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MÓDULO II – MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE

SEGURADO

1. PERÍODO DE GRAÇA

Considero esse tema um dos mais importantes atualmente em matéria


previdenciária, pois a grande maioria dos cidadãos estão na condição da manutenção
da qualidade de segurado, também chamado período de graça; seja após ter o seu
benefício de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez cessado ou devido a
pandemia ou a grave crise econômica que país passa estão desempregados. Dessa
forma, é uma situação excepcional, pois não estão contribuindo, mas mantém os
mesmos direitos como se estivessem, por isso é extremamente importante que o
Advogado saiba verificar se o cliente ainda mantém ou não a qualidade de segurado.

Legislação Art. 15, Lei 8213/91 Art. 13, Decreto 3.048/99 Art. 137, IN 77/2015.

Lei 8.213/91. Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de


contribuições:

I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-acidente;


(Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)

II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de
exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou
licenciado sem remuneração;

III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença
de segregação compulsória;

IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;

V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas


para prestar serviço militar;

VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.

Decreto 3048. Art. 13, II - II - até doze meses após a cessação de benefício por
incapacidade ou das contribuições, observado o disposto nos § 7º e § 8º e no art. 19-
E; (Redação dada pelo Decreto nº 10.491, de 2020)

IN 77/2015. Art. 137, II - até doze meses após a cessação de benefícios por
incapacidade, salário maternidade ou após a cessação das contribuições, para o
segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social
ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração, observado que o salário
maternidade deve ser considerado como período de contribuição.

Portaria n° 231, de 23 de março de 2020. Art. 1º. Diante da alteração promovida no


inciso I do art. 15 da Lei nº 8.213/1991, pela Lei nº 13.846 de 18.06.2019, que excluiu o
benefício de auxílio-acidente do rol de benefícios que garante a manutenção da
qualidade de segurado, sem limite de prazo, para quem está em gozo de benefício, fica
estabelecido que:

§ 1º. O auxílio-acidente concedido, ou que tenha data da consolidação das lesões, até
17 de junho de 2019, véspera da publicação da Lei nº 13.846/2019, deve ter o período
de manutenção da qualidade de segurado de 12 meses iniciado em 18 de junho de 2019,
nos termos do artigo 15, inciso II, da Lei 8.213/1991, conforme entendimento descrito na
Nota nº 00011/2020/CCBEN/PFE-INSS.

§ 2º. O auxílio-acidente com fato gerador a partir de 18 de junho de 2019 não será
considerado para manutenção da qualidade de segurado.

SEGUNDA PRORROGAÇÃO

Lei 8213/91. Art. 15. § 1º. O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e
quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições
mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.

02/04/2006 a 28/02/2014 e 15/01/2015 a 20/03/2018

01/03/2008 a 30/05/2018

TEMA 255. TNU. 16.10.2020. O pagamento de mais de 120 (cento e vinte) contribuições
mensais, sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado, garante o
direito à prorrogação do período de graça, previsto no parágrafo 1º, do art. 15 da Lei
8.213/91, mesmo nas filiações posteriores àquela na qual a exigência foi preenchida,
independentemente do número de vezes em que foi exercido.

TERCEIRA PRORROGAÇÃO

Lei 8213/91. Art. 15. § 2º. Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12


(doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação
pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

IN 77/2015. Art. 137. § 4º O segurado desempregado do RGPS terá o prazo do inciso II


do caput ou do § 1º deste artigo acrescido de doze meses, desde que comprovada esta
situação por registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE,
podendo comprovar tal condição, dentre outras formas:

I - comprovação do recebimento do seguro-desemprego; ou

II - inscrição cadastral no Sistema Nacional de Emprego - SINE, órgão responsável pela


política de emprego nos Estados da federação

Enunciado 189, do FONAJEF: A percepção do seguro desemprego gera a presunção


de desemprego involuntário para fins de extensão do período de graça nos termos do
art. 15, §2°, da Lei 8.213/91

Súmula 27. TNU. A ausência de registro em órgão do Ministério do Trabalho não impede
a comprovação do desemprego por outros meios admitidos em Direito.

CTPS EM BRANCO NÃO É SUFICIENTE:

INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO REGIONAL. PREVIDENCIÁRIO. PRORROGAÇÃO


DO PERÍODO DE GRAÇA. COMPROVAÇÃO DA SITUAÇÃO DE DESEMPREGO.
AUSÊNCIA DE REGISTRO NA CTPS. NECESSIDADE DE DILIGÊNCIA PARA A
PRODUÇÃO DE OUTRAS PROVAS. RECURSO PROVIDO. 1. A ausência de
anotação de vínculo empregatício na CTPS não é suficiente à comprovação do
desemprego, podendo tal condição ser comprovada por qualquer meio legítimo
em direito admitido. 2. No caso, não tendo sido oportunizada a produção da prova do
desemprego voluntário no Juízo de origem, resta configurado o cerceamento de defesa,
sendo devida a anulação do acórdão recorrido, para que seja produzida pela Turma
Recursal de Origem a prova da situação de desemprego (IUJEF nº 5000983-
52.2012.404.7110, Relator CLAUDIO GONSALES VALERIO, juntado aos autos em
27/09/2012). 3. Incidente regional provido. (5015093-86.2012.4.04.7100, TURMA
REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DA 4ª REGIÃO, Relator DANIEL MACHADO DA
ROCHA, juntado aos autos em 09/06/2017).

PROVA TESTEMUNHAL:

PREVIDENCIÁRIO. PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO. PENSÃO POR MORTE.


MANUTENÇÃO DAQUALIDADE DE SEGURADO. PROVA DO DESEMPREGO.
AUSÊNCIA DE ANOTAÇÃO LABORAL NA CTPS. INSUFICIÊNCIA. ADMISSÃO DE
OUTROS MEIOS DE PROVA, INCLUSIVE TESTEMUNHAL. 1. O INSS apresentou,
quanto ao tema da comprovação da situação de desemprego, para fins de manutenção
da condição de segurado, incidente de uniformização (a Pet nº 7.115), junto ao STJ, que
já foi julgado pela Terceira Seção daquela Corte, favoravelmente à autarquia
previdenciária. 2. Em face do entendimento pacificado no STJ, de que a ausência
de registros de vínculos laborais na CTPS não é suficiente para comprovar a
situação de desemprego, não deve prevalecer o decidido pela Turma Recursal de
origem, resguardando-se, entretanto, a possibilidade de a parte autora, porque
dispensada a realização de audiência na primeira instância, comprovar tal
condição por outros meios de prova, que não apenas o registro no órgão próprio
do Ministério do Trabalho, inclusive a testemunhal, nos termos em que decidiu a
Corte Superior. 3. Pedido de Uniformização conhecido e parcialmente provido,
determinando-se o retorno dos autos ao Juizado de origem, que deverá facultar à parte
autora a comprovação do desemprego por qualquer das formas permitidas em lei. (TNU
- PEDILEF: 200250500017285 ES, Relator: JUÍZA FEDERAL JOANA CAROLINA LINS
PEREIRA, Data de Julgamento: 13/09/2010, Data de Publicação: DOU 25/03/2011)

DEPOIMENTO PESSOAL:

PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL


PREVIDENCIÁRIO. INCAPACIDADE. QUALIDADE DE SEGURADO. EXTENSÃO DO
PERÍODO DE GRAÇA. SITUAÇÃO DE DESEMPREGO INVOLUNTÁRIO. AUSÊNCIA
DE ANOTAÇÃO NA CTPS. CORROBORADA POR DEPOIMENTO PESSOAL.
ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONFORMIDADE COM A JURISPRUDÊNCIA DA TNU
E DO STJ. QUESTÃO DE ORDEM 13. INCIDENTE NÃO CONHECIDO. 1. O ACÓRDÃO
RECORRIDO JULGOU PROCEDENTE PEDIDO PARA CONCESSÃO DE BENEFÍCIO
POR INCAPACIDADE LABORATIVA, SOB O FUNDAMENTO DE QUE O
DEMANDANTE OSTENTAVA A QUALIDADE DE SEGURADO NA DATA DO INÍCIO DA
INCAPACIDADE LABORATIVA, UMA VEZ QUE A AUSÊNCIA DE ANOTAÇÃO NA
CTPS FORA CORROBORADA PELO DEPOIMENTO PESSOAL DA PARTE
AUTORA. O ACÓRDÃO IMPUGNADO NÃO DIVERGIU DA ORIENTAÇÃO
PERFILHADA PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E PELA TURMA NACIONAL
DE UNIFORMIZAÇÃO. 2. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO NÃO CONHECIDO. (TNU
- Pedido: 05011382720164058400, Relator: FABIO CESAR DOS SANTOS OLIVEIRA,
Data de Julgamento: 17/08/2018, TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO, Data de
Publicação: 22/08/2018)

DESEMPREGO INVOLUNTÁRIO:

INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL. RESTABELECIMENTO DE AUXÍLIO-


DOENÇA. MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO. SITUAÇÃO DE
DESEMPREGO VOLUNTÁRIO. EXTENSÃO DO PERÍODO DE GRAÇA.
IMPOSSIBILIDADE. ACÓRDÃO CONTRÁRIO À JURISPRUDENCIA TNU. INCIDENTE
CONHECIDO E PROVIDO. À luz do regramento constitucional acima, a interpretação
que melhor se coaduna com a finalidade da norma é aquela segundo a qual apenas o
desemprego involuntário está apto a receber a proteção especial deferida pela legislação
previdenciária. Considerando a nítida feição social do direito previdenciário cujo escopo
maior é albergar as situações de contingência que podem atingir o trabalhador durante
sua vida, não é razoável deferir proteção especial àqueles que voluntariamente se
colocam em situação de desemprego. No desemprego voluntário não há risco
social. O risco é individual e deliberadamente aceito pelo sujeito. (PEDILEF
200972550043947, JUÍZA FEDERAL VANESSA VIEIRA DE MELLO, TNU, DOU
06/07/2012).

◉ OUTROS MEIOS DE PROVA:

a) Depoimento pessoal

b) Testemunhas

c) Currículo em empresas
d) Alguma entrevista de emprego

e) Cadastro em órgãos de vagas de emprego

PERÍODO DE GRAÇA APÓS BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE

Decreto 3.048/99. Art. 13, § 1º. O prazo do inciso II será prorrogado para até vinte e
quatro meses, se o segurado já tiver pago mais de cento e vinte contribuições mensais
sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.

§ 2º. O prazo do inciso II ou do § 1º será acrescido de doze meses para o segurado


desempregado, desde que comprovada essa situação por registro no órgão próprio do
Ministério do Trabalho e Emprego.

SEGURO-DESEMPREGO COMO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO:

A percepção de seguro-desemprego não prorroga o período de graça previsto no


inciso I, do artigo 15 da Lei 8.213/91, apenas serve como prova do desemprego para
fins de prorrogação de 12 meses previsto no artigo 15, § 2 da Lei de benefícios (TRF4,
AC 5001706-27.2018.4.04.9999, REGIONAL SUPLEMENTAR DO PR, Relator LUIZ
FERNANDO WOWK PENTEADO.

PREVIDENCIÁRIO. SALÁRIO-MATERNIDADE. QUALIDADE DE SEGURADO.


PERÍODO DE GRAÇA. PRORROGAÇÃO DO PERÍODO DE GRAÇA NA HIPÓTESE
DE PERCEPÇÃO DE SEGURO-DESEMPREGO. IMPOSSIBILIDADE. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. 1. A parte autora faz jus à concessão do salário-maternidade quando
demonstradas a maternidade, a atividade rural e a qualidade de segurada especial
durante o período de carência. 2. Não comprovada a manutenção da condição de
segurada, porquanto cessado o período de graça previsto no art. 15 da Lei n. 8.213/91
anteriormente à época do parto. 3. A percepção de seguro-desemprego não prorroga o
período de graça previsto no inciso I, do art. 15 da Lei 8.213/91, apenas serve como
prova do desemprego para fins de prorrogação de 12 (doze) meses prevista no art. 15,
§2º da Lei de Benefícios. 4. O reconhecimento da natureza previdenciária do seguro-
desemprego não implica, na possibilidade de percepção cumulativa e sucessiva das
regras dos incisos I e II do artigo 15 da 8.213/91, seguidas da prorrogação do §2º do
mesmo dispositivo. (PEDILEF 00011987420114019360, JUÍZA FEDERAL ANA
BEATRIZ VIEIRA DA LUZ PALUMBO, TNU, DOU de 31/05/2013) 5. Honorários
advocatícios majorados, de ofício. (TRF4, AC 5001706-27.2018.4.04.9999, TURMA
REGIONAL SUPLEMENTAR DO PR, Relator LUIZ FERNANDO WOWK PENTEADO,
juntado aos autos em 09/10/2018)

PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. UNIÃO ESTÁVEL COMPROVADA.


SENTENÇA PROCEDENTE EM AÇÃO DECLARATÓRIA DE UNIÃO ESTÁVEL.
QUALIDADE DE SEGURADO DO DE CUJUS DEMONSTRADA. RECEBIMENTO DE
SEGURO-DESEMPREGO. CONDIÇÃO DE DESEMPREGADO QUE ESTENDE O
PERÍODO DE GRAÇA PARA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. 1. A pensão por morte
é o benefício pago aos dependentes do segurado que falecer, conforme previsão do art.
201, V, da Constituição Federal. 2. Nos termos do art. 16 da Lei nº. 8.213/91, é
beneficiário da pensão por morte, na condição de dependente do segurado, a
companheira, considerando-se esta como a pessoa que, sem ser casada, mantém união
estável com o segurado, restando presumida sua dependência econômica em relação
ao de cujus. 3. No caso em apreço, restou caracterizada a existência de união estável
da autora com o de cujus, porquanto foi colacionada aos autos sentença procedente
transitada em julgado, em Ação de Reconhecimento de União Estável, proferida pela 1º
Vara Cível e Criminal de Propriá, em 09/08/2011. 4. Com efeito, o art. 15 da lei nº
8.213/91 prevê o que a doutrina denomina "período de graça", o interregno no qual,
mesmo após a cessação do exercício de atividade laborativa determinante do vínculo
obrigatório e/ou contribuição previdenciária, mantém-se a qualidade de segurado.
Conforme disposto no supracitado dispositivo legal o segurado pode manter a qualidade
de segurado por até 36 meses se restar comprovado o pagamento de mais de 120 (cento
e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de
segurado e o desemprego. 5. Da consulta ao site do Ministério do Trabalho, vê-se que
o falecido recebeu parcelas do seguro desemprego no período de 10/04/2008 a
08/08/2008, pelo que se tem prorrogado em mais doze meses o período de graça
instituído no artigo 15, II da Lei nº 8.213/91, nos termos do parágrafo 2º do mesmo artigo.
6. Cumpre destacar que, em relação à natureza jurídica do seguro desemprego,
em que pese alguma discussão doutrinária a respeito, prevalece o entendimento
de que se trata de benefício de natureza previdenciária, que tem por finalidade
prover a assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado
involuntariamente. Assim, a contagem da perda da qualidade de segurado só
deverá começar a partir da última parcela, tendo em vista, na espécie, o falecido
ter recebido o benefício em questão. 7. Desta feita, aplica-se ao caso a incidência
da regra de prorrogação do prazo de manutenção da qualidade de segurado de 12
para 24 meses, com contagem do período de graça a partir de agosto de 2008,
quando findo o seguro desemprego. Por conseguinte, é mister reconhecer que no dia
do seu falecimento, em 16/05/2010, o instituidor mantinha qualidade de segurado. 8.
Dessarte, comprovada a condição de segurado do falecido, bem como demonstrada a
condição de dependente da autora, há de ser deferida a pensão por morte pleiteada. 9.
Apelação do INSS improvida. (TRF-5 - AC: 98087220134059999, Relator:
Desembargador Federal Cesar Carvalho, Data de Julgamento: 10/06/2014, Segunda
Turma, Data de Publicação: 13/06/2014)

PRORROGAÇÃO PELO DESEMPREGO DE CONTRIBUINTE INDIVIDUAL:

PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA FORMULADO PELO INSS.


PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. PERÍODO DE GRAÇA.
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. DESEMPREGO. POSSIBILIDADE. COMPROVAÇÃO
POR OUTROS MEIOS. SÚMULA 27 DA TNU. PROVIMENTO EM CONSONÂNCIA
COM ENTENDIMENTO DA TNU. INCIDENTE NÃO CONHECIDO 1. Prolatado acórdão
pela Turma Recursal de Santa Catarina, confirmando pelos próprios fundamentos a
sentença de procedência para concessão de benefício de auxílio-doença à autora,
contribuinte individual, com extensão do prazo de graça, em virtude de situação de
desemprego declarada nos autos.2. Interposto incidente de uniformização de
jurisprudência pelo INSS, com fundamento no art. 14, §§ 1º e 2º, da Lei nº 10.259/2001.
Alega que o benefício foi irregularmente concedido, em razão da prorrogação do
período de graça por mais doze meses em decorrência de desemprego, embora a
última atividade profissional da autora tenha sido exercida na condição de
contribuinte individual. Por sua vez, é entendimento deste Colegiado que a
manutenção da qualidade de segurado do RGPS, em razão da prorrogação do
período de graça, decorrente do desemprego, deve ser estendida ao contribuinte
individual que comprovar a situação de desemprego. (TNU - PEDILEF:
50005598320124047215, Relator: JUIZ FEDERAL MÁRCIO RACHED MILLANI, Data
de Julgamento: 30/03/2017, Data de Publicação: 25/09/2017)

REFORMA DA PREVIDÊNCIA:

Decreto 3.048/99. Art. 19-E. A partir de 13 de novembro de 2019, para fins de aquisição
e manutenção da qualidade de segurado, de carência, de tempo de contribuição e de
cálculo do salário de benefício exigidos para o reconhecimento do direito aos benefícios
do RGPS e para fins de contagem recíproca, somente serão consideradas as
competências cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao limite mínimo
mensal do salário de contribuição.(Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

Art. 13. § 8º. O segurado que receber remuneração inferior ao limite mínimo mensal do
salário de contribuição somente manterá a qualidade de segurado se efetuar os ajustes
de complementação, utilização e agrupamento a que se referem o § 1º do art. 19-E e o
§ 27-A do art. 216. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

CONTAGEM DO PERÍODO DE GRAÇA

(INÍCIO) IN 77/2015. Art. 137. § 1º. O prazo de manutenção da qualidade de segurado


será contado a partir do mês seguinte ao das ocorrências previstas nos incisos II a VI do
caput.

(FINAL) Decreto 3.048/99. Art. 14. O reconhecimento da perda da qualidade de


segurado no termo final dos prazos fixados no art. 13 ocorrerá no dia seguinte ao do
vencimento da contribuição do contribuinte individual relativa ao mês imediatamente
posterior ao término daqueles prazos.

TABELA PRÁTICA

EXCEÇÕES A REGRA:

a) IN 77/2015, Art. 340, § 2º. Se a perda da qualidade de segurado vier a ocorrer no


período de 28 (vinte e oito) dias anteriores ao parto, será devido o salário-
maternidade.
Ex: Data de Admissão 15/01/2015 e Data de rescisão: 20/10/2016

Percebeu Seguro-desemprego

Qualidade de segurado até?

Criança nasceu em 02/01/2019

b) PORTARIA CONJUNTA Nº 5, DE 9 DE ABRIL DE 2020

ACP n° nº 5012756-22.2015.4.04.7100/RS, quando for verificada a perda da


qualidade de segurado do instituidor, na data do óbito, deverá ser oportunizado ao
requerente, por meio de emissão de exigência, a apresentação de documentos que
comprovem uma possível incapacidade que daria direito a um auxílio por
incapacidade temporária (auxílio-doença), após cumprida a exigência, deverá ser
encaminhada para realização de perícia médica. Os efeitos para benefícios de
pensão por morte com Data de Entrada de Requerimento-DER a partir de
05/03/2015.

1. CASOS PRÁTICOS

a) Pensão por morte


Vínculo: 01/09/2015 a 31/08/2016

Óbito: 21/10/2018

Qualidade de segurado até?

b) Salário-Maternidade
Vínculo: 21/08/2013 a 18/11/2014

Percebeu seguro-desemprego

Nascimento da criança: 08/01/2017

Qualidade de segurado até?

c) Auxílio-doença:
Auxílio doença: 01/05/2016 a 02/12/2016

Qualidade de segurado até?

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