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ATIVIDADE I

DIREITO TRIBUTÁRIO

ALUNO: MAYKON WILLAMY DE ALBUQUERQUE MARTINS

NOTÍCIA NO SITE OPOVO- 03/11/2020

ACESSO: https://www.opovo.com.br/noticias/fortaleza/2020/11/03/pf-cumpre-27-
mandados-em-investigacao-sobre-suposto-desvio-de-recursos-publicos-no-hospital-do-
pv.html

“OPERAÇÃO DA PF APURA COMPRA EM EMPRESA DE FACHADA E


PREJUÍZO DE R$ 7 MILHÕES AOS COFRES PÚBLICOS”

Estima-se que os prejuízos aos cofres públicos, de acordo com a PF, sejam superiores a
R$ 7 milhões de reais, valor que foi bloqueado das contas das pessoas jurídicas
investigadas.

Diante do exposto observa-se a fraude em licitações e compras de equipamentos durante


a pandemia do COVID-19, diversas pessoas públicas ligadas a terceiros fraudaram e
desviaram milhões dos cofres públicos, praticando uma violação ao princípio da
Legalidade Tributária. A falta de fiscalização durante o período de calamidade pública
originou inúmeros casos de irregularidades e desvio de dinheiro público, assim como
ocorreu na notícia citada.

Sabe-se que qualquer contratação pública necessitara em adaptar-se à premissa do


princípio da legalidade. Contudo, com a prerrogativa dada a Administração Pública para
liberação dos recursos públicos, tornou a pandemia palco para a corrupção no País. As
legislações extravagantes, criadas para trazer celeridade e afastar a burocracia em um
contexto de emergência, não vêm sendo foram usadas por muitos gestores.

Cabe ressaltar que a maior abertura para os casos de desvios de dinheiro, durante a
pandemia, advém da Lei n. 13.979/2020, bem como das Medidas Provisórias n. 922, de
28 de fevereiro de 2020 e n. 926, de 20 de março de 2020, por meio das quais foram
realizadas alterações à Lei supracitada. A lei em questão, em seu art. 4º, prevê a
contratação por dispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de
engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública,
bem como prevê que essa aquisição de bens e contratação de serviços não se restringe a
equipamentos novos, desde que o fornecedor se responsabilize pelas plenas condições
de uso e funcionamento do bem adquirido (BRASIL, 2020).

O dinheiro utilizado para manter esse período crítico advém de impostos pagos pela
população que de certa forma se sente negligenciada por essa situação. A medida em
que a lei tome possível ao contribuinte perceber, de maneira objetiva, quais são seus
direitos e deveres em relação a fiscalização, e com isso alcança-se a essência da
segurança jurídica, um a vez que seu conteúdo formal é a certeza do direito e o seu
conteúdo material.
ATIVIDADE II

DIREITO TRIBUTÁRIO

Órgão julgador: Primeira Turma


Relator(a): Min. ROSA WEBER
Julgamento: 14/09/2022
Publicação: 20/09/2022

DECISÃO

O Tribunal, por unanimidade, apreciando o tema 336 da repercussão geral, conheceu do


recurso extraordinário e deu-lhe provimento, a fim de reformar o acórdão recorrido e
reconhecer a imunidade tributária da recorrente de II e de IPI nas operações de
importação tratadas nos presentes autos, nos termos do voto do Relator. Foi fixada a
seguinte tese: “As entidades religiosas podem se caracterizar como instituições de
assistência social a fim de se beneficiarem da imunidade tributária prevista no art. 150,
VI, c, da Constituição, que abrangerá não só os impostos sobre o seu patrimônio, renda
e serviços, mas também os impostos sobre a importação de bens a serem utilizados na
consecução de seus objetivos estatutários”. O Ministro Alexandre de Moraes
acompanhou o Relator com ressalvas. Falaram: pela recorrente, o Dr. Mozart Thomas
Branchi Gualtiero; e, pela recorrida, o Dr. Paulo Mendes, Procurador da Fazenda
Nacional. Plenário, Sessão Virtual de 11.3.2022 a 18.3.2022.

TEMA

336 - Imunidade tributária em relação ao imposto de importação para entidades que


executam atividades fundadas em preceitos religiosos

RESUMO
O Pleno do STF finalizou o julgamento do RE 630.790/SP, afetado sob o rito da
repercussão geral (Tema n. 336), em que se discutia a imunidade tributária em relação
ao imposto de importação para entidades que executam atividades fundadas em
preceitos religiosos.
O Tribunal, por unanimidade, assentou que tem conferido amplitude à norma
constitucional imunizante, de modo a abranger todos os impostos que, de alguma forma,
possam desfalcar o patrimônio, prejudicar as atividades ou reduzir as rendas da entidade
imune, ainda que estejam apenas indiretamente relacionados com suas finalidades
essenciais. A condição é que os recursos obtidos sejam vertidos ao implemento de tais
fins e, no caso de haver correspondência entre o recurso obtido e a aplicação nas
finalidades essenciais, restará configurado o liame exigido pelo texto constitucional para
fins da imunidade.

Assim, a imunidade das entidades previstas no art. 150, VI, “c”, da Constituição
Federal, abrange não só os impostos diretamente incidentes sobre patrimônio, renda e
serviços, mas também aqueles devidos na importação de mercadorias ou serviços a
serem utilizados em suas atividades essenciais. Além disso, a imunidade recai sobre a
renda e o patrimônio não necessariamente afetos às ações assistenciais, desde que os
valores da sua exploração sejam revertidos para a atividade-fim das entidades
assistenciais.

As imunidades tributárias são normas de estrutura do sistema constitucional e do


subsistema constitucional tributário, cuja função é dispor sobre a criação de outras
normas tributárias (instituição de tributos). Desta feita, ao lado das normas que atribuem
competência tributária aos entes políticos, as imunidades tributárias ajudam a delimitar
o campo de competências tributárias.

As imunidades tributárias constituem-se também como direitos fundamentais dos


contribuintes, pois fazem parte do espírito constitucional que protege os direitos
individuais, que tem eficácia plena e aplicabilidade imediata, não podendo ser limitados
ou restringidos por lei infraconstitucional e nem mesmo modificados via emenda
constitucional, por se tratarem de cláusulas pétreas.

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