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23/08/2023, 14:47 PORTARIA – C Ex Nº 1.

742, DE 18 DE MAIO DE 2022

EB10-IG-02.032

MINISTÉRIO
DA DEFESA
EXÉRCITO
BRASILEIRO
ESTADO-
MAIOR DO
EXÉRCITO

PORTARIA – C Ex Nº 1.742, DE 18 DE MAIO DE 2022

Aprova as Instruções Gerais para o Fundo de Saúde


do Exército – FuSEx (EB10-IG-02.032), 2ª Edição,
2022.

O COMANDANTE DO EXÉRCITO , no uso das atribuições que lhe conferem o art. 4º, da Lei
Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, o art. 20, inciso XIV, do Anexo I, do Decreto nº 5.751, de 12 de
abril de 2006, e os art. 15 e 46 do Decreto nº 92.512, de 2 de abril de 1986, resolve:

Art. 1º Ficam aprovadas as Instruções Gerais para o Fundo de Saúde do Exército – FuSEx
(EB10-IG-02.032), 2ª Edição, 2022.

Art. 2º Fica determinado que o Departamento-Geral do Pessoal, a Secretaria de Economia e


Finanças e os comandos militares de área adotem, em seus setores de competência, as providências
decorrentes.

Art. 3º Fica revogada a Portaria do Comandante do Exército nº 493, de 19 de maio de 2020.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

INSTRUÇÕES GERAIS PARA O FUNDO DE SAÚDE DO EXÉRCITO - FUSEX


(EB10-IG-02.032), 2ª EDIÇÃO, 2022

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ÍNDICE DE ASSUNTOS
Art.
CAPÍTULO I - DAS
DISPOSIÇÕES ................................................................................. 1º/3º
PRELIMINARES
CAPÍTULO II - DOS
................................................................................. 4º/14
BENEFICIÁRIOS
CAPÍTULO III -
................................................................................. 15
DOS BENEFÍCIOS
CAPÍTULO IV - DA
PERDA DA
................................................................................. 16
CONDIÇÃO DE
BENEFICIÁRIO
CAPÍTULO V - DOS
RECURSOS
................................................................................. 17/20
ORÇAMENTÁRIOS
E FINANCEIROS
CAPÍTULO VI -
DOS ................................................................................. 21/22
CONTRIBUINTES
CAPÍTULO VII -
DAS
................................................................................. 23/25
INDENIZAÇÕES E
DAS ISENÇÕES
CAPÍTULO VIII -
DOS ................................................................................. 26/27
RESSARCIMENTOS
CAPÍTULO IX -
DAS DISPOSIÇÕES ................................................................................. 28/35
GERAIS

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Estas Instruções Gerais (IG) têm por finalidade regulamentar o Fundo de Saúde do
Exército (FuSEx), definindo:

I - os procedimentos para utilização dos seus serviços e dos recursos orçamentários e


financeiros do Fundo;

II - os benefícios e as obrigações a que estão sujeitos os seus beneficiários;

III - as medidas administrativas necessárias ao seu gerenciamento; e

IV - os seus beneficiários.

Parágrafo único. Estas IG deverão ser aplicadas no contexto das normas do Sistema de
Assistência Médico-Hospitalar aos Militares do Exército, seus Dependentes e Pensionistas Militares
(SAMMED), que é regulamentado pelas IG EB10-IG-02.031.

Art. 2º Legislação básica de referência:

I - Lei nº 3.765, de 4 de maio de 1960, que dispõe sobre as Pensões Militares;


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II - Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980, que dispõe sobre o Estatuto dos Militares;

III - Lei nº 8.059, de 4 julho de 1990, que dispõe sobre a pensão especial devida aos ex-
combatentes da Segunda Guerra Mundial e a seus dependentes;

IV - Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do


Adolescente;

V - Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da


educação nacional;

VI - Medida Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001, que dispõe sobre a


reestruturação da remuneração dos militares das Forças Armadas e altera as Leis no 3.765, de 4 de maio de
1960, e 6.880, de 9 de dezembro de 1980;

VII - Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que institui o Código Civil;

VIII - Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso;

IX - Lei nº 13.954, de 16 de dezembro de 2019, que institui a reestruturação da carreira


militar e dispõe sobre o Sistema de Proteção Social dos Militares;

X - Decreto nº 92.512, de 2 de abril de 1986, que estabelece normas, condições de


atendimento e indenizações para a assistência médico-hospitalar ao militar e aos seus dependentes;

XI - Decreto nº 4.307, de 18 de julho de 2002, que regulamenta a Medida Provisória nº


2.215-10, de 2001;

XII - Decreto nº 9.580, de 22 de novembro de 2018, que regulamenta a tributação, a


fiscalização, a arrecadação e a administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza;

XIII - Decreto nº 10.651, de 18 de março de 2021, que regulamenta o § 3º do art. 50 da Lei


nº 6.880, de 1980;

XIV - Decreto nº 10.742, de 5 de julho de 2021, que regulamenta a Lei nº 3.765, de 4 de


maio de 1960;

XV - Portaria Ministerial nº 305, de 24 de maio de 1995, que aprova as Instruções Gerais


para a Realização de Licitações e Contratos no Ministério do Exército (IG 12-02), alterada pela Portaria
Ministerial nº 76, de 9 de fevereiro de 1999, e pela Portaria do Comandante do Exército nº 249, de 17 de
maio de 2004;

XVI - Portaria GM-MD nº 935, de 24 de fevereiro de 2021, que aprova o Catálogo de


Indenizações dos Serviços de Saúde das Forças Armadas (CISSFA);

XVII - Portaria do Comandante do Exército nº 155, de 29 de fevereiro de 2016, que aprova o


Regulamento do Departamento-Geral do Pessoal (EB10-R-02.001);

XVIII - Portaria do Comandante do Exército nº 662, de 14 de maio de 2019, que estabelece


critérios e percentuais para o pagamento da contribuição mensal para a assistência médico-hospitalar e
social aos militares, seus dependentes e pensionistas e das indenizações pelos serviços médico-hospitalares
prestados, as quais poderão ser pagas à vista ou em parcelas mensais, alterada pela Portaria do
Comandante do Exército nº 1.347, de 10 de dezembro de 2020; e

XIX - Portaria do Comandante do Exército nº 1.376, de 15 de dezembro de 2020, que aprova


o Regulamento da Diretoria de Saúde (EB10-R-02.015).

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Art. 3º Para os efeitos destas IG, serão adotadas as seguintes conceituações:

I - alta hospitalar - é o encerramento da assistência prestada ao paciente no hospital por


decisão médica, podendo ser definitiva ou provisória, a pedido, administrativa, por remoção ou evacuação,
por abandono ou por óbito;

II - ambulatório - é a unidade destinada à prestação de Assistência Médico-Hospitalar em


regime de não internação;

III - Assistência Médico-Hospitalar (AMH) - é o conjunto de atividades relacionadas com


prevenção, conservação ou recuperação da saúde, abrangendo serviços profissionais médicos,
farmacêuticos e odontológicos, bem como o fornecimento, a aplicação de meios e cuidados e demais atos
médicos e paramédicos necessários;

IV - atendimento - é a atenção dispensada pela organização de saúde (OS) ao paciente e/ou


seu responsável, no sentido da prestação da AMH, ou encaminhamento, ou notificação de ocorrência
médica;

V - auditoria em saúde - é a atividade de avaliação independente e de assessoramento à


administração, voltada para o exame e a análise da adequação, eficiência, eficácia, efetividade e qualidade
nas ações de saúde, praticadas pelos prestadores de serviços, sob os aspectos quantitativos, qualitativos e
contábeis, com observância de preceitos éticos e legais;

VI - auditoria médica - é a atividade da organização militar (OM) ou da organização militar de


saúde (OMS) que, por meio de atos médicos, destina-se a controlar e avaliar os recursos e procedimentos
adotados, visando à adequabilidade, correção, qualidade, eficácia e economicidade dos serviços prestados,
em consonância com o Código de Ética Médica e a legislação vigente;

VII - auditoria concorrente ou concomitante - é a auditoria feita enquanto o paciente estiver


hospitalizado ou sendo atendido de forma ambulatorial, enfocando os custos e a adequação dos serviços
prestados;

VIII - auditoria prospectiva ou auditoria prévia - é a auditoria realizada de forma preliminar,


cuja análise das solicitações de procedimentos e de exames compete aos profissionais de saúde habilitados,
a fim de desencadear o processo de autorização, mediante emissão da correspondente Guia de
Encaminhamento (GE);

IX - auditoria retrospectiva ou auditoria a posteriori - é a auditoria feita após a alta do


paciente ou ao término de seu atendimento, utilizando-se da análise de documentos e de relatórios
diversos, incluindo os provenientes das auditorias concorrente e prévia, bem como das contas médicas
propriamente ditas, a fim de identificar as respectivas conformidades;

X - beneficiários da AMH - são os militares, na ativa ou na inatividade, seus respectivos


dependentes e os(as) pensionistas contribuintes que possuem vínculo de dependência com o instituidor da
pensão, devendo, para tanto, estar cadastrados no SAMMED/DEPENDENTES ou SAMMED/FuSEx ou
SAMMED/ISENTOS;

XI - beneficiários do FuSEx ou SAMMED/FuSEx - são os beneficiários da AMH, constituídos


pelos militares do Exército, na ativa ou na inatividade, pelos(as) pensionistas que possuem vínculo de
dependência com o instituidor da pensão militar e contribuem para o FuSEx, e pelos dependentes
instituídos em vida pelo militar, de acordo com os art. 4º, 5º, 6º e 7º destas IG, bem como aqueles que se
encontravam em processo de inclusão na data de entrada em vigor da Lei nº 13.954, de 2019, na forma do
art. 23 da respectiva lei;

XII - beneficiários dependentes diretos do FuSEx - são os dependentes do beneficiário titular


que preenchem as condições de dependência previstas na legislação em vigor, conforme os art. 5º e 7º

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destas IG;

XIII - beneficiários dependentes indiretos do FuSEx - são os dependentes do beneficiário


titular que não preenchem as condições de dependência previstas na legislação em vigor, mas que foram
cadastrados legalmente como beneficiários do FuSEx, conforme o art. 6º destas IG;

XIV - cadastro de beneficiários do SAMMED/DEPENDENTES, SAMMED/FuSEx e


SAMMED/ISENTOS - é o registro, na Base de Dados Corporativa de Pessoal (BDCP), das informações
necessárias à identificação do beneficiário quando do atendimento nas OMS e Unidades Gestoras/FuSEx
(UG/FuSEx);

XV - cartão do beneficiário do SAMMED/FuSEx - é o documento que identifica o beneficiário


no momento do atendimento médico-hospitalar;

XVI - clínicas especializadas - são as unidades médico-assistenciais, integrantes de uma OS


ou isoladas, com funcionamento autônomo, destinadas ao atendimento específico de pacientes de uma
especialidade, em regime de internação ou ambulatorial;

XVII - companheira(o) - é a pessoa com quem o militar vive em união estável;

XVIII - consulta - é a entrevista do profissional de saúde com o paciente para fins de exame,
diagnóstico e tratamento;

XIX - contribuintes beneficiários do FuSEx ou beneficiários titulares ou titulares do FuSEx -


são os militares do Exército, na ativa e na inatividade, e os(as) pensionistas que possuem vínculo de
dependência com os instituidores da pensão militar, nos termos do § 5º do art. 50 da Lei nº 6.880, de 1980
(Estatuto dos Militares), e dos art. 3º-B e 3º-D da Lei nº 3.765, de 1960, constantes do art. 21 destas IG, e
que contribuem para o FuSEx;

XX - contribuinte do FuSEx e não beneficiário da AMH - é a pessoa que tem responsabilidade


de custear a contribuição para a Assistência Médico-Hospitalar e Social (AMHS) e as indenizações pelos
atendimentos médico-hospitalares prestados aos dependentes instituídos em vida pelo militar, de acordo
com o § 5º do art. 50 do Estatuto dos Militares e os art. 3º-B, 3º-C e 3º-D da Lei nº 3.765, de 1960, podendo
ser o(a) viúvo(a) que perdeu o vínculo de dependência com o instituidor da pensão, o(a) tutor(a), o(a)
curador(a) ou o(a) responsável legal pelos dependentes do(a) militar falecido(a) ou, ainda, o(a) pensionista
habilitado(a) relativamente ao pai e à mãe do militar;

XXI - Declaração Provisória de Beneficiário do SAMMED/FuSEx ou FuSEx - é o documento


que identifica o beneficiário no momento do atendimento médico-hospitalar, enquanto se efetiva o
respectivo cadastramento/recadastramento;

XXII - diária de acompanhante - é a importância a ser indenizada pelo beneficiário titular


para cobrir as despesas inerentes à acomodação hospitalar e à alimentação do acompanhante;

XXIII - diária de internação/hospitalização - é a importância a ser indenizada para cobrir as


despesas inerentes à acomodação hospitalar e à alimentação por dia de internação, sendo contada do dia
imediato à internação ao dia da alta hospitalar, inclusive;

XXIV - emergência médica - é a constatação médica de condições de agravo à saúde que


impliquem risco iminente de morte, exigindo, portanto, tratamento médico imediato;

XXV - encaminhamento - é a transferência autorizada de atendimento, quando houver


impossibilidade ou limitação do atendimento pelas Unidades Atendentes (UAt) e o estado do paciente não
recomendar que aguarde vaga;

XXVI - estudante - é a pessoa que está regularmente matriculada e frequentando curso em


instituição pública ou privada de ensino, nos níveis e nas modalidades de educação e ensino elencados no
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Título V da Lei nº 9.394, de 1996, e que tenha o funcionamento credenciado e reconhecido pelo Ministério
de Educação;

XXVII - evacuação médica - é a transferência do paciente, por razões de ordem médica, para
uma OS ou desta para outra, localizada em outro município, estado ou país;

XXVIII - exames complementares - são os procedimentos necessários ao esclarecimento do


diagnóstico e ao acompanhamento do tratamento;

XXIX - Fundo de Saúde do Exército (FuSEx) - é o fundo constituído de recursos financeiros


oriundos de contribuições obrigatórias e indenizações de atendimento médico-hospitalar pelos militares, na
ativa e na inatividade, pelos pensionistas contribuintes do FuSEx e pelos contribuintes não beneficiários da
AMH, destinados, precipuamente, a complementar o custeio da AMH para os beneficiários deste Fundo;

XXX - Guia de Encaminhamento (GE) - é o documento emitido pelas UG/FuSEx que autoriza
o atendimento médico-hospitalar de um beneficiário do Sistema de Saúde do Exército (SSEx) em
organização civil de saúde (OCS) ou profissional de saúde autônomo (PSA);

XXXI - internação/hospitalização - é a admissão do paciente em organização hospitalar, com


ocupação de um leito, para fins de diagnóstico e/ou tratamento;

XXXII - invalidez - é a ausência ou perda definitiva, atestada no momento da avaliação, das


condições mínimas de saúde para o exercício de qualquer atividade laboral, nos âmbitos civil e militar;

XXXIII - Organização de Saúde (OS) - é a denominação genérica dada aos órgãos, civis ou
militares, de direção ou execução da AMH;

XXXIV - Organizações Civis de Saúde (OCS) - é a denominação genérica dada aos órgãos não
militares de AMH;

XXXV - Organizações Militares de Saúde (OMS) - são as organizações militares (OM) do


Serviço de Saúde do Exército destinadas a prestar AMH aos beneficiários do SSEx;

XXXVI - órtese - é a peça ou o aparelho de correção ou complementação de membros ou


órgãos do corpo, também definida como qualquer material permanente ou transitório que auxilie as
funções de um membro, órgão ou tecido não ligados ao ato cirúrgico;

XXXVII - pensionista contribuinte do FuSEx e beneficiário da AMH - é o(a) pensionista que


conserva os requisitos de dependência com o instituidor da pensão militar e contribui para o FuSEx;

XXXVIII - perícia médico-legal - é o exame médico de caráter técnico e especializado, por


meio do qual são prestados esclarecimentos à justiça ou à administração;

XXXIX - Profissionais de Saúde Autônomos (PSA) - são os profissionais civis de saúde que
poderão ser ou não credenciados para atender aos beneficiários do FuSEx;

XL - prótese - é a peça ou o aparelho de qualquer material permanente ou transitório que


substitua total ou parcialmente um membro, órgão ou tecido, sendo ligado ou não ao ato cirúrgico;

XLI - remoção - é a transferência do paciente, por razões de ordem médica, para uma OS, ou
desta para outra, localizada dentro do perímetro urbano ou suburbano;

XLII - ressarcimento - é a devolução de recursos financeiros feita ao contribuinte do FuSEx ou


seu representante, pelo pagamento por atendimento prestado a si ou a seus dependentes beneficiários do
FuSEx em OCS ou por PSA, de acordo com os casos previstos no Capítulo VIII destas IG;

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XLIII - restituição - é a devolução de recursos financeiros motivada por descontos indevidos


ou descontos a maior feitos no contracheque do beneficiário titular do FuSEx;

XLIV - taxa de remoção - é a importância a ser indenizada para cobrir as despesas


decorrentes da remoção do paciente em meio apropriado, quando realizada por meios não orgânicos das
OM;

XLV - taxa de sala de cirurgia - é a importância a ser indenizada para cobrir as despesas
decorrentes do uso da sala de cirurgia, excluído o material de consumo e os medicamentos aplicados no
paciente;

XLVI - tratamento - é o conjunto de meios terapêuticos utilizados pelos profissionais


habilitados para a cura ou o alívio do paciente;

XLVII - união estável - é a convivência afetiva contínua, duradoura e de conhecimento


público entre duas pessoas, estabelecida com objetivo de constituição de uma família, comprovada por
intermédio de escritura pública de declaração de união estável firmada no Cartório de Notas, ou por meio
de contrato particular, o qual deve ser levado a registro no Cartório de Registro de Títulos e Documentos;

XLVIII - Unidade Atendente (UAt) - é qualquer OM ou OMS que tenha condições de prestar a
AMH ou realizar o encaminhamento;

XLIX - Unidade de Serviço Médico (USM) - é o valor estipulado pelo Decreto nº 4.307, de
2002, correspondente a 0,004% (quatro milésimos por cento) do valor do soldo do posto de coronel, o qual
serve de suporte para expressar os custos dos serviços médico-hospitalares prestados pelo SSEx, com base
em Tabela de Indenizações aprovada e atualizada mediante portaria expedida pelo Ministério da Defesa;

L - Unidade de Vinculação (UV) - é a OM que enquadra os beneficiários do SAMMED (FuSEx,


DEPENDENTES e ISENTOS) para fins de cadastramento e pagamento de contribuições e indenizações;

LI - Unidades Gestoras do FuSEx (UG/FuSEx) - são as OM e as OMS responsáveis


pelaaverbação das despesas referentes aos atendimentos prestados aos beneficiários do SSEx e pelo
pagamento das despesas realizadas em OCS ou PSA; e

LII - urgência médica - é a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco
potencial de morte, exigindo o tratamento em curto prazo.

CAPÍTULO II
DOS BENEFICIÁRIOS

Art. 4º São considerados beneficiários titulares do FuSEx:

I - militar do Exército, na ativa e na inatividade, contribuinte; e

II - pensionista contribuinte do FuSEx e beneficiário da AMH.

Art. 5º São considerados beneficiários diretos do FuSEx os seguintes dependentes do militar,


desde que assim declarados por ele na OM competente (Dependentes Tipo “A”):

I - o cônjuge ou companheiro(a) com quem viva em união estável, na constância do vínculo;

II - filho(a) ou enteado(a) menor de 21 (vinte e um) anos de idade;

III - filho(a) ou enteado(a) inválido(a); e

IV - desde que não recebam rendimentos:

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a) o(a) filho(a) ou enteado(a) estudante maior de 21 (vinte e um) e menor de 24 (vinte e


quatro) anos de idade;

b) o pai e a mãe;

c) o(a) tutelado(a);

d) o(a) curatelado(a) inválido(a); e

e) o(a) menor de 18 (dezoito) anos de idade que viva sob a guarda do militar por decisão
judicial.

Parágrafo único. O titular somente poderá ter no cadastro de beneficiários do FuSEx


(CADBEN-FuSEx) 1 (um) cônjuge ou companheira(o).

Art. 6º São considerados beneficiários indiretos do FuSEx, os seguintes dependentes do


militar:

I - desde que incluídos legalmente no Cadastro de Beneficiários do Fundo de Saúde do


Exército (CADBEN-FuSEx) ou em processo de regularização da dependência até 17 de dezembro de 2019,
obedecidas as condicionantes de dependência econômica e outras vigentes à época da inclusão
(Dependentes Tipo “B”):

a) excepcionalmente, a pedido do contribuinte, a filha viúva, separada judicialmente ou


divorciada, sem pensão alimentícia, desde que, comprovadamente, viva sob sua dependência econômica e
seja menor de 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante, menor de 24 (vinte e quatro) anos de idade;

b) ex-cônjuge ou ex-companheira(o), desde que receba pensão alimentícia por sentença


transitada em julgado e com direito à AMH pelo FuSEx estabelecido por sentença judicial ou divórcio
extrajudicial ou dissolução de união estável, enquanto não constituir união estável ou se casar;

c) filho(a) solteiro(a) até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante, até 24 (vinte e
quatro) anos de idade, desde que, em ambos os casos, não constitua união estável e viva sob a
dependência econômica do contribuinte titular, podendo auferir rendimentos até o valor do soldo de
soldado do efetivo variável, se incluídos sob a vigência da Portaria do Comandante do Exército nº 653, de 30
de agosto de 2005; e

d) filho(a) até 24 (vinte e quatro) anos de idade, enquanto não constituir união estável eque
viva sob a dependência econômica do contribuinte titular, podendo auferir rendimentos até o valor:

1. do soldo de soldado engajado, se incluídos sob a vigência da Portaria do Comandante do


Exército nº 758, de 19 de dezembro de 2002; ou

2. da remuneração bruta do soldado engajado, se incluídos sob a vigência da Portaria


Ministerial nº 859, de 22 de outubro de 1997;

II - desde que incluídos legalmente no CADBEN-FuSEx até 2 de setembro de 2005,


obedecidas as condicionantes de dependência econômica e outras vigentes à época da inclusão
(Dependentes Tipo "C"):

a) filha solteira maior de 24 (vinte e quatro) anos de idade, enquanto mantiver essa
condição, não constituir união estável e viver, comprovadamente, sob dependência econômica do
beneficiário titular;

b) filho solteiro, não estudante, maior de 21 (vinte e um) e menor de 24 (vinte e quatro)
anos de idade, enquanto mantiver essa condição, não constituir união estável e viver, comprovadamente,
sob dependência econômica do beneficiário titular;
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c) pais, desde que, comprovadamente, vivam sob dependência econômica do beneficiário


titular;

d) filha maior de 24 (vinte e quatro) anos de idade, viúva, separada judicialmente ou


divorciada, sem pensão alimentícia, enquanto não constituir união estável ou se casar e viver,
comprovadamente, sob dependência econômica do beneficiário titular;

e) enteada maior de 24 (vinte e quatro) anos de idade que estava sob a guarda e/ou
responsabilidade do beneficiário titular, sem pensão alimentícia e nas mesmas condições da alínea a) deste
inciso; e

f) enteado maior de 18 (dezoito) e menor de 24 (vinte e quatro) anos de idade que estava
sob a guarda e/ou responsabilidade do beneficiário titular, sem pensão alimentícia e nas mesmas condições
da alínea b) deste inciso;

III - desde que incluídos legalmente no CADBEN-FuSEx até 29 de setembro de 1995,


obedecidas as condicionantes de dependência econômica e outras vigentes à época da inclusão
(Dependentes Tipo “D”):

a) a mãe solteira, a madrasta viúva, a sogra viúva ou solteira, bem como separadas
judicialmente ou divorciadas, desde que, em qualquer dessas situações, não recebam remuneração;

b) os avós e os pais, quando inválidos ou interditos, e respectivos cônjuges, estes desde que
não recebam remuneração;

c) o irmão, o cunhado e o sobrinho, quando menores ou inválidos ou interditos, sem outro


arrimo;

d) a irmã, a cunhada e a sobrinha, solteiras, viúvas, separadas judicialmente ou divorciadas,


desde que não recebam remuneração;

e) o neto, órfão, menor inválido ou interdito;

f) a pessoa que viva, no mínimo há 5 (cinco) anos, sob a sua exclusiva dependência
econômica, comprovada mediante justificação judicial;

g) a mãe viúva, desde que não receba remuneração; e

h) o pai maior de 60 (sessenta) anos e seu respectivo cônjuge, desde que ambos não
recebam remuneração.

Art. 7º Após o falecimento do militar, manterão os direitos à AMH, enquanto conservarem


os requisitos de dependência, mediante participação nos custos e no pagamento das contribuições devidas,
os seguintes dependentes do militar (Dependentes Diretos tipo “E”):

I - o(a) viúvo(a), enquanto não contrair matrimônio ou constituir união estável;

II - o(a) filho(a) ou enteado(a) menor de 21 (vinte e um) anos de idade;

III - o(a) filho(a) ou enteado(a) inválido(a); e

IV - desde que não recebam rendimentos:

a) o(a) filho(a) ou enteado(a) estudante maior de 21 (vinte e um) e menor de 24 (vinte e


quatro) anos de idade;

b) o pai e a mãe;

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c) o(a) tutelado(a);

d) o(a) curatelado(a) inválido(a); e

e) menor de 18 (dezoito) anos de idade que vivia sob a guarda do militar por decisão
judicial.

Art. 8º Para fins de enquadramento como dependente do militar, nas hipóteses previstas
nos art. 5º e 7º destas IG, são considerados rendimentos:

I - a renda ou os proventos de qualquer natureza, inclusive salários, pensões, aluguéis,


bolsas de estudos ou pesquisas que importem a contraprestação de serviços e pensões especiais de ex-
combatentes, e

II - os ganhos de capital e rendimentos considerados tributáveis, recebidos de pessoa física


ou jurídica, nos termos do disposto no Regulamento do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer
Natureza, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 2018.

Parágrafo único. Não são considerados rendimentos, em qualquer situação:

I - os valores recebidos de programas de assistência social custeados pela Fazenda Pública; e

II - as importâncias pagas a filhos ou enteados estudantes:a) a título de auxílios,


provenientes de estágios, e

a) a título de auxílios, provenientes de estágios, e

b) referentes a bolsas de estudo e de pesquisa, quando recebidas exclusivamente para


realização de estudos ou pesquisas e desde que não importem a contraprestação de serviços.

Art. 9º Relativamente aos dependentes listados no art. 7º destas IG, as indenizações e as


contribuições para a AMHS serão assumidas pelo(a):

I - viúvo(a), relativamente à própria AMHS;

II - filho(a) ou enteado(a) maior de 18 (dezoito) e menor de 21 (vinte e um) anos de idade


que receba pensão militar, relativamente à própria AMHS;

III - viúvo(a), tutor(a), curador(a) ou responsável legal, relativamente à AMHS do:

a) filho(a) ou enteado(a) menor de 21 (vinte e um) anos de idade ou inválido de qualquer


idade; e

b) filho(a) ou enteado(a) estudante maior de 21 (vinte e um) e menor de 24 (vinte e quatro)


anos de idade que não receba rendimentos;

IV - viúvo(a), tutor(a), curador(a) ou responsável legal, relativamente à AMHS do tutelado ou


do curatelado inválido de qualquer idade ou menor de 18 (dezoito) anos de idade que vivia sob a guarda do
militar por decisão judicial; e

V - pensionista habilitado, relativamente à AMHS do pai e da mãe do militar.

Art. 10. Para o recadastramento dos dependentes, deve-se observar as condicionantes


dispostas na regulamentação vigente à época da inclusão.

Art. 11. Os dependentes de pensionista contribuinte e beneficiário da AMH são aquelesjá


incluídos como beneficiários do FuSEx e instituídos em vida pelo militar gerador do benefício, conforme
regulamentação específica, tomando-se como referência a data do falecimento do militar:
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I - antes de 17 de dezembro de 2019, deve ser observada a legislação à época do


falecimento do instituidor da pensão; e

II - após 17 de dezembro de 2019, devem ser observados o § 5º do art. 50 da Lei nº 6.880,


de 1980 (Estatuto dos Militares) e os art. 3º-B, 3º-C, 3º-D e 10-A da Lei nº 3.765, de 1960 (Pensões
Militares).

§ 1º O pensionista contribuinte e beneficiário titular do FuSEx não poderá cadastrar novo


dependente no sistema, exceto quando se tratar de filho seu com o titular gerador do direito à pensão, nas
condições previstas no art. 7º destas IG.

§ 2º No que se refere ao § 1º deste artigo, o pensionista deverá apresentar certidão de


nascimento que comprove o vínculo de paternidade/maternidade ou o reconhecimento judicial de
paternidade/maternidade.

§ 3º O pensionista amparado pelo art. 20 da Lei nº 3.765, de 1960 (Pensões Militares),


poderá incluir dependentes, desde que esses atendam a uma das condições elencadas abaixo:

I - encontravam-se incluídos legalmente, pelo militar, no CADBEN-FuSEx e/ou no Sistema de


Cadastramento de Pessoal do Exército (SiCaPEx); ou

II - forem filhos seus com o instituidor da pensão, gerados antes do ato administrativo que
concedeu o direito à pensão, procedendo-se conforme o § 2º deste artigo.

Art. 12. Se, mediante sindicância ou outro processo administrativo, for comprovada
falsidade na Declaração de Beneficiários ou ilegalidade na inclusão de dependentes, o beneficiário
cadastrado ilegalmente será excluído do CADBEN-FuSEx e o titular responsabilizado integralmente pelas
despesas com os atendimentos já prestados a tais dependentes, sem prejuízo das medidas administrativas,
civis e penais cabíveis.

Art. 13. Serão definidas, em Instruções Reguladoras (IR) específicas, as situações em que os
militares e os seus dependentes que não são beneficiários do FuSEx terão direito à AMH, por não estarem
amparados por estas IG.

Art. 14. O cadastramento dos beneficiários do FuSEx será regulamentado pelo


Departamento-Geral do Pessoal (DGP), por intermédio de IR específicas.

Parágrafo único. O Anexo a estas IG apresenta uma visualização geral dos tipos de
dependentes para efeito de cadastramento/recadastramento no FuSEx.

CAPÍTULO III
DOS BENEFÍCIOS

Art. 15. São benefícios concedidos aos beneficiários do FuSEx:

I - a AMH em OMS ou, por intermédio de encaminhamento, em OCS ou com PSA


contratados, credenciados ou conveniados, por solicitação de médico militar ou, na sua inexistência, por
PSA credenciado, de acordo com IR específicas;

II - cobertura das dívidas com AMH de responsabilidade do beneficiário titular falecido,


realizadas até a data do óbito;

III - atendimento em qualquer OCS ou por qualquer PSA, em caso de emergência ou


comprovada urgência médica, devendo o beneficiário comunicar esse atendimento à sua UV ou à OM mais
próxima em, no máximo, 2 (dois) dias úteis a contar da data da ocorrência, sendo que, na guarnição onde
houver OMS, a comunicação deverá ser feita a esta organização;

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IV - exaurida a possibilidade de atendimento na OMS ou na rede contratada, credenciada ou


conveniada local, em caráter eletivo, o beneficiário poderá requerer à região militar (RM) a que estiver
vinculado o atendimento em OCS ou por PSA não contratados ou conveniados ou emestabelecimento
comercial especializado, devendo-se observar o seguinte:

a) havendo autorização da RM, o ressarcimento das despesas médicas ocorrerá


conformeregulado em IR específicas; e

b) caberá consulta à Diretoria de Saúde (D Sau):

1. quando os procedimentos não constarem no rol da Agência Nacional de Saúde


Suplementar em vigor;

2. nos procedimentos cujo valor a ser ressarcido for superior ao limite estabelecido para a
RM; e

3. nos casos omissos ou duvidosos verificados na aplicação da regulamentação específica;

V - quando devidamente autorizado e de acordo com a regulamentação específica:

a) fornecimento de medicamento de uso prolongado e custo elevado e/ou produtos


médicos;

b) aparelho ortopédico;

c) prótese e órtese não odontológica e artigos correlatos;

d) ortopedia funcional dos maxilares e ortodontia;

e) prótese odontológica;

f) cirurgia oftalmológica refrativa de correção de miopia e astigmatismo;

g) implantodontia nos casos previstos na regulamentação; e

h) análise molecular de DNA.

§ 1º Os atendimentos nas áreas de odontologia, psicologia, psicomotricidade,


fonoaudiologia, equoterapia, psicopedagogia, terapia ocupacional, terapias especiais, fisiologia, fisioterapia
e nutrição estão incluídos na AMH.

§ 2º Os beneficiários que, diretamente ou por intermédio de seu responsável, optarem por


atendimento que contrarie o prescrito neste capítulo, não farão jus à assistência do FuSEx para esse
atendimento.

§ 3º A forma de assistência proporcionada pelo FuSEx e as condições de atendimento serão


reguladas por IR específicas.

§ 4º A AMH no exterior será regulamentada por meio de portaria específica do Comandante


do Exército.

§ 5º O atendimento domiciliar será prestado quando houver indicação de médico militar ou


quando houver necessidade ou conveniência de se manter o paciente internado em sua residência,
conforme regulamentação específica.

§ 6º Os procedimentos, os exames e as cirurgias de caráter experimental ou sem Medicina


Baseada em Evidências (MBE) não serão cobertos nem financiados pelo FuSEx.

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CAPÍTULO IV
DA PERDA DA CONDIÇÃO DE BENEFICIÁRIO

Art. 16. A perda da condição de beneficiário do FuSEx ocorre:

I - para o contribuinte, pela cessação da contribuição;

II - para o cônjuge ou o(a) companheiro(a) incluído(a) no CADBEN, desde que o direito ao


benefício não tenha sido assegurado por sentença judicial, nos casos abaixo:

a) pela anulação do casamento;

b) pela separação judicial;

c) pelo divórcio, judicial ou extrajudicial;

d) pela medida cautelar de separação de corpos; ou

e) pela dissolução da união estável, judicial ou extrajudicialmente;

III - para o ex-cônjuge ou o(a) ex-companheiro(a), quando se casar, constituir união estável
ou cessar a vigência da decisão judicial que determinou a sua inclusão como beneficiário;

IV - para os(as) filhos(as), enteados(as), tutelados(as), curatelados(as) ou menor(es) sob


guarda, quando:

a) completar 21 (vinte e um) anos de idade ou 24 (vinte e quatro) anos de idade, se


estudante, nos casos de filhos(as) e enteados(as), salvo se inválidos(as);

b) atingir 18 (dezoito) anos de idade, nos casos de guarda e de tutela;

c) ao auferir rendimentos, se maior de 21 (vinte e um) anos de idade para filhos(as) e


enteados(as) ou a qualquer idade para os demais dependentes previstos no art. 5º, inciso IV, destas IG;

d) cessar a tutela, a curatela ou a guarda;

e) cessar a invalidez para filhos e enteados após os 21 (vinte e um) anos de idade, exceto, se
estudante, de 21 (vinte e um) a 24 (vinte e quatro) anos de idade;

f) o(a) enteado(a) for alcançado por uma das situações previstas no inciso II deste artigo; ou

g) houver a perda das condições de dependência econômica previstas na legislação à época


da inclusão;

V - para o(a) pensionista contribuinte, quando abdicar da pensão militar e passar a receber
pensão especial prevista na Lei nº 8.059, de 1990;

VI - para o(a) viúvo(a) na condição de pensionista contribuinte que contrair matrimônio ou


constituir união estável;

VII - pelo falecimento;

VIII - para os militares temporários contribuintes do FuSEx, pelo licenciamento ou pela


exclusão do serviço ativo;

IX - por sentença judicial, transitada em julgado;

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X - quando o militar optar pelo recebimento da sua remuneração ou dos seus proventos por
outro órgão público; e

XI - para os beneficiários incluídos em conformidade com o art. 6º destas IG, quando


passarem a auferir rendimentos, segundo o parâmetro à época da inclusão no FuSEx.

CAPÍTULO V
DOS RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

Art. 17. Os recursos orçamentários e financeiros do FuSEx são provenientes de:

I - contribuições para a AMHS;

II - indenizações referentes à AMH prestada aos beneficiários do FuSEx; e

III - outras fontes.

Art. 18. Compete ao DGP, por intermédio da Diretoria de Planejamento e Gestão


Orçamentária (DPGO), o gerenciamento e a gestão dos recursos financeiros do FuSEx, de acordo com o
previsto no Decreto nº 92.512, de 1986, e nestas IG.

Art. 19. Os recursos financeiros do FuSEx serão aplicados para complementar o custeio da
AMH aos seus beneficiários, podendo, com autorização do Chefe do DGP, ser empregados em despesas
correntes e em investimentos diretamente voltados à manutenção e melhoria da qualidade e à ampliação
da capacidade de prestação dos serviços relacionados à AMH.

Art. 20. O saldo financeiro do FuSEx, ao final do exercício, será transferido para o exercício
financeiro seguinte.

CAPÍTULO VI
DOS CONTRIBUINTES

Art. 21. São contribuintes do FuSEx:

I - os militares, na ativa ou na inatividade, exceto os alunos dos Centros e Núcleos de


Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR/NPOR) e os cabos e os soldados do Efetivo Variável (Cb/Sd EV);

II - os(as) pensionistas contribuintes do FuSEx e beneficiários(as) da AMH, conforme consta


no inciso XXXVII do art. 3º destas IG; eIII - os(as) contribuintes do FuSEx e não beneficiários(as) da AMH,
conforme consta no inciso XX do art. 3º destas IG.

§ 1º As pensionistas filhas de militares que não possuem vínculo de dependência com o


instituidor da pensão, mas que se habilitaram à pensão militar amparadas pelo desconto de 1,5% (um e
meio por cento) do soldo do militar, de acordo com o art. 31 da Medida Provisória nº 2.215-10, de 2001, e
que deixaram de ser excluídas do FuSEx, com base na Portaria - DGP nº 244, de 7 de outubro de 2019, por
terem ultrapassado o prazo decadencial previsto na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, que regula o
processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, serão consideradas, para fins de
desconto da contribuição para a AMHS e da indenização pela AMH prestada, nas mesmas condições das
pensionistas que mantêm vínculo de dependência com o instituidor da pensão.

§ 2º As pensionistas a que se refere o § 1º deste artigo poderão requerer a sua exclusão


como beneficiárias e contribuintes do FuSEx, devendo a administração seguir, no que for pertinente, os
procedimentos e as orientações constantes da Portaria - DGP nº 244, de 2019.

§ 3º O militar do Exército que receber pensão militar com vínculo de dependência com o
instituidor da pensão poderá pedir a suspensão do desconto sobre o soldo de menor valor, mediante

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requerimento encaminhado à sua UV, desde que não haja dependentes instituídos pelo militar gerador da
pensão de menor valor.

§ 4º O pensionista contribuinte do FuSEx que receber mais de uma pensão militar poderá
pedir a suspensão do desconto sobre a pensão militar de menor valor, mediante requerimento
encaminhado à sua UV, desde que não haja dependentes beneficiários(as) incluídos(as) pelo titular gerador
dessa pensão de menor valor.

§ 5º O pensionista viúvo(a) de militar, contribuinte do FuSEx, na situação de dependente de


militar do Exército, fica desobrigado(a) da contribuição incidente sobre a pensão, desde que não haja
dependentes beneficiários incluídos pelo militar gerador dessa pensão.

§ 6º O pensionista viúvo(a) de militar, contribuinte do FuSEx, na situação de dependente de


militar de outra Força, mediante requerimento, poderá solicitar a exclusão do FuSEx, desde que não haja
dependentes beneficiários incluídos pelo militar gerador dessa pensão.

§ 7º No caso de militar beneficiário titular do FuSEx casado(a) ou em união estável com


outro militar beneficiário titular, prevalecerá como titular para o FuSEx o militar de maior precedência
hierárquica, desde que o militar de menor precedência, mediante requerimento encaminhado à sua UV,
solicite dispensa da contribuição, sendo que, nesse caso, os seus dependentes que não obtiverem amparo
na regulamentação para serem incluídos na relação de beneficiários do FuSEx do cônjuge de maior
precedência perderão a condição de beneficiários do FuSEx.

§ 8º Com referência ao § 7º deste artigo, o militar que ocupa posição de beneficiário


dependente, por haver casado ou estabelecido união estável com militar de maior precedência hierárquica,
caso deseje, a qualquer tempo, poderá retornar à condição de titular.

§ 9º Cessando as situações de dependência previstas nos § 5º, 6º e 7º deste artigo, o militar


ou pensionista contribuinte que, por opção própria, tenha passado à condição de dependente, deverá
requerer na sua UV o retorno à condição de titular e a reinclusão no FuSEx, sua e de seus dependentes,
respeitando o previsto no art. 16 destas IG.

§ 10. O militar na inatividade que recebe soldo proporcional ao tempo de serviço, do seu
posto ou graduação, terá o desconto incidindo sobre os proventos resultantes.

§ 11. O pensionista especial, amparado pela Lei nº 3.738, de 4 de abril de 1960, e o


pensionista dos contribuintes remanescentes da pensão militar, amparado pelo art. 67 do Decreto nº
49.096, de 10 de outubro de 1960, não são beneficiários do FuSEx, não devendo, em consequência,
contribuir para o sistema.

Art. 22. A contribuição para a AMHS, regulada em Portaria do Comandante do Exército, será
constituída de percentuais que incidem sobre as parcelas que compõem a pensão, a remuneração ou os
proventos, respectivamente, para os pensionistas contribuintes e para os militares.

CAPÍTULO VII
DAS INDENIZAÇÕES E DAS ISENÇÕES

Art. 23. As despesas indenizáveis relativas aos atendimentos serão cumulativas e acrescidas,
mensalmente, ao saldo devedor do contribuinte do FuSEx constante de sua ficha financeira.

§ 1º As despesas indenizáveis relativas à AMH prestada aos beneficiários do FuSEx


correspondem a 20% (vinte por cento) do total do atendimento, se cobertas pelo sistema, e a 100% (cem
por cento), no caso de despesas não cobertas, mas financiadas pelo FuSEx, sendo ambas pagas pelo
contribuinte.

§ 2º O valor da parcela a ser averbada para desconto mensal, relativa às despesas


indenizáveis provenientes de atendimentos, deverá corresponder a percentual do soldo do militar ou do
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soldo do posto ou da graduação que deu origem à pensão militar ou da quota-parte, fixado em Portaria do
Comandante do Exército, considerando o limite estabelecido no § 3º do art. 14 da Medida Provisórianº
2.215-10, de 2001.

§ 3º O saldo devedor do titular deverá ser descontado nos meses subsequentes até a
quitação integral da dívida, observado o disposto no § 2º deste artigo.

Art. 24. Não constituem objeto de indenização, seja para os militares da ativa ou na
inatividade, seja para seus dependentes, os seguintes itens:

I - perícias médico-legais, medidas profiláticas e evacuações médicas, quando tais


procedimentos forem determinados, por autoridades competentes, para atender a interesse do serviço;

II - consultas e honorários relacionados à mão de obra com a AMH, quando os serviços


forem prestados pelos profissionais dos quadros das OM;

III - taxa de remoção, quando essa for realizada com meios próprios das OM; e

IV - inspeções de saúde, quando do interesse do serviço.

§ 1º As despesas listadas neste artigo serão cobertas pelo Fator de Custos de Atendimento
Médico-Hospitalar (FCAMH).

§ 2º São autoridades competentes para determinar os procedimentos previstos no inciso I


deste artigo o Comandante do Exército, o Chefe do DGP, os comandantes militares de área, os comandantes
de RM e o Diretor de Saúde.

Art. 25. Os militares, da ativa e na inatividade, terão direito à AMH custeada integralmente
pelo Estado, quando dela necessitarem, em qualquer época, somente pelos agravos relacionados com os
seguintes motivos:

I - ferimento em campanha ou na manutenção da ordem pública;

II - acidente em serviço;

III - enfermidade contraída em campanha ou na manutenção da ordem pública, ou


enfermidade cuja causa eficiente decorra de uma das situações citadas nos incisos I e II deste artigo; e

IV - moléstia ou enfermidade adquirida em tempo de paz, decorrente de condições


inerentes ao serviço.

Parágrafo único. As despesas listadas neste artigo serão cobertas com recursos do FCAMH.

CAPÍTULO VIII
DOS RESSARCIMENTOS

Art. 26. Os ressarcimentos aos contribuintes do FuSEx serão efetuados apenas quando os
atendimentos aos beneficiários forem realizados por OCS, PSA ou estabelecimento comercial especializado
e de acordo com a regulamentação específica.

Art. 27. Os ressarcimentos, de que trata o art. 26 destas IG, somente serão permitidos para
atendimentos enquadrados nos seguintes casos, de acordo com regulamentação específica:

I - emergência médica ou comprovada urgência médica;

II - em caráter eletivo, quando, excepcionalmente, exaurida a possibilidade de atendimento


na OMS e na rede contratada, credenciada ou conveniada local, situação na qual o beneficiáriodeverá
requerer à RM a que estiver vinculado o atendimento em OCS, por PSA nãocontratado ou conveniado ou
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em estabelecimento comercial especializado e, havendo autorização da RM, que consultará a D Sau, o


ressarcimento das despesas médicas ocorrerá conforme previsto nas IR específicas; e

III - atendimento no exterior.

§ 1º Não serão motivos de ressarcimento as despesas com evacuação e translado de corpos,


aquisição de medicamentos no território nacional e outras despesas de rotina.

§ 2º As despesas decorrentes da evacuação, em caráter de emergência médica e/ou


comprovada urgência médica, pagas pelo interessado poderão ser ressarcidas mediante requerimento
dirigido ao Comandante da RM de vinculação do interessado, encaminhado por meio do canal de comando
e instruído conforme regulamentação específica.

§ 3º Excepcionalmente, poderão ser realizados ressarcimentos dentro dos limites


estabelecidos em convênio ou contrato com OCS e PSA regional, contudo, na ausência do procedimento
e/ou exame na tabela em convênio ou contrato com OCS e PSA, poderá ser utilizada tabela oficial ou valores
obtidos por intermédio de pesquisa de mercado, desde que previamente homologados pela DSau,
conforme o inciso II deste artigo, nos seguintes casos:

I - aquisição de próteses ou órteses;

II - aquisição de medicamentos no exterior; e

III - assistência domiciliar.

CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 28. O reintegrado às fileiras do Exército com direito à remuneração deverá contribuir
para o FuSEx e, consequentemente, fará jus à inclusão de seus dependentes.

§ 1º No caso de reintegração por motivo de saúde, o militar, quando amparado pelo art. 25
destas IG, terá o tratamento médico-hospitalar referente à patologia pela qual foi reintegrado custeado com
recursos do FCAMH.

§ 2º O reintegrado que não faz jus à remuneração não contribuirá para o FuSEx e terá
custeada pelo FCAMH a AMH prestada exclusivamente à sua pessoa.

§ 3º As alterações de dados cadastrais do reintegrado às fileiras do Exército no


CADBENFuSEx e na BDCP deverão ser realizadas pela respectiva UV por intermédio do BID Online e do
SiCaPEx, em consonância com as normas do Sistema de Pagamento do Exército (SPEx).

Art. 29. O Chefe do DGP, o Diretor de Saúde e os comandantes de RM poderão ampliar a


AMH prestada aos beneficiários do FuSEx pelo estabelecimento de convênios ou contratos com entidades
públicas e com pessoas jurídicas de direito privado ou credenciamentos com particulares, conforme
regulamentação específica e observado o crédito disponível.

Art. 30. Caberá à Secretaria de Economia e Finanças (SEF) gerir, segundo a legislação do
Fundo do Exército, as receitas financeiras relativas ao FuSEx.

Art. 31. É responsabilidade dos comandantes de RM acompanhar, controlar e fiscalizar o


funcionamento dos órgãos do Sistema FuSEx localizados na área de sua jurisdição.

Art. 32. O DGP, após submeter à apreciação do Estado-Maior do Exército, baixará as IR


referentes a estas IG.

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Art. 33. O anistiado político militar, beneficiado pela Lei nº 10.559, de 13 de novembro de
2002, deve contribuir para o FuSEx, sendo, portanto, beneficiário titular.

§ 1º O cadastramento/recadastramento do beneficiário titular anistiado político e de seus


dependentes será realizado pela sua UV.

§ 2º O cadastramento/recadastramento dos dependentes dos contribuintes titulares do


FuSEx que sejam anistiados políticos será realizado, desde que atendidos os requisitos da legislação
reguladora de cadastramento/recadastramento do FuSEx.

Art. 34. Caberá ao Chefe do DGP, mediante parecer da D Sau e da DPGO, dirimir dúvidas
técnicas e baixar IR ou Normas Complementares a estas IG.

Art. 35. Os casos omissos serão resolvidos pelo Comandante do Exército.

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Este texto não substitui o publicado no Boletim do Exército nº 21/2022.

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