Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Vistoriar consiste na verificação de sinais veiculares como chassi, número de motor, carroceria, placas e outros, com a
finalidade de identificar adulterações e falsificações alusivas não somente ao veículo, mas também aos documentos de
porte obrigatório.
A busca veicular consiste na verificação interna e externa do veículo abordado, por meio de revista nos compartimentos
suscetíveis a serem utilizados para esconder objetos ilícitos
Distribuição de funções:
➢ PM Comandante;
➢ PM Verbalizador;
➢ PM Vistoriador (é o policial responsável pela verificação de documentos e vistoria do veículo);
➢ PM Revistador (é o responsável pela realização da busca pessoal nos ocupantes do veículo abordado);
➢ PM Segurança.
ATENÇÃO: Um policial poderá acumular duas ou mais funções.
118
MTP 04
➢ Após o posicionamento, os policiais militares desembarcarão, fecharão as portas e posicionar-se-ão (ver figura acima).
➢ Se a situação for avaliada como risco nível II, o abordado será colocado em alguma das posições de contenção. Caso
intervenção seja classificada como risco nível III, o abordado será colocado na posição de contenção 3 ou 4.
➢ Com os ocupantes do veículo desembarcados e dispostos na área de busca, o PM Verbalizador com arma em pronta
resposta progride pelo lado esquerdo do veículo realizando uma varredura até conseguir visualizar o interior do veículo.
➢ O P2 monitora os abordados. Após o P1 realizar a varredura no veículo, o P2 irá se aproximar dos abordados adotando
a TAT.
➢ Mediante avaliação de risco do P3 poderá se posicionar à frente ou a retaguarda da segunda viatura.
➢ A busca veicular será iniciada pelo porta-malas, prossegue para região destinada aos ocupantes do veículo e finaliza no
box do motor.
PM Segurança 1 PM Comandante
PM Segurança
PM Comandante
PM Segurança 2
Abordagem a motocicletas
➢ O condutor da motocicleta desligará seu veículo;
➢ Todos os ocupantes da motocicleta desembarquem com as mãos na cabeça e se postem à retaguarda dela.
➢ Ressalta-se que os abordados não devem retirar os capacetes
➢ Não é recomendável a realização de busca pessoal com o abordado sobre a motocicleta.
➢ Em caso de motocicletas com 2 ocupantes, o passageiro será o primeiro a ser conduzido à área de busca.
➢ Feita a busca pessoal e não sendo encontrado nada, o PM Comandante deverá:
• retirar os abordados da via pública levando-os para a calçada;
• posta-los em pé ou assentados com as mãos para trás;
• fará breve entrevista com os abordados
Abordagem a Ônibus
➢ Embora seja possível uma ação com 2 ou 3 policiais militares, em razão da urgência que ocorrem em algumas
intervenções policiais e do efetivo disponível na maioria das frações da PMMG, recomenda-se o efetivo de 4 policiais.
➢ ATENÇÃO! Para efeito de segurança nas abordagens a coletivos com três portas, independente da avaliação de risco,
recomenda-se que a porta central permaneça fechada.
119
MTP 04
Abordagem a caminhões
➢ Em qualquer nível de abordagem a caminhão é primordial realizar o desembarque dos ocupantes da cabine, em função
da dificuldade de se visualizar o interior e monitorar as ações nesse espaço.
Conceitos
Perseguição policial é a ação policial que ocorre antes ou durante uma Operação Cerco, Bloqueio e Interceptação, que
consiste em acompanhar ou seguir um suspeito de prática de delito, em fuga, com objetivo de abordá-lo, identificá-lo e, se
confirmada a infração, prendê-lo.
Cerco: é uma ação tática, que consiste no posicionamento conjunto de policiais militares e viaturas policiais (e outros
recursos logísticos) em pontos estratégicos dentro de um espaço geográfico, a fim de controlar as rotas de fuga do veículo
evasor, por meio da disposição de obstáculos na via de forma a reduzir a velocidade dos veículos que passam pelo local.
Bloqueio: é uma ação tática que decorre do cerco e que consiste no posicionamento de obstáculos com a finalidade de
interromper totalmente o fluxo da via.
Interceptação: é uma ação policial que visa a captura dos ocupantes do veículo em fuga, a partir da imobilização definitiva
do veículo.
Planejamento
Em regra, uma Operação Cerco, Bloqueio e Interceptação surge de um planejamento prévio. Entretanto, quando não
houver tempo para um planejamento prévio, haverá um conjunto mínimo de procedimentos a serem observados:
a) a unidade de comando;
b) o compartilhamento de dados e informações sobre a ocorrência;
c) a definição de funções e pontos de cerco;
d) a atuação sistêmica.
120
MTP 04
b) Desfavoráveis:
• abismos, paredes abruptas ou de danos naturais na via (buracos, obras), que possam prejudicar a segurança de
procedimentos;
• curvas, aclives, declives ou vias com grande circulação de pessoas;
• vias marginais em relação à via principal, ou de estradas vicinais que possam favorecer a fuga do veículo.
Distribuição de Funções
➢ PM Comandante da Operação
➢ PM Comandante do Ponto de Cerco e Bloqueio
➢ PM Segurança
Comunicações
➢ Nas situações em que não seja possível a coordenação por meio do COPOM ou correspondente, a comunicação será
centralizada no PM Comandante da Operação.
➢ LEMBRE-SE: Três razões essenciais para a disciplina das comunicações na rede-rádio:
• fazer com que as ordens do comandante da operação alcancem todos os envolvidos;
• auxiliar no controle do nível de estresse da ocorrência;
• impedir que mensagens confusas alterem o estado de prontidão dos policiais militares.
Logística
➢ As viaturas não empenhadas e aquelas que estiverem empenhadas em ocorrências de menor relevância deslocarão
para os pontos de cerco pré-definidos ou determinados pelo PM Comandante da Operação.
➢ Aarmamento (porte e portátil), escudo balístico, apitos, rádios HT, cavaletes, cones, dentre outros, podendo ser
utilizados limitadores de fuga (ex.: “cama de faquir”) e outros meios não convencionais (meios de fortuna).
Afunilamento Afunilamento
Paralelo Diagonal
121
MTP 04
LIMITADORES DE FUGA
➢ O modelo mais comum possui várias denominações, sendo que a mais usual é “cama de faquir”, podendo ser descrito
como “dispositivo móvel constituído de agulhas de aço distribuídos numa base pantográfica”.
➢ No CERCO, o uso do limitador de fuga ocorrerá quando o policial 1 que estiver acompanhando o fluxo dos veículos
determinar que algum veículo pare e o condutor iniciar uma evasão. Configurada a ação de desobediência, o policial 2
deverá estender o limitador de fuga sobre a via a fim de perfurar os pneus do veículo evasor e obstar a sua fuga.
➢ Assim que o veículo evasor passar sobre o limitador de fuga, a ferramenta deve ser recolhida, de maneira a evitar que
as viaturas policiais que estejam em perseguição passem sobre o equipamento e sejam danificadas.
➢ No BLOQUEIO o limitador de fuga deve ser instalado entre a segunda e a terceira barreira de contenção, a 5 metros de
distância da segunda barreira.
➢ Em algumas situações em que não seja possível a montagem do cerco e bloqueio, os limitadores de fuga poderão ser
utilizados, observando-se o seguinte:
• Quando da realização de bloqueio total da via com o uso do limitador de fuga recomenda-se o posicionamento de
policiais militares em ponto de comandamento ou abrigos que permitam uma resposta mais segura;
• Sempre que possível, tão logo o veículo suspeito ou em fuga passe pelo equipamento, o PM deverá recolhê-lo;
• o PM deverá estar em via que seja reta e não seja declive, não se recomendando ações em curvas, próximos a
abismos e locais onde o desvio na direção do veículo objeto da ação policial possa resultar em maior dano do que o
objetivo proposto.
122