas a reclamante logra recorreção para o recálculo. Tendo em vista que a empresa
consta de um setor financeiro e de RH apto e especializado essencialmente para cuidar dos
casos de admissõ es e demissõ es de funcioná rios.
Portanto peço indeferimento do pedido por nã o ter a clareza do que a reclamante postula.
A reclamante alega ter direito ao benefício de salário família pelos três filhos na idade de
8, 10 e 12 anos, e que para fazer jus ao benefício faz-se necessá rio o preenchimento de
alguns requisitos estabelecidos pela lei.
Inclusive apresentaçã o de alguns documentos solicitados pela empresa no momento do
contrato, tais como: Requerimento, pedido ou termo de responsabilidade, Certidã o de
nascimento de cada dependente (menores de 14 anos ou invá lidos); Caderneta de
vacinaçã o ou equivalente, dos dependentes de até 6 anos de idade; Comprovaçã o de
frequência escolar dos dependentes de 7 a 14 anos de idade.
Vale ressaltar excelência que a mesma nunca se preocupou em apresentar a declaraçã o de
matricula e de frequência escolar, de nenhum dos três filhos, que deveria ser comprovada a
cada seis meses, no início e final do ano letivo (em maio e novembro), sob pena, de nã o
receber o salá rio família.
PAGAMENTO DE SALÁ RIO-FAMÍLIA DEPENDE DE PROVA DO EMPREGADO
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho isentou uma oficina mecâ nica de Porto
Alegre do pagamento de salá rio-família a um ex-empregado, por entender que cabe ao
trabalhador provar que apresentou a certidã o de nascimento do filho, documento
necessá rio para o recebimento do benefício. A decisã o reformou sentença da Vara do
Trabalho de Porto Alegre, mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do
Sul (4ª Regiã o). O ex-empregado foi admitido como auxiliar eletricista em outubro de 1992
e demitido sem justa causa em junho de 1998. Ao ajuizar reclamaçã o trabalhista pleiteando
diversos itens (horas extras, comissõ es, etc.), o eletricista alegou também que nunca havia
recebido o salá rio-família, embora fosse do conhecimento do empregador que tinha um
filho menor de idade, nascido em dezembro de 1992. A Vara do Trabalho, ao julgar a
reclamaçã o, condenou a empresa ao pagamento do salá rio-família. A oficina recorreu ao
TRT afirmando que o eletricista jamais havia apresentado a certidã o de nascimento do
filho, nem requerido o pagamento da parcela, e que a apresentaçã o da certidã o é
indispensá vel como termo inicial do direito ao salá rio-família. O TRT, porém, manteve a
condenaçã o por entender que caberia ao empregador" demonstrar que diligenciou no
sentido de fazer viá vel ao empregado a percepçã o da vantagem, consultando-o a respeito
da existência de filho menor. "A confirmaçã o da sentença levou a empresa a ajuizar recurso
de revista junto ao TST. Em sua defesa, alegou que o TRT, ao entender que caberia a ela
provar que criou condiçõ es para que o empregado recebesse a parcela," atribuiu
indevidamente ao empregador o ô nus da prova, ou seja, exigiu dele prova negativa ".
Segundo a argumentaçã o da oficina," a prevalecer este entendimento, estaria o empregador
obrigado a fazer, periodicamente, verdadeiro recenseamento entre seus empregados, para
constatar quantos filhos novos eles têm, objetivando sanar a inércia deles na obtençã o de
seus pró prios direitos ". Observava ainda que o salá rio-família"nã o é ô nus do empregador,
e sim da Previdência Social. O empregador apenas antecipa o pagamento da parcela ao
empregado e posteriormente é ressarcido desse valor."Sendo assim, nã o haveria nenhum
interesse de sua parte em privar o empregado do direito ao recebimento do benefício. A
relatora do recurso de revista, ministra Maria Cristina Peduzzi, lembrou que o Decreto nº
3.048/99, que regulamentou o direito ao salá rio família, estabelece, no art. 84, que"o
pagamento do salá rio-família será devido a partir da data da apresentaçã o da certidã o de
nascimento do filho ou da documentaçã o relativa ao equiparado, estando condicionado à
apresentaçã o anual de atestado de vacinaçã o obrigató ria, até seis anos de idade, e de
comprovaçã o semestral de freqü ência à escola do filho ou equiparado, a partir dos sete
anos de idade."Em seu voto, a ministra ressalta que,"da simples leitura do dispositivo,
verifica-se que é ô nus do empregado nã o só apresentar a certidã o de nascimento do filho,
como comprovar a freqü ência à escola e a submissã o à vacinaçã o obrigató ria. Trata-se, com
efeito, de obrigaçã o que, pela sua pró pria natureza, nã o pode ser imputada ao
empregador."(RR 92789/2003-900-04-00.0)
Portanto com a ausência dos documentos solicitados pela empresa, sendo declaradas
apenas as certidõ es de nascimento, o que nã o sã o suficientes para comprovar o direito a
receber o salá rio família, a empresa nã o havia cometido nenhuma falta para com a
requerente, no entanto, como a Reclamada zela pelo bem estar de seus funcioná rios
depositava duas cotas do salá rio família em seus contracheques nã o tendo a empresa, por
obrigaçã o presumir a falta de alguma outra cota.
Ademais, a nã o clareza da reclamante no que aufere o valor solicitado para a cota,
apresentando na exordial moedas em que nã o circulam mais, mostra a falta de atençã o e a
falta de clareza da reclamante em relaçã o aos documentos apresentados.

Do salário -utilidade (alimentação) neste ponto, insta observar que o vale-alimentaçã o


nã o é caracterizado como salá rio in natura previsto em norma coletiva. Corroborando para
a garantia da nã o aplicaçã o do vale-alimentaçã o como salá rio tem-se a Lei 6.321/1976 em
seu art. 3º ao regular que:
Art. 3º. Nã o se inclui como salá rio de contribuiçã o a parcela paga in natura, pela empresa,
nos programas de alimentaçã o aprovados pelo Ministério do Trabalho.
Desta forma, portanto, verifica-se que o Reclamante, nã o pleiteia apenas os direitos que lhe
sã o garantidos, mas também aos que nã o encontra previsã o legal para seus pedidos, o que
mostra cada vez mais, a este juízo que o Reclamante age de má -fé.
O TST vem com entendimento no mesmo sentido editado na OJ nº 133 da SBDI-1.
133. AJUDA ALIMENTAÇÃ O. PAT. LEI Nº 6.321/76. NÃ O INTEGRAÇÃ O AO SALÁ RIO
(inserida em 27.11.1998) A ajuda alimentaçã o fornecida por empresa participante do
programa de alimentaçã o ao trabalhador, instituído pela Lei nº 6.321/76, nã o tem cará ter
salarial. Portanto, nã o integra o salá rio para nenhum efeito legal.”
Logo, contra fatos defendidos legalmente nã o há argumento, devendo ser considerado
improcedente o pedido do Reclamante, uma vez que vai de encontro com a lei. Mais, o que
se espera ao mover a “má quina” estatal para requerer um direito a que se supõ e tê-lo, é no
mínimo necessá rio que o direito tenha ampara em algum texto, se assim nã o for deverá ser
rechaçado de imediato sob a iminência de perigo social.

3.3 Do adicional noturno (ausência do Direito)


A requerente alega na inicial que laborou para a empresa demandada a de 2º a 6º feira das
13:30h as 22h30minh, postulando assim adicional noturno. Entretanto a Reclamante
labora em horá rio misto (diurno e noturno), considerando que, entre 22h de um dia e 5h
do dia seguinte, desta forma, a reclamante interpreta de forma equivocada o Enunciado 60,
do TST, ao dispor que as horas trabalhadas apó s o cumprimento da jornada noturna
integral, também seriam noturnas, o que nã o condiz com a interpretaçã o e aplicaçã o
correta do referido enunciado.
Isto porque, segundo o TST, o trabalhador tem direito ao recebimento do adicional noturno
nas horas que ultrapassem a jornada noturna cumprida de forma integral, isto é, das 22
horas à s 05 horas da manhã , mas em nenhum momento assevera o TST que tais horas
excedentes seriam consideradas como noturnas. Ou seja, as horas excedentes continuam
sendo diurnas, portanto com 60 minutos, embora devam ser pagas com o adicional noturno
equivalente. Em síntese, nã o há o que se falar em adicional noturno, a empresa afirma que o
valor equivalente à s horas extra noturna postulada pela reclamante foi incorporado ao
salá rio e acompanhada das demais obrigaçõ es trabalhistas como 13º salá rio, férias, FGTS,
INSS, vale transporte, aviso prévio como prova a rescisã o contratual.
Ademais, a reclamada pede que a mesma apresente provas contrá rias a qual demonstre a
falta da empresa para com esse direito, já que por quase três anos a requerente laborou
para a mesma e só agora pleiteou as verbas referente ao adicional noturno.
Assim, nã o faz jus, a reclamante, a adicional de horas extras noturnas, de fato, ou porque
embasado o seu pedido em interpretaçã o equivocada da jurisprudência do TST, motivo
pelo qual REQUER o total indeferimento do pedido em questã o, bem como de todos os seus
reflexos.
3.4 Dos descontos pela ausência da reclamante ao trabalho.
No ano de 2015 a requerente se ausentou por duas vezes para realizar uma doaçã o de
sangue, no ano de 2016 ausentou-se novamente quando viajou para o nordeste para
comparecer ao enterro de um familiar.
No entanto o setor do RH computou as faltas da mesma e realizou os devidos descontos,
conforme regimento interno e clausula contratual específica que resguardava tais direito a
esses descontos.
Contudo o que a autora alega é que os descontos sã o indevidos, porém o pró prio Art. 473
da CLT colacionado pelos advogados da requerente, trá s que:
Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do
salário: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de
sangue devidamente comprovada; (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de
28.2.1967)
No caso expresso pela lei em caso de doaçã o voluntá ria de sangue devidamente
comprovada, que nã o poderã o ser descontados como falta é de um dia a cada 12 meses, a
requerente faltou duas vezes no mesmo ano em 2015, foi computado pois nã o tinha ainda
os 12 meses completos que tinha sido contratada.
Vale ressaltar que a lei nã o põ e a salvo o direito de nã o ser descontados como falta,
ausências para enterro de parentes em linha colateral, como primos, ela trá s
expressamente em casos de falecimento de conjunge, dentre outros parente que estejam
sob sua dependência.
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente,
descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e
previdência social, viva sob sua dependência econômica; (Inciso incluído pelo Decreto-
lei nº 229, de 28.2.1967)
Portanto a requerida impugna tais alegaçõ es e pede que seja improcedente tal postulaçã o.
3.5. Substituição de outro funcionário por 90 dias

No ano de 2016 o superior de Marina foi acometido por doença que impossibilitou ao
retorno do trabalho por 90 dias, a requerente ficou encarregada de substituí-lo pelo tempo
que o mesmo ficou ausente do serviço.
Entretanto a requerente alega nã o ter recebido pelos serviços prestados no tempo em que
substituiu o superior ausente, o que acontece é que a requerente nã o tem direito ao salá rio
substituiçã o, pois esse plus salarial só fará jus aquele que substituir outro funcioná rio em
casos de substituiçõ es que nã o tenham cará ter meramente eventual.
Isto é o salá rio substituiçã o nã o será pago em situaçõ es que acorre devido a um
acontecimento incerto, casual, fortuito ou acidental, esse é o caso das hipó teses
disciplinadas pelo art. 473 da CLT, aqui já mencionado.
Desse modo, apesar dos exemplos serem previstos em lei, nã o sã o acontecimentos
previsíveis e certos, porque podem ou nã o ocorrer, logo, nã o garante direito ao salá rio
substituiçã o.
3.6. Danos materiais
O Reclamante alega danos materiais no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), o art. 949
do CC/02 assegura ao ofendido o direito de se ressarcir quanto aos danos emergentes e os
lucros cessantes, consubstanciados nos danos materiais. Contudo, para que seja devido
essa indenizaçã o, é necessá rio que estejam presentes os requisitos do art. 186 do CC/02:
(a) conduta, (b) culpa, (c) dano e (d) nexo causal). Conforme narrado diversas vezes nesta
contestaçã o, a Reclamada agiu dentro das normas legais existentes, o Reclamante na sua
admissã o foi submetido a exames admissionais recebendo o uniforme adequado para a
funçã o assim como o EPI da empresa, nã o agindo de modo comissivo ou omissivo para que
gerasse algum risco, bem como está presente qualquer elemento que caracterize a culpa,
pois a Reclama sempre agiu balizada conforme o art. 157 da CLT.. Além do mais, conforme
o laudo médico do Reclamante, o mesmo nã o adquiriu nenhuma lesã o ou problema laboral
estando apto para a dispensa de seus serviços.
Requer a improcedência do pedido do Reclamante por ausência dos elementos
caracterizadores da responsabilidade da Reclamada, conforme o art. 186 do CC/02.
5. DAIMPUGNAÇÃO DOS PEDIDOS
Impugna-se TODOS os pedidos do Reclamante eis que manifestamente improcedentes nã o
merecendo guarida inclusive o pedido de Danos Materiais.
5. DOS REQUERIMENTOS FINAIS
Provará o alegado, por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente pela
juntada dos documentos em anexo, depoimento pessoal das partes, oitiva de testemunhas e
todos os outros que se fizerem necessá rios a perfeita instruçã o do feito.
Por todo o exposto, protestando por todos os meios de prova admitidas em direito, em
especial, depoimento pessoal da Reclamante sob pena de confessa e juntada de novos
documentos, requer a Reclamada seja apreciada a preliminar acima arguida e no mérito
seja a demanda julgada INTEIRAMENTE IMPROCEDENTE, pois os pedidos sã o
impertinentes e descabidos e, ao final, seja o reclamante condenado como LITIGANTE DE
MÁ FÉ , com a condenaçã o da Reclamante em todos os consectá rios legais, como medida da
mais lídima JUSTIÇA!
Nestes termos,
Pede deferimento.
Sã o Paulo, ____de ___________ de 2018.
Adília Rodrigues OAB/SP

Você também pode gostar