Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Contadoria Geral-1841)
DIEx Nº 164-ASSEJUR/SSEF/SEF
EB: 64689.010515/2023-11
DIEx Nº 322-ASSEJUR/SSEF/SEF
EB: 64689.013205/2023-41
5. Vale lembrar que a Portaria nº 10-SEF, de 23 AGO 1990, revogada pela Portaria
nº 071-SEF, de 29 JUL 20, regulava de forma clara que ao retornar ao serviço ativo, por força de
medida liminar, caso já tenha recebido a Compensação Pecuniária de que trata a Lei nº 7.963,
de 21 DEZ 1989, deveria o militar reintegrado restituir integralmente o que lhe foi pago no ato
de sua apresentação à Instituição Militar.
DIEx Nº 460-ASSEJUR/SSEF/SEF
EB: 64689.017170/2023-19
1. A respeito do assunto, faço menção ao DIEx nº 72-Asse Ap Ass Jurd /5º CGCFEx,
de 29 JUN 23, que trata de consulta formulada a esta Secretaria, relativa ao pagamento de
compensação pecuniária.
2. Diante dos desdobramentos do assunto, convém resgatar os fatos que lhe são
pertinentes, de acordo com a documentação trazida à lume:
c. consultada, essa Setorial Contábil entendeu que o ex-Cabo “não faz jus”, à
compensação pecuniária, sendo-lhe devido o pagamento proporcional de adicional natalino,
férias e adicional de férias.
II - ex officio
(…)
(...)
(…)
4.
DIEx Nº 269-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.003136/2022-86
2. Diante dos desdobramentos do assunto, convém resgatar os fatos que lhe são
pertinentes, de acordo com a documentação trazida à lume:
e. esse CGCFEx, por sua vez, divergiu do parecer da Unidade Gestora Consulente
não reconhecendo o direito do militar ao recebimento da aludida verba indenizatória e
encaminhou consulta à esta Secretaria por meio do já referenciado DIEx nº 217-1ª SEÇÃO/4º
CGCFEx, de 10 de maio de 2022.
(...)
II - ex officio (...)
(...)
(...)
(...)
(grifo nosso)
4. Isso posto, verifica-se que o 3º Sgt Vinícius da Silva Henrique não faz jus à
Compensação Pecuniária pelo licenciamento ex officio para nomeação em cargo público,
devendo ser instaurada sindicância para apuração de responsabilização, persecução dos valores
pagos indevidamente e eventual incidência do princípio da boa-fé objetiva, nos termos da
Portaria nº 1324 C Ex, de 17 de outubro de 2021.
DIEx Nº 356-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.004197/2022-61
3. Por conseguinte, o militar fora reintegrado por decisão judicial a contar da data
de seu licenciamento, conforme Parecer de Força Executória encaminhado pelo Ofício nº
00222/2018/PROT/PSUJVE/PGU/AGU, de 20 de fevereiro de 2018, com a Liminar Tutela
Antecipada Antecedente nº 5000215.2018.4.04.7214/SC, entretanto, houve a cassação da
Tutela Antecipada que determinou a reintegração do militar em 9 de junho de 2022,
determinando que o ex-militar ficasse apenas encostado, conforme Parecer de Força Executória
nº 00349/2022/COREMASSES/PRU4R/PGU/AGU.
5. Este CGCFEx, por sua vez, conforme entendimento constante da Memória para
Decisão nº 013 -SAGeC/5º CGCFEx, de 22 de junho de 2022, invocou a interpretação exposada
no DIEx nº 757-ASSE1/SSEF/SEF, de 9 de dezembro de 2021, concordando parcialmente com o
posicionamento da UGA consulente, reconhecendo o direito do militar à 07 (sete)
remunerações a título de Compensação Pecuniária, referente aos anos de efetivo serviço até a
data de seu licenciamento ex officio, excluindo o ano de serviço militar inicial, no entanto,
retificando o entendimento da UGA consulente, reconhecendo o direito à indenização de férias
e adicional de férias para o período compreendido entre 22 MAR 18 até 9 JUN 22, período que
o militar estava na condição de reintegrado por decisão judicial.
7. Depreende-se, portanto, que o militar fará jus à indenização pelas férias não
gozadas até data da decisão judicial que derrubou a Tutela Antecipada, ou seja, 9 de junho de
2022, somado do devido Adicional de Férias, nos termos da Portaria nº 287-DGP, de 15 de
dezembro de 2020, que dispõe sobre os procedimentos a serem adotados para análise e
pagamento de férias não gozadas, por se considerar que o militar em tratamento de saúde não
pode interromper sua recuperação para o gozo de férias, sem no entanto, haver a perda do
direito.
10. Ademais, impende ainda destacar que o tempo de cálculo fica limitado ao
término de prorrogação de tempo de serviço do militar, qual seja, 28 de fevereiro de 2016, por
se considerar que o tempo como adido, passado até 26 de janeiro de 2018, não conta como
tempo de serviço, pela limitação importa pelo §3º do art. 27 da Lei do Serviço Militar e pelo
posicionamento consolidado na Cartilha do DGP e, ainda, pelo amparo vigente à época,
conforme inciso I do art. 430 da Portaria C Ex nº 749, de 17 de setembro de 2021.
11. Nesse ínterim, deve-se também afastar quaisquer entendimentos com fito de
reconhecer o tempo passado como reintegrado por decisão judicial para fim de percepção de
compensação pecuniária, para tanto, deve-se transcrever o item 11.3 da Cartilha de Orientação
do DGP, de 1º de junho de 2019, que padroniza procedimentos dispensados a militares ou
ex-militares adidos, agregados, reintegrados, encostados e incapazes por motivo de saúde:
12. Do acima exposto, esta Secretaria coaduna com entendimento apresentado pelo
5º CGCFEx e ratifica o posicionamento pela concessão de 07 (sete) remunerações à título de
Compensação Pecuniária, referente ao tempo anterior ao término do tempo de serviço em 28
de fevereiro de 2016, excluindo o tempo de serviço militar obrigatório, o tempo passado como
adido entre 28 FEV 16 à 26 JAN 18, bem como o tempo passado na condição de reintegrado por
determinação judicial de 27JAN 19 à 9 JUN 22.
DIEx Nº 449-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.004762/2022-90
(..)
V - licenciamento;
(..)
(...)
II ex officio.
(...)
4. Do exposto, esta Secretaria entende que o Cb EP VALDERI BATISTA VIEIRA faz jus
a 6 (seis) cotas a título de compensação pecuniária, em decorrência do número
máximo de prorrogações previstas na legislação à época do licenciamento, qual seja, 7 (sete)
anos, descontado o tempo correspondente ao serviço militar obrigatório, conforme prescreve o
§ 2º do art. 1º, da Lei nº 7.963, de 21 de dezembro de 1989, e o art. 15 da Portaria nº 600 – Cmt
Ex, de 7 de novembro de 2000.
DIEx Nº 518-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.005353/2022-19
2. Diante dos desdobramentos do assunto convém resgatar os fatos que lhe são
pertinentes, de acordo com a documentação e as informações trazidas a lume:
d. ainda cabe destacar que o militar foi promovido, por antiguidade à graduação de
4. O tema foi encaminhado para esse Centro, que emitiu o seguinte parecer:
DIEx Nº 612-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.006424/2022-92
2. Diante dos desdobramentos do assunto, convém resgatar os fatos que lhe são
pertinentes, de acordo com a documentação trazida à lume:
c. cumpre destacar que não restou configurado acidente em serviço, sem relação
de causa e feito com o serviço militar, bem como ficou comprovado que o ato de licenciamento
decorreu de um imperativo legal em vista que o militar esteve afastado de suas atividades por
mais de 90 (noventa) dias;
4. Isso posto, esta Secretaria conclui que o 3º Sgt SCT MATHEUS WAGNER GOMES
PEREIRA não faz jus à compensação pecuniária pelo licenciamento ex officio haja
vista que o militar esteve afastado de suas atividades por mais de 90 (noventa) dias e o
licenciamento se deu por esse motivo, não havendo enquadrando no art. 1º da Lei nº
7.963/1989.
DIEx Nº 794-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.008162/2022-09
c. o Adt nº 035-Esc Pes, ao Bol Reg nº 120, de 30 JUN 22, da 11ª RM, transcrito
no BI nº 47, de 5 JUL 22, do CDS, publicou o Deferimento da Prorrogação do Tempo de Serviço
do Militar;
3. O assunto foi encaminhado para esse Centro que assim se manifestou, vejamos:
I - a pedido; e
II - ex officio.
c) a bem da disciplina."
I - atingimento:
IV - a bem da disciplina;
DIEx Nº 806-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.008259/2022-11
a. narra esse ODG, que o então Sd WALLACE GARCIA DOS SANTOS, foi licenciado
em 13 JUN 22 , por conveniência do serviço e encostado à OM, para fim de
tratamento do problema e saúde, em razão de acidente sofrido em 12 FEV 22, sem relação de
causa e efeito com o serviço;
c. essa norma foi substituída pela Portaria - DGP/C Ex nº 407, DE 25 JUL 22, que
aprova as Normas para a Prestação do Serviço Militar Temporário (EB30-N-30.009), a qual
manteve a mesma literalidade norma extinta;
II ex officio
(...).
(...)
(...)
(...)
(...)
f. cabe observar que a Portaria - C Ex nº 749, de 17 SET 12, foi revogada pela
Portaria - C Ex nº 1.774, de 15 JUN 22, que altera o Regulamento Interno e dos Serviços Gerais
(RISG), aprovado pela Portaria do Comandante do Exército nº 816, de 19 DEZ 03, entrando em
vigor na data da sua publicação, em 1º JUL 22;
DIEx nº 104-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.001643/2021-02
6. Outro ponto a se destacar é que, muito embora a Portaria fale em retorno ao serviço
ativo por força de medida liminar, deve-se compreender a expressão em seu sentido amplo, ou
seja, havendo retorno ao serviço ativo por meio de decisão judicial precária, passível de reforma,
o militar reintegrado tem o dever de restituir o benefício que lhe foi pago em razão do seu
licenciamento.
9. Esse entendimento, inclusive, tem sido adotado pelo Tribunal Regional Federal da
4ª Região ao se pronunciar sobre a restituição de valores pagos a título de compensação
pecuniária, quando omissa a esse respeito a decisão judicial que determinou a reintegração,
senão vejamos:
E M E N TA: ADMINISTRATIVO. EMBARGOS À EXECUÇÃO.
MILITAR TEMPORÁRIO. REINTEGRAÇÃO. VALORES RECEBIDOS EM
RAZÃO DO LICENCIAMENTO ANULADO JUDICIALMENTE.
COMPENSAÇÃO. AJG CONCEDIDA NO PROCESSO DE CONHECIMENTO.
EXTENSÃO AO PROCESSO DE EXECUÇÃO. POSSIBILIDADE. A anulação do
ato de desligamento das Forças Armadas enseja, simultaneamente, efeitos
DIEx nº 183-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.002661/2021-01
2. Diante dos desdobramentos do assunto convém resgatar os fatos que lhe são
pertinentes, de acordo com a documentação e as informações trazidas a lume:
a. trata-se de consulta formulada pelo 11º Grupo de Artilharia Antiaérea (11º GAAAe)
a esse Centro, atinente à estudo sobre direito à compensação pecuniária para militar
desincorporado cuja incorporação foi anulada por doença preexistente à data da incorporação;
b. segundo a UG consulente, o militar desincorporado deveria receber compensação
pecuniária. No entanto, reconhece que o pedido não tem amparo, eis que a SEF entende que a
Lei nº 7.963, de 21 de dezembro de 1989, não permite. A Organização Militar sugere que se faça
nova interpretação da Lei nº 7.963, de 21 de dezembro de 1989, a fim de que o militar
desincorporado faça jus ao benefício; e
c. consultada a respeito, essa Setorial entendeu que não há amparo legal pra que o
militar desincorporado faça jus à compensação pecuniária previsto na Lei nº 7.963, de 21 de
dezembro de 1989, e em razão da divergência, remeteu consulta a esta Secretaria por meio do
DIEx nº 102-S1/11º CGCFEx, de 27 de abril de 2021.
(...)
(...)
(..)
V - licenciamento;
(..)
VII - desincorporação;
(...)
(...)
II ex officio.
(...)
( ... )
( ... )
4. Isso posto, esta Secretaria entende que não é possível amparar militar
desincorporado com à compensação pecuniária, por ofensa a interpretação literal da Lei
nº 7.963, de 21 de dezembro de 1989.
DIEx Nº 440-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.005569/2021-95
2. Diante dos desdobramentos do assunto, convém resgatar os fatos que lhe são
pertinentes, de acordo com a documentação trazida à lume:
(...)
g. Por sua vez, o 10º CGCFEx, por meio da Memória para Decisão nº 008, de 12
de agosto de 2021, apresentou posicionamento diametralmente oposto ao da UG da militar
requerente, por considerar que o caso em comento não se enquadra na hipótese prevista no
art. 1º da Lei 7963, de 21 de dezembro de 1989, "...o oficial ou a praça,
licenciado ex officio por término de prorrogação de tempo de serviço, fará jus à compensação
pecuniária..." e reforça tal interpretação pelo amparo no entendimento expresso
no DIEx nº 183 - ASSE1/SSEF/SEF, de 5 de maio de 2021;
h. Por fim, a Memória para Decisão nº 008 do 10º CGCFEx alude que os
documentos produzidos pela SEF e citados pela Memória sobre o caso, produzida pela UG da
militar, seriam, em verdade, casos relacionados a militares licenciados ex officio por término de
prorrogação do tempo de serviço, portanto, estariam enquadrados nos parâmetros do art. 1º
da Lei 7963/89; e
(...)
II - ex officio (...)
"(...)
4. Isso posto, é de ser afirmar que a ex 2º Ten OTT Adriana Torres Dourado não faz
jus à compensação pecuniária de que trata a Lei nº 7963, de 1989, por ter sido
licenciada ex oficio estando apta para atividade laborativas civis, se enquadrando no inciso VI
do art. 108 do Estatuto dos Militares, ainda que permaneça encostada para tratamento de
saúde.
DIEx Nº 557-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.006828/2021-03
2. Diante dos desdobramentos do assunto convém resgatar os fatos que lhe são
pertinentes, de acordo com a documentação e as informações trazidas a lume:
DIEx nº 30-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.000666/2020-19
2. Diante dos desdobramentos do assunto, convém resgatar os fatos que lhe são
pertinentes, de acordo com as informações e documentos trazidos a lume:
a. Trata-se de questão oriunda do 2º Batalhão de Engenharia e Construção (2º BEC),
sediado em Teresina, PI, de interesse da 1º Ten OTT JARDYLA MARIA NORMANDO
MATOS SANTOS;
b. Em linhas gerais, verifica-se que a aludida militar foi incorporada ao Exército como
Oficial Dentista Temporária em 28 FEV 05, junto ao 2º BEC. Em 2017, foi licenciada por
término de prorrogação de tempo de serviço, recebendo a compensação pecuniária de que trata a
Lei nº 7.963, de 1990. Não obstante, como fruto de decisão exarada pelo Juízo da 20ª Vara
Federal da Seção Judiciária de Brasília nos autos do processo nº 32731-10.2016.4.01.3400, em 5
NOV 18, DF, a interessada teve seu licenciamento anulado, com consequente reincorporação,
inclusive com o pagamento de remuneração, para fins de tratamento médico-hospitalar;
c. Reintegrada ao 2º BEC, pois, a militar requereu, em 7 NOV 18, por intermédio de
advogado constituído, que seu tratamento de saúde fosse realizado no 1º Grupamento de
Engenharia (1º Gpt E), em João Pessoa, PB. Atendida pela Administração Militar, a oficial em
tela passou à disposição daquele Grande Comando a contar de 3 JAN 19, conforme publicado no
Boletim Interno nº 3, de 4 de Janeiro de 2019. Todavia, manteve-se o pagamento da gratificação
de localidade especial em seu favor;
d. De acordo com a OM de vinculação da militar – 2º BEC –, não existiria amparo
para o saque da verba em comento, devendo a interessada ter suspenso o pagamento respectivo
e, ainda, restituir os valores recebidos indevidamente. Por essa razão, encaminhou consulta a
respeito a essa Setorial Contábil, nos termos do DIEx nº 560-S1/2ºBEC, de 29 OUT 19;
e. Instada a se manifestar, essa Inspetoria solicitou à OM a remessa de informações
complementares, bem como documentos comprobatórios, que restaram encaminhados de forma
anexa ao DIEx nº 98-Asse Ap As Jurd/2º BEC, de 14 NOV 19;
DIEx nº 118-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.002596/2020-25
2. Diante dos desdobramentos do assunto, convém resgatar os fatos que lhe são
pertinentes, de acordo com a documentação e as informações trazidas a lume:
a. Trata-se de questão oriunda do 11º Grupamento de Artilharia Antiaérea (11º
GAAAe). Em linhas gerais, verifica-se que militares temporários daquela OM foram indiciados
em Inquérito Policial Militar (IPM) e que foram licenciados por término do tempo de serviço,
daí surgindo a indagação se haveria direito ao saque da compensação pecuniária de que trata a
Lei nº 7.963, de 1989;
b. Em face desse contexto, o Cmt daquela OM encaminhou a questão ao Comando
Militar do Planalto, nos termos do DIEx nº 25-Sect/11º GAAAe, de 17 FEV 20, opinando que na
situação apresentada não haveria amparo legal para o pagamento do benefício em tela, eis que a
Lei nº 13.954, de 16 DEZ 19, teria criado nova modalidade de licenciamento, não abrangida
pelas hipóteses de saque previstas na referida Lei nº 7.963, de 1989;
c. Ouvido a respeito, o Chefe do Estado-Maior da 1º Brigada de Artilharia Antiaérea
(1ª Bda AAAe) encaminhou ao Comandante do 11º GAAAe o DIEx nº 18-Asse Ap As Jurd/Ass
Ger/Cmt Bda, de 27 FEV 20, manifestando entendimento contrário, isto é, de que mesmo o
militar respondendo a IPM teria direito à compensação pecuniária se licenciado por término de
tempo de serviço;
d. Opinião semelhante – pelo deferimento – foi manifestada pelo Chefe do
Estado-Maior do Comando Militar do Planalto, por considerar que a Lei nº 13.954, de 2019, não
teria criado nova modalidade de licenciamento. Não obstante, sugeriu que o assunto fosse
encaminhado a esta Secretaria, nos termos do DIEx nº 153-1/Asse Ap As Jurd/CMP, de 5 MAR
20, também endereçado ao Cmt do 11º GAAAe;
e. A documentação em questão foi remetida a essa Setorial Contábil pelo DIEx nº
37-Sect/11º GAAAe, de 9 MAR 20, acompanhada da Memória nº 001-SECT, da mesma data,
4. Isso posto, esta Secretaria entende que razão assiste a essa ICFEx, ao Cmdo da 1ª
Bda AAAe e ao Ch EM CMP, no sentido de que oficiais e praças licenciados ex officio por
término de tempo de serviço têm direito à compensação pecuniária prevista na Lei nº 7.963, de
1989, hipótese que também abrange os militares licenciados a teor do art. 34-A da Lei nº 4.375,
de 1964.
DIEx nº 166-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.004103/2020-91
1. E M E N T A - C O M P E N S A Ç Ã O P E C U N I Á R I A . 9 a ICEX. 2 a C O M P A N H I A
DE F R O N T E I R A . M I L I T A R I N C A P A Z B2. L I C E N C I A M E N T O EX-OFFICI O POR
T É R M I N O DE P R O R O G A Ç Ã O DE T E M P O S E R V I Ç O . DIREITO. P A G A M E N T O
2. O B J E T O
3. L E G I S L A Ç Ã O P E R T I N E N T E
a. Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988;
(Nota Técnica n° 0 1 2 / A S S E l / S S E F / S E F - N U P 6 4 6 8 9 . 0 0 4 0 3 3 / 2 0 2 0 -
k. Portaria n° 457-Cmt Ex. de 6 de maio de 2020 - Aprova o Regulamento da
Secretaria de Economia e Finanças (EB10-R-08.001): e
4. R E L A T Ó R I O
b. Nesse sentido, informou que o militar foi licenciado com parecer INCAPAZ
B2, e sua incapacidade está enquadrada no inciso VI do Art. 108 da Lei n° 6.880, de 9 DEZ
1980. podendo exercer atividades laborativas civis, e ficando na situação de E N C O S T A D O ,
unicamente para fins de tratamento de saúde.
c. O assunto foi analisado pela 9 a ICFEx, nos termos dos DIEx n° 213-S1 e n°
214-S1, ambos de 20 M A I O 20. tendo a Inspetoria se manifestado favoravelmente à concessão
do benefício.
5. A P R E C I A Ç A O
c. Portanto, uma vez que à SEF incumbe pronunciar-se acerca de direitos relativos
à estrutura remuneratória no âmbito do Exército e também analisar consultas acerca de matérias
relativas ao pagamento do pessoal do Comando do Exército, conclui-se pela competência deste
Órgão de Direção Setorial para análise da questão em pauta.
1. Noutro giro verbal, verifica-se que o militar tivera seu tempo de serviço
prorrogado por doze meses, a contar de 01 MAR 19. e que seu licenciamento se deu exatamente
em 29 FEV 20. vale dizer, ao término do período a que se obrigou. Dessa forma, também por ter
cumprido de modo completo o interregno de 12 meses a que se comprometera, o militar fará j u s
à compensação pecuniária, conforme reiterados entendimentos nesse sentido (v. DIEx n° 93-
ASSE1 /SSEF/SEF. de 16 de abril de 2019)
6. C O N C L U S Ã O
É o Parecer.
GUSTAVO CASTRO'ARAUJO - A l a j Q C O ^ D i r
Chefe da /ísse Ap As Jura/SEF
7. D E C I S Ã O
S DE A N D R A D E
Economia e Finanças
" I N T E N D Ê N C I A : S O L D A D O DO A C A N T O , UM S É C U L O DE E X C E L Ê N C I A NA
LOGÍSTICA MILITAR T E R R E S T R E "
DIEx nº 183-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.004457/2020-36
DIEx nº 418-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.009094/2020-25
2. Diante dos desdobramentos do assunto, convém resgatar os fatos que lhe são
pertinentes, de acordo com a documentação trazida a lume:
a. Trata-se de consulta formulada pelo 3º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado a essa
Inspetoria, atinente à possibilidade de pagamento de Compensação Pecuniária e Indenização de
Férias a militar temporário, que sofreu acidente em serviço, pleiteou reforma via
judiciário, obtendo antecipação e tutela, e que foi licenciado por determinação judicial;
b. A UG consulente traz os principais marcos temporais acerca do 1º Ten RAFAEL
DE OLIVEIRA BARRETO:
- 3 DEZ 05: foi declarado Aspirante a Oficial R/2, pelo CPOR/RJ;
- 9 JUL 07: foi excluído por término de prorrogação de tempo de serviço;
- 28 FEV 08: convocado para o Estágio de Instrução Complementar no 3º Esq C Mec;
- 22 SET 11; sofreu um acidente em serviço durante a realização de uma instrução;
- 28 FEV 13: passou à condição de adido;
- 8 AGO 13: passou à situação de agregado;
- 16 DEZ 14: ingressou com ação judicial pleiteando sua reintegração, tratamento de
saúde, reparação de danos e reforma;
- 22 ABR 15: solicitou reforma pela via administrativa;
- 27 SET 17: obteve antecipação de tutela, sendo reintegrado na situação de adido,
para fins de tratamento de saúde, com percepção de soldo e vantagens remuneratórias;
- 18 DEZ 19: pedido de reforma e demais pleitos foram negados pela justiça;
- 28 ABR 20: negativa do pedido de reforma pela via administrativa;
- 23 JUN 20: transcrição em BI da negativa do pleito judicial;
DIEx nº 9-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.011130/2019-87
4. Após a análise legalista, essa Setorial Contábil entendeu que a 2º Ten LAIANA DA
SILVA MIRALHA, por ter sido licenciada ex officio por término de prorrogação de tempo de
serviço, estaria amparada pelo previsto no caput e no §1° da Lei 7.963/89, fazendo jus a 01
(uma) remuneração mensal a título de compensação pecuniária.
DIEx nº 54-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.012281/2019-52
URGENTÍSSIMO
Brasília, DF, 13 de março de 2019.
DIEx nº 93-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.013253/2019-52
2. Diante dos desdobramentos do assunto, convém resgatar os fatos que lhe são
pertinentes, de acordo com a documentação trazida a lume.
b. Em 4 DEZ 18, o Cmdo da 1ª Cia Inf, observando que o militar em tela já ocupava
cargo público na Prefeitura Municipal de Lagarto, SE, ainda que dele licenciado, instaurou
sindicância a fim de apurar a legalidade quanto à assunção do cargo em Aracaju, SE. Durante as
apurações, o sindicante elaborou a Memória para Decisão nº 001/2018-Sind, apontando a
existência de posicionamentos divergentes acerca dessa possibilidade, por parte do Tribunal
Regional Federal da 1ª Região (TRF1), pelo deferimento em situação análoga, e pelo Tribunal de
Contas da União (TCU), pelo indeferimento. Em face da controvérsia, solicitou o
pronunciamento dessa ICFEx, nos termos do DIEx nº 1775-CMDO, de 26 DEZ 18.
f. Com efeito, nos termos da Memória para Decisão nº 02/2019, a 1ª Cia Inf levantou
três linhas interpretativas em relação à situação ora analisada: a primeira, no sentido de que,
conforme orientação do Gab Cmt Ex, o militar deveria ser licenciado a contar da data da posse
no terceiro cargo, inviabilizando o pagamento da compensação pecuniária; a segunda, no sentido
de que o militar, por ter cumprido o tempo de serviço a que se obrigou, teria, sim, direito ao
saque do benefício; e a terceira, no sentido que o militar teria direito à compensação em tela
porque não poderia ser penalizado pela demora da Administração em solucionar as controvérsias
surgidas. Ao final, à luz da legislação sobre o tema, posicionou-se conforme a primeira linha
sugerida, ou seja, pela impossibilidade de pagamento do benefício.
h. Por fim, o assunto foi trazido a exame pelo DIEx nº 38-S1/6ª ICFEx, de 13 FEV 19.
e. Diante desse contexto, em tese, o 1º Ten ODT GILBERTH TADEU DOS SANTOS
ACIOLE faria jus ao saque da compensação pecuniária, já que foi licenciado por término de
prorrogação de tempo de serviço em 31 JAN 19. A questão que se levanta é se fato posterior,
solucionando questão pendente, pode alterar essa modalidade de licenciamento.
i. Demais disso, qualquer sansão pecuniária ou, em um espectro mais amplo, qualquer
responsabilização administrativa, deveria advir do órgão em relação ao qual o vínculo funcional
se estabeleceu por último, ou seja, da Prefeitura de Aracaju, SE. Àquele ente da Administração
Pública é que caberia, em suma, apurar a vinculação prévia do interessado com outros órgãos
públicos e, eventualmente, proceder às sanções pertinentes. Nesse cenário, não pode o Exército,
além de substituir o interessado em seu direito de opção, atuar como órgão de controle
supra-administrativo, agindo acima das demais prefeituras municipais e impingindo sua própria
vontade ao ex-militar.
j. Seguindo essa linha de argumentação, não se pode olvidar que em momento algum
restou comprovada eventual má-fé por parte do interessado, que permaneceu servindo na 1ª Cia
Inf até a data de seu licenciamento, em 31 JAN 19. Atrelado a isso, o fato de ter cumprido
integralmente o período a que se obrigou junto à Administração Castrense, faz com que se
aperfeiçoe o direito à compensação pecuniária.
4. Isso posto, esta Secretaria entende que o ex-1º Ten ODT GILBERTH TADEU
DOS SANTOS ACIOLE, da 1ª Cia Inf, faz jus à compensação pecuniária de que trata a Lei nº
7.963, de 1989, por ter sido licenciado ex officio na modalidade término de prorrogação de
tempo de serviço. Nesses termos, encaminho as presentes informações a essa Chefia, para
conhecimento e orientação à UG consulente.
DIEx nº 154-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.015812/2019-69
9. Ainda, foi realizada a análise das fichas financeiras do militar no período de 2012 a
2019 com as seguintes conclusões:
a) que o militar faz jus aos adicionais de férias dos anos de 2012, 2013, 2014, 2015,
2016, 2017, bem como às respectivas indenizações de férias na integralidade;
b) faz jus ao adicional de férias e à indenização de remuneração de férias, na
proporção de 9/12, relativos ao período aquisitivo de 24 de fevereiro de 2018 a 19 de novembro
de 2019;
c) faz jus a 02 (duas) indenizações de compensação pecuniária, referente ao período
de 2012 a 2014, por ter sido reintegrado por decisão judicial em 14 de março de 2014;
d) deverá devolver aos cofres públicos, todos os vencimentos recebidos
indevidamente, após 19 de novembro de 2018, data da expedição da sentença favorável à União,
que corresponde aos meses de janeiro, fevereiro, março e abril de 2019, vencimentos integrais
do mês de dezembro de 2018 e 11 (onze) dias do mês de novembro de 2018.
10. O assunto deve ser analisado de acordo com os aspectos jurídicos incidentes.
a) Primeiramente, há que se apontar que compete a esta Secretaria de Economia e
Finanças emitir entendimentos sobre direitos remuneratórios no âmbito do Exército, conforme se
extrai do Regulamento da SEF (R-25), aprovado pela Portaria nº 015-Cmt Ex, de 16 JAN 04:
DIEx nº 245-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.019367/2019-14
2. Diante dos desdobramentos do assunto, convém resgatar os fatos que lhe são
pertinentes, de acordo com a documentação e as informações trazidas a lume:
a. Trata-se de consulta procedente desse Centro de Pagamento do Exército, de
interesse do Cb NB EVANDRO MARTINS FERREIRA e do Sd NB DANILO DOS SANTOS
OLIVEIRA, ambos reintegrados às fileiras do Exército Brasileiro por decisão judicial;
b. No que tange ao Cb NB EVANDRO MARTINS FERREIRA, tem-se que foi
licenciado em 28 de fevereiro de 2003, recebeu a pecuniária em março de 2003 e foi reintegrado
em fevereiro de 2012, a contar de 20 de dezembro de 2011; já no tocante ao Sd NB DANILO
DOS SANTOS OLIVEIRA, o licenciamento ocorreu em 28 de fevereiro de 2013, o pagamento
da pecuniária em março de 2013, e a reintegração em 26 de maio de 2014;
c. Em atenção ao DIEx nº 51-ASSE1/SSEF/SEF, de 8 de março de 2019, esse Centro
determinou a instauração de sindicância no intuito de buscar a restituição de valores recebidos a
título de compensação pecuniária por ambos os militares. O encarregado, no entanto, entendeu
que tal restituição seria impossível nesses casos, tendo em vista a superação do prazo
prescricional inscrito no Decreto nº 20.910, de 6 de janeiro de 1932, e na Lei nº 9.784, de 29 de
janeiro de 1999; e
d. Analisando o assunto, essa Chefia entendeu que razão não assistiria ao sindicante,
devido aos seguintes motivos:
1) as Normas Internas para a administração de reintegrados e encostados
judicialmente com direito a tratamento médico, aprovadas pela Portaria nº 19.003-11ª RM, de 21
de janeiro de 2019, previram expressamente em seus artigos 11, 12, 13 e 14 a necessidade de
devolução dos valores recebidos a título de compensação pecuniária por militares reintegrados
judicialmente, sem aludir ao prazo decorrido desde a reintegração;
2) o Parecer nº 0945/2018/CONJUR-EB/CGU/AGU, da Consultoria Jurídica Adjunta
DIEx nº 249-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.019530/2019-31
2. Diante dos desdobramentos do assunto, convém resgatar os fatos que lhe são
pertinentes, de acordo com a documentação e as informações trazidas a lume:
a. Em 28 FEV 15, o Cb ISAAC FARIAS DOS SANTOS, então vinculado à Diretoria
de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente do Exército (DPIMA) foi licenciado do serviço
ativo. Em vista disso, recebeu a compensação pecuniária de que trata a Lei nº 7.963, de 21 DEZ
1989, equivalente a sete remunerações;
b. Por entender que seu licenciamento ocorrera à revelia de problemas médicos, o
militar propôs ação ordinária pleiteando sua reintegração. Distribuída à 7ª Vara Federal da Seção
Judiciária de Brasília, DF, a demanda foi autuada sob o nº 1011754-09.2018.4.01.3400. Ao
apreciar o pedido, em 20 JUN 18, a magistrada oficiante antecipou os efeitos da tutela de mérito
para suspender o ato de licenciamento e determinar a reintegração do autor ao serviço ativo, o
que foi acatado pela Administração;
c. Em 21 JAN 19, nos termos da Portaria nº 19.003-11ª RM, o Comandante da 11ª
Região Militar aprovou as Normas Internas para a administração de reintegrados e encostados
judicialmente com direito a tratamento médico, contendo orientações, no ponto que interessa, no
sentido de se buscar o ressarcimento da compensação pecuniária paga aos militares reintegrados;
d. Diante desse contexto, o Diretor de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente
determinou a instauração de sindicância por meio da Portaria nº 7-APGRI/DPIMA, de 25 MAR
19, visando à restituição ao erário dos valores pagos ao Cb ISAAC FARIAS DOS SANTOS,
reintegrado, a título de compensação pecuniária;
e. Após as apurações, o encarregado da sindicância concluiu que a quantia paga ao
interessado deveria ser mesmo ressarcida, conforme se infere do Relatório firmado em 17 JUN
19. Ao apreciar o procedimento, em 18 JUN 19, a autoridade instauradora determinou a
realização de diligências complementares, a fim de que fossem juntados os documentos atinentes
ao dano ao erário, seguindo o que preceituam as Normas para a Apuração de Irregularidades
3. O tema deve ser analisado à luz de suas regras gerais para só então examinar-se a
questão concreta trazida a lume por esse ODS:
a. Inicialmente, é preciso recordar que a Lei nº 7.963, de 21 DEZ 1989, estabeleceu os
critérios para concessão de compensação pecuniária aos militares temporários que são
licenciados por término de prorrogação de tempo de serviço, nos termos a seguir transcritos:
"Art. 1º O oficial ou a praça, licenciado ex officio por término de
prorrogação de tempo de serviço, fará jus à compensação pecuniária equivalente a
1 (uma) remuneração mensal por ano de efetivo serviço militar prestado,
tomando-se como base de cálculo o valor da remuneração correspondente ao posto
ou à graduação, na data de pagamento da referida compensação.
§ 1º Para efeito de apuração dos anos de efetivo serviço, a fração de
tempo igual ou superior a cento e oitenta dias será considerada um ano.
§ 2º O benefício desta Lei não se aplica ao período do serviço militar
obrigatório."
b. Pois bem, ocorre que em determinadas oportunidades, o militar licenciado – que
recebeu o benefício em tela – obtém na Justiça o direito à reintegração ao serviço ativo. No mais
das vezes, tais determinações são exaradas em sede provisória, como liminar ou antecipação de
tutela, mas que, ainda assim devem ser cumpridas;
c. Para que tal cumprimento se efetive, há de ser intimado o órgão competente da
Advocacia-Geral da União (AGU), que se encarregará de transmitir a ordem do magistrado
oficiante ao órgão militar com competência para cumpri-la. Para tanto, a AGU expedirá Parecer
DIEx nº 36-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.000687/2018-10
3. Em resumo, pontuou essa ICFEx que o período passado pelo militar, para além dos
noventa dias de incapacidade temporária careceram de amparo legal, em razão da inobservância
do estabelecido no art. 430, inciso II e § 2º do RISG, tornando-se esse período de tempo de
serviço passível de anulação, mediante a instauração prévia de sindicância, a teor do art. 53 da
Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999. Para as questões levantadas pela UG, o parecer dessa
ICFEx foi no sentido de que tanto o valor da compensação pecuniária, quanto os valores
percebidos pelo militar no período de 17 SET 16 a 27 OUT 17, deveriam ser repostos ao erário.
6. Outro descompasso observado na consulta foi o parecer dessa ICFEx ter indicado
que o valor correspondente à compensação pecuniária deveria ser "resposto ao erário". Em outro
sentido, a memória da UG pede orientação quanto ao direito do reservista receber compensação
pecuniária, em razão de seu licenciamento intempestivo, emitindo opinião pelo não pagamento
da pecúnia em questão. A maneira como formulada a consulta e a análise inicial das fichas
financeiras do ano de 2016 e 2017 levam ao entendimento de que a UG não teria pago, ainda, a
compensação pecuniária.
DIEx nº 64-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.001907/2018-14
URGENTÍSSIMO
Brasília, DF, 21 de março de 2018.
3. Demais disso, indaga-se sobre a possibilidade de que a dívida em tela seja abatida
da compensação pecuniária eventualmente paga aos militares licenciados nos termos da Lei nº
7.963, de 21 DEZ 1989.
e. Nesse sentido, há que se ressaltar que foi justamente a falta de previsão legal a
razão maior para que o antigo Departamento-Geral de Serviços, ao ser consultado pela SEF (ex
vi do Of nº 045-Asse Jur-00 (A/1-SEF), de 10 OUT 2000, se pronunciasse, nos termos do
Parecer nº 192-A/5, de 29 Nov 2000, pela impossibilidade de abatimento de débitos junto ao
FUSEx dos valores a serem pagos a título de compensação pecuniária. Verifique-se:
“6. Pelo exposto, esta Assessoria é do seguinte parecer:
a. que, por ausência de disposição normativa (lei ou
regulamento), as despesas referentes à indenização pela prestação de
assistência médico-hospitalar, devidas pelos militares temporários, não
poderão ser descontadas do valor recebido a título de indenização
pecuniária, a não ser que haja autorização expressa do militar licenciado ou
a ser licenciado.”
h. Com efeito, entendeu aquele ODS que, à luz do Princípio da Legalidade, insculpido
na Constituição Federal, ninguém poderia fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei.
Ainda, que nos termos do Decreto 92.512, de 1986 combinado com o art. 14 da MP 2.215-10, de
2001, as dívidas para com o FUSEx não poderiam constar na base de descontos do sistema
remuneratório militar. Em suma, considerou aquele Departamento que o disposto nas IR 30-06
não poderiam autorizar o desconto de dívidas para com o FUSEx quando do pagamento da
compensação pecuniária.
j. Dessa forma, arrematou a SEF que aqueles que se encontrassem em dívida para com
o FUSEx somente poderiam ser compelidos a arcar com seus haveres nessa senda depois de
ser-lhes garantido o exercício do contraditório e da ampla defesa, por meio de processo
administrativo específico, carreado à luz da Lei nº 9.784, de 29 JAN 1999, não havendo o que se
falar em qualquer espécie de abatimento desses valores na compensação pecuniária de que trata
a Lei nº 7.963, de 1989.
m. Volta-se, assim, para a maneira como as dívidas podem ser cobradas daqueles que
não mais se encontram vinculados com a Administração Militar - caso de militares licenciados.
Nesse sentido, há que se verificar a Portaria nº 1.324-Cmt Ex, de 2017, que regula o tema.
n. Em linhas gerais, verifica-se que o débito não saldado para com o FUSEx consistirá
em dano ao erário, cujo valor deverá ser apurado mediante sindicância a ser instaurada na OM a
q. Ao caso ora analisado deve ser empregado o mesmo raciocínio, ou seja, militares
que foram excluídos do serviço ativo e que deixaram dívidas para com o FUSEx, devem ser
ressarcir aos cofres públicos os valores pertinentes de uma só vez, mediante GRU, não havendo
o que se falar em parcelamento. Inexistindo recolhimento nesse sentido, a Administração
Castrense deverá adotar as providências para inscrever o responsável na Dívida Ativa da União,
conforme prevê o inciso II do art. 20 da Portaria nº 1.324-Cmt Ex, de 2017, acima citado:
Art. 20 (...)
II - na impossibilidade de implantação do desconto no
contracheque, face ao elevado valor da dívida, à limitação da margem
t. Vale lembrar, encerrando a hipótese em tela, que somente o órgão da AGU atuante
no feito – agora no âmbito do Judiciário – terá competência para aceitar eventual parcelamento
do débito de acordo com a Lei nº 9.469, de 10 JUL 1997, com redação dada pela Lei nº 13.140,
de 26 JUN 15:
Art. 1º O Advogado-Geral da União, diretamente ou mediante o
delegação, e os dirigentes máximos das empresas públicas federais, em
conjunto com o dirigente estatutário da área afeta ao assunto, poderão
autorizar a realização de acordos ou transações para prevenir ou terminar
litígios, inclusive os judiciais. (...)
Art. 2º O Procurador-Geral da União, o Procurador-Geral
Federal, o Procurador-Geral do Banco Central do Brasil e os dirigentes das
empresas públicas federais mencionadas no caput do art. 1º poderão o
b. Dívidas para com o FUSEx, por parte de militares que foram licenciados do serviço
ativo, devem ser apuradas mediante sindicância, à luz da Portaria nº 1.324-Cmt Ex, de 2017.
DIEx nº 152-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.004290/2018-99
2. Diante dos desdobramentos do assunto, convém resgatar os fatos que lhe são
pertinentes, de acordo com a documentação trazida a lume.
c. Em 05 JUN 02, o militar foi reincluído no estado efetivo do 16º GAC AP, para fins
de tratamento médico e percepção de vencimentos, em virtude de ordem judicial de antecipação
de tutela proferida pela 1ª Vara Federal de Novo Hamburgo, RS, nos autos
2002.71.08.005235-7.
d. Tal decisão foi refletiu-se em expediente exarado pela 3ª Região Militar (3ª RM),
publicado no Boletim Interno de 23 OUT 02 daquela OM, no sentido de manter o autor
reintegrado para fins de tratamento de saúde, com o pagamento da remuneração, até a
recuperação de sua lesão no cotovelo direito. Nesse sentido, prosseguiu aquele Grande
Comando, o militar deveria ser submetido a inspeção de saúde ao término do tratamento; uma
c. É sabido que o militar reintegrado não deve ser “agregado”, eis que tal instituto
somente se aplica a militares de carreira, mas sim “adido” à Força (ex vi do DIEx nº
796-A2.3/A2, de 11 JUL 16, do gab Cmt Ex, e do Parecer nº 510-2010-VCh/AJur, de 04 NOV
10, do EME). No entanto, inúmeras decisões judiciais não fazem essa distinção, determinando a
agregação do militar reintegrado, o que é corroborado pelos pareceres de força executória
consequentemente expedidos pelos órgãos da Advocacia-Geral da União que atuam nos
respectivos feitos, o que termina cumprido pelas OM envolvidas.
e. Com efeito, o fato de o militar reintegrado não cumprir expediente não pode servir
de escusa para que se lhe retire parcela pecuniária que integra a estrutura remuneratória a que faz
jus. Do contrário, o reintegrado que não cumpre expediente sequer precisaria receber
remuneração, eis que não trabalha efetivamente.
g. Assim sendo, uma vez que o adicional de férias integra o conceito de remuneração,
necessário se torna o saque respectivo em favor do militar reintegrado, mesmo que não cumpra
h. No caso concreto, pois, infere-se que ao interessado não foram concedidas as férias
relativas ao período em que esteve reintegrado (com exceção do ano de 2010), impondo-se, por
isso, a indenização respectiva, acrescida dos respectivos adicionais. Tratando-se de períodos de
férias que não foram utilizadas para qualquer fim, o prazo prescricional de cinco anos somente
começa a contar a partir do momento em que o militar não pode mais gozá-las, ou seja, a partir
do momento em que deixa o serviço ativo e ingressa na inatividade, quer remunerada, quer não
remunerada. É o que se infere do Despacho Decisório nº 265/2017, do Sr Comandante do
Exército:
À vista dos documentos e das razões acima expendidas, tem-se
que a questão envolvendo o direito às férias não gozadas, cujos períodos
foram adquiridos anteriormente a 29 DEZ 00, foi exaustivamente apreciada
pela Consultoria Jurídica-Adjunta ao Comando do Exército, verificando-se
que: (...)
b. o militar na inatividade fará jus à indenização de férias não
gozadas observando-se o prazo prescricional de cinco anos, cujo termo
inicial deverá coincidir com a data de sua inativação;
m. Assim sendo, terá direito o ex-Sd ADELIR ARAUJO a seis remunerações a título
de compensação pecuniária (de 13 MAR 1995 a 02 ABR 02, descontado o ano de serviço militar
obrigatório), desde que tenha sido licenciado por término de tempo de serviço. Não há o que se
falar em prescrição, nesse caso, porque o nascedouro do direito coincide com o desligamento do
militar do serviço ativo. É a partir desse evento que se conta o quinquênio prescricional, e não
dos anos a que se refere o benefício.
a. O ex-Sd ADELIR ARAÚJO tem direito a indenização de todas as férias que deixou
de fruir enquanto esteve reintegrado, acrescidas dos respectivos adicionais, considerando que
deixou o serviço ativo em 31 DEZ 17, isto é, há menos de cinco anos.
DIEx nº 304-ASSE1/SSEF/SEF
EB: 64689.008734/2018-65
2. Diante dos desdobramentos do assunto, convém resgatar os fatos que lhe são
pertinentes, de acordo com a documentação e as informações trazidas a lume.
f. Nesse sentido, ainda de acordo com aquela autoridade, pelo fato de os ingressos
efetivos na PM MS terem ocorrido a contar de 25 de maio de 2015, conforme Portaria ‘P’
118/DGP-5/DGP/MMS, de 1º de setembro de 2015, publicada no Diário Oficial nº 8.997, de 03
SET 15, os interessados teriam direito às remunerações correspondentes ao período de adição,
limitadas à data em que os licenciamentos corretos deveriam ter ocorrido, 28 FEV 15. Do
mesmo modo, uma vez que teriam cumprido o tempo de serviço a que tinham se obrigado,
fariam jus também à compensação pecuniária equivalente a seis remunerações.
g. A questão foi encaminhada a essa ICFEx por meio dos DIEx nº 73-SPP/47º BI, nº
74-SPP/47º BI, e nº 75-SPP/47º BI, todos de 16 AGO 18, acompanhados de Memórias. Em
síntese, tais documentos endossam as apurações realizadas, bem como as soluções propostas
para as sindicâncias.
c. Em todo caso, a Nota então em vigor dispunha que o militar temporário aprovado
em concurso público para ingresso em Força Auxiliar, realizado em duas ou mais fases, sendo
uma delas correspondente ao curso de formação, deveria ser excluído do estado efetivo da OM
em que se encontrasse servindo no Exército, passando à situação de adido, permanecendo,
todavia, com a remuneração equivalente à do posto ou da graduação que ocupasse. Verifique-se:
1. Com a finalidade de dirimir dúvidas acerca de concessão de
autorização para afastamento de militar aprovado em concurso público,
visando ao provimento de cargo em órgão da Administração Pública
(Federal, Estadual, Distrital ou Municipal), nas Forças Singulares (Marinha
e Aeronáutica), Escolas de Formação do Exército ou nas Forças Auxiliares,
colimando harmonizar os entendimentos manifestados nos Pareceres nº
096-CONJUR/MD/2006, de 17 JUL 06, 108- CONJUR/MD, de 10 JUL 07
e 493-CONJUR/MD, de 15 DEZ 09, todos do Ministério da Defesa, com a
legislação pertinente aplicável à matéria no âmbito da Força Terrestre, o
Comandante do Exército recomenda a observância das orientações gerais a
seguir descritas.
(...)
b. Militar temporário (oficial ou praça temporário) aprovado em
concurso para provimento de cargo
(...)
4) Na Força Auxiliar
(...)
b) Concurso público realizado em duas ou mais fases, uma das
quais correspondendo à realização do curso de formação, quando o
respectivo curso ocorrer ANTES da incorporação à Força Auxiliar:
(1) o interessado será excluído do estado efetivo da OM,
passando à situação de adido, a contar da data da publicação oficial do
resultado do concurso (candidatos aprovados no Exame Intelectual);
(2) por falta de previsão legal, o militar não terá direito à opção
de remuneração, permanecendo com a do posto ou da graduação que ocupa;
k. A Nota n° 004/A2.3.5-Gab Cmt Ex, de 18 NOV 13, por sua vez, complementou
essa diretiva, nos seguintes termos:
1. (...).
b. (...).
4) (...).
b) (...).
(3) na hipótese de a duração do curso de formação NÃO
EXCEDER o prazo de prorrogação de tempo de serviço
(convocação/prorrogação, engajamento ou reengajamento) a que se obrigou,
o interessado será mantido nessa situação (adido) enquanto perdurar o
curso, devendo ser licenciado, ex offício, na véspera da data da posse; e
(4) na hipótese de a duração do curso de formação EXCEDER o
prazo de prorrogação de tempo de serviço (convocação/prorrogação,
engajamento ou reengajamento) a que se obrigou, o interessado será
mantido nessa situação (adido) até o término da prorrogação concedida,
quando, então, será licenciado, ex offício.
r. Por outro lado, consideremos, apenas para efeitos de argumentação, que não
houvesse previsão normativa concernente à necessária entrada em LTIP por militares aprovados
em concurso público contendo uma fase de formação. Nessa hipótese, considerando-se anulado
o licenciamento ocorrido em 31 AGO 14, seria possível afirmar que teriam direito às
remunerações respectivas até a data de efetivo desligamento do serviço ativo do Exército.
e. Em todo caso, mesmo que não houvesse obrigatoriedade quanto à entrada em LTIP,
o fato de os interessados terem recebido vencimentos da PM MS no período considerado faria
com que o pagamento de valores remuneratórios atrasados, pelo Exército, neste momento, fosse
compreendido como burla ao princípio da inacumulabilidade de cargos e vencimentos, sendo,
portanto, inaceitável.
DIEx nº 47-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.000937/2017-22
DIEx nº 54-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.001089/2017-79
e. Por fim, a questão foi encaminhada a esta Secretaria, para análise e pacificação.
b. De acordo com o inciso I do §1º do art. 149 das Normas Técnicas para a Prestação
do Serviço Militar Temporário (EB30-N-30.009), aprovadas pela Portaria nº 046-DGP, de 27
MAR 12, com redação dada pela Portaria nº 11-DGP, de 22 JAN 14, tal período, se considerado,
faria ultrapassar o limite de permanência junto ao Exército. Confirme-se:
(...)
c. Importante trazer à baila a disposição contida no inciso IV do §1º do art. 134 das
citadas EB30-N-30.009 para entender o que se compreende no limite de oito anos:
(...)
(...)
(...)
II - ex officio.
(...)
(...)
e. Considerando-se que o militar que deveria ter sido licenciado em 25 SET 15, todo o
período por ele passado junto ao Exército daí por diante carece de amparo legal. Vale dizer, o
reengajamento operado em 02 MAR 15 deveria ter previsto como prazo final a data de 25 SET
15. Ao prevê-lo para doze meses, ou seja, até 01 MAR 16, a Administração procedeu de modo
contrário à legislação de regência, o que se repetiu com a concessão de novo reengajamento a
contar de 02 MAR 16.
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados
de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
g. Não se trata, com a devida vênia, de mera revogação, pois tal conceito pressupõe a
existência de ato válido cujos efeitos não mais se mostram interessantes para a Administração. O
caso sob exame traduz-se em flagrante ilegalidade, vez que a Administração Castrense, de
acordo com a legislação de regência, deveria ter computado o tempo passado pelo militar junto
ao poder público municipal quando da aferição dos limites de permanência junto ao Exército.
Tratando-se de ilegalidade, pois, os atos decorrentes devem ser anulados.
h. Entretanto, tal anulação, por atingir o patrimônio pessoal do militar, isto é, por
afetar sua esfera de interesses, há de ser precedida de procedimento que lhe garanta o exercício
m. No caso ora analisado, tal orientação é reforçada pelo fato de o militar ter
permanecido vinculado ao Exército, além do tempo permitido, por erro da Administração. Sendo
assim, não pode ser prejudicado pela indolência do ente público.
c. Com base em precedentes desta Secretaria, ao ser excluído do serviço ativo fará jus
o militar à compensação pecuniária prevista na Lei nº 7.963, de 1989; a base de cálculo do
benefício deverá abranger todo o período passado junto ao Exército, inclusive o excedente,
excepcionando-se apenas eventual interregno de serviço militar obrigatório.
DIEx nº 251-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.006713/2017-24
3. Com efeito, informa ter realizado consulta à 10ª ICFEx indagando sobre os direitos
devidos em virtude da exclusão do serviço ativo do aludido militar, especificamente sobre o
adicional natalino, o adicional de férias e a compensação pecuniária eventualmente devidos.
Nesse sentido, aponta que as orientações constantes do DIEx da SEF, antes citado, solucionaram
as questões atinentes aos referidos adicionais, não tendo havido, entretanto, pronunciamento
deste ODS acerca da citada compensação.
6. Isso posto, entende esta Secretaria que o Cb THELES RIBEIRO DA COSTA não
faz jus à compensação pecuniária por absoluta falta de amparo legal, uma vez que a hipótese
DIEx nº 269-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.007287/2017-46
Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da
outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem.
g. Infere-se daí que a compensação será possível desde que as dívidas de parte a parte
sejam líquidas e vencidas. Ou seja, para que haja compensação, não podem restar dúvidas acerca
da exigibilidade dos débitos de uma parte para com a outra, isto é, deve haver certeza de que
ambos são credores e também devedores entre si.
h. Pois bem, não existem dúvidas quanto ao fato de a Administração Castrense ser
devedora do militar em virtude do licenciamento ocorrido em 2017, eis que processado na
modalidade ex officio por término de tempo de serviço, amoldando-se, pois, à previsão do art. 1º
da Lei nº 7.963, de 1989. Nessa vertente, a Administração é devedora e o militar, credor da
obrigação.
I - o interesse do Exército;
q. Diante desses fatos, é razoável considerar que sob aparente legalidade – a falta de
claro na OM – procurou-se beneficiar o militar. Como visto, o então Cb CAVALCANTE
deveria ter sido licenciado a pedido ou mesmo por conveniência do serviço para ser matriculado
no curso de formação de STT, como aliás, é a regra. Não deveria, portanto, ter sido licenciado
sob o fundamento de término de prorrogação de tempo de serviço, eis que, como apontado pelo
CPEx, jamais cumpriu, como Cabo, o período a que se obrigara para com a Administração.
t. Assim sendo, até que haja apuração cabal e comprovação irrefutável quanto à
irregularidade do pagamento da compensação pecuniária em favor do então Cb CAVALCANTE
por ocasião de seu licenciamento ocorrido em 2013, não se poderá considerar a Administração
Castrense como sua credora. Dessa forma, ante à falta de certeza e de liquidez acerca do suposto
débito do interessado para com o Exército, não há o que se falar em compensação de valores,
não há o que se falar em aplicação do art. 368 do Código Civil.
DIEx nº 207-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.006265/2016-88
Decreto nº 20.910/32:
Artigo 1º: As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim
todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja
qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do
qual se originarem.
(...)
(...)”
5. Diante do exposto, esta Secretaria ratifica a posição dessa ICFEx, no sentido de que
resta prescrita a pretensão do Maj ALEX ESPOSITO BARREIRO, da PMB, de receber o
adicional relativo às férias do ano de 2008.
"150 Anos de TUIUTI e ILHA DA REDENÇÃO - Homenagem aos heróis da defesa do Brasil"
DIEx nº 186-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.014700/2015-67
3. Analisando o caso posto em estudo, este ODS entende ser aplicável o disposto no
art. 54 da Lei 9.784, de 29 de janeiro de 199, in verbis:
5. Por fim, esta Secretaria ratifica o entendimento exarado por essa Setorial
Contábil,com base nas razões acima aduzidas, devendo a solicitante receber compensação
pecuniária relativa, também, ao período que serviu como 3° Sgt STT, utilizando-se, como base
de cálculo, a remuneração afeta a essa graduação.
DIEx nº 190-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.014704/2015-45
4. O conflito trazido a lume por esse Centro é, na realidade, inexistente. A questão, aliás,
foi dirimida por esta Secretaria nos termos do DIEx nº 156-Asse1/SSEF/SEF, de 11 OUT 13,
que analisou a aparente dissonância entre o Parecer nº 092/AJ/SEF, de 2006, e o Ofício nº
298-Asse Jur-10 (A1/SEF), de 2010.
(...)
6. Pois bem, não se pode perder de vista que a compensação pecuniária é direito devido a
oficiais ou praças temporários “equivalente a 1 (uma) remuneração mensal por ano de efetivo
serviço militar prestado”, de acordo com o art. 1º da Lei nº 7.963, de 21 DEZ 1989. A expressão
“ano de efetivo serviço” utilizada pelo legislador abrange os períodos passados na condição de
adido ou de agregado, conforme se infere do Of nº 069-Asse Jur-05 (A1/SEF), de 31 MAIO 05:
DIEx nº 200-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.015036/2015-73
.....
c. Disposições gerais
(...)
9. Por fim, opinou pela remessa do estudo a esta Secretaria, para fins de conhecimento
e posterior manifestação de entendimento.
10. Esta Secretaria ratifica entendimento defendido por esse Centro, eis que os
argumentos trazidos à baila refletem o previsto na legislação e jurisprudência correlata,
conforme restou demonstrado, não abrindo espaço para qualquer questionamento em sentido
contrário.
11. Dessa forma, remeto a V Exa o presente expediente para fins de conhecimento e
adoção de providências julgadas cabíveis.
DIEx nº 246-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.016387/2015-00
2. Em linhas gerais, a presente consulta tem por objetivo verificar se o rol de parcelas
que não compõem a base de cálculo da compensação pecuniária (ex vi art. 1°, inciso III, do
Decreto n° 99.425, de 30 de julho de 1990) é taxativo ou exemplificativo.
Lei nº 7.963/1989
Decreto nº 99.425/90
5. Após, o aludido estudo desse Centro concluiu acerca das parcelas que compõem a
remuneração:
a. em que pese as vantagens pecuniárias façam parte da remuneração, para fins de
cálculo da compensação pecuniária, não serão consideradas aquelas de natureza transitória e/ou
de caráter indenizatório; e
b. como consequência, o Decreto n° 99.425, de 30 de julho de 1990, traz um rol
exemplificativo e não taxativo acerca das parcelas que não venham a compor o pagamento da
compensação pecuniária.
10. Num primeiro momento, se fossemos levar em consideração que o rol do inciso
III do art. 1º do Decreto nº 99.425/1990, exclui o auxílio-fardamento da remuneração, e não faz
referência ao auxílio-natalidade, ter-se-ia que a primeira verba indenizatória não faria parte da
base de cálculo, porém a segunda poderia sugerir a sua inclusão nessa base. Isto é, verificaria-se
que duas verbas indenizatórias teriam tratamento diferenciado.
11. Contudo, o que se está buscando no presente estudo é a mens legis do dispositivo,
em outras palavras, a finalidade atribuída ao texto jurídico que consiste, repita-se mais uma vez,
em afastar do pagamento do pecúlio as parcelas temporárias e as de natureza indenizatória.
12. Nesse sentido, não devem integrar, também, a remuneração, para fins de
pagamento do pecúlio aos militares temporários, as parcelas percebidas a título de
auxílio-natalidade, auxílio-invalidez, auxílio-funeral, auxílio-transporte, entre outras, que
venham a ser criadas e que se constituam em parcelas temporárias e as de natureza indenizatória.
14. Isso posto, remeto a V Exa o presente expediente, para fins de conhecimento e
adoção de providências decorrentes.
DIEx nº 137-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.011635/2014-37
2. O 1° Ten OTT Renato Villela Mendes foi aluno da Escola Preparatória de Cadetes
do Exército ( EsPCEx) pelo período compreendido entre 19 de fevereiro de 1994 a 1° de
fevereiro de 1995, totalizando 11 (onze) meses e 13 (treze) dias de permanência na Força.
5. Por oportuno, o sindicante entendeu por bem remeter a este ODS a consulta, objeto
da referência, solicitando resposta a determinados questionamentos por ele levantados.
6. Cabe, nesse momento, responder, após análise, cada uma das dúvidas suscitadas, ou
seja:
a. quanto ao primeiro questionamento, a única consequência remuneratória advinda
do reconhecimento do tempo de serviço é o recebimento da compensação pecuniária proporcial
DIEx nº 138-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.011636/2014-81
1. Por meio do DIEx nº 46-S1-2ICFEX, de 17 JUL 14, essa Setorial Contábil traz a
lume questionamento envolvendo um militar que, pensando ainda não ter obtido a estabilidade,
solicitou por sua vontade própria, licenciamento das fileiras do Exército.
7. A OM a que se vinculava o militar assevera que não foi comprovada sua má fé.
Demais disso, sustenta que o ato de seu licenciamento, por ilegal, deve ser anulado, devendo
ocorrer o seu retorno à atividade e, ainda, há de se providenciar a homologação da sua
estabilidade. A partir desse ponto, indica duas linhas de ação. A primeira expressa que os valores
recebidos, a título de compensação pecuniária, não devem ser devolvidos, porque foram
recebidos de boa fé, bem como o tempo em que permaneceu afastado não deve ser remunerado.
A segunda aponta que, por ser estável, deve receber valores pelo período não trabalhado, como
também deve devolver os valores recebidos equivocadamente como compensação pecuniária.
8. Por sua vez, essa ICFEx advoga que o ato de licenciamento, porquanto ilegal, deve
ser anulado e que o valor da compensação pecuniária deve ser restituído, nos termos da Portaria
nº 008 - SEF, de 23 DEZ 03, com a devida atualização. Outrossim, quanto ao período de
afastamento, entende que este não deve ser computado como tempo de serviço ativo, não
ensejando o direito ao militar de receber quantia qualquer pelo lapso temporal não trabalhado.
9. Pois bem, a questão trazida a exame tangencia elementos afetos a este ODS e ao
Departamento-Geral do Pessoal. Assim, se de um lado a dúvida recai sobre a necessidade de
devolução de verbas ou percepção de alguma remuneração, de outro, e antes disso, há de se
descortinar se o militar possui direito de retorno às fileiras do Exército, em razão da aquisição da
estabilidade.
10. Com efeito, consultado no que se refere a sua esfera de competência, o citado
Departamento orientou esta Secretaria nos termos que se seguem:
11. Por conseguinte, observa-se que o militar faz jus ao retorno às fileiras do Exército,
devendo, também, ser reconhecida sua estabilidade.
13. Note-se que sobre tal quantia, além da correção monetária, incidirá o estabelecido
pela Portaria nº 008 - SEF, de 23 DEZ 03, razão assistindo a essa ICFEx, cujo posicionamento
não merece reparos.
14. Quanto ao período de afastamento, cumpre assinalar que é razoável que este não
deva ser computado como tempo de serviço ativo e, bem assim, não venha acarretar
qualquer direito ao militar à percepção de remuneração, pois, no período em que
permaneceu afastado, também deixou de prestar a sua contrapartida laboral.
15. Nesses termos, remeto-vos o presente expediente a fim de que sejam adotadas as
providências julgadas cabíveis.
DIEx nº 218-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.018858/2014-25
1. Por meio do DIEx n° 1018-S1/Gab/CPEx, de 4 DEZ 14, esta Secretaria foi instada
a se manifestar sobre pagamento de compensação pecuniária a Oficial Temporário, referente ao
período em que o mesmo serviu na Força Terrestre na condição de Sargento Técnico
Temporário.
3. Com a devida vênia, esta Secretaria discorda do entendimento defendido, com base
nas razões a seguir delineadas:
a. o licenciamento é um instituto regulamentado pelos artigos 121 e 122 do Estatuto
dos Militares, considerado como uma das modalidades de exclusão do serviço ativo (Art 94, V,
E1). Como consequência, por mais que tenha observado um curto lapso temporal entre o
licenciamento e o ato de convocação, aquele estanca a relação entre o militar e a instituição;
b. verdade que apenas uma das modalidades de licenciamento admite o recebimento
da estudada verba indenizatória. De acordo com o Art 1° da Lei 7.963/89, "o oficial ou a praça,
licenciado ex officio por término de prorrogação de tempo de serviço, fará jus a compensação
pecuniária (...)". Observe que não há previsão no tocante às demais modalidades, tais como a
bem da disciplina, a pedido ou por conveniência do serviço, sendo esta última observada no caso
em comento. É preciso ater-se ao Princípio da Legalidade Estrita, um dos cânones norteadores
do Direito Administrativo;
c. em abril de 2006, o militar recebeu um soldo de Terceiro Sargento a título de
auxílio-fardamento (Tabela II, anexo IV, da MP 2.215-10, 2001). Em março de 2011, o mesmo
benefício lhe foi concedido, no entanto, com base no soldo de Aspirante. Ora, se a tese de que
não houve interrupção de tempo de serviço prosperasse, a militar não receberia um soldo integral
e apenas a diferença de soldos (Art 61, caput, Lei 4.307/2002); e
d. todas as evidências acima delineadas demonstram que houve a interrupção no
tempo de serviço do militar. Portanto, considerar que houve apenas mudança de condição, de
sargento técnico temporário para oficial técnico temporário, está a se admitir a existência de
situação fática contrária à legislação castrense que trata sobre o tema.
4. Dessa forma, esta Secretaria ratifica entendimento defendido pelo CPEx, no sentido
de que o militar não faz jus ao direito pleiteado. É oportuno ressaltar que o Parecer n°
069/AJ/SEF, de 10 AGO 12 enfrentou situação análoga, pacificando a questão posta em
discussão. Nesses termos, remeto a V Exa as presentes considerações, para as providências
julgadas cabíveis.
DIEx nº 8-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.000620/2013-62
(...)
(...)
10. Posto isso, informo a V Exa que permanecem válidas as conclusões contidas no
Parecer nº 004/AJ/SEF, de 2010, no sentido da desnecessidade de requerimento de prorrogação
de tempo de serviço para o pagamento da compensação pecuniária de que trata a Lei 7.963, de
1989. Nesse sentido, informo ainda, que a expressão “convocado”, constante do art. 29 do
Decreto 4.307, de 2002, compreende o militar que é matriculado ou incorporado às Forças
Aramadas.
DIEx nº 126-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.010800/2013-52
4. Desta feita, a militar foi licenciada por conveniência do serviço, não teve deferido
nova prorogação, e não recebeu a compensação pecuniária, de modo que esse Centro agora
questiona a possibilidade - ou não - da percepção da versada verba, nos termos delineados pelo
caso concreto.
6. Pois bem. Sobre o primeiro dos temas, sabe-se que a ilicitude no acúmulo de cargos
públicos por militares da área de saúde e do magistério ainda não encontrou pacificação nos
tribunais pátrios. Nessa senda, merece destaque a decisão exarada pelo Superior Tribunal de
Justiça (STJ), in verbis:
(destaques acrescidos)
7. Logo, se ainda existe controvérsia a envolver o assunto, não há motivo cabal que
10. Ante todo o exposto, a par do novo vínculo surgido da ordem de reintegração,
devido é o pagamento da compensação pecuniária à 1º Ten ODT JANAYNA GOMES PAIVA
OLIVEIRA, cabendo a revisão do ato de licenciamento e a autorização de saque da verba em
apreço, conforme preceitua a Lei nº 7.963, de 21 de dezembro de 1989:
DIEx nº 156-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.012131/2013-53
2. Por meio do DIEx da referência, essa Setorial Contábil solicita orientação sobre
pagamento de compensação pecuniária à 2º Ten OTT CAROLINA DA SILVA CORREA, a
qual permaneceu por um período na condição de adida, antes de seu licenciamento ex officio por
término de prorrogação de tempo de serviço.
6. Com efeito, o aludido documento trazia a lume o caso de Sargento Temporário que
permaneceu na ativa por 11 (onze) anos, 06 (seis) meses e 18 (dezoito) dias, em razão de adição
e agregação por motivo de saúde. Dos argumentos apontados, verificou-se que a consulente
advogava pelo pagamento de compensação pecuniária à proporção de 11 (onze)
remunerações.
DIEx nº 185-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.013753/2013-07
4. Nessa esteira, assevera que o abatimento dos valores pagos a título de compensação
pecuniária pelo primeiro ano de serviço, com base na escusa de que o portador de CDI não
estaria em dia com sua obrigação militar, não merece prosperar, haja vista que o indivíduo, em
tal condição, não se encontra também impedido à assunção de cargo público, situação que
depende inafastavelmente da comprovação do cumprimento dessa obrigação.
6. Com efeito, razão assiste à Seção Jurídica desse Centro, eis que o portador de
CDI já cumpriu com sua obrigação militar. Se dispensado, o foi por razões alheias a sua vontade.
Cogitar que ele não se encontra quite com a obrigação militar é bis in idem, ou seja, exigir dele a
7. Por conseguinte, se em dia com suas obrigações militares, o portador de CDI faz
jus ao pagamento da compensação pecuniária por todo o período a que se submeteu, não se
subtraindo, pois, o primeiro deles, por não se tratar de serviço militar obrigatório, de forma que
não há reparos a serem feitos no documento analisado.
DIEx nº 199-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.014713/2013-74
2. Por meio do DIEx da referência, essa ICFEx traz a lume caso envolvendo três
militares temporários, oriundos do Estágio Básico de Cabo Temporário (EBCT), que tiveram
seus respectivos requerimentos de engajamento indeferidos, sendo licenciados ex officio, após
um ano de efetivo serviço, sem perceberem a verba correspondente à compensação pecuniária.
(destaques acrescidos)
(...)
(destaques acrescidos)
(destaques acrescidos)
(destaques acrescidos)
(destaques acrescidos)
(destaques acrescidos)
10. Pois bem, no que tange aos dispensados de incorporação, esta Secretaria já
externou, em outras ocasiões que, aos dispensados de incorporação, tendo, por isso, superado o
serviço militar inicial, os doze meses iniciais deverão integrar a base de cálculo da compensação
pecuniária. É o que se extrai, ressalvadas as adaptações necessárias, do Ofício nº 144 - Asse Jur,
de 29 de junho de 2007, bem como do Ofício nº 075-Asse Jur, de 19 de maio de 2011, ambos
disponíveis para consulta em http://intranet.sef.eb.mil.br/sef/assessoria1/oficios.htm.
13. Nesses termos, encaminho-vos o presente expediente para que sejam adotadas as
providências julgadas cabíveis.
2. Por tais razões, encaminho a essa Setorial o documento anexo, para conhecimento,
divulgação e adoção das providências cabíveis junto às Unidades Gestoras de vinculação.
_____________________________________________________
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Subsecretário de Economia e Finanças
DIEx nº 007
EB NUD: 64689.001979/2012-76
- Por isso, afirma-se que o fato gerador do imposto é a aquisição de riqueza nova
que pode decorrer do capital, do trabalho ou da combinação de ambos. Portanto,
constitui fato gerador do imposto de renda a aquisição da disponibilidade econômica ou
jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza, nos termos do art. 153, III, da
CF/88 e do art. 43, I e II, do CTN.
- Resta claro, destarte, que, sem acréscimo patrimonial, não haverá renda, muito
menos proventos. Cabe lembrar que não é permitido ao legislador ordinário adotar
critério distinto para inventar novas hipóteses de incidência do imposto de renda, uma
vez que a Constituição Federal já definiu a amplitude do campo de percussão deste
tributo.
b. Renda
- É o acréscimo ou aumento do patrimônio decorrente do emprego do capital, do
trabalho ou da combinação de ambos, expresso em dinheiro e apurado em certo período
de tempo.
c. Proventos
- Constituem-se pelos acréscimos patrimoniais (riquezas novas que venham
incorporar-se ao patrimônio), não compreendidos no conceito de renda.
d. Indenização
- Indenizar, de um modo geral, tem por fim repor o patrimônio no estado
anterior em que se encontrava antes do dano, compensando alguém da perda de alguma
coisa que, voluntariamente, não perderia. Implica, de modo geral, dever, obrigação da
parte de quem paga, e direito, crédito, da parte de quem recebe.
e. Compensação Pecuniária
- O art.1º da Lei nº 7.963/89 assim dispõe:
O oficial ou a praça, licenciado ex officio por término de
prorrogação de tempo de serviço, fará jus à compensação
pecuniária equivalente a 1 (uma) remuneração mensal por
ano de efetivo serviço militar prestado, tomando-se como
base de cálculo o valor da remuneração correspondente ao
posto ou à graduação, na data de pagamento da referida
compensação.
§ 1º Para efeito de apuração dos anos de efetivo serviço, a
fração de tempo igual ou superior a cento e oitenta dias
será considerada um ano.
§ 2º O benefício desta Lei não se aplica ao período do
serviço militar obrigatório.
EB: 64689.003740/2012-31
2. Para melhor elucidar a questão, necessário se faz transcrever breve resumo dos
fatos ligados à OTT, que motivaram o caso em comento:
avença dependerá da ocorrência, simultaneamente, de três condições: agente capaz; objeto lícito,
possível, determinado ou determinável; e forma prescrita ou não defesa em lei.
7. Dessa forma, entende-se que somente a apuração detalhada dos fatos, mediante
procedimento administrativo, poderá subsidiar a decisão dessa Chefia sobre a incidência ou não
de erro possível de viciar a vontade da OTT e, consequentemente, anular o ato jurídico já
consumado.
EB:
3. Para melhor entendimento dos fatos, faz-se necessário um breve resumo de todo o
ocorrido, levando-se em consideração o marco temporal de tais eventos:
8. Outro ponto que deve ser citado diz respeito à conseqüência decorrente da exclusão
do serviço ativo. Nos moldes do art. 94 “(...) consequente desligamento da organização a que
(Continuação do DIEx nº 064 - AJ/SEF, de 19 de junho de 2012........................................... pg 3)
11. Nenhum dos artigos retro citados responde o questionamento levantado. Vale
afirmar, por conseguinte, que não há na legislação castrense relativa à ensino dispositivo
específico quanto ao tema.
12. Diante de tal omissão, este ODS realizou diversas pesquisas e encontrou uma
manifestação do Conselho Nacional de Educação a respeito do tema. In facto, tal órgão
diretamente subordinado ao Ministério da Educação (MEC), ao analisar determinado caso por
meio do Parecer n° 365/2003 CNE/CES1, resolveu conceituar o instituto denominado
trancamento de matrícula:
1
Acesso em 14/06/12: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/2003/pces365_03.pdf
(Continuação do DIEx nº 064 - AJ/SEF, de 19 de junho de 2012........................................... pg 4)
13. Não restam dúvidas quanto a aplicabilidade desse Parecer no caso em tela, pois a
Escola de Sargento das Armas ( EsSA) é uma instituição de ensino do Exército Brasileiro que
visa formar sargentos combatentes de carreira das armas de Infantaria, Cavalaria, Artilharia,
Engenharia e Comunicações.
14. Para melhor entendimento no tocante a quantidade de cotas a ser recebida pelo
ex-militar, cabe visualizar a “linha do tempo”, onde se observa a junção entre o evento de
interesse e o período em que tal se sucedeu:
16. Concluindo o raciocínio, esta Secretaria ratifica entendimento exarado por essa
Setorial Contábil no sentido de que o ex-militar faz jus ao pagamento de 1 (uma) remuneração
mensal, correspondente ao período em que adentrou a força e o trancamento de matrícula, visto
que tal ato configurou mera suspensão do vínculo. Em verdade, o prazo deve ser único, a
começar de 06 Fev 06, sendo suspenso durante o período de trancamento e retomando em 11
JUN 07, e concluso em 28 NOV 11, quando houve o licenciamento ex officio.
DIEx nº 27-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.007960/2012-33
3. LEGISLAÇÃO PERTINENTE
4. RELATÓRIO
5. APRECIAÇÃO
a. Este Parecer tem por objetivo responder consulta formulada pelo COLOG, consistente
no pagamento de compensação pecuniária referente ao período em que o militar esteve na Força antes de
ingressar no EBST.
b. Em linhas gerais, o militar ingressou no Exército no dia 1° de março de 2004, tendo sido
licenciado ex officio por conveniência do serviço em 14 de dezembro de 2008 a fim de freqüentar o
EBST, a contar de 15 de dezembro de 2008. Foi licenciado ex officio, por término de prorrogação de
tempo de serviço, em 27 de julho de 2012.
2) O licenciamento é, em linhas gerais, uma das formas de exclusão do serviço ativo, sendo
subdividido em duas modalidades, a saber: a pedido e ex officio, conforme preceitua o disposto no art.
121, da Lei 6880/80:
Art. 121. O licenciamento do serviço ativo se efetua:
I - a pedido; e
II - ex officio .
§ 1º O licenciamento a pedido poderá ser concedido, desde
que não haja prejuízo para o serviço:
a) ao oficial da reserva convocado, após prestação do serviço
ativo durante 6 (seis) meses; e
b) à praça engajada ou reengajada, desde que conte, no mí-
nimo, a metade do tempo de serviço a que se obrigou.
§ 3º O licenciamento ex officio será feito na forma da legisla-
ção que trata do serviço militar e dos regulamentos específi-
cos de cada Força Armada:
a) por conclusão de tempo de serviço ou de estágio;
b) por conveniência do serviço; e
c) a bem da disciplina.
1
FAGUNDES, Seabra. O controle dos atos administrativos pelo Poder Judiciário, 19779. In MARINELA, Fernanda. Direito
Administrativo. 6ª Ed. Niterói: Impetus, 2012. p. 31.
2
In MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo. 6ª Ed. Niterói: Impetus, 2012. p. 31.
(Continuação do Parecer 069/AJ/SEF, de 10 de agosto de 2012 – página 4)
6. CONCLUSÃO
É o Parecer.
S.M.J.
_____________________________________________
THALITA MEIER PERANTONI- 1° TEN QCO Dir
Adjunta da Assessoria Jurídica/SEF
De Acordo:
________________________________________________
GUSTAVO CASTRO ARAUJO – CAP QCO Dir
Chefe da Assessoria Jurídica/SEF
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Contadoria Geral-1841)
DIEx nº 28-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.007967/2012-55
5. Com razão essa ICFEx. De fato, o período apontado, entre março de 2011 e outubro
de 2011 deve ser computado para efitos de pagamento da verba em questão, conforme
preceituado na legislação acima mencionada. Faz jus o militar, portanto, a 10 cotas, ao
contrário do exposto no DIEx n° 025 A1.CH/A1/SEF, de 07 de maio de 2012.
DIEx nº 95-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.011146/2012-13
3. O assunto merece ser analisado à luz dos aspectos jurídicos que o permeiam:
f. Não por outro motivo, a orientação emanada daquela Corte Superior é a que vem
sendo adotada no seio desta Secretaria, conforme se infere do Of nº 91-Asse Jur-10 (A1/SEF), de
5 de maio de 2010, e do Of nº 179-Asse Jur-11 (A1/SEF), de 6 de outubro de 2011 (disponíveis
no endereço eletrônico http://intranet.sef.eb.mil.br/sef/ assessoria1/home.htm). Do último,
destaca-se o seguinte trecho:
g. Dessa forma, é possível afirmar que, conquanto relevante sob o aspecto social, não
se pode aceitar como válido, à luz do Princípio da Legalidade a que se encontra adstrita a
Administração Castrense, o argumento de que a verba em discussão possa ser paga em outra
DIEx nº 132-Asse1/SSEF/SEF
EB: 64689.013894/2012-31
.............................................................................
(...)
(...)
c. Dessa forma, uma vez ser considerado por término de tempo de serviço, o
licenciamento levaria, aí sim, ao pagamento da compensação pecuniária.
f. Pois bem, de acordo com a tabela constante de fls 2438 e 2439 do BI nº 233, de 13
de dezembro de 2011, do 25º B Log (Es), verifica-se que a data de praça de MARCO ANTONIO
MENESES é 29 de janeiro de 1996. Naquela ocasião, segundo a tabela, teria se iniciado o
serviço militar obrigatório na EsIE, estendendo-se até 29 de novembro de 1996. A partir daí, o
graduado passou por 9 (nove) prorrogações anuais de tempo de serviço, até ser licenciado por
conta da aprovação no concurso para técnico judiciário do TJ RJ.
h. Já o termo final para tanto demanda uma abordagem mais detida. Conforme
apontado por essa Setorial, a interpretação da decisão do Judiciário, formulada pelo do 25º B
Log (Es), foi equivocada ao considerar o dia 18 de julho de 2005 como data de licenciamento do
militar. À luz do enquadramento fixado pela Justiça, o militar seria colocado em LTIP, a contar
dessa data, mas o licenciamento propriamente dito deveria coincidir com a véspera da assunção
do cargo para o qual foi aprovado, ou seja, 23 de janeiro de 2006. Num primeiro momento,
concluiríamos ser essa a data do termo final para o cálculo da compensação pecuniária.
k. Sendo assim, o termo final para fins de cálculo da compensação pecuniária deve
coincidir com a data em que o militar foi colocado em LTIP: 18 de julho de 2005.
“7. Logo, esta Secretaria entende que não prestam serviço militar em caráter inicial
obrigatório os militares temporários (MFDV) já dispensados, outrora, desse mesmo
serviço, possuindo, assim, se preenchidos os requisitos outros, como o caráter ex officio
do licenciamento, o direito à compensação pecuniária por todos os anos completos,
inclusive o primeiro ...”
“Art 16. Serão convocados anualmente, para prestar o Serviço Militar inicial nas Fôrças
Armadas, os brasileiros pertencentes a uma única classe.”
“Art 17. A classe convocada será constituída dos brasileiros que completarem 19
(dezenove) anos de idade entre 1º de janeiro e 31 de dezembro do ano em que deverão ser
incorporados em Organização Militar da Ativa ou matriculados em Órgãos de Formação
de Reserva.
§ 1o Os brasileiros das classes anteriores ainda em débito com o serviço militar, bem
como os médicos, farmacêuticos, dentistas e veterinários possuidores de Certificado de
Dispensa de Incorporação, sujeitam-se às mesmas obrigações impostas aos da classe
(Continuação do Ofício 075 Asse Jur–11 (A/1-SEF), de 19 de maio de 2011– página 2)
convocada, sem prejuízo das sanções que lhes forem aplicáveis na forma desta Lei e de
seu regulamento. (Redação dada pela Lei nº 12.336, de 2010)”
“Art. 75. Constituem prova de estar o brasileiro em dia com as suas obrigações militares:
(destaques acrescidos)
(2) Os MFDV que adiaram a incorporação e que, diante da conclusão do curso superior,
apresentam-se para o cumprimento do serviço militar obrigatório, não fazem jus à compensação
pecuniária pelo primeiro ano, vez que ainda pendente o cumprimento do dever de servir à Pátria;
(3) Os MFDV que receberam o CDI e que tiveram o ato de dispensa ratificado, fazem
jus à compensação pecuniária pelo primeiro ano de serviço, já que a dispensa foi confirmada, não
havendo que se falar em qualquer pendência quanto ao serviço militar obrigatório; e
(4) Os MFDV que receberam o CDI e que tiveram o ato de dispensa retificado, mediante
recolhimento do aludido certificado, não fazem jus à compensação pecuniária pelo primeiro ano
trabalhado, porquanto se encontram em serviço militar obrigatório.
5. Assim, observa-se que poderão ocorrer casos em que a convocação do militar ocorreu
sob a égide da Lei antiga (sem as alterações trazidas pela Lei nº 12.336, de 26 de outubro de 2010) e que
o seu licenciamento se deu pela Lei nova (com as alterações trazidas pela Lei nº 12.336, de 26 de outubro
de 2010) gerando discussões sobre qual legislação deverá incidir para fins de pagamento de compensação
pecuniária.
(1) convocados antes das alterações promovidas na Lei do Serviço Militar, se portadores
do Certificado de Dispensa de Incorporação e se preenchidos os demais requisitos, como o caráter ex
officio do licenciamento, fazem jus à compensação pecuniária por todos os anos trabalhados, inclusive o
primeiro; e
(2) convocados após as alterações, desde que já implementadas pelas Regiões Militares
as exigências quanto à ratificação da dispensa ou ao recolhimento do CDI, submetem-se aos novos
parâmetros legais, discorridos no item 4, de modo que fica revisto o entendimento consolidado pelo
Ofício nº 122 – Asse Jur – 10, de 11 de junho de 2010, no que dispõe em contrário.
_________________________________________________
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Subsecretário de Economia e Finanças
(Continuação do Ofício 075 Asse Jur–11 (A/1-SEF), de 19 de maio de 2011– página 4)
“ACADEMIA MILITAR: DOIS SÉCULOS FORMANDO OFICIAIS PARA O EXÉRCITO”
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Contadoria Geral/1841)
_________________________________________________
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Subsecretário de Economia e Finanças
3. OBJETO: versa o presente sobre consulta formulada pelo 16º BIMtz, concernente à compensação
pecuniária solicitada por militar daquela OM, após concluir a quinta prorrogação de tempo de serviço.
4. LEGISLAÇÃO PERTINENTE
a. Constituição da República Federativa do Brasil – CF/88;
5. RELATÓRIO
a. O objeto da consulta, como visto, versa sobre compensação pecuniária solicitada por militar que
concluiu a quinta prorrogação de tempo de serviço.
b. Acerca do caso apresentado, a 10ª ICFEx, após análise, destaca os seguintes aspectos
normativos ligados ao tema, no âmbito da Força, que a seguir se reproduz:
Art. 1º O oficial ou praça, licenciado ex officio por término de prorrogação de tempo de serviço,
fará jus a Compensação Pecuniária equivalente a 1 (uma) remuneração mensal por ano de efetivo
serviço militar prestado, tomando-se como base de cálculo o valor correspondente ao posto ou à
graduação, na data da referida compensação;
O licenciamento ex-officio será feito na forma da legislação que trata do serviço militar e dos
regulamentos específicos de cada Força Armada:
c) a bem da disciplina.
4) A Portaria nº 251 – DGP, de 11 de novembro de 2009, por sua vez, assim preceitua:
Art. 187. O Mil Tmpr licenciado ex officio, por término de prorrogação do tempo de serviço, fará
jus a compensação pecuniária equivalente a 01 (uma) remuneração mensal por ano de efetivo ser-
viço prestado, excetuando o ano em que prestou o Serviço Militar Inicial, por ser este de caráter
obrigatório por ocasião da incorporação.
Parágrafo único. Não fará jus ao benefício citado anteriormente o Mil Tmpr que for licencia-
do ex officio a bem da disciplina ou por condenação transitada em julgado.
5) A Setorial Contábil comenta, também, acerca de documento emanado pela SEF, ofício nº 053
– Asse Jur – 10 (A1/SEF), de 23 de março de 2010, no qual a Administração Militar se mostra favorável
ao pagamento de Compensação Pecuniária a militar licenciado ex-officio das fileiras do Exército por tér-
mino de prorrogação de tempo de serviço, equivalente a 01 (uma) remuneração mensal por ano de efetivo
serviço militar prestado, excetuando-se o período cumprido como serviço militar obrigatório.
“os militares excluídos do serviço ativo por reforma, demissão, perda de posto e da patente, anula-
ção de incorporação, deserção, licenciado a pedido, licenciado ex-officio por conveniência do
serviço, a bem da disciplina ou por condenação transitada em julgado não fazem jus ao pagamen-
to da compensação pecuniária, por não estarem enquadrados na situação descrita no artigo 1º da
Lei nº 7.963, de 21 de dezembro de 1989”.
e. Como decorrência deste estudo, a 10ª ICFEx é de parecer que o militar do 16º BIMtz faz jus à
compensação pecuniária de 1 (uma) remuneração mensal por ano de efetivo serviço militar prestado, ex-
cetuando o período cumprido como serviço militar obrigatório, por entender que o seu licenciamento das
fileiras do Exército caracteriza-se como: ex officio por término de prorrogação de tempo de serviço,
situação idêntica a constante do ofício nº 053 – Asse Jur – 10 (A1/SEF).
6. APRECIAÇÃO
(...)
2) O que se verifica, pois, é que o Legislador delegou, outrora, a cada Força Singular a definição
dos atos necessários à execução do Decreto que regulamenta a concessão de compensação pecuniária, a
título de benefício, ao militar temporário das Forcas Armadas, por ocasião de seu licenciamento.
b. No caso específico do Exército, o documento que regula tal concessão é a Portaria nº 251 – DGP,
de 11 de novembro de 20092, o que ocorre de forma consentânea com a Legislação ordinária.
................................................................................................................................................
IV - conveniência do serviço;
...............................................................................................................................................
§ 4º Para o caso específico do inciso IV, a expressão licenciado por conveniência do serviço
deve ser complementada com o motivo do licenciamento, como: “licenciado por conveniência
do serviço devido à falta de adaptação a vida militar” ou “licenciado por conveniência do
serviço devido à falta de aproveitamento”, dentre outras possíveis.
1
Regulamenta a Lei nº 7.963, de 21 de dezembro de 1989, que concede compensação pecuniária, a titulo de beneficio,
ao militar temporário das Forcas Armadas, por ocasião de seu licenciamento.
2
Aprova as Normas Técnicas para Inscrição, Seleção, Convocação, Incorporação, Cadastramento, Controle, Distribui-
ção e Prestação do Serviço Militar Temporário para Oficiais e Sargentos (NT 13 - DSM).
2) Em que pese a expressão “licenciado por conveniência do serviço” exigir fundamentação, até
para se dar legitimidade ao ato do licenciamento, eliminando, assim, eventuais casuísmos, contudo, o ali
prescrito não é fator impeditivo, tampouco exigível, para o recebimento da compensação pecuniária, haja
vista que os impedimentos estão capitulados em outro excerto da Legislação que, por pertinente, se repro-
duz e também se assinala:
Art. 187. O Mil Tmpr licenciado ex officio, por término de prorrogação do tempo de serviço,
fará jus a compensação pecuniária equivalente a 01 (uma) remuneração mensal por ano de efetivo
serviço prestado, excetuando o ano em que prestou o Serviço Militar Inicial, por ser este de caráter
obrigatório por ocasião da incorporação.
Parágrafo único. Não fará jus ao benefício citado anteriormente o Mil Tmpr que for licencia-
do ex officio a bem da disciplina ou por condenação transitada em julgado.
c. Assim, para fazer jus à compensação pecuniária, o Mil Tmpr deverá ter sido licenciado ex offi-
cio; com a ressalva de que esse licenciamento não tenha ocorrido a bem da disciplina, nem por condena-
ção transitada em julgado; o que não é o caso do Militar objeto desta Apreciação.
d. Por pertinente, cumpre acrescentar que para a percepção da pecúnia aqui considerada, faz-se ne-
cessário que a OM publique em seu Boletim Interno que essa compensação é decorrente de ‘término de
tempo de serviço’; e não somente por ter sido o militar ‘licenciado por conveniência do serviço’.
7. PARECER
É o Parecer. S.M.J.
De Acordo:
8. DECISÃO
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Subsecretário de Economia e Finanças
_________________________________________________
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Subsecretário de Economia e Finanças
3. LEGISLAÇÃO PERTINENTE
4. RELATÓRIO
b. Assinalar, no caso em estudo, que a ocorrência foi devidamente apurada por sindicância, em
conformidade com a Legislação1 vigente e que findou por concluir pela culpa do motorista militar, assim
como pela necessidade de correspondente indenização dos danos.
c. Discorrer também que nos autos do processo consta que a proprietária do veículo acidentado
acionou o seguro, para conserto dos danos causados ao seu automóvel, sendo que o valor da franquia foi o
de R$ 583,00 (quinhentos e oitenta e três reais).
1
IG 10 – 11: Instruções Gerais para a Elaboração de Sindicância no Âmbito do Exército Brasileiro, aprovadas pela Portaria do
Comandante do Exército nº 202, de 26 de abril de 2000.
2
Art. 22 da IG 10 – 44: A SEF, por intermédio da Diretoria de Gestão Orçamentária, efetuará a provisão diretamente à OM
que procedeu a sindicância e/ou IPM, mediante solicitação do Comando da Região Militar (Cmdo RM) enquadrante.
(Continuação do Parecer Nr 091/AJ/SEF, de 13 de outubro de 2011 – página 2 )
e. No que concerne à DGO, esta considera que a indenização deve se limitar apenas ao valor
referente à franquia do Seguro do veículo, R$583,00 (quinhentos e oitenta e três reais), e não à
importância solicitada pela 6ª RM, sendo esta divergência o fulcro deste parecer.
5. APRECIAÇÃO
a. A priori, cumpre verificar que a questão apresentada pela Consulente está inserta no contexto da
“Responsabilidade Objetiva do Estado”, circunstância que se verifica quando o interessado comprova a
relação causal entre o fato e o dano3, o que ocorreu por intermédio de sindicância 4, em consonância com a
Legislação vigente5. Ademais, trata-se da plena aplicação do Princípio da Responsabilidade Civil da
Administração6.
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos
dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo
contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. (Grifei)
3) Cotejando
o disposto no Código Civilista com o que preceitua a Constituição Federal, verifica-
se compatibilidade normativa plena; assim, não resta dúvida quanto à sujeição do Estado à Teoria da
Responsabilidade Objetiva.
c. Neste abrangente contexto releva assinalar a questão doutrinária, com realce para a definida por
Alexandre de Moraes, emérito constitucionalista, de cuja publicação se extrai consistentes fragmentos:
3
Apud CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, “Curso” cit., p. 441. José dos Santos Carvalho Filho p. 523
4
Portaria nº 014-S/1.1, de 24 NOV 10, do Dir Pq R Mnt/6.
5
Instruções Gerais para a Elaboração de Sindicância no Âmbito do Exército Brasileiro (IG 10 – 11).
6
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 28ª ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2007, p. 673.
7
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 21ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2007, p. 351.
8
STF – 2ª Turma – RE nº 212.724-8/MG – Rel. Min. Maurício Corrêa, Diário da Justiça, Seção I, 6 ago, p. 48 apud Alexandre
de Moraes, 2006, p. 351.
(Continuação do Parecer Nr 091/AJ/SEF, de 13 de outubro de 2011 – página 3 )
serviços públicos, causar danos ou prejuízos aos indivíduos, deverá reparar esses danos,
indenizando-os, independente de ter agido com dolo ou culpa;9
(...)
- a indenização do dano deve abranger o que a vítima efetivamente perdeu, o que despendeu, o
que deixou de ganhar em conseqüência direta e imediata do ato lesivo do Poder Público , ou
seja, deverá ser indenizada nos danos emergentes e nos lucros cessantes, bem como
honorários advocatícios, correção monetária e juros de mora, se houver atraso no
pagamento. Além disso, nos termos do Art. 5º, V, da Constituição Federal, será possível a
indenização por danos morais;13 (Grifei)
O fato de ser o Estado sujeito à Teoria da Responsabilidade Objetiva não vai ao extremo de
lhe ser atribuído o dever de reparação de prejuízos em razão de tudo o que acontece no meio
social.
(...)
e. Dessa forma, verifica-se que também a Doutrina se alinha à Legislação Constitucional, assim
como à Cível que, aplicada ao caso em estudo, deve considerar não somente o prejuízo arcado pela
franquia desembolsada pela acidentada, mas também as questões subjacentes, onde estão compreendidos
os requisitos configuradores da responsabilidade civil do Estado.
Art. 21. A indenização dos danos causados a terceiros será efetuada pelo valor concluído pela
sindicância.
Parágrafo único: O dano causado a veículo de terceiro será indenizado na sua totalidade,
limitado ao valor de mercado do veículo, descontado o valor do salvado (material aproveitável).
Art. 22. A SEF, por intermédio da Diretoria de Gestão Orçamentária, efetuará a provisão
diretamente à OM que procedeu a sindicância e/ou IPM, mediante solicitação do Comando
da Região Militar (Cmdo RM) enquadrante. (Grifei)
h. Por oportuno, finalmente, cabe lembrar que a indenização do dano deve ser feita a quem
realmente arcou com os custos da reparação, sob pena de se promover o enriquecimento ilícito daquele
que, tendo despendido apenas parte dos recursos necessários à recuperação do bem, venha a receber o
montante do valor estimado. Em outras palavras, a situação deve retornar ao status quo ante (dano
reparado, indenização a quem pagou as custas, bonificação do segurado preservada).
6. PARECER
Pelo exposto, cumpre apenas ratificar a pertinência do solicitado pelo Comando da 6ª Região
Militar que, após o recebimento dos recursos referentes à indenização de danos causados a terceiros,
deverá efetivar a provisão diretamente ao Pq R Mnt/6, por ter sido a OM que procedeu a sindicância 16
correspondente ao ressarcimento aqui considerado.
É o Parecer. S.M.J.
De Acordo:
7. DECISÃO
16
Portaria nº 014-S/1, de 24 de novembro de 2010, do Dir Pq R Mnt/6.
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Contadoria Geral/1841)
2. Por intermédio do documento da referência, esta Secretaria foi instada, por esse
Grande Comando, a se pronunciar sobre a possibilidade de devolução de valores, supostamente
descontados de forma indevida, da remuneração do citado militar.
5. Por fim, acresce que, na esfera civil, foi prolatada decisão pela improcedência do
pedido de ressarcimento ao Erário, por inexistência de provas (atualmente, o processo encontra-se junto
ao TRF – 1ª Região, em fase de reexame necessário, não tendo, por óbvio, transitado em julgado).
(Continuação do Ofício nº 208 – Asse Jur – 11 (A/1-SEF), de 24 de novembro de 2011 – página 2)
7. Pois bem, por primeiro, cumpre esclarecer que esta Secretaria restitui a V Exa o
presente expediente para fins de atendimento da Portaria nº 004-SEF, de 6 de novembro de 2002, a qual
aprovou as normas para a realização e tramitação de pedidos de informações e de consultas,
estabelecendo o seguinte:
Art. 3o Os Pedidos de Informações e de Consultas das UG, que se referem à matéria inserida na
legislação econômico financeira e de controle interno, deverão ser encaminhados à SEF por
intermédio das respectivas ICFEx, às quais as UG estão vinculadas.
Art. 4o Os Pedidos de Informações e de Consultas, referentes aos assuntos que já tenham sido
objeto de solução pela SEF, não deverão ser encaminhados, sendo respondidos pelas próprias
ICFEx.
__________________________________________________
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Subsecretário de Economia e Finanças
3. O estudo apresentado não merece reparos. De fato, o ex soldado faz jus a percepção de
indenização e de adicional de férias, tendo em vista o entendimento desta Setorial, exarado no Parecer
049/AJ/SEF de 03 de julho de 2006, no sentido de que a permanência de militar em licença para
tratamento de saúde própria (LTSP) não é fator suficiente para que se deixe de lhe conceder o direito a
férias, devendo ser empregado o mesmo raciocínio se o militar passar à situação de agregado. Vale
ressaltar que, em situações similares, esta Secretaria manifestou-se no mesmo sentido, a exemplo da
ocasião em que entendeu cabível o direito a férias por parte de militar que não se encontrava em efetivo
serviço, eis que preso (vide Parecer 082/AJ/SEF, de 16 Dez 2005, encaminhado à 11ª RM por intermédio
do Of nº 206-Asse Jur-05 (A1/SEF), de 19 Dez 2005, bem como Parecer 004/AJ/SEF, de 11 jan 2006,
encaminhado à 12ª ICFEx pelo Of nº 011-Asse Jur-06 (A1/SEF), de 11 Jan 2006). Ou seja, o efetivo
serviço não é condição imprescindível para que o direito a férias – ou a respectiva indenização – se
aperfeiçoe.
a. Nesse sentido, colaciona-se julgado exarado pelo Egrégio Superior Tribunal de Justiça
(STJ):
_________________________________________________
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Subsecretário de Economia e Finanças
2. Por meio do ofício da referência, essa Setorial Contábil traz questionamento a respeito
da possibilidade de pagamento da aludida verba compensatória a militar temporário desincorporado, em
razão de ter sido julgado “Incapaz B1” (incapaz temporariamente para o serviço militar, por doença ou
lesão ou defeito físico recuperável em curto prazo, que para efeito do Serviço Militar será de um ano).
5. Destarte, passando-se ao que lhe é realmente afeto, esta Secretaria, tal qual já se
pronunciou outrora, perdura sustentando que não há meios de se perfazer o pagamento da compensação
pecuniária, em caso de desincorporação, por ausência de amparo legal para tanto, como é de se extrair do
contido no Ofício nº 091 – Asse Jur – 10 (A1/SEF), de 05 de maio de 2010, a seguir colacionado:
limitando a sua concessão à exclusão do serviço ativo por meio do licenciamento ex-
officio, como se depreende do transcrito a seguir:
_________________________________________________
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Subsecretário de Economia e Finanças
1
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência...
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Contadoria Geral/1841)
3.Pois bem, nesta oportunidade, cumpre esclarecer que, a partir das alterações promovidas
na Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar – LSM) e na Lei nº 5.292, de 08 de
junho de 1967 (que dispõe sobre a prestação do serviço militar pelos MFDV), em razão da Lei nº 12.336,
de 26 de outubro de 20101, o entendimento atualmente adotado por esta Secretaria, resume-se nos termos
seguintes (a teor do exarado no Ofício nº 075 – Asse Jur – 11 A1/SEF, de 19 de maio de 2011):
1
Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (alterada pela Lei nº 12.336, de 2010):
“Art 16. Serão convocados anualmente, para prestar o Serviço Militar inicial nas Fôrças Armadas, os brasileiros
pertencentes a uma única classe.”
“Art 17. A classe convocada será constituída dos brasileiros que completarem 19 (dezenove) anos de idade entre 1º de janeiro
e 31 de dezembro do ano em que deverão ser incorporados em Organização Militar da Ativa ou matriculados em Órgãos de
Formação de Reserva.
§ 1o Os brasileiros das classes anteriores ainda em débito com o serviço militar, bem como os médicos, farmacêuticos,
dentistas e veterinários possuidores de Certificado de Dispensa de Incorporação, sujeitam-se às mesmas obrigações impostas
aos da classe convocada, sem prejuízo das sanções que lhes forem aplicáveis na forma desta Lei e de seu regulamento.
(Redação dada pela Lei nº 12.336, de 2010)”
(2.1) Os MFDV que já prestaram serviço militar obrigatório, fazem jus à compensação
pecuniária por todo o período em que serviram como profissionais destas áreas, haja vista que já se
encontram em dia com o dever cívico de servir à Pátria;
(2.2) Os MFDV que adiaram a incorporação e que, diante da conclusão do curso superior,
apresentam-se para o cumprimento do serviço militar obrigatório, não fazem jus à compensação
pecuniária pelo primeiro ano, vez que ainda pendente o cumprimento do dever de servir à Pátria;
(2.3) Os MFDV que receberam o CDI e que tiveram o ato de dispensa ratificado, fazem
jus à compensação pecuniária pelo primeiro ano de serviço, já que a dispensa foi confirmada, não
havendo que se falar em qualquer pendência quanto ao serviço militar obrigatório; e
e) os que estiverem matriculados ou que se candidatarem à matrícula em institutos de ensino (IEs) destinados à formação,
residência médica ou pós-graduação de médicos, farmacêuticos, dentistas e veterinários até o término ou a interrupção do
curso.”
§ 6o Aqueles que tiverem sido dispensados da incorporação e concluírem os cursos em IEs destinados à formação de
médicos, farmacêuticos, dentistas e veterinários poderão ser convocados para a prestação do serviço militar. (Incluído pela
Lei nº 12.336, de 2010)”
“Art. 40-A. O Certificado de Isenção e o Certificado de Dispensa de Incorporação dos brasileiros concluintes dos cursos de
Medicina, Farmácia, Odontologia e Veterinária terão validade até a diplomação e deverão ser revalidados pela região
militar competente para ratificar a dispensa ou recolhidos, no caso de incorporação, a depender da necessidade das Forças
Armadas. (Incluído pela Lei nº 12.336, de 2010)”
“Art. 75. Constituem prova de estar o brasileiro em dia com as suas obrigações militares:
§ 3o Para os concluintes de curso de ensino superior de Medicina, Farmácia, Odontologia e Veterinária, o Certificado de
Dispensa de Incorporação de que trata a alínea ‘d’ do caput deste artigo deverá ser revalidado pela região militar
respectiva, ratificando a dispensa, ou recolhido, no caso de incorporação, a depender da necessidade das Forças Armadas,
nos termos da legislação em vigor.”
“Art. 4o Os concluintes dos cursos nos IEs destinados à formação de médicos, farmacêuticos, dentistas e veterinários que não
tenham prestado o serviço militar inicial obrigatório no momento da convocação de sua classe, por adiamento ou dispensa de
incorporação, deverão prestar o serviço militar no ano seguinte ao da conclusão do respectivo curso ou após a realização de
programa de residência médica ou pós-graduação, na forma estabelecida pelo caput e pela alínea ‘a’ do parágrafo único do
art. 3o, obedecidas as demais condições fixadas nesta Lei e em sua regulamentação. (Redação dada pela Lei 12.336, de
2010)”
(destaques acrescidos)
(Continuação do Ofício 188 Asse Jur–11 (A/1-SEF), de 24 de outubro de 2011– página 3)
(2.4) Os MFDV que receberam o CDI e que tiveram o ato de dispensa retificado,
mediante recolhimento do aludido certificado, não fazem jus à compensação pecuniária pelo primeiro
ano trabalhado, porquanto se encontram em serviço militar obrigatório.
b. Assim, observa-se que poderão ocorrer casos em que a convocação do militar ocorreu
sob a égide da Lei antiga (sem as alterações trazidas pela Lei nº 12.336, de 26 de outubro de 2010) e que
o seu licenciamento se deu pela Lei nova (com as alterações trazidas pela Lei nº 12.336, de 26 de outubro
de 2010) gerando discussões sobre qual legislação deverá incidir para fins de pagamento de compensação
pecuniária.
(1) convocados antes das alterações promovidas na Lei do Serviço Militar, se portadores
do Certificado de Dispensa de Incorporação e se preenchidos os demais requisitos, como o caráter ex
officio do licenciamento, fazem jus à compensação pecuniária por todos os anos trabalhados, inclusive o
primeiro; e
(2) convocados após as alterações, desde que já implementadas pelas Regiões Militares
as exigências quanto à ratificação da dispensa ou ao recolhimento do CDI, submetem-se aos novos
parâmetros legais, discorridos no presente expediente, sendo pertinente ocasional consulta ao Ofício nº
075 – Asse Jur – 11(A1/SEF), de 19 de maio de 2011 (anexo).
_________________________________________________
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Subsecretário de Economia e Finanças
1. Versa o presente expediente sobre Consulta formulada por essa Setorial Contábil, decorrente de
expediente encaminhado pelo Ordenador de Despesas do 1º Regimento de Carros de Combate (1º RCC),
envolvendo militares temporários reintegrados por força de medida liminar.
10. O militar enquadrado no item nº 1 desta Portaria que retornar ao serviço ativo, por força de
medida liminar, caso já tenha recebido a Compensação Pecuniária de que trata a Lei nº 7.693. de
21 de dezembro de 1989, terá que restituir, integralmente, o pecúlio que foi pago no ato de sua
apresentação. Caso não o faça, terá descontado de sua remuneração mensal, dentro dos limites
estabelecidos na Lei nº 5.787, de 27 de junho de 1972 – LEI DE REMUNERAÇÃO DOS
MILITARES – os valores correspondentes, até que se complete o ressarcimento integral. (grifei)
3. Deve-se atentar, ainda, que a restituição deverá ser integral e no ato da apresentação do militar,
somente sendo compulsoriamente descontado da remuneração mensal no caso de a primeira hipótese não
se concretizar, aplicando-se, então, o estipulado pela MP 2.015/20012.
1
Portaria nº 10, de 23 de agosto de 1990: compensação pecuniária, a título de benefício, ao militar temporário, por ocasião de
seu licenciamento.
2
Art. 14. Descontos são os abatimentos que podem sofrer a remuneração ou os proventos do militar para cumprimento de
obrigações assumidas ou impostas em virtude de disposição de lei ou de regulamento.
§ 3o Na aplicação dos descontos, o militar não pode receber quantia inferior a trinta por cento da sua remuneração ou
proventos. (grifei)
(Continuação do Ofício nº 230 – Asse Jur–11 (A/1-SEF), de 21 de dezembro de 2011– página 2)
5. Isso posto, encaminho o presente expediente a essa Setorial Contábil, para conhecimento e
providências julgadas pertinentes.
________________________________________________
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Subsecretário de Economia e Finanças
3
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 22. ed. Rio de Janeiro: Lumen Júris, 2009, p. 108.
4
Portaria 010-SEF, de 23 de agosto de 1990: compensação pecuniária, a título de benefício, ao militar temporário, por ocasião
de seu licenciamento.
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Contadoria Geral/1841)
1. Versa o presente sobre consulta encaminhada pela 11ª Brigada de Infantaria Leve a essa
Setorial Contábil com a finalidade de elucidar controvérsia relativa ao pagamento de compensação
pecuniária a militares temporárias aprovadas em concurso da Escola de Saúde.
a. A 1º Ten Giselle Rocha de Abreu Pizzolato, incorporada em 24 fev 04, permaneceu nas
fileiras da Força Terrestre até 2009 e não requereu a prorrogação anual do tempo de serviço, em razão de
sua aprovação no concurso referido, razão pela qual presume-se que concluiu sua última prorrogação de
tempo de serviço como militar temporária ainda em fevereiro de 2009;
b. A 1º Ten Andréia Nara Christo Fructuoso da Costa, incorporada em 26 fev 1999, foi
licenciada em 27 fev 01 por término de prorrogação de tempo de serviço; em 28 fev 01, foi incorporada
novamente às fileiras da Força Terrestre, nas quais permaneceu até 2004, quando foi licenciada,
novamente, por término de prorrogação de tempo de serviço. Afirma-se que, em 2004, a militar não
requereu a prorrogação do tempo de serviço em razão de sua aprovação na Escola de Saúde.
ano após a última prorrogação e se as militares, então temporárias, não postularam a prorrogação, ambos
os licenciamentos se deram por término de tempo de serviço (ex ofício) e devem ter ocorrido exatamente
um ano após a data da última incorporação (ainda que outra data conste das alterações). Verificando-se tal
hipótese, é devido o pagamento da compensação pecuniária, conforme o número de anos de serviço
temporário.
4. Vale ressaltar que, por ser o serviço temporário marcado pela voluntariedade do
profissional, é indiferente, para efeito de percepção da verba ora discutida, se as militares temporárias não
prorrogaram o tempo de serviço pelo número máximo de anos permitido legalmente, devendo-se
considerar que cada ano de serviço concluído constitui requisito para o pagamento da compensação
pecuniária equivalente.
____________________________________
Gen Div MARCIO ROSENDO DE MELO
Subsecretário de Economia e Finanças
1
Art 2º Todos os brasileiros são obrigados ao Serviço Militar, na forma da presente Lei e sua regulamentação.
§ 1º A obrigatoriedade do Serviço Militar dos brasileiros naturalizados ou por opção será definida na regulamentação da
presente Lei.
§ 2º As mulheres ficam isentas do Serviço Militar em tempo de paz e, de acordo com suas aptidões, sujeitas aos
encargos do interesse da mobilização.
2
Art 1º Em tempo de paz, o Serviço Militar prestado nas Forças Armadas - Exército, Marinha e Aeronáutica - pelos
brasileiros, regularmente matriculados nos Institutos de Ensino, oficiais ou reconhecidos, destinados à formação de Médicos,
Farmacêuticos, Dentistas ou Veterinários (IEMFDV), ou diplomados pelos referidos Institutos, obedecerá às prescrições da
presente Lei e sua regulamentação. Na mobilização, compreenderá todos os encargos de defesa nacional determinados por
legislação especial.
§ 1º Os brasileiros que venham a ser diplomados por Institutos de Ensino (IE) congêneres, de país estrangeiro, ficarão sujeitos
ao disposto neste artigo, desde que os diplomas sejam reconhecidos pelo Govêrno brasileiro.
§ 2º As mulheres diplomadas pelos IE citados ficam isentas do Serviço Militar em tempo de paz e de acôrdo com as suas
aptidões e especialidades, sujeitas aos encargos do interêsse da mobilização.
3
O R-68 (RCORE), aprovado pelo Decreto nº 4.502, de 9 de dezembro de 2002, que assim dispõe:
Art. 48. Não haverá movimentação de oficiais temporários.
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Contadoria Geral/1841)
_____________________________________
Gen Div MARCIO ROSENDO DE MELO
Subsecretário de Economia e Finanças
3. LEGISLAÇÃO PERTINENTE
4. RELATÓRIO
a. Trata-se de questão originária do Comando Militar do Sul (CMS), atinente ao 3ª Sgt Inf
NARDAY DA SILVA LIMA.
b. Em 02 out 09, o Boletim Interno nº 182, do 3º Batalhão de Polícia do Exército (3º BPE)
publicou que por ter o aludido graduado “deixado de apresentar na 1ª Seção do Batalhão, dentro do
prazo previsto, o requerimento de solicitação de prorrogação de tempo de serviço, e de acordo com o
que prescreve o Art. 7º da Port Nr 047-DGP, de 28 mar 05”, considerou-se que o mesmo não teria
“interesse em obter a prorrogação do tempo de serviço, conforme prescreve o Art. 8º da referida
Portaria. Em conseqüência, o S1, Cmt 1ª Cia PE e os demais interessados, tomem conhecimento e as
providências necessárias para o licenciamento do referido militar”.
c. A Parte de Opção do militar em tela foi apresentada conforme fez público o Boletim
Interno nº 203, do 3º BPE, de 04 nov 09. Como conseqüência, a Fiscalização Administrativa do 3º BPE
remeteu Ofício ao Chefe do Estado-Maior do CMS visando ao planejamento do crédito necessário à
indenização de transporte a que faria jus o interessado, tendo em vista o licenciamento ex-officio ocorrido.
(Continuação do Parecer 004/AJ/SEF, de 25 de janeiro de 2010 – página 2 )
5. APRECIAÇÃO
b. Com efeito, o art. 29 do Decreto 4.307, de 2002, dispõe que fará jus à aludida verba o
militar licenciado ex-officio por término de tempo de serviço ou por conveniência do serviço. Vale dizer,
não são previstas outras hipóteses para o pagamento de tal direito.
Art. 29. O militar da ativa licenciado ex officio por
conclusão do tempo de serviço ou de estágio e por
conveniência do serviço, previsto nas alíneas "a" e "b" do §
3o do art. 121 da Lei no 6.880, de 1980, terá direito ao transporte
para si e seus dependentes, até a localidade, dentro do
território nacional, onde tinha sua residência ao ser
convocado, ou para outra localidade cujo valor do transporte
pessoal e de bagagem seja menor ou equivalente.
c. Diante disso, surge como fundamental a análise dos aspectos jurídicos atinentes ao
licenciamento. Valemo-nos, para tanto, da disciplina encartada no Estatuto dos Militares, especificamente
em seus artigos 121 e seguintes.
f. Vale dizer, então, que o militar egresso de curso de formação de sargentos, ao requerer
seu engajamento e, daí por diante, seus reengajamentos, obriga-se com a Administração Militar a
permanecer na ativa durante sucessivos prazos de um ano.
g. Entretanto, durante esse período ao qual se obrigou, o militar pode pedir seu
licenciamento, desde que tenha cumprido, no mínimo, a metade do tempo acertado. É o que dispõe a
alínea b do §1º do art. 121 do Estatuto dos Militares:
Art. 121. (...).
§ 1º O licenciamento a pedido poderá ser concedido, desde
que não haja prejuízo para o serviço:
a) ao oficial da reserva convocado, após prestação do serviço
ativo durante 6 (seis) meses; e
b) à praça engajada ou reengajada, desde que conte, no
mínimo, a metade do tempo de serviço a que se obrigou.
i. Significa dizer, portanto, que se a permanência do militar não for mais conveniente para
o serviço, deverá ser licenciado ex-officio. Se cometer reiterados atos de indisciplina, se passar a exercer
cargo ou emprego público estranho à sua carreira e se concluir o tempo de serviço a que se obrigou
deverá, da mesma forma, ser licenciado nessa mesma modalidade.
l. É bem verdade que o art. 8º das Normas Reguladoras das Prorrogações de Tempo de
Serviço dos Sargentos de Carreira ainda não Estabilizados dispõe que o sargento que deixa de apresentar
requerimento de prorrogação deve ser considerado como não interessado.
Art. 8° No caso do militar não apresentar o requerimento até
esgotar-se o prazo previsto no Art. 7° anterior será
considerado que o mesmo não tem interesse em obter
prorrogação de tempo de serviço devendo seu Cmt, Ch ou
Dir mandar publicar imediatamente tal fato em Boletim
Interno da OM (BI) e tomar as providências necessárias para
o seu licenciamento até o término da prorrogação em curso.
o. É importante lembrar que idêntico raciocínio vem sendo empregado no que tange à
compensação pecuniária eventualmente devida a sargentos de carreira não estabilizados: a ausência de
requerimento de reengajamento ao final do período acertado não faz pressupor que o licenciamento seja a
pedido, mas sim, ex-officio, levando, dessa maneira, ao pagamento daquele benefício (vide Parecer nº
049/AJ/SEF, de 16 set 05, que inclui jurisprudência a respeito)1.
1
Lei 7.963, de 1989:
Art. 1º O oficial ou a praça, licenciado ex officio por término de prorrogação de tempo de serviço, fará jus à compensação
pecuniária equivalente a 1 (uma) remuneração mensal por ano de efetivo serviço militar prestado, tomando-se como base de
cálculo o valor da remuneração correspondente ao posto ou à graduação, na data de pagamento da referida compensação.
(Continuação do Parecer 004/AJ/SEF, de 25 de janeiro de 2010 – página 5 )
r. Dessa forma, impõe-se a observância da alínea a do §3º do art. 121 do Estatuto dos
Militares: se o militar obrigou-se a permanecer junto a esta Força Armada pelo prazo de um ano e, ao
final desse período, não houver renovação (seja por desinteresse do próprio militar em fazê-lo, seja por
desinteresse do Exército), deverá o mesmo ser licenciado ex-officio por término de tempo de serviço.
5. CONCLUSÃO -
É o Parecer.
S.M.J.
________________________________________________
GUSTAVO CASTRO ARAUJO – 1º Ten QCO - Direito
Adjunto da Assessoria Jurídica/SEF
De Acordo:
__________________________________________________________
OCTAVIO AUGUSTO GUEDES DE FREITAS COSTA– Cel R/1
Rsp p/ Chefe da Assessoria Jurídica /SEF
(Continuação do Parecer 004/AJ/SEF, de 25 de janeiro de 2010 – página 6 )
7. DECISÃO –
________________________________________________
Gen Div MARCIO ROSENDO DE MELO
Subsecretário de Economia e Finanças
Capítulo II
Da exclusão do Serviço Ativo
SEÇÃO VI
Do Licenciamento
Art. 121. O licenciamento do serviço ativo se efetua:
I - a pedido; e
II - ex officio .
§ 1º ........
§ 2º .........
§ 3º O licenciamento ex officio será feito na forma da legislação que
trata do serviço militar e dos regulamentos específicos de cada Força
Armada:
a) por conclusão de tempo de serviço ou de estágio;
b) por conveniência do serviço; e
c) a bem da disciplina. (grifos nosso)
(Continuação do Ofício 053 - Asse Jur – 10 (A/1-SEF), de 23 de março de 2010 – página 2)
6. Há que se observar que o art. 1.º desta Lei, abaixo transcrito, prevê de forma clara que a
compensação pecuniária somente é devida ao militar licenciado ex officio por término de prorrogação de
tempo de serviço, não abarcando, por exemplo, outras hipóteses como a desincorporação ou o
licenciamento em decorrência de nomeação e posse em concurso público.
8. Desta forma, resta evidente que os requisitos legais exigidos pela legislação que regula a
concessão da compensação pecuniária foram satisfeitos e que o militar, faz jus, à indenização requerida
equivalente a 1 (uma) remuneração mensal por ano de efetivo serviço militar prestado, excetuado o
período cumprido como serviço militar obrigatório.
__________________________________________________
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Subsecretário de Economia e Finanças
3. Fundamentalmente, o amparo legal para a execução desse ato administrativo deu-se com
base no art 94, Inc VII da Lei nº 6.880, de 1980 – Estatuto dos Militares, abaixo descrito:
6. Destaca-se que no caso em apreço, a militar não foi licenciada, foi desincorporada por
incapacidade física para a atividade militar. Desta forma, esta Secretaria entende que estão ausentes as
condições legais que amparem o pagamento da referida compensação pecuniária à militar requerente.
__________________________________________________
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Subsecretário de Economia e Finanças
IX - deserção;
X - falecimento; e
XI - extravio. (g.n.)
6. Por conseguinte, esta Secretaria entende que estão ausentes as condições legais que
amparem o pagamento da referida compensação pecuniária ao 2º Ten OMT MAURÍCIO DE
OLIVEIRA.
7. Nestes termos, encaminho-vos o presente expediente para conhecimento e adoção das
providências julgadas cabíveis.
_________________________________________________
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Subsecretário de Economia e Finanças
Art 17. A classe convocada será constituída dos brasileiros ..... que
deverão ser incorporados em Organização Militar da Ativa ou
matriculados em Órgãos de Formação de Reserva.
§ 1º ....... .
§ 2º ....... .
§ 3º Órgãos de Formação de Reserva é a denominação genérica dada aos
órgãos de formação de oficiais, graduados e soldados para a reserva.
5. Do acima exposto, não restam dúvidas de que a LSM e seu Regulamento permitem aos
militares matriculados nos Órgãos de Formação da Reserva, dos quais os Centros de Preparação de
(Continuação do Ofício nº - Asse Jur – 10 (A/1-SEF), de de abril de 2010 – página 4)
7. Assim, para fins de caracterização do tempo de efetivo serviço militar prestado pelo
oficial concludente dos OFOR e conseqüente repercussão na concessão da compensação pecuniária,
chega-se à conclusão de que o período durante o qual o militar realizou seja o EPOT, seja o EIPOT, deve
ser considerado para fins de percepção do direito remuneratório em comento.
_________________________________________________
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Subsecretário de Economia e Finanças
1. Versa o presente expediente sobre consulta encaminhada pelo 29º Batalhão de Infantaria
Blindado a essa 3ª Região Militar com a finalidade de elucidar controvérsia atinente ao pagamento de
compensação pecuniária a ex-militar.
2. Por meio do documento em apreço, esse Grande Comando solicitou consulta a esta
Secretaria, no que se refere à possibilidade de pagamento da versada remuneração ao ex-Sd JACIEL
SOARES XAVIER.que, por sua vez, serviu junto àquele Batalhão de Infantaria no período compreendido
entre 2006 e 2008 e dele restou licenciado por incapacidade física para o serviço do Exército, em 4 de
julho daquele último ano.
4. Ademais, esse Grande Comando explicita que, em que pese a decisão prolatada por
aquela Egrégia Corte, o artigo 94, caput e parágrafo 1º, do E-1 estabelece que os desincorporados
incluem-se no rol dos que fariam parte da reserva das Forças Armadas, o que os equipararia aos militares
licenciados e, via de conseqüência, tornaria o direito à compensação pecuniária uma medida eqüitativa,
eis que, se possuem os mesmos deveres, ainda que já na vida civil, certo seria que pudessem fazer jus,
outrossim, ao auxílio em apreço.
5. Ao final, subsidiariamente, sugere que possa o ex-soldado ser indenizado pelos anos em
que poderia ser licenciado e não o foi, desprezando-se, desse modo, apenas o ano em que apresentou a
enfermidade determinante de seu afastamento.
(Continuação do Ofício 091 - Asse Jur – 10 (A/1-SEF), de 5 de maio de 2010 – página 2)
10. De outra parte, ainda merece destaque a afirmação de que, ao final, havendo alguma
alteração no entendimento, de forma a ensejar a autorização de prestação da verba compensatória em
exame, aqueles que não obtiveram êxito no seu pagamento, poderão solicitá-lo, oportunamente, desde que
respeitado o prazo prescricional para tanto.
(Continuação do Ofício 091 - Asse Jur – 10 (A/1-SEF), de 5 de maio de 2010 – página 3)
11. Nestes termos, encaminho-vos o presente expediente para conhecimento e adoção das
providências julgadas cabíveis.
_________________________________________________
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Subsecretário de Economia e Finanças
9. Por todo o exposto, nota-se que imprescindível se faz o uso da hermenêutica jurídica,
sendo esse o caminho mais seguro para o deslinde da demanda:
a. em verdade, interpretar a lei nada mais é que descortinar a mens legis e a voluntas
legislatoris contidas no bojo do texto positivado; seria como buscar a “vontade da lei” e a “vontade do
legislador”, pois a lei, isolada em sua abstração e generalidade, seria letra morta, se não houvesse a
interpretação a determinar o seu verdadeiro significado;
b. para desvendar a acepção mais verossímil da lei, contudo, impende ao intérprete analisar
a norma positivada desde a inspiração do legislador até a sua inserção na realidade social presente, não
olvidando, jamais, de preservar o equilíbrio entre segurança e justiça;
c. assim, o marco inicial desta apreciação há de ser uma interpretação gramatical, por
meio da qual se estabelece, num primeiro momento, o sentido objetivo da lei com base na sua letra. No
entanto, assevera Paulo Dourado de Gusmão1, “como as palavras podem mascarar um significado, não
manifestado com fidelidade, o intérprete não pode se satisfazer com os resultados dessa interpretação,
partindo então para a investigação da ratio legis, ou melhor, do fim perseguido pela lei, de modo a que,
em função dele, possa estabelecer exatamente o sentido decorrente da ‘letra da lei’.” É quando se passa à
interpretação lógica, que, por sua vez, é a perseguição da razão de ser da lei, do seu fim último, “com o
objetivo de clarear o seu real sentido”2;
d. de outro giro, também ao intérprete cabe buscar a “... investigação das razões sociais
motivadoras da lei, de seus efeitos sociais e de seu sentido atual”3 de modo que pela interpretação
sociológica alcance o real sentido da norma, ainda que, para tanto, necessite se afastar da interpretação
gramatical dada prematuramente;
10. Note-se que a Lei nº 7.963, de 21 de dezembro de 1989, que instituiu a compensação
pecuniária, teve claro intuito de indenizar o militar (não estável) pelos anos de serviço prestados, quando
da exclusão do serviço ativo por meio de licenciamento ex officio, independendo se “por término de
prorrogação” ou “por término de convocação”. Até porque tais nomenclaturas surgiram posteriormente, a
partir da Portaria nº 169 – DGP, de 1º de dezembro de 2004;
1
in Introdução ao Estudo do Direito. 23ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2003. p. 230.
2
Idem, ibidem.
3
Idem, ibidem.
(Continuação do Ofício nº 121 - Asse Jur – 10 (A/1-SEF), de 11 de junho de 2010 – página 3)
11. Destarte, cumpre repisar que a Lei da Compensação Pecuniária pretende premiar o
militar (não estável) pelos anos de serviço prestados, limitando a sua concessão à exclusão do serviço
ativo por meio do licenciamento ex-officio (gênero), não abarcando somente outras hipóteses como a
desincorporação, a exclusão a bem da disciplina ou o licenciamento a pedido, como se depreende a
seguir:
Art. 1º O oficial ou a praça, licenciado ex officio por término de prorrogação de
tempo de serviço, fará jus à compensação pecuniária equivalente a 1 (uma)
remuneração mensal por ano de efetivo serviço militar prestado, tomando-se
como base de cálculo o valor da remuneração correspondente ao posto ou à
graduação, na data de pagamento da referida compensação. (g.n.)
12. No caso em tela, a pleiteante teve seu desligamento na modalidade ex officio, bem
como, por se tratar de militar do segmento feminino, realizou, indubitavelmente, o serviço em caráter
voluntário, fazendo, pois, jus ao pagamento da verba compensatória em discussão, como já abordado de
forma promissora no Parecer 002/AJ/SEF, de 6 de janeiro de 2006, citado anteriormente.
13. Por conseguinte, esta Secretaria entende que estão presentes as condições a amparar o
pagamento da referida compensação pecuniária a Sra. LUCIANA RIBEIRO ALVES SÁ, o que deveria
ter sido efetuado ainda quando do seu primeiro desligamento, em 27 de fevereiro de 2007, momento em
que ocorreu a ruptura entre a antiga carreira de sargento técnico temporário e a nova de oficial técnico
temporário, de forma que ainda devido a ex-militar o pagamento correspondente a uma remuneração na
graduação de 3º sargento.
14. Nestes termos, encaminho-vos o presente expediente para conhecimento e adoção das
providências julgadas cabíveis.
_________________________________________________
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Subsecretário de Economia e Finanças
2. Por meio dos documentos em apreço, essa Setorial Contábil consultou esta Secretaria,
quanto à possibilidade de pagamento da versada remuneração aos militares temporários médicos,
farmacêuticos, dentistas e veterinários – MFDV.
1
Art 5º A obrigação para com o Serviço Militar, em tempo de paz, começa no 1º dia de janeiro do ano em que o cidadão
completar 18 (dezoito) anos de idade e subsistirá até 31 de dezembro do ano em que completar 45 (quarenta e cinco) anos.
(Continuação do Ofício nº 122 - Asse Jur – 10 (A/1-SEF), de 11 de junho de 2010 – página 2)
e. a seguir, cita a 12ª RM que essa interpretação é corroborada pela Lei 5.2922, de 08 de
junho de 1967 que, por sua vez, estabelece a sujeição dos dispensados ou reservistas de 3ª categoria à
prestação do serviço militar, ainda, em caráter obrigatório, até os 38 anos de idade;
f. por outro lado, essa Setorial entende que, salvo melhor juízo, os argumentos trazidos por
aquele Grande Comando não merecem prosperar e, para tanto, cita a própria Lei do Serviço Militar 3, em
seus artigos 36 e 75, que estabelece as situações em que há a quitação das obrigações militares; e
g. ao final, cita o Parecer nº 002/AJ SEF, de 06 de janeiro de 2006, o qual apresenta
posicionamento favorável a que os 12 primeiros meses do serviço militar, nos casos análogos ao colocado
sub examinen, devam integrar a base de cálculo para fins de pagamento da compensação pecuniária.
6. Por oportuno, cabe examinar os comentários à citada Lei do Serviço Militar, objeto da
fundamentação da 12ª Região Militar:
a. aquele Grande Comando defende entendimento de que a prestação do serviço militar
obrigatório pode estender-se até os 45 anos de idade, o que o faz com fulcro no artigo 5º da lei em apreço.
No entanto, a mesma norma determina que os dispensados de incorporação sejam considerados em dia
com o serviço militar inicial. É o que dita o seu artigo 36, em análise;
b. ora, coadunando a intenção de um artigo com a do outro, extrai-se que a razão de ser do
serviço militar obrigatório tardio reside na possibilidade de cumprimento do dever cívico por aqueles que
não se apresentaram quando do atingimento dos 18 anos de idade, não havendo que se falar em extensão
de tal obrigação para aqueles que já se dispuseram ao serviço na oportunidade mais acertada e dele foram
2
Art 4º Os MFDV que, como estudantes, tenham obtido adiamento de incorporação até a terminação do respectivo curso
prestarão o serviço militar inicial obrigatório, no ano seguinte ao da referida terminação, na forma estabelecida pelo art. 3º e
letra a de seu parágrafo único, obedecidas as demais condições fixadas nesta Lei e na sua regulamentação.
[...]
§ 2º Os MFDV que sejam portadores de Certificados de Reservistas de 3ª Categoria ou de Dispensa de Incorporação, ao
concluírem o curso, ficam sujeitos a prestação do Serviço Militar de que trata o presente artigo.
[...]
§ 4º A Prestação do Serviço Militar a que se refere a letra a do parágrafo único do art. 3º é devida até o dia 31 de dezembro
do ano em que o brasileiro completar 38 (trinta e oito) anos de idade
3
Art 36. Os dispensados de incorporação, para efeito do parágrafo 3º do art. 181 da Constituição da República, são
considerados em dia com o Serviço Militar inicial.
Art 75. Constituem prova de estar o brasileiro em dia com as suas obrigações militares:
[...]
d) o Certificado de Dispensa de Incorporação
(Continuação do Ofício nº 122 - Asse Jur – 10 (A/1-SEF), de 11 de junho de 2010 – página 3)
desincumbidos por interesse da própria Administração, ficando a exceção somente quando da ocorrência
de premente necessidade, como ocorre em caso de guerra;
c. no mesmo passo, deve ser a extração da vontade do legislador da Lei 5.292/67, ficando
certo que os MFDV ou são sujeitos ao serviço militar em situações particulares, como os que postergam
o dever cívico em virtude dos estudos; ou voluntários, como aqueles que já se desincumbiram das
obrigações com as Forças Armadas (ainda que tenham sido dispensados por excesso de contingente, por
exemplo); e
d. por conseguinte, afasta-se a argumentação sustentada pela 12ª Região Militar, eis que
deve prevalecer a certeza de que lex non est textus sed contextus (a lei não é o texto, mas o contexto).
6. Observe-se o que traz o Parecer nº 002/AJ SEF, de 06 de janeiro de 2006, diante das
alegações trazidas até então:
“... os brasileiros que se voluntariam para o EST ou para o EBST e que apresentam, para
efeitos de comprovação da situação militar, o Certificado de Dispensa de Incorporação
(CDI), à luz do art. 75 da LSM, encontram-se em dia com as obrigações militares. [...]
Significa dizer que, ao comparecerem ao recrutamento para o serviço militar inicial, esses
brasileiros foram alistados e passaram pela seleção, sendo, contudo, por motivos
diversos, dispensados de incorporar, recebendo o correspondente CDI. Nessa linha de
raciocínio, é razoável considerar que cumpriram suas obrigações para com o serviço
militar inicial, muito embora estejam, ainda, até os 45 anos de idade, obrigados para
com o serviço militar como um todo.”. (grifo nosso)
7. Logo, esta Secretaria entende que não prestam serviço militar em caráter inicial
obrigatório os militares temporários (MFDV) já dispensados, outrora, desse mesmo serviço, possuindo,
assim, se preenchidos os requisitos outros, como o caráter ex officio do licenciamento, o direito à
compensação pecuniária por todos os anos completos, inclusive o primeiro, forte no entendimento do
artigo 1º, da Lei nº 7963/89, in verbis:
_________________________________________________
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Subsecretário de Economia e Finanças
3. Fundamentalmente, o amparo legal para a execução desse ato administrativo deu-se com
base no art 94, Inc VII da Lei nº 6.880, de 1980 – Estatuto dos Militares, abaixo descrito:
6. Destaca-se que no caso em apreço, o militar não foi licenciado, mas desincorporado por
incapacidade física para a atividade militar. Desta forma, esta Secretaria entende que não restam presentes
as condições legais que possam amparar o pagamento da referida compensação pecuniária ao militar
requerente.
__________________________________________________
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Subsecretário de Economia e Finanças
__________________________________________________
Gen Bda JOSÉ CARLOS NADER MOTTA
Rsp p/ expediente do Subsecretário de Economia e Finanças
1
Tal como preconiza a Portaria nº 4-SEF, de 6 de novembro de 2002.
(Continuação do Ofício 298 - Asse Jur – 10 (A/1-SEF), de 07 de dezembro de 2010 – página 2)
informações suficientes para corroborar tal conclusão, muito menos para afastar as hipóteses de reforma
ou estabilidade do militar, que excluiriam a compensação pecuniária.
_________________________________________________
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Subsecretário de Economia e Finanças
1. Versa o presente expediente sobre cômputo de período passado junto ao Exército, por
força de liminar judicial, para efeito de percepção da compensação pecuniária.
a. Remessa ao juízo competente, por intermédio da AGU e nos termos do art 4621 do
Código de Processo Civil, das informações sobre as atuais condições de higidez do referido cidadão, o
que poderá acarretar a perda do objeto da ação; e
b. Que se aguarde o trânsito em julgado da ação ordinária impetrada pelo então militar,
para implementação de qualquer ato administrativo que guarde relação com o mérito da demanda.
__________________________________________________
Gen Div CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Rsp pelo Subsecretário de Economia e Finanças
1
Art. 462. Se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento da lide, caberá ao
juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a sentença.
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Contadoria Geral/1841)
4. Esse Centro, acatando o entendimento vigente neste ODS, a propósito fez incluir no
Manual do Usuário (Militar da Ativa, Anexo 6, Assunto C.2, pag. 10, Data: 11/2009) a aludida
possibilidade de abatimento.
7. Débitos remanescentes com o Fundo de Saúde devem ser buscados à luz da Portaria nº
008-SEF, de 23 dez 03, por intermédio de processo administrativo e, se necessário, com a remessa do
mesmo à Região Militar de vinculação e, em conseqüência, à Procuradoria da Fazenda Nacional
competente, para inscrição devedor na Dívida Ativa da União.
(Continuação do Ofício 417 - Asse Jur – 09 (A/1-SEF), de 9 de dezembro de 2009 – página 2)
_____________________________________
Gen Div MARCIO ROSENDO DE MELO
Subsecretário de Economia e Finanças
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Contadoria Geral/1841)
7. Débitos remanescentes com o Fundo de Saúde devem ser buscados à luz da Portaria nº
008-SEF, de 23 dez 03, por intermédio de processo administrativo e, se necessário, com a remessa do
mesmo à Região Militar de vinculação e, em conseqüência, à Procuradoria da Fazenda Nacional
competente, para inscrição do devedor na Dívida Ativa da União.
(Continuação do Ofício 418 - Asse Jur – 09 (A/1-SEF), de 9 de dezembro de 2009 – página 2)
8. Isso posto, remeto o presente expediente a essa Setorial para conhecimento e divulgação
junto às unidades gestoras vinculadas, ressaltando que documento de igual teor foi encaminhado ao
CPEx, visando à necessária alteração do Manual do Usuário – Militares da Ativa – expedido por aquele
Centro.
_____________________________________
Gen Div MARCIO ROSENDO DE MELO
Subsecretário de Economia e Finanças
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Contadoria Geral/1841)
1. Versa o presente expediente sobre cômputo de período passado junto ao Exército, por
força de liminar judicial, para efeito de percepção da compensação pecuniária.
_______________________________________
Gen Div SEBASTIÃO PEÇANHA
Subsecretário de Economia e Finanças
3. LEGISLAÇÃO PERTINENTE
4. RELATÓRIO
5. APRECIAÇÃO
a. A Lei nº 7.963, de 21 Dez 1989, regulamentada pelo Decreto nº 99.245, de 30 Jul 1990,
prevê a compensação pecuniária em favor de militar licenciado ex officio por término de prorrogação do
tempo de serviço, especificando os beneficiários, fixando o montante da vantagem, a forma e a época do
pagamento.
Art. 1º O oficial ou a praça, licenciado ex officio por término de
prorrogação de tempo de serviço, fará jus à compensação pecuniária
equivalente a 1 (uma) remuneração mensal por ano de efetivo serviço
militar prestado, tomando-se como base de cálculo o valor da
remuneração correspondente ao posto ou à graduação, na data de
pagamento da referida compensação.
(...)
§ 2º O benefício desta Lei não se aplica ao período do serviço militar
obrigatório.
(...)
Art. 3º O oficial ou a praça que for licenciado ex officio a bem da
disciplina ou por condenação transitada em julgado não fará jus ao
benefício de que trata esta Lei.
b. O Estatuto dos Militares, nos termos da Lei 6.880, de 09 Dez 1980, ao tratar do gênero
exclusão do serviço ativo, relacionou o licenciamento como uma de suas possibilidades, prevendo-o em
duas modalidades: a pedido ou ex officio. Ao dispor sobre a modalidade ex officio o fez admitindo três
hipóteses de ocorrência, conforme o estatuído nas alíneas do § 3º, de seu art. 121:
Art. 94 A exclusão do serviço ativo das Forças Armadas e o
conseqüente desligamento da organização a que estiver vinculado o
militar decorrem dos seguintes motivos: (...)
V - licenciamento;
..................................................................................................
Art. 121 O licenciamento do serviço ativo se efetua:
(...)
II - ex officio.
(...)
§ 3º O licenciamento ex officio será feito na forma da legislação que
trata do serviço militar e dos regulamentos específicos de cada Força
Armada:
(Continuação do Parecer 021 /AJ/SEF, de 01 de abril de 2008 – página 3)
f. Contudo, há que se observar a presente questão sob outro prisma. Com efeito, é
necessário esclarecer o mandamus impetrado pelo autor, que visava a prorrogação do tempo de serviço
ativo, foi julgado improcedente, com a denegação da segurança, com a conseqüente cassação da liminar.
Daí, repete-se o questionamento inicial: é possível considerar o interregno compreendido entre 29 Jan
1991 e 25 Jan 08, lapso temporal de vigência da liminar, no cômputo para saque da compensação
pecuniária?
g. Em outras palavras: quais os efeitos produzidos pela sentença que, não reconhecendo o
direito material, cassa a medida liminar? Nesse sentido, indaga-se ainda: os efeitos da cassação da liminar
no tempo, ou seja, por força de sentença que julga improcedente o direito vindicado na exordial,
anteriormente exercido a título precário, por força de liminar, produz efeito ex tunc (retroativo) ou ex
nunc, (de agora em diante)?
i. Dada a não definitividade da liminar, sua concessão não consolida os efeitos dela
decorrentes, até o trânsito em julgado de sentença que julgue procedente o pedido autoral. Uma vez não
reconhecido o direito do autor, com sentença denegatória, retorna-se ao estado anterior, tratando-se, nesse
sentido de efeitos ex tunc.
j. O Supremo Tribunal Federal (STF) entende que, com a ulterior sentença denegatória, a
liminar perde sua eficácia desde a autuação do processo de conhecimento, retornando-se ao status quo
ante. Tal entendimento encontra-se consubstanciado na Súmula 405, daquela egrégia Corte.
(Continuação do Parecer 021 /AJ/SEF, de 01 de abril de 2008 – página 4)
..............................................................................................................
- (...)
- Apelação improvida. ACÓRDÃO Vistos, etc. Decide a
Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, por
unanimidade, negar provimento à apelação, nos termos do
Relatório, Voto e notas taquigráficas constantes dos autos, que
ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Recife
(PE), 28 de julho de 2005.(Data de julgamento).
6. CONCLUSÃO -
a. Isso posto, deve-se afirmar que, tendo o julgamento de mérito não reconhecido o direito
do 1º Ten OIT LEONARDO PEREIRA DA SILVA de permanecer no serviço ativo, não é possível
admitir, que por força de liminar anteriormente concedida, venha a se considerar o tempo de serviço com
o objetivo de conceder a diferença da indenização pecuniária, tendo em vista que o período em apreço
transcorreu sob a égide de provimento judicial cujos efeitos foram, ao final, cassados.
b. Ademais, com o pagamento das quotas relativas ao período compreendido entre o início
do EIC e o 1º licenciamento, sustado pela concessão da liminar, sem que se houvesse procedido a
restituição por ocasião da reinclusão no serviço ativo, nenhum valor lhe é devido a título de Compensação
Pecuniária.
É o Parecer.
S.M.J.
_______________________________
ELIANY DE OLIVEIRA GALVÃO
Auxiliar da Assessoria Jurídica/SEF
______________________________________________
GUSTAVO CASTRO ARAUJO – 1º Ten QCO Dir
Adjunto da Assessoria Jurídica/SEF
De Acordo:
________________________________________
ETIVALDO MAIA MONTEIRO FILHO - Cel
Chefe da Assessoria Jurídica /SEF
(Continuação do Parecer 021 /AJ/SEF, de 01 de abril de 2008 – página 6)
6. DECISÃO –
________________________________
Gen Div SEBASTIÃO PEÇANHA
Subsecretário de Economia e Finanças
Senhor Advogado,
b. O Estatuto dos Militares, nos termos da Lei nº 6.880, de 09 Dez 1980, ao tratar do
gênero exclusão do serviço ativo, relacionou o licenciamento como uma de suas possibilidades,
prevendo-o em duas modalidades: a pedido ou ex officio. Ao dispor sobre a modalidade ex officio o
fez admitindo três hipóteses de ocorrência, conforme o estatuído nas alíneas do § 3º, de seu art. 121:
Art. 94 A exclusão do serviço ativo das Forças Armadas e o
conseqüente desligamento da organização a que estiver
Ao Dr
PAULO CÉSAR NUNES DA SILVA
Advogado
OAB/MS 12.293
Dourados – MS
(Continuação do Ofício nº 277 -Asse Jur–08 (A/1-SEF), de 30 de setembro de 2008 – página 2)
I - a pedido; e
II - ex officio .
(...)
3. Cabe ressaltar que as informações necessárias deverão ser obtidas por intermédio
de requerimento dirigido ao 28º Batalhão Logístico, Organização Militar à qual os requerentes
pertenciam, responsável por instruir o pleito e tomar a decisão que alude ao objeto desta solicitação.
Atenciosamente,
Ao Sr Chefe da 7ª ICFEx
'
() * ! + , - . / - ** !
0 1
) 2)$3(4 5# . + #$6$4 74 *
) #81
*
) #8 9 / !4
49 0 : ; ! 0
- ,/ * # & ! / 9*, ,!
/* * 4* " + 0/ / ,/ !
* ! 9
< = > = ?2 @
#" &4 : A 5??2 = 0B 5&
* * ;B ! 4 * B *
9 ! )
+) B/ * - * 4 * $$)C5%4 (? >/
A #$$?
* / - 1
*
) #8 ! 0 4 *
<*/ + 9
< 4 *+ <
9 / ; !
4 **< / 8 2)$3(4 5#
. + #$6$4 4 + 04 /D
* *+ / 9 /4 B * *D 1
C) E +" - /, " A , / - *
F ' G
) E ," * * - 7
*** /* 3)66? $ . + #$6? = #@
6?&4
+ 1
) H(8 *
) #5# #@
6?4 *+ / *I A J* **
/ * 4- , * A ' / G
1
*
) #5# )))&
H (8 / * 09 * 9 /B /!
- * * ,! /* B/ * <
9
! 1
& / * ,! *
0B K
+& , I ,! K
& + / )
)))&
9
) ,* 4* " + * * . 0, / - 4 *
*** /* 4 / / *
,* /
< H(8 *) #5#/, B * !
0 ) B 9 4 * 4- A J* :
B * , +4 : ' G4 :'
G4 : / * ! 9 F < B
L+/ * A FD * *) #55&4 : 9 /
- F B L+/ * A ; ! *) ##2&)
)))&
3) E 4 4; 0/ * ! 9 * 0
! 0 )
) * C)%?54 $ . + 5??54 - ,
B/ * 9 , FD * = "
36&4 M + / / * 1
*
) (5) / * ,! *, 9
* " " 9 /* 0 9* 1
" K
" )
)))&
H 58 / * 0 9* 1
* ! 9
< = > = ?2 @
#" &4 : A 5??2 = 0B (&
" *
D < , ! B!
* ,! K
" , I ,! K
"- 9 / *" " 9 /* 0
F B B L+/ *4 * A ;
* ! /* * 0 FD *K
N" + / 4 9 ,* B/ *
/ FD *)
)))&
) - / - 4 " 4 ,* /
A 4- * *
2)$3(@6$ * $$)C5%@
$? F L, -
! 0 D , 9 / ! /
) F*
F/ , * A J* ,* H58 *
) (5 )
9
) B 9 9 - * / / * F 99 4
,* B/ *4 : ' , I ,! G &4 :
'
- 9 / *" " 9 /* 0 F B
B L+/ *4 * A ; * ! /*
* 0 FD *G &4 : ' + / 4 9 ,*
G N&4 : *; ! ! 0 )G
6. Resta evidente que se o oficial temporário for licenciado ex officio, na modalidade “por
término da prorrogação de tempo de serviço” fará jus à compensação pecuniária. Por outro giro verbal,
cabe afirmar que em quaisquer outras modalidades de licenciamento que venham a pôr fim ao tempo de
serviço pactuado não geram direito ao pagamento da indenização pecuniária.
9. Cabe ressaltar que em relação à Rose Pereira da Silva, vindo a se confirmar a data de
seu licenciamento, em 27 Fev 01, como informado no requerimento, seu pleito encontra-se prescrito. Tal
assertiva funda-se no decurso do prazo qüinqüenal, considerando-se a data entre o licenciamento e a
protocolização do requerimento junto a esta Secretaria, em 07 Mai 07.
deferido. O que efetivamente ocorreu, tendo sido todos os ex-militares licenciados na data fatal do tempo
de serviço a qual haviam se obrigado.
11. Assim sendo, partindo-se da premissa de que são verdadeiros os fatos, é incontroverso
concluir que o licenciamento, uma vez findo o prazo acordado, deu-se, de fato, na modalidade “por
término de prorrogação de tempo de serviço”. Contudo, alegam os requerentes não terem percebido a
compensação em comento. O não pagamento da indenização pecuniária, pelo que se infere, se deu por
engano da Administração Militar que entendeu a desistência manifesta de não permanência na Força após
o período aprazado como licenciamento a pedido, modalidade esta que pode ser entendida como quebra
contratual, que efetivamente interrompe o tempo de serviço previamente deferido, não ensejando ao
pagamento da verba indenizatória.
13. Neste diapasão impende afirmar que, independentemente do enquadramento legal dado
pela Administração Militar, o licenciamento operou-se na modalidade ex-officio por término de tempo de
serviço, gerando direito à percepção da Compensação Pecuniária.
14. É importante ressaltar que, noutro giro verbal, este ODS já se manifestou, por
intermédio do Parecer 035/AJ/SEF, de 15 Ago 05, sobre a desnecessidade de requerer-se a prorrogação de
tempo de serviço para a concessão do benefício.A compensação pecuniária é devida independentemente
de pleito por escrito de nova prorrogação.
15. É oportuno tecer considerações sobre o período a ser considerado para fins de
pagamento da verba indenizatória, equivalente a uma remuneração mensal por ano de efetivo serviço
militar prestado, tomando-se como base de cálculo o valor da remuneração correspondente ao posto ou à
graduação, na data de pagamento da referida compensação, ex vi do art 1º, do Decreto 99.425, de 30 Jul
90.
16. Entretanto, como consabido, o período passado a título de serviço militar obrigatório
não o integraliza, é o que dispõe a Lei 7.963/89, que trata da compensação pecuniária: “o benefício desta
Lei não se aplica ao período do serviço militar obrigatório”.
3& ! H58 *
) #8 2)$3(@6$4- * * !
0 4D F * * 1 '
G
) 4 *
0
* *! /* / 4 A, +/ /
B * , +4 - + B*
,! /* * *
D C% 4 * - /
9 / * A, /* * 0 / * +I"/)
19. Trazendo tais considerações a luminar o caso ora em comento, que versa sobre oficiais
médicos temporários, insta mencionar o que prescreve o Regulamento para o Corpo de Oficiais da
Reserva do Exército-RCORE, no que tange à situação jurídico-militar no ato da incorporação. O art 15 do
citado diploma prescreve que os médicos, farmacêuticos, dentistas e veterinários – MFDV poderão
ingressar na Força na para a realização do Estágio de Adaptação e Serviço, sendo convocados, em caráter
obrigatório, para prestar o Serviço Militar Inicial, ou como voluntários, caso já tenham cumprido com
suas obrigações para com o serviço militar. Pode-se observar, portanto, que no ato da incorporação para a
realização do Estágio de Adaptação e Serviço – EAS, os aspirantes ao oficialato podem ostentar duas
situações para com o serviço militar.
*
) #%) 0 /. / D 49 I* 4 **
,* 0 " N , 4 0* + B*
J 4 *
,! /* /4 * 1
)))&
H 58 0* , / *
0 4 , N
- : 0* A * ,! /* /)
H (8 * 4 0* ,/ *
0 4 , !
/
A / / *** * ;9 !
N)
H C8 * 0 ! . 4 9 1
" 4 * ; * ! *
D " /* 4 !
- * /. 4 + B* *4
* K
" B 4 * ; / ! A * *D "
9 /. - *B0 * A
, )
20. Neste ponto é necessário ponderar acerca da prestação do Serviço Militar inicial. A
dispensa de incorporação, assim como a efetiva prestação, gera a quitação das obrigações para com o
serviço militar, nos exatos termos dos art 36 c/c art 75, da LSM.
*(3) ! 4 9* 0B 9 (8 *)
#6# ** ! L+/ 4 ,!
/* /
)
* 2%) ** , * + /
+ B !7 /* 1
)))&
& *9 ! )
* ! 9
< = > = ?2 @
#" &4 : A 5??2 = 0B 3&
21. Destarte, para o cômputo do período a ser considerado para fins de pagamento da
compensação pecuniária deve-se analisar caso a caso. Como se observa, podem ocorrer duas situações
distintas: a incorporação como convocados, para o cumprimento das obrigações militares, e como
voluntários, de cidadãos que efetivamente já prestaram serviço militar, bem como daqueles dispensados
do serviço militar inicial.
c. A análise do pedido formulado pelas ex-oficiais Rose Pereira da Silva, Tânia Cristina
Carvalho D Borges e Érika Gonçalves da Silva Castro, não pode ser realizada, haja vista a ausência de
documentação referente à época do licenciamento. No que refere à Rose Pereira da Silva confirmando-
se a data de seu licenciamento, 27 Fev 01, é de se afirmar que o pleito encontra-se prescrito.
d. Partindo-se da premissa da verdade dos fatos aduzidos, resta claro o direito à percepção
dos demais requerentes, Sérgio Oliveira Vasconcelos da Silva, Marcelo da Silva Barreto, Ana Rita de
Luna Freire Peixoto, Maria José Molina Soares e Michele de Bonis Almeida Simões, devendo,
contudo, para sua concessão, ser analisada caso a caso a situação dos ex-militares por ocasião das
respectivas incorporações, apurando-se a quitação ou não para com as obrigações militares, enquadrando-
os em uma das situações abaixo:
- para aqueles que já prestaram o serviço militar inicial, os doze meses iniciais serão
considerados na íntegra para o cálculo da compensação pecuniária.
25. Neste sentido, solicito que essa Setorial remeta o presente expediente e todo o processo
a que se refere ao Hospital Geral de Salvador, orientando aquela Unidade Gestora quanto ao
posicionamento desta Secretaria, para as providências julgadas cabíveis.
* ! 9
< = > = ?2 @
#" &4 : A 5??2 = 0B 2&
26. Por oportuno, remeto, também em anexo, cópia do ofício encaminhado por esta
Secretaria ao Sr.Maurício Fernandes da Cunha, representante dos requerentes.
_____________________________________
Gen Div SEBASTIÃO PEÇANHA
Subsecretário de Economia e Finanças
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Contadoria Geral/1841)
Ao Sr Chefe da 4ª ICFEx
2. Diante dos desdobramentos que recaem sobre o tema em análise, é fundamental, para
entendê-lo, realizar uma breve recapitulação de seus fatos, de acordo com os documentos trazidos a lume.
d. Em suma, pretende essa ICFEx ver modificada a opinião vigente neste ODS sobre a
matéria, permitindo a qualquer militar temporário aprovado em concurso público para cargo efetivo
estranho ao Exército a percepção da compensação pecuniária, descontado o período correspondente à
prestação do serviço militar inicial.
(Continuação do Ofício 319-Asse Jur–07 (A/1-SEF), de 19 de dezembro de 2007 – página 2)
3. A questão deve ser analisada à luz dos aspectos jurídicos que a permeiam.
b. Por isso mesmo, é de se louvar as opiniões trazidas a lume por essa Setorial a respeito
do tema em debate. Em verdade, as idéias expostas terminam por elevar o nível do debate jurídico sobre a
questão, permitindo a visualização da mesma sob diversos ângulos.
c. Contudo, em que pese a dilatada argumentação exarada por essa ICFEx, há que se
reafirmar e ratificar o posicionamento adotado no âmbito desta Secretaria, nos termos do Parecer nº
057/AJ/SEF, de 10 Out 05, cujo conteúdo esgota o assunto. Com o devido respeito a opiniões em
contrário, o entendimento presente no aludido Parecer reflete a idéia vigente nas Cortes brasileiras. Com
efeito, a própria Apelação Cível 2003.71.02.008844-3, julgada pelo 4º Tribunal Regional Federal,
mencionada naquele documento, não deixa margem a dúvidas quanto à impossibilidade de pagamento de
compensação pecuniária a militar temporário licenciado ex-officio por aprovação em concurso público.
d. O TRF da 4ª Região, aliás, não está só: também o TRF da 1ª Região (Apelação Cível
1998.01.00.044134-1), o TRF da 2ª Região (Apelação em Mandado de Segurança 7004), o TRF da 5ª
Região (Apelação Cível 396.057 e Apelação Cível 306.012) entendem dessa maneira. Não há, pois,
modificações a realizar quanto ao posicionamento defendido por este ODS sobre o assunto.
4. Isso posto, entende esta Secretaria que militares temporários licenciados ex-officio por
aprovação em concurso público para o preenchimento de cargos estranhos ao Exército não fazem jus à
compensação pecuniária por falta de amparo legal. Ratifica-se, assim, o entendimento vigente neste ODS,
constante do Parecer nº 057/AJ/SEF, de 2005, que, por refletir a posição do Judiciário sobre a matéria,
não merece reparos. Nesses termos, remeto-vos o presente expediente para conhecimento e providências
julgadas cabíveis.
____________________________________
Gen Div SEBASTIÃO PEÇANHA
Subsecretário de Economia e Finanças
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Comissão Superior de Economia e Finanças - 1955)
Ao Sr Chefe da 8ª ICFEx
_______________________________________________
Gen Div ANTONIO CÉSAR GONÇALVES MENIN
Subsecretário de Economia e Finanças
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Comissão Superior de Economia e Finanças - 1955)
3. LEGISLAÇÃO PERTINENTE
4. APRECIAÇÃO
a. Dos Fatos
1) Trata-se de consulta oriunda da 23ª Brigada de Infantaria de Selva (23ª Bda Inf Sl)
dirigida à 8ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército (8ª ICFEx). Questiona aquela Unidade
Gestora se terceiros-sargentos técnicos temporários, licenciados após 01 (um) ano de efetivo serviço
fazem jus à compensação pecuniária. A dúvida consiste, especificamente, em saber se o referido lapso
temporal deve ser entendido como serviço militar obrigatório e, por isso, excluído do cálculo do
benefício ou, ao contrário, computado para aferição do mesmo.
b. Do Direito
1) Vem a lume uma vez mais a questão relativa a compensação pecuniária. De modo
especial, o assunto diz respeito à previsão de exclusão, para fins de cálculo dessa verba, do período
relativo ao serviço militar obrigatório, conforme se infere do §2º do art. 1º da Lei 7.963, de 21 Dez 1989:
!"# $ % % &' '
( ) $ (* ' ( + )% ! ' '
' (% $ ) ( ) '% ( ' ,( ' -( % %
)% ' ( ( *
' $ ' ( .
(...)
/ "# - $
0 ( 1 ( % 0 ( ) '% - 2 .
2) Pois bem, surge como condição imprescindível, compreender a noção de serviço militar
obrigatório, contida no dispositivo acima. Para tanto, faz-se necessário trazer à baila conceitos
estabelecidos pela Lei do Serviço Militar:
3" # ) 4% %( ( %(( ( ( 0 ( - (% (
( ( !" 3! 5 '- ' + ' % ' !6
5 ) ( ..
..
7" - ' ) 4% ' ' 5 ' !"
'+ ' % !8 5 ( ( -(( &
3! 5 '- '+ ' % 97 + (. .
..
"# ) 4% % ( ( ' % ! 5
' ( (.
3) De acordo com a LSM, a obrigação para com o serviço militar inicia-se aos 18 anos e
se estende até os 45 anos de idade. Significa dizer que durante esses 26 anos, os brasileiros devem,
primeiramente, concorrer para a prestação do serviço militar inicial e/ou, posteriormente, responder às
mobilizações e convocações por ventura realizadas.
4) Isso significa que, no âmbito da obrigação para com o serviço militar, encontra-se
inserida a noção de serviço militar inicial, o período de 12 meses aos quais brasileiros de determinada
classe – isto é, nascidos em determinado ano – ultrapassado o recrutamento, tendo sido alistados,
convocados, incorporados ou matriculados, passam a ter instrução de cunho militar em órgãos da ativa ou
de formação da reserva por um prazo de doze meses.
3
5) Clara resta, então, a diferença entre obrigatoriedade para com o serviço militar e
prestação do serviço militar inicial. É fundamental compreender essa distinção, pois é corrente a prática
de se tomar um pelo outro, inclusive em sede legisferante. Com efeito, são inúmeros os exemplos em que
se vislumbram alusões ao “serviço militar obrigatório” quando, na verdade, pretendia-se dizer “serviço
militar inicial”.
8) De acordo com a LSM, ainda, é possível observar que, após o serviço militar inicial, há
casos em que, ao invés de serem licenciados, os militares podem ser engajados, ou reengajados, ou
convocados (como é o caso, p.ex, de oficiais temporários). Tanto o engajamento, como o reengajamento,
como a convocação, são considerados, para efeitos legais, como “outras fases” do serviço militar, não
podendo, portanto, serem entendidos como serviço militar inicial, eis que tal fase restará superada.
9) O interregno relativo a essas “outras fases”, superado o serviço militar inicial, é que
termina por ser computado em sua integralidade para o cálculo da compensação pecuniária.
11) Nessas hipóteses, é salutar jogar luzes sobre o que se entende por “dispensa de
incorporação”, de acordo com o que estipula o Regulamento da LSM:
.3: ( $ ( ;( < %' ( ( -% ( (( ( (
$ = (>
.
..
!! ( ( , % + % ( - (% ( ( ( ( (
' # 5 = (4% ( ) ' )( (( (( =(
% ( ? ' *( ((-% ( ?( (.
! ( ( ) 4% %, % + % (- (% ( '- - (
) 4% ( ( ( ( ( ) 4% %
@) ' ( ( ( ( ' # 5 = (4 % ( )
' - =( ' 0 % ' A ( ' <( )
( ( ) =( ( ( ) ( )( ( ( < %' .
#(- (% ( (( ( = ($ ( $ B( ( C .
9
12) Pois bem, os brasileiros que se voluntariam para o EST ou para o EBST e que
apresentam, para efeitos de comprovação da situação militar, o Certificado de Dispensa de Incorporação
(CDI), à luz do art. 75 da LSM, encontram-se em dia com as obrigações militares:
3 .#( ( ( ( $ $ 3" .!8!
( < D-% ( ( ( ' ' ) 4% %.
13) Significa dizer que ao comparecerem ao recrutamento para o serviço militar inicial,
esses brasileiros foram alistados e passaram pela seleção, sendo, contudo, por motivos diversos,
dispensados de incorporar, recebendo o correspondente CDI. Nessa linha de raciocínio, é razoável
considerar que cumpriram suas obrigações para com o serviço militar inicial, muito embora estejam,
ainda, até os 45 anos de idade, obrigados para com o serviço militar como um todo.
15) Com tais considerações em mente, impende observar, também, o que rezam as NT 08-
DSM, aprovadas pela Portaria 169-DGP, de 2004:
.! 8. ) $ + )% @ ' ( 38
( ' 3! 5 '- !I (
F.
7
.
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
..
. !38. # ( ) F& F ( H(
F' HF ( 0 ( (+ ( ' (
)FF ,( , * ) '% ' ) ( ( ( '& ( -
( (() ( =( ' ( ) .
.!36.# F H F( 5 ( $' ( -% ' ' ,
( 0$ .
.
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
..
.!9 .F ( ( ( ) %5 !I I ( F HF
(( ( = (>
C, !I ( > ( * -( @ ' ( % ) (* C ( C ) %
H( CC
H ' 97 + ( ' (
) ; ( ) ( 5 3 ( ( %5 '
#4 K ( % <4 )FF( ( G
C
C, I (> ( * % @ ' ( & ( $(( ( (
%5 (#4 (+ ($ ' ) (.
- aos ainda não alistados, ou já alistados, mas não incorporados ou matriculados (já que a
incorporação para esses estágios pode ocorrer a partir dos 18 anos) os doze meses do EST ou o EBST
deverão ser entendidos como serviço militar inicial e, assim, excluídos da base de cálculo da
compensação pecuniária;
- aos dispensados de incorporação, tendo, por isso, superado o serviço militar inicial, os
doze meses do EST ou do EBST deverão integrar a base de cálculo da compensação pecuniária;
- aqueles que já prestaram o serviço militar inicial como fruto do recrutamento, por
natural, os doze meses do EST ou do EBST serão considerados na íntegra para o cálculo da compensação
pecuniária.
17) Dessa maneira, insta salientar que a situação dos convocados para o EST ou para o
EBST deve ser analisada caso a caso, eis que, por ocasião do licenciamento, o indivíduo poderá ou não
computar o período de doze meses do respectivo estágio para a compensação pecuniária.
18) Há que se apontar, por último, a existência de situação peculiar, no que diz respeito às
mulheres. Na esteira do que determina o art. 2º da LSM, as mesmas não estão sujeitas ao serviço militar
obrigatório em tempo de paz, de forma que para elas, os doze meses relativos ao EST ou ao EBST não
poderão ser considerados como serviço militar obrigatório ou, melhor dizendo, inicial. Vale afirmar,
portanto, que em relação às estagiárias, o EST ou o EBST deverão, sempre, integrar a base de cálculo da
compensação pecuniária.
5. CONCLUSÃO -
O mesmo raciocínio deve ser empregado no que tange à situação dos Oficiais Técnicos
Temporários, pelo que se sugere a modificação do Manual do Usuário / Militar da Ativa, do Centro de
Pagamento do Exército. Dessa forma insta informar o CPEx sobre os termos do presente parecer a fim de
que se proceda a essa alteração, comunicando ao Centro e demais Setoriais Contábeis, ainda sobre a
retificação de aspectos conclusivos do contido do Of nº 165-Asse Jur-05 (A1/SEF), de 06 Out 2005.
É o Parecer.
S.M.J.
________________________________________________
GUSTAVO CASTRO ARAUJO – 1º Ten QCO - Direito
Adjunto da Assessoria Jurídica/SEF
De Acordo:
______________________________________________
VALTER DE CARVALHO SIMÕES JUNIOR - Cel
Chefe da Assessoria Jurídica /SEF
6. DECISÃO –
_______________________________________________
Gen Div ANTONIO CÉSAR GONÇALVES MENIN
Subsecretário de Economia e Finanças
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Comissão Superior de Economia e Finanças - 1955)
_______________________________________________
Gen Div ANTONIO CÉSAR GONÇALVES MENIN
Subsecretário de Economia e Finanças
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Comissão Superior de Economia e Finanças - 1955)
a. 1º Ten ODT Regina Kaori Nakano, convocada para realizar a 1ª fase do Estágio de
Adaptação e Serviço (EAS) no Comando de Fronteira do Rio Negro e 5º Batalhão de Infantaria de Selva
(CFRN/5º BIS); em seguida, realizou o Estágio de Instrução e Serviço (EIS) no Hospital de Guarnição de
São Gabriel da Cachoeira (H Gu SGC), onde permaneceu até ser licenciada ex officio por término de
prorrogação de tempo de serviço em 31 Jan 2001; posteriormente, foi reconvocada, em 28 Fev 2003 no
HGeM, com previsão de licenciamento ex officio em 27 Fev 2006, por término de prorrogação de tempo
de serviço. Em relação a essa oficial, entende essa Inspetoria que é devida a compensação pecuniária
relativamente a todo o período em que a mesma esteve ligada ao Exército. Em relação a ela, não haveria
desconto de qualquer período passado a título de serviço militar obrigatório (nos termos do §2º do art. 1º
da Lei 7.963/89).
b. 1º Ten OTT Valéria Sovat de Freitas Costa, convocada para o Estágio de Serviço
Técnico no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, DF, em 21 Jun 2002, tendo sido licenciada
a pedido em 27 Fev 2003; no dia seguinte, foi reconvocada no HGeM, com previsão para ser licenciada
ex officio por término de prorrogação de tempo de serviço em 27 Fev 2006. Relativamente a essa oficial,
essa ICFEx entende que é devida a compensação pecuniária relativamente a todo o período passado junto
ao Exército. Opina, nesse sentido, que o licenciamento a pedido não tem o condão de se configurar em
interrupção de tempo de serviço, eis que a mesma foi reconvocada no dia seguinte para outra guarnição.
O licenciamento a pedido, na realidade, teria sido a maneira encontrada para que se contornasse a
proibição legal quanto à movimentação de oficiais temporários.
c. 1º Ten OIT Felipe Bernardo Vital, convocado em 23 Jun 2003 no Comando da 17ª
Bda Inf Sl e licenciado a pedido em 27 Fev 2005; foi reconvocado no dia seguinte no HGeM, com
previsão de licenciamento ex officio por término de prorrogação de tempo de serviço em 27 Fev 2006.
No que respeita a esse oficial, considerou essa Inspetoria que é devida a compensação pecuniária
relativamente a todo o período passado junto ao Exército. Entende, nessa linha, que o licenciamento a
!" # ! $%& !
pedido não tem o condão de se configurar em interrupção de tempo de serviço, eis que o mesmo foi
reconvocado no dia seguinte para outra guarnição. O licenciamento a pedido, na realidade, teria sido a
maneira encontrada para que se contornasse a proibição legal quanto à movimentação de oficiais
temporários
3. A questão deve ser analisada à luz dos aspectos jurídicos pertinentes. É de se ressaltar o
estudo realizado por essa Setorial Contábil, colacionando extensa legislação, bem como desenvolvendo
intensa pesquisa junto a expedientes desta Secretaria. De todo modo, insta trazer a baila argumentações
outras, de modo a fundamentar a decisão final da SEF sobre as situações que envolvem os três militares
em tela.
a. É salutar transcrever o art. 1º da Lei 7.963, de 21 Dez 1989, que instituiu a compensação
pecuniária aos militares temporários:
' ( $ ( $ )# $ & #$
* %+ , #$ $ % - *( # #
# ($ * * #( $ # # . %( (
*( # $ $ ,&
$&# #$ /
0 '1 $ * * #$ & (
$ % # /
0!' . 2 $( $ * #( .& 3 /
b. O cerne das questões ora debatidas recaem sobre noções de tempo de serviço, e de
serviço militar obrigatório, enquanto fatores que se relacionam à base cálculo do benefício em tela. Esta
Secretaria já se pronunciou acerca desses temas. O Parecer 002/AJ/SEF, de 06 Jan 06, encaminhado pelo
Of nº 008-Asse Jur-06 (A1/SEF), de 06 Jan 06, é o expediente mais recente a abordar a questão relativa
ao serviço militar obrigatório. Insta, pois, repetir trechos da fundamentação exposta na referida peça:
! "# $ %#
%%%
$
& ' (
! ( )
# $ * !
+&#
! $ %#%
%%$
, (
-# $ %
(...)
% ,%. *
' /
' ' !01 (
! %
d. Ou seja, para o militar que permanecera como adido, o período correspondente a essa
situação teve de ser computado, eis que compreendido na concepção de tempo de efetivo serviço. Nessa
linha de raciocínio, a SEF já havia se manifestado (vide Of nº 068-Asse Jur-05 (A1/SEF), de 12 Mai
2005, bem como no Parecer 025/AJ/SEF, de 12 Jul 2005, transcrito por essa ICFEx). Essa situação,
todavia, não pode ser aproveitada em favor de quaisquer dos oficiais tratados na presente consulta, eis que
ausente a similitude fática necessária.
e. Não obstante, essa Setorial utilizou os argumentos acima expendidos para fundamentar a
opinião de que a compensação pecuniária seria devida a todos os três oficiais, relativamente à totalidade
dos tempos passados junto ao Exército.
f. Recordando, a 1º Ten Regina foi convocada para o EAS em 26 Fev 1999 no CRFN/5º
BIS, sendo licenciada ex officio por término de tempo de serviço em 31 Jan 2001 e, novamente
reconvocada em 28 Fev 2003 no HGeM, com previsão de licenciamento em 27 Fev 2006. A 1º Ten
Valéria foi convocada para o EST, em 21 Jun 2002, no HFA, sendo licenciada a pedido em 27 Fev 2003 e
reconvocada em 28 Fev 2003 no HGeM, com previsão de licenciamento em 27 Fev 2006. Já o 1º Ten
Felipe Vital foi convocado como OIT em 23 Jun 2003, no Cmdo da 17ª Bda Inf Sl, sendo licenciado a
pedido em 27 Fev 2005 e reconvocado no dia seguinte no HGeM, com previsão de licenciamento em 27
Fev 2006.
h. No que tange à 1º Ten Regina, é de se concordar com o parecer dessa Inspetoria. Ambos
os períodos são computáveis pois em ambas as oportunidades a oficial foi licenciada ex officio na
modalidade término de tempo de serviço. Trata-se, em suma, de perfeito amoldamento à previsão contida
no art. 1º da Lei 7.963/89. Por se tratar de oficial do seguimento feminino, não há o que se falar em
qualquer desconto relativo a período de serviço militar obrigatório ou inicial.
m. Ademais, o próprio Estatuto dos Militares relaciona o licenciamento como uma das
espécies do gênero exclusão do serviço ativo. Não há pois, como sustentar qualquer tese de que, na
oportunidade de ser o militar licenciado não haja solução de continuidade. A interrupção é evidente e
inegável. E, tratando-se de licenciamento a pedido, com mais razão ter-se-á como incabível o pagamento
da compensação pecuniária, eis que se tratará de hipótese não contemplada pelo art. 1º da Lei 7.963/89.
4. Isso posto, esta Secretaria entende que em relação à 1º Ten ODT Regina Kaori Nakano,
encontra-se correta a opinião dessa Inspetoria: a militar faz jus a compensações pecuniárias distintas,
relativas ao primeiro e ao segundo período de convocação, eis que, em ambas as oportunidades, foi
licenciada ex officio por término de prorrogação de tempo de serviço. Contudo, no que respeita à 1º Ten
OTT Valéria Sovat de Freitas Costa e ao 1º Ten OIT Felipe Bernardo Vital, não há como considerar os
respectivos primeiros períodos de convocação, uma vez que seus licenciamentos se deram a pedido; para
ambos, no que tange à compensação pecuniária, deve-se computar somente os respectivos segundos
períodos, eis que licenciados ex officio por término de tempo de serviço somente nessa oportunidade.
Nesses termos, remeto o presente expediente, para conhecimento e providências julgadas cabíveis.
_________________________________________________
Gen Div ANTONIO CÉSAR GONÇALVES MENIN
Subsecretário de Economia e Finanças
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Comissão Superior de Economia e Finanças - 1955)
Ao Sr Chefe da 2ª ICFEx
2. Diante dos desdobramentos que recaem sobre o tema em análise, é fundamental, para
entendê-lo, realizar uma breve recapitulação de seus fatos, de acordo com os documentos trazidos a lume.
b. Em 28 Mar 2005, esta Secretaria foi instada a se manifestar, pela 7ª ICFEx, sobre a
possibilidade de se descontar, do montante a ser pago a título de compensação pecuniária, valores
eventualmente devidos pelo militar junto ao FUSEx. Diante da legislação de amparo, de modo especial,
de acordo com a alínea e do item 3 do Anexo C às Instruções Reguladoras do Sistema de Prestação de
Assistência Médico-Hospitalar aos Beneficiários do FUSEx - (IR30-06), aprovadas pela Portaria 046-
DGP, de 26 Abr 2002, a SEF entendeu, nos termos do Of nº 047-Asse Jur-05 (A1/SEF), de 28 Mar 2005,
que o desconto seria, sim, possível.
c. Essa opinião foi mantida quando a SEF foi novamente consultada sobre tal assunto,
dessa feita pela 9ª ICFEx, nos termos do aludido Of nº 055-Asse Jur-05 (A1/SEF), de 08 Abr 2005.
d. Não obstante, paralelamente, o DGP, por intermédio de sua Assessoria Jurídica, emitia
entendimento divergente. Em linhas gerais, opinava que não existiria fundamento legal para a cobrança
de dívidas do FUSEx na compensação pecuniária e que o órgão técnico da Força deveria realizar
estudos visando sanar a inconsistência verificada entre o art. 7º e a alínea e do Anexo C das IR 30-06.
e. Essa opinião foi mantida por aquele ODS, quando novamente consultado sobre o tema,
nos termos do Encam nº 326/06-DGP/Asse Jur.5, de 29 Jun 2006.
3. O assunto deve ser abordado à luz do hodierno contexto legal que o permeia.
! "
# $ %& ' %( ) $*
$ +
, !- .
. ! + + /
. . 01
b. Vale dizer, diante do contido no citado dispositivo, entendeu a SEF ser possível o
desconto das quantias devidas ao FUSEx do montante a ser pago a título de compensação pecuniária.
c. Contudo, a Asse Jur do DGP manifestou opinião diferente. Em linhas gerais apontou
que, à luz do Princípio da Legalidade, insculpido na Constituição Federal, ninguém pode fazer ou deixar
de fazer algo senão em virtude de lei. Ainda, que a majoração de tributo somente pode advir de lei, nos
termos do art. 150 da Carta Magna. Também, que nos termos do Decreto 92.512, de 1986 combinado
com o art. 14 da MP 2.215-10, de 2001, as dívidas para com o FUSEx não poderiam constar na base de
descontos do sistema remuneratório militar. Em suma, considerou aquela Asse Jur, que o disposto nas IR
30-06 não poderiam autorizar o desconto de dívidas para com o FUSEx quando do pagamento da
compensação pecuniária. O amparo legal invocado pela SEF, desse modo, restaria inaplicável.
d. É de se observar que o próprio órgão responsável pela edição das citadas IR 30-06
asseverou ser incongruente o comando inserido na alínea e do item 3 do Anexo C das citadas instruções.
Isso, em verdade, termina por fulminar o amparo legal utilizado pela SEF quando da emissão do
entendimento deste ODS nos termos dos citados ofícios 047-05 e 055-05.
e. No entanto, há fatores outros que nos levam a meditar com mais profundidade sobre o
caso. Tem ganhado força, tanto na doutrina como na jurisprudência, a tese de que ingerências sobre o
patrimônio de servidores civis e também de militares, deve ser precedida de processo administrativo em
que se garanta aos mesmos o direito ao contraditório e à ampla defesa, nos termos do inciso LV do art. 5º
da Constituição Federal.:
!" # $ %&' (!
)*+) )
))!
,- .' " / % 0 . / 1" / ' .
' 2 /%. " / / .
3
f. O uso da expressão “litigantes” deve ser entendida em sua máxima plenitude. Com
efeito, deve abranger todo aquele sujeito às lides com a Administração. De modo especial, deve abarcar
também os servidores públicos civis e militares que, por ventura, estejam adstritos às ingerências do
Poder Público em seus vencimentos e indenizações. Vale dizer, havendo dívida presumida por parte de
determinado militar, deve ser-lhe dar oportunidade de contrapor argumentos atinentes a essa presunção,
exercendo o contraditório e a ampla defesa, o que somente pode ser efetuado mediante competente
processo administrativo, carreado nos termos da Lei 9.784, de 1999, processo esse instaurado no mês
anterior ao licenciamento do militar.
g. Dessa maneira, há que se concordar com o posicionamento adotado pelo DGP e, por
isso mesmo, rever o entendimento manifestado por esta Secretaria. Isso significa que, na hipótese de
existirem dívidas junto ao FUSEx por parte de militares temporários não se poderá abater o montante
devido da compensação pecuniária a que faz jus esse militar.
a. Tendo em vista o exarado pelo DGP, opinando pela invalidade da alínea e do item 3 do
Anexo C das IR 30-06, deixa de existir o amparo legal utilizado por este ODS para que se pudesse abater,
da compensação pecuniária, os valores devidos a título de FUSEx. Uma vez que o órgão competente pela
elaboração daquelas IR assim se pronunciou, deve-se tornar sem efeito o disposto no Of nº 047-Asse Jur-
05 (A1/SEF), de 28 Mar 2005, bem como no Of nº 055-Asse Jur-05 (A1/SEF), de 08 Abr 2005.
_________________________________________________
Gen Bda CARLOS HENRIQUE CARVALHO PRIMO
Rsp p/ Subsecretário de Economia e Finanças
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Comissão Superior de Economia e Finanças - 1955)
Ao Sr Chefe da 4ª ICFEx
_________________________________________________
Gen Div ANTONIO CÉSAR GONÇALVES MENIN
Subsecretário de Economia e Finanças
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Comissão Superior de Economia e Finanças - 1955)
3. LEGISLAÇÃO PERTINENTE
4. RELATÓRIO
pecuniária teria o condão de substituir o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS, opinou que ao
militar assistiria o direito ao pagamento.
5. APRECIAÇÃO
$%& , - 4) (
4 4 ( )
0 ) * (( +, ! - .
- 4 ) 5 & $ 7 % 8, %9 -
-- )+, - - - ) - ( ) -
-! - + -:
5) O Estatuto dos Militares, criado pela Lei 6.880, de 9 de dezembro de 1980, ao tratar do
gênero exclusão do serviço ativo, relacionou o licenciamento como uma de suas possibilidades, prevendo-
o em duas modalidades: a pedido ou ex officio. Ao dispor sobre a modalidade ex officio o fez admitindo
três hipóteses de ocorrência, conforme o estatuído nas alíneas do § 3º, do art. 121:
! 7 "#
$; * )- - . . - - , -
- 1< -)! , ! 8 1 -. . )
,) , -- ! -, . -:
$
$$#
=2 ) , >
$
$$#
$% %' ) , - . . - ( :
$
$$#
?
?2 * (
( $
$
$$#
37&' ) , * (
( - ( (, )!-) 1
- . ,) - ! ), - - 4
( -
, :
# )- , - . - ! >
# . @ - . >
# , - ) $
6) Disso se extrai que, nos termos do Estatuto dos Militares, apenas a modalidade de
licenciamento ex officio prevista na alínea “a”, do §3º, do art. 121 enseja ao pagamento de compensação
pecuniária. Como asseverado em expedientes anteriores desta Secretaria, isso independe do fato de o
militar requerer ou não a prorrogação de serviço (ex vi do Parecer 035/AJ/SEF, de 15 Ago 2005).
7) Diante de tais considerações é possível afirmar que o âmago da presente consulta reside
na possibilidade de pagamento da compensação pecuniária sem que tenha ocorrido prorrogação de tempo
de serviço, o que deve ser buscado junto à conceituação técnica trazida pelo Regulamento da Lei do
Serviço Militar.
8) Prima facie a situação apresentada não se coaduna com nenhuma das hipóteses
previstas, tanto para a concessão como para denegação de tal beneficio. Contudo, em que pese tal lacuna,
o tema comporta considerações. Impende, então, verificar se a passagem à situação de adido de Sd EV em
tratamento de saúde pode ser entendida como prorrogação do tempo de serviço.
! "
#
11) Seguindo essa linha de raciocínio, pode-se afirmar de modo cabal que o lapso temporal
em que o militar encontra-se adido é computado no cálculo do tempo efetivo de serviço, essa é a regra.
Trata-se de fazer implícita a ocorrência de prorrogação do tempo de serviço. Assim, não teria a ausência
do engajamento – aqui entendido como o ato formal da prorrogação de tempo de serviço – o condão de
suprimir o período de adição na totalização do tempo efetivo de serviço.
13) Estipula o RISG que o militar temporário – tanto aquele que concluiu o tempo de
serviço a que voluntariamente se obrigou, como aquele que cumpriu o serviço militar obrigatório – uma
vez julgado temporariamente incapaz, será colocado adido à sua unidade, até seja emitido parecer
definitivo sobre sua condição de saúde.
$;7%$' , ) - )8 1 +, ,
- . ,) 1 - ! ) , A),
, - )-- ( - B 8 , ,
- . *+ C , - -A -- 0-
0- (- ), ) D-
. , - +1 - / , , ( . 1 -
) - (, (, -$
14) Note-se que tal previsão equipara os militares temporários, quer tenha ou não havido
prorrogação expressa do tempo de serviço, mantendo-os adidos. Em vista disso, pode-se afirmar que a
manutenção nas fileiras do Exército do militar temporário enfermo não é ato discricionário e sim
vinculado, ao qual se encontra adstrita a Administração Militar. Vale dizer: por determinação legal, e não
por expressão de vontade e conveniência, permanece o temporário ligado ao Exército na situação de
adido, até que seja expedido parecer médico conclusivo.
! " "#
15) Nessa senda, é plausível considerar que ocorre prorrogação tácita, haja vista a
existência de imposição legal a determinar a permanência do militar nas fileiras do Exercito, prescindindo
assim de prorrogação expressa. Cabe observar que, nesse sentido, defere-se ao soldado EV adido, por
problemas de saúde, o soldo de soldado engajado, quando ultrapassa o prazo dos doze meses iniciais do
serviço militar obrigatório, conforme estipula o Manual da Ativa nº 06, do Centro de Pagamento do
Exército – CPEx. Existe, pois, equiparação para fins remuneratórios.
6. CONCLUSÃO -
Isso posto, é de se afirmar que o período passado por militar na condição de adido, visando
à realização de tratamento médico, deve ser computado para o cálculo da compensação pecuniária,
independentemente da prorrogação formal do tempo de serviço. Nesse sentido, descontar-se-á somente os
primeiros doze meses, equivalentes ao serviço militar obrigatório. In casu, faz jus o Sd Leonardo Costa
Gomes à compensação pecuniária, a qual deve ser computada levando-se em consideração o período
compreendido entre 01 Mar 2002 e 29 Mai 2006, calculada sobre o soldo de soldado engajado.
É o Parecer. S.M.J.
__________________________________
ELIANY DE OLIVEIRA GALVÃO
Assessoria Jurídica/SEF
____________________________________
JOSÉ CLAÚDIO DINIZ BERNARDES
Assessor Jurídico/SEF
De Acordo:
______________________________________________
VALTER DE CARVALHO SIMÕES JUNIOR - Cel
Chefe da Assessoria Jurídica /SEF
6. DECISÃO –
______________________________________________
Gen Div ANTONIO CÉSAR GONÇALVES MENIN
Subsecretário de Economia e Finanças
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Comissão Superior de Economia e Finanças - 1955)
Ao Sr Chefe da 7ª ICFEx
_________________________________________________
Gen Div ANTONIO CÉSAR GONÇALVES MENIN
Subsecretário de Economia e Finanças
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Comissão Superior de Economia e Finanças - 1955)
3. LEGISLAÇÃO PERTINENTE
4. APRECIAÇÃO
a. Dos Fatos
b. Do Direito
1) Insta começar observando o que reza a lei que instituiu a compensação pecuniária:
' . 0 1 2 #
1 $ 3, 4 # ,
# $ 5 2 & , 2#
1 , 2 # , 6, , $2 2
2 ,# #, 4%
#% 1 # , '
' . # , # $ 72 1
7 7
1 2 4#
, 7 #2 ( . '!) * +
# , ,, $ 28 ,# , , 2 ,
1 2 ,, % , 8 ,/
3) O Estatuto dos Militares, instituído pela Lei 6.880, de 9 de dezembro de 1980, ao tratar
do gênero exclusão do serviço ativo, relacionou o licenciamento como uma das possibilidades, prevendo-
o em duas modalidades; a pedido ou ex officio. Ao dispor sobre a modalidade ex officio o fez admitindo
três hipóteses de ocorrência: conforme o estatuído nas alíneas do § 3º, do art. 121, in verbis:
' '
''&
9). 0 2 , $1 1 2%,2 5
, 2 , %2 , ,# 7
1 ,
/
&# 2, # , ,$% :
&# ; , :
& , #2 '
&Disso se extrai que, nos termos do Estatuto dos Militares, apenas a modalidade de
licenciamento ex officio prevista na alínea “a”, do §3º, do art. 121 enseja ao pagamento de compensação
pecuniária. Vale dizer: se o militar temporário – oficial ou praça – for licenciado ex officio, na modalidade
“por término da prorrogação do tempo de serviço”, fará jus à compensação pecuniária.
5) O caso sob exame trata de praça temporária aprovada em concurso público para Força
Auxiliar. A Portaria 151 – Cmt Ex, de 22 de abril de 2002, regulamenta os procedimentos a serem
adotados quando da realização de concurso público e posterior aprovação.
! " #$% )&
' . # , 2* # , # , ,
,' . ). , 5 @# # ,
5 , % , % ,, # ,, %
2, $2 # 8 # , .
11) Insta, a fim de elucidar a consulta ora formulada, determinar sob qual modalidade se
dará a exclusão do serviço militar ativo. In casu, como relata aquela Setorial Contábil, o término do
tempo de serviço a que se obrigou o militar em questão ocorrerá ainda durante o curso de formação. Ex
pósitis, o licenciamento por término do tempo de serviço se impõe. Sendo essa, então, a modalidade sob a
qual, exclusivamente, deverá ser licenciado o militar em tela se o seu tempo de serviço expirar antes do
ingresso na Força de destino. Configurando-se, portanto, enquadramento perfeito à previsão legal contida
no art. 1º da Lei 7.963/89. Tem-se como resultado o direito à percepção da compensação pecuniária.
5. CONCLUSÃO -
Isso posto, é de se concordar com o posicionamento desta ICFEx, afirmando que o 3º Sgt
SCT, vindo a ser licenciado ex officio, na modalidade por término do tempo de serviço, antes do seu
! " #$% &
ingresso na PMRN, faz jus à compensação pecuniária, mesmo tendo sido aprovado em concurso. Vale
dizer: sua modalidade de licenciamento amolda-se de modo perfeito à previsão legal contida Lei
7.963/89, razão pela qual faz o militar jus à compensação pecuniária.
É o Parecer.
S.M.J.
_______________________________
ELIANY DE OLIVEIRA GALVÃO
Auxiliar da Assessoria Jurídica/SEF
__________________________________
JOSÉ CLÁUDIO DINIZ BERNARDES
Assessor Jurídico/SEF
De Acordo:
______________________________________________
VALTER DE CARVALHO SIMÕES JUNIOR - Cel
Chefe da Assessoria Jurídica /SEF
6. DECISÃO –
_______________________________________________
Gen Div ANTONIO CÉSAR GONÇALVES MENIN
Subsecretário de Economia e Finanças
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Comissão Superior de Economia e Finanças - 1955)
2. Diante dos desdobramentos que recaem sobre o tema em análise, é fundamental, para
entendê-lo, realizar uma breve recapitulação de seus fatos, de acordo com os documentos trazidos a lume:
a. O assunto relativo à compensação pecuniária já foi debatido por esta Secretaria, ainda
que de modo não exaustivo, no Ofício 131-Asse Jur-04 (A1/SEF), de 28 Out 2004. Com efeito, nessa
ocasião, opinou a SEF que essa verba somente seria devida quando do término da prorrogação de tempo
de serviço. Indo mais longe e tratando da hipótese de o militar temporário ser aprovado em concurso
público, defendeu-se a idéia de que o benefício não seria cabível a não ser na eventualidade de se tratar do
último ano possível de serviço.
b. Em todo caso, é salutar repetir alguns dos argumentos proferidos naquele expediente.
Iniciamos pela observância da legislação geral que dá suporte ao pagamento da compensação pecuniária,
Lei 7.963, de 21 Dez 1989:
!
" # $ %&' $!
)( * % "* % +# % ' #%
, " &- . #% % & / ,* # ! #
# *% , , #* % " # # 0 &* *
,* # % % .' "
%'# #% (
(((!
( 1) * % / * 0# %* %
# -*
' &- 0 / 2 (
c. Vê-se que a lei que instituiu a compensação pecuniária tratou de diferentes modalidades
do gênero licenciamento ex-officio: uma, ensejando o pagamento da referida verba (por término de
prorrogação de tempo de serviço, ex vi do caput do art. 1º) e outras, que não (a bem da disciplina e por
condenação transitada em julgado, ex vi do art. 3º).
d. Na ocasião em que o mencionado diploma foi publicado, 21 Dez 1989, a base sobre a
qual se assentou a possibilidade de se pagar – ou não – a compensação pecuniária, consistia nas
modalidades de licenciamento ex-officio existentes no Estatuto dos Militares (Lei 6.880, de 09 Dez 1980):
3* , , # /4
*' # ' 5 / , , * #* # '
# , 6
(((!
7 * # 8
(((!
* # , , 6
(((!
9
9 (
(((!
:1) * # & # *' * / ,
#* ' *# % # 6
!% * #% , &' 8
0!% , ; , 8
! 0# %* (
e. Como defendido no Ofício 131-Asse Jur-04 (A1/SEF), de 28 Out 2004, pela letra do
Estatuto dos Militares, as alíneas a, b e c do §3º do art. 121 tratam das modalidades de licenciamento ex
officio. Nesse sentido, a rigor, a penas a primeira (alínea a) dá ensejo à percepção da compensação
pecuniária, eis que coincidente com a previsão do caput do art. 1º da lei 7.963/89. Nesse diapasão, as
demais hipóteses (alíneas b e c), como visto, não levam ao dito recebimento, eis que correspondem ao
disposto no art. 3º da lei 7.963/89.
9. Ex positis, esta Secretaria entende que, somente oficiais ou praças licenciados ex officio
por término de prorrogação do tempo de serviço fazem jus à compensação pecuniária.
Nesse sentido, oficiais ou praças aprovados em concurso público e nomeados para
assumir o cargo respectivo, estranho ao Exército, não têm direito a perceber essa verba.
Desse modo, a fim de unificar procedimentos e a não deixar margem a dúvidas ou
interpretações equivocadas, remeto o presente expediente solicitando que oriente suas
UG, acerca do entendimento adotado pela SEF.
g. Com efeito, considerou essa Setorial, que por não se tratar do último ano possível de
reengajamento do soldado em tela, a compensação pecuniária não seria devida a ele. Contudo, há que se
ressaltar que a interpretação por parte dessa ICFEx do Ofício 131-Asse Jur-04 (A1/SEF), de 28 Out 2004,
resulta equivocada, eis que adstrita somente a um determinado trecho, deixando de considerar o inteiro
teor do documento. Na realidade, o expediente acima referido destinou-se a responder indagações acerca
do licenciamento ocorrido pela aprovação em concurso público e não a delimitar prazos para a concessão
do direito ora em debate.
i. Para o caso apresentado, não pairam dúvidas: tendo o militar sido licenciado ex-officio
por término de prorrogação de tempo de serviço, impõe-se o pagamento da compensação pecuniária, não
importando se trata-se do último reengajamento possível ou do primeiro. Pelo que se infere dos fatos, em
01 Mar 2004 o soldado em tela deixou de ser licenciado, tendo passado à situação de adido para
tratamento de saúde. Na realidade, como se observa, o mesmo somente veio a ser considerado apto em 08
abr 2005, tendo sido licenciado em 30 Abr do mesmo ano. Vale observar, por isso, que em 01 Mar 2004
esse militar reunia todas as condições para ser licenciado, o que não ocorreu por problemas médicos, fato
alheio a sua vontade. De todo modo, tão logo cessado o motivo que obstava seu licenciamento, com sua
recuperação e conseqüente aptidão para serviço do Exército, o mesmo veio, de fato, a ser excluído do
serviço ativo, por meio do licenciamento ex-officio. Não há, por isso, como lhe negar o benefício da
compensação pecuniária.
!
" # $ %&' <!
j. A dúvida que poderia surgir refere-se ao período a ser computado para o cálculo do
direito em debate. Com efeito, o dilema provável poderia recair sobre o fato de se incluir ou não o
interregno passado sob a situação de adido na avaliação da compensação pecuniária. Na realidade, a SEF
já se manifestou acerca do assunto: o período a ser considerado para o efeito de percepção da
compensação pecuniária deve ser igual à totalidade de tempo de efetivo serviço, conforme se infere do
caput do art. 1º da Lei 7.963/89. Com efeito, o período passado sob a situação de adido ou mesmo de
agregado não teria o condão de descaracterizar o tempo de efetivo serviço. Nesse sentido, reza o art. 136
do Estatuto dos Militares:
( 1 ( = #% , , + % #% #%
' *# 0* % '#
*' # # /4; 3* , , "# # / * %
#% -% * (
l. Vale afirmar, portanto, que não há na legislação, qualquer ressalva sobre a possibilidade
de se abater do tempo de efetivo serviço, o período passado sob tratamento médico, seja na situação de
adido ou mesmo na de agregado. É dizer: o tempo de efetivo serviço engloba todo o intervalo passado
entre a data de ingresso e a data de exclusão do serviço ativo.
m. Tendo por evidente que a data de incorporação do Sd Gessé Oliveira Chaves ocorreu
em 01 Mar 2000 e que a data de seu desligamento foi em 30 Abr 2005 e, ainda, que de acordo com o
disposto no §2º do art. 1º da Lei 7.963/89, a compensação pecuniária não se aplica ao período do serviço
militar obrigatório, faz jus o militar à percepção de quatro vencimentos.
4. Isso posto, esta Secretaria discorda da opinião exarada por essa Setorial e entende que o
Sd Gessé Oliveira Chaves, faz jus à percepção da compensação pecuniária, nos termos da fundamentação
retro. É de se esclarecer, porém, que o referido benefício está adstrito ao tempo de efetivo serviço passado
pelo militar, pelo que lhe assiste o direito a receber quatro vencimentos, consideradas suas datas de
incorporação e de exclusão do serviço ativo. Nesses termos, remeto o presente expediente para as
providências julgadas cabíveis.
________________________________________________
Gen Div ANTONIO CÉSAR GONÇALVES MENIN
Subsecretário de Economia e Finanças
2. Esta Assessoria dispõe de uma página na Intranet da SEF, onde disponibiliza os ofícios
e pareceres, dos anos de 2004 e 2005, referentes a direitos remuneratórios de militares. Essa ferramenta
eletrônica foi criada para agilizar a propagação de entendimentos da Assessoria Jurídica da SEF, sobre os
mais diversos assuntos, objetivando uniformizar os procedimentos no âmbito das Unidades Gestoras da
Força Terrestre.
a. O §3º do art. 121 do E1/80, estabelece três hipóteses distintas para licenciamento ex
officio, que doravante chamaremos “modalidades”:
! " #
$ ! %& ' ( )* + &,-" . /0 ))*(
2 3 1
% 4 52
. 0 6 / / 7 . .
. . .
! 2 8 2
.
52
..................................................................................................................................................
..................................................................................................................................................
#
9& 7 ! 1
99 & 3 1
999 & & & 4
52 . 0 6
-47 1
9:& 2 . ; < -47
$ ! %& ' ( )* + &,-" . /0 ))*(
d. No ponto em que nos interessa, a partir de 1988, com a nova Carta Política Nacional,
oficiais e praças temporários que fossem aprovados em concurso público e fossem
nomeados a exercer o cargo respectivo, estranho à Força Terrestre, não encontravam, na
Lei, o devido respaldo para que fossem licenciados ex officio. Nesse diapasão, houve por
bem ser publicado o referido Decreto 4.502/2002, inserindo a nova modalidade. Tem-se
por natural que o mais correto seria modificar o próprio E1/80 e, mais especificamente, o
art. 121. Nesse sentido, deve-se adotar a lição do mestre Hely Lopes Meirelles, que ensina
que decretos podem, sim, disciplinar situações ainda não previstas em lei.
e. Em qualquer caso, pode-se considerar, como visto alhures, que tanto a Lei 7.963/89
como o Decreto 99.425/90 não deixam dúvidas que a compensação pecuniária é devida ao
oficial ou praça licenciado ex officio por término de prorrogação de tempo de serviço. É
exata e exclusivamente a hipótese prevista no inciso I do §2º do art. 32 do RCORE.
9. Ex positis, esta Secretaria entende que, somente oficiais ou praças licenciados ex officio
por término de prorrogação do tempo de serviço fazem jus à compensação pecuniária.
Nesse sentido, oficiais ou praças aprovados em concurso público e nomeados para
assumir o cargo respectivo, estranho ao Exército, não têm direito a perceber essa
verba. Desse modo, a fim de unificar procedimentos e a não deixar margem a dúvidas ou
interpretações equivocadas, remeto o presente expediente solicitando que oriente suas UG,
acerca do entendimento adotado pela SEF.
..................................................................................................................................................
..................................................................................................................................................
..................................................................................................................................................
..................................................................................................................................................
__________________________________________________
VALTER DE CARVALHO SIMÕES JUNIOR – Cel R/1
Chefe da Assessoria Jurídica da SEF
Ao Sr Chefe da 7ª ICFEx
1. Versa o presente expediente sobre direito à compensação pecuniária por parte de oficial
temporário que deixa de, expressamente, requerer a prorrogação do tempo de serviço.
_______________________________________________
Gen Div ANTONIO CÉSAR GONÇALVES MENIN
Subsecretário de Economia e Finanças