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CONTESTAÇÃO
II - PRELIMINARENTE
DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA CAIXA
Como está exposto, a parte autora é médica, portanto, seus ganhos superam
consideravelmente o que as demais profissões no país auferem normalmente. Assim,
pressupõe-se que seus ganhos podem, sem dúvidas, arcar com as custas processuais sem
prejuízo a seu sustento.
Mas se trata de presunção juris tantum, podendo haver prova em contrário.
Ocorre que a parte não demonstrou, por meio de lastro probatório robusto, de que faz jus a
tal benesse.
Manter o deferimento da justiça gratuita a pessoas com renda como a parte
autora é banalizar o instituto, visto que provam que de fato não se trata de uma pessoa
“pobre no sentido legal”.
Em casos como o presente, a jurisprudência INDEFERE ou REVOGA a
justiça gratuita.
A título de exemplo, segue a melhor jurisprudência do douto Tribunal de
Justiça de Minas Gerais, in verbis:
Pelo exposto, a CEF requer que sejam juntados aos autos, comprovante de
rendimentos (Declaração do Imposto de Renda e/ou Contracheque atualizado) dos
proventos recebidos pela parte autora, bem como a revogação do deferimento da
gratuidade da justiça.
III - DO MÉRITO
DO CONTRATO E DA REALIDADE FÁTICA
Cumpre destacar mais uma vez que a CAIXA não é responsável pela
definição do percentual de financiamento liberado pelo MEC / Sesu ao estudante, portanto,
em hipótese alguma a CAIXA tem autorização de aumentar este percentual que é
concedido por aquela autarquia que leva em consideração as regras orçamentarias do
programa, o ranqueamento no momento da seleção, além de outras variáveis como renda,
grupo familiar etc.
Portanto, o valor do financiamento SEMPRE obedece ao percentual
definido quando da seleção para o programa aplicado sobre o valor do semestre a ser
financiado.
Em consulta aos nossos sistemas corporativos, verificamos a tela de
marcação do contrato, de acordo com decisão judicial:
Enfim, alertamos que este tipo de ação promovido pela autora busca na
verdade induzir o juízo a alterar o percentual de financiamento do contrato e não adequar
o financiamento as regras do teto consubstanciado nas resoluções nº 22/2018 e nº 50/2022,
isso porque a CAIXA cumpre com as resoluções desde que foram publicadas, não sendo as
resoluções o motivo do valor baixo nos financiamentos do contrato e, sim, o percentual de
financiamento baixo conquistado pela estudante no momento da seleção para o FIES.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Brasília/DF, 17 de outubro de 2023.