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DIREITO TRIBUTÁRIO
ACESSO: https://www.opovo.com.br/noticias/fortaleza/2020/11/03/pf-cumpre-27-
mandados-em-investigacao-sobre-suposto-desvio-de-recursos-publicos-no-hospital-do-
pv.html
Estima-se que os prejuízos aos cofres públicos, de acordo com a PF, sejam superiores a
R$ 7 milhões de reais, valor que foi bloqueado das contas das pessoas jurídicas
investigadas.
Cabe ressaltar que a maior abertura para os casos de desvios de dinheiro, durante a
pandemia, advém da Lei n. 13.979/2020, bem como das Medidas Provisórias n. 922, de
28 de fevereiro de 2020 e n. 926, de 20 de março de 2020, por meio das quais foram
realizadas alterações à Lei supracitada. A lei em questão, em seu art. 4º, prevê a
contratação por dispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de
engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública,
bem como prevê que essa aquisição de bens e contratação de serviços não se restringe a
equipamentos novos, desde que o fornecedor se responsabilize pelas plenas condições
de uso e funcionamento do bem adquirido (BRASIL, 2020).
O dinheiro utilizado para manter esse período crítico advém de impostos pagos pela
população que de certa forma se sente negligenciada por essa situação. A medida em
que a lei tome possível ao contribuinte perceber, de maneira objetiva, quais são seus
direitos e deveres em relação a fiscalização, e com isso alcança-se a essência da
segurança jurídica, um a vez que seu conteúdo formal é a certeza do direito e o seu
conteúdo material.
ATIVIDADE II
DIREITO TRIBUTÁRIO
DECISÃO
TEMA
RESUMO
O Pleno do STF finalizou o julgamento do RE 630.790/SP, afetado sob o rito da
repercussão geral (Tema n. 336), em que se discutia a imunidade tributária em relação
ao imposto de importação para entidades que executam atividades fundadas em
preceitos religiosos.
O Tribunal, por unanimidade, assentou que tem conferido amplitude à norma
constitucional imunizante, de modo a abranger todos os impostos que, de alguma forma,
possam desfalcar o patrimônio, prejudicar as atividades ou reduzir as rendas da entidade
imune, ainda que estejam apenas indiretamente relacionados com suas finalidades
essenciais. A condição é que os recursos obtidos sejam vertidos ao implemento de tais
fins e, no caso de haver correspondência entre o recurso obtido e a aplicação nas
finalidades essenciais, restará configurado o liame exigido pelo texto constitucional para
fins da imunidade.
Assim, a imunidade das entidades previstas no art. 150, VI, “c”, da Constituição
Federal, abrange não só os impostos diretamente incidentes sobre patrimônio, renda e
serviços, mas também aqueles devidos na importação de mercadorias ou serviços a
serem utilizados em suas atividades essenciais. Além disso, a imunidade recai sobre a
renda e o patrimônio não necessariamente afetos às ações assistenciais, desde que os
valores da sua exploração sejam revertidos para a atividade-fim das entidades
assistenciais.