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ABORDAGEM POLICIAL

INSTRUTOR
CAP PMRN GADELHA
OBJETIVO
Proporcionar o nivelamento e padronização
dos conhecimentos táticos e das técnicas de
Abordagens adotadas pelos Agentes de
Segurança Pública do Rio Grande do Norte.
ABORDAGEM POLICIAL
• ABORDAGEM POLICIAL: È o ato de aproximar-se de
uma pessoa ou grupo de pessoas, por vários meios (a
pé, montado, motorizado, embarcado e etc.) que
estejam com indícios de suspeição, que tenham
praticado ou estejam na iminência de praticar ilícito
penal, ou ainda aproximar-se para: orientar, ajudar,
advertir, prender e etc.
• Obs.: No meio policial denominamos por “abordagem
policial” o que vem a ser “busca ou revista”, onde
ambos se completam, pois para haver a busca ou
revista o policial militar terá que proceder a abordagem
(aproximação), com isso um fator interliga-se ao outro.
É uma técnica policial que visa aproximar-se de
pessoas que emanam indícios de suspeição, ou
que estejam em flagrante delito ou na eminência
da prática de ilícitos penais, estando elas a pé,
motorizadas ou homiziadas em instalações
físicas.

(Manual básico de policiamento M-14-PM)


Entre as intervenções mais usuais da
atividade preventiva, a abordagem policial
constitui a maioria das ocorrências do dia-a-
dia do policial na rua, e deve respeitar técnicas
simples, fruto da experiência do exercício da
profissão, que promovem a segurança de todos
quando da necessidade de sua realização.
(ARANHA, 1995. ADAPTADO)
A abordagem policial está classificada em
duas espécies: Preventiva e Repressiva.
A Abordagem Policial Preventiva (situação de fundada
suspeita/”rotineira”) é aquela que deriva do exercício do Poder de Polícia,
fundamentadas as condições das “atitudes que caractrerizam a fundada
suspeita”.

Esta, por sua vez, tem que ser entendida pela sociedade como uma
atribuição de Polícia Ostensiva, que tem o caráter principal de atuação
preventiva, no sentido de prevenir crimes, de ratificar a suspeição, de
fornecer sensação de segurança às pessoas, bem como de se utilizar dos
meios disponíveis para dissuadir a vontade de delinquir dos infratores da
lei.

A Abordagem Policial Repressiva (infrator da lei /alto risco) é aquela


que resulta da confirmaçao de fato criminoso, da prisão em flagrante
delito ou da prisão por ordem judicial.

Essa modalidade de abordagem, geralmente, não causa grandes


entreveros jurídicos, pois retrata uma situação em que há uma imperiosa
necessidade de atuação estatal, porém demanda uma postura mais atenta
dos policiais no emprego da técnica e da tática, que deverá ser executada
de forma criteriosa pelo risco imininente.
TÉCNICA POLICIAL:

É a parte material ou conjunto de processos de


uma arte. É a maneira, jeito ou habilidade
especial de executar ou fazer algo.
É o conjunto de métodos e procedimentos
usados para a execução eficiente das atividades
policiais militares.
A técnica não é uma covardia, é uma abordagem
científica.

TÁTICA POLICIAL:

É a arte de empregar a tropa em ações e


operações policiais militares.
FINALIDADES DA ABORDAGEM
• A abordagem deve ter uma finalidade, estes fins
caracterizam a necessidade de se realizar a
abordagem. As condições fim são:

 Averiguar – Normalmente se processa para


esclarecimento de comportamento incomum ou
inadequado de pessoas e instalações.

 Advertir – É todo ato de interpelar o cidadão


encontrado em conduta inconveniente,
buscando a mudança de atitude, a fim de evitar
o cometimento de contravenção penal ou crime.
 Orientar – É o ato de prevenir a ocorrência de delitos
através do esclarecimento ao cidadão sobre as
medidas de segurança que deverá tomar.

 Prender – É o ato de privar de liberdade alguém,


encontrado em flagrante delito ou mediante
mandado judicial.

 Assistir – É todo auxilio prestado ao público,


eventual e não compulsório que embora não
constituam um dever legal, repercutem
favoravelmente para a instituição policial.

 Autuar – É o registro escrito da participação do


Colaborador em ocorrência, retratando aspectos
essenciais, para fins legais e estatísticos.
PREVISÃO LEGAL REFERENTE À ABORDAGEM
Art. 240 CPP: “A busca será domiciliar ou pessoal.”

§ 1º Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem


para:
- prender criminosos;
- apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;

§ 2º Proceder-se-á a busca pessoal quando houver fundada suspeita de que


alguém oculte consigo arma proibida...;

Art. 244 CPP:


“A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando
houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma
proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou
quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar”.

Art. 249 CPP:


“A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar
retardamento ou prejuízo da diligência”.
BUSCA DOMICILIAR
PRISÃO EM DOMICĺLIO:
Por mandamento constitucional, a casa é asilo inviolável do
indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou durante o dia, por determinação judicial. (Art. 5º, XI da
CF)
BUSCA DOMICILIAR:
Nos casos em que não houver consentimento do morador só poderá
ser feita pessoalmente pela autoridade judiciária ou por sua
determinação. A autoridade policial ou seus agentes só poderão
proceder busca domiciliar mediante o consentimento do morador ou
munidos de mandado judicial. (Art.5º, XI da CF)
Para que a abordagem policial não seja considerada ilícita,
faz-se necessária a existência da suspeição que justificará
sua execução.
Duas perguntas que todos os policiais deverão saber
responder respaldando o motivo da suspeição:

1. O QUE SE ENTENDE POR INDIVIDUO SUSPEITO?


Pessoa que infunde dúvidas à cerca de seu comportamento,
ou que não inspire confiança, em relação ao lugar onde se
encontre, o horário e outras circunstâncias.

2. SUSPEITO DE QUÊ?
O que caracteriza a atitude suspeita do indivíduo, é o seu
comportamento associado á circunstância de tempo, lugar,
clima, pessoas, coisas etc.
PODER DE POLÍCIA
• É o conjunto de atribuições concedidas à
Administração para disciplinar e restringir, em favor
de interesse público adequado, direitos e liberdades
individuais. (Caio Tácito)

• É a faculdade de que dispõe a Administração Pública


para condicionar e restringir o uso e gozo de bens,
atividades e direitos individuais, em benefício da
coletividade e do próprio Estado.
(Hely Lopes Meirelles)
ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA
 Discricionariedade: Isso significa que a
oportunidade, a decisão de tal procedimento,
estará na esfera da decisão do próprio policial.

 Auto-executoriedade: É a faculdade da
administração de julgar e EXECUTAR por seus
próprios meios, sem intervenção do poder
judiciário, porém vinculado a norma legal.

 Coercibilidade: Todo ato de polícia é imperativo


admitindo até mesmo o emprego da força para o
seu cumprimento, quando resistido pelo
administrado, mas , não legaliza a VIOLÊNCIA
DESNECESSÁRIA ou DESPROPORCIONAL a
resistência oferecida.
(Hely Lopes Meirelles)
PRINCÍPIOS NORTEADORES
LEGALIDADE: O policial deve buscar amparar legalmente sua
ação, devendo ter conhecimento da lei e estar preparado
tecnicamente, através da sua formação e do treinamento
recebidos.

NECESSIDADE: O policial precisa identificar o objetivo a ser


atingido e se a ação atende aos limites considerados mínimos
para que se torne justa e legal sua intervenção, verificando se
todas as opções estão sendo consideradas e se existem outros
meios menos danosos para se atingir o objetivo desejado.

OPORTUNIDADE: Diz respeito ao momento e ao local da


intervenção policial.

PROPORCIONALIDADE: Está se verificando a proporcionalidade


do uso da força, e caso não haja, estará caracterizado o abuso
de poder.
PRINCÍPIOS BÁSICOS
SEGURANÇA - Acercar-se de todas as cautelas necessárias
para diminuição dos riscos de perigo. Caracteriza-se
também pelo número superior de policiais, armamentos,
equipamentos e de viaturas, em relação ao numero de
pessoas suspeitas.

SURPRESA - É apanhar de imprevisto, furtivamente de


sobressalto. Contribui para segurança dos executores da
abordagem, pois é dissuasivo psicológico da resistência,
propiciando o êxito da ação.

SIMPLICIDADE - Mantenha a abordagem simples porém


taticamente segura e funcional. Emita ordens claras e
concisas.

RAPIDEZ - Quanto mais rápida for a ação, maior a surpresa e


menor a possibilidade de reação. A rapidez não deve
comprometer a SEGURANÇA.
PRINCÍPIOS BÁSICOS
AÇÃO ENÉRGICA - Demonstração de força física, moralmente falando. A
tonalidade de voz deve ser forte, robusta, eficaz, firme e resoluta. O
cidadão suspeito ou infrator deve sentir que há decisão por parte dos
que executam a abordagem e que ao menor esboço de reação poderá
resultar em consequência prejudicial a si mesmo. É o uso da energia
sem violência e sem arbitrariedade.

UNIDADE DE COMANDO - Em tais operações, antes do estabelecimento


do plano de ação, deve haver um entrosamento participativo dos
policiais militares engajados, a partir daí haverá a definição da
responsabilidade de cada elemento, evitando atropelos, multiplicidade
de ordens, indefinição e outros fatores prejudiciais à operação.

CONTROLE - Envolve organização lógica e efetiva e a seleção de um


sistema de comando, planejamento detalhado e ensaio de ações, uma
clara corrente de comando,, comunicação adequada e um claro
entendimento das capacidades e limitações da EQUIPE ou GUARNIÇÃO.
POLICIAL É UM CIDADÃO:

Diferenciado pela sua qualificação e pelo fato de


ser um cidadão a serviço da população.

Sua missão como policial é SERVIR E


PROTEGER a comunidade;

Pela legalidade de suas ações cumpra e faça


cumprir a lei, respeite e proteja a dignidade
humana e ainda, mantenha, defenda e promova
os direitos humanos;

Seja um policial discreto, reservado e preserve a


privacidade das pessoas;
Atue sempre de maneira progressiva, ética e técnica,
incluindo, principalmente, o seu uso extremo, que diz
respeito ao emprego letal das armas de fogo;

Tortura ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes


não condizem com uma polícia profissional;

Lembre-se ainda que a integridade física e psicológica das


pessoas sob sua custódia é sua responsabilidade.

O conhecimento prático, a sua experiência pessoal aliada a


de outros policiais mais antigos, bem como um treinamento
continuado e cuidadoso é que lhe darão as habilidades
necessárias para trabalhar profissionalmente.

CONHECER A TEORIA É IMPORTANTE, TREINAR É


FUNDAMENTAL. QUEM TREINA VENCE.
A sua segurança está relacionada diretamente ao
seu preparo mental.

O preparo mental consiste em visualizar e


ensaiar mentalmente suas ações de modo a
planejar suas respostas em razão da maneira de
agir dos criminosos.

Para agir na vida real, você tem que treinar o


máximo possível. Lembre-se de que nem todas
as situações são possíveis de serem simuladas
com realismo durante os treinamentos.
Quanto mais preparado mentalmente, o policial
terá melhores condições para:
a) operar no nível apropriado de alerta
relativo ao grau de prontidão que a situação
exige;
b) detectar sinais de riscos e ameaças;
c) passar para um nível mais alto de
alerta e prontidão de acordo com a evolução
da ocorrência.
O seu estado de alerta é mais decisivo do que
os equipamentos e armas utilizadas, pois é
ele que determinará sua condição psicológica
de resposta à situação apresentada.

Os diferentes níveis de alerta, antecipação,


concentração e autocontrole, podem ser
identificados através dos seguintes
conceitos:
NÍVEIS DE ALERTA - CONCEITOS
ESTADO RELAXADO:
Estado de não prontidão, cor “BRANCA”. Existe
distração com o que está acontecendo ao seu redor,
relaxamento, pensamento disperso.

ESTADO DE ATENÇÃO:
Você está atento, precavido, mas não tenso, cor
“AMARELA”. Apresenta calma, porém mantêm
constante vigilância (em 360º) das pessoas, lugares,
coisas e ações ao seu redor.

ESTADO DE ALERTA:
O problema já existe e você está ciente de um provável
confronto. Cor “LARANJA”. Baseado em seu
treinamento, experiência, educação e bom senso,
tenham um Planejamento Tático em mente para seguir.
NÍVEIS DE ALERTA - CONCEITOS
ESTADO DE ALARME:
O risco é real e a reação instantânea é necessária, cor
“VERMELHA”. Focalize a ameaça e tenha em mente a
ação necessária para controlá-la, com intervenção
verbal, força física ou força letal.

ESTADO DE PÂNICO:
Quando o perigo se mantém por um período de tempo
prolongado, ou o policial enfrenta um perigo para o
qual ele não está preparado, o organismo entra num
processo de sobrecarga. É chamado assim porque a
sua mente está em “apagão”, fazendo com que o seu
estado mental não lhe proporcione condições de
defesa, cor “PRETA”.
NÍVEIS DE RISCO EM UMA
ABORDAGEM
Os níveis podem ser determinados, levando-se em
consideração fatores de suspeição, que se traduzem
em maiores ou menores riscos para a equipe, são
eles:

Nível 1 – Averiguação
É uma abordagem para a verificação de documentos e
fiscalização cotidiana. Situação em que não há
suspeição específica e determinada, mas, suspeita-se
das pessoas em função do horário, local ou de suas
condutas praticadas. Embora simples, exige-se
observância aos princípios da segurança.
Nível 2 – Pessoas em atitudes suspeitas
É o tipo de abordagem que tem como fundamento
uma informação prévia sobre a presença de uma ou
mais pessoas suspeitas de terem praticado uma
infração penal ou de estarem de posse de algo
proibido por lei, como drogas, armas, etc. É realizada
quando há algum tipo de suspeição, porém, sem
evidências concretas que relacionem os abordados a
um fato delituoso ocorrido.
A busca pessoal é preliminar e minuciosa.
Nível 3 - Infrator da lei
É o tipo de abordagem que tem por fundamento a
identificação e detenção de autores de crime nas
hipóteses do flagrante delito.
Quando na identificação, o requisito da fundada
suspeita é mais latente, é amparado por fortes
indícios, os quais relacionam os abordados com um
fato delituoso ocorrido. A postura policial modifica
diante do novo quadro, esta pode progredir ou retrair
os níveis de abordagem.
Nível 3 - Infrator da lei
A busca pessoal e local será minuciosa, pesquisando
antecedentes criminais, quando houver veículos
envolvidos, realizar a verificação de número de chassi e
motor, esconderijos de armas ou substâncias
entorpecentes, etc.
Quando os abordados são encontrados na flagrância do
delito, com os objetos relacionados ao fato criminoso
ocorrido. Evidentemente, deve-se respeitar a dignidade da
pessoa humana. Os abordados devem ser submetidos a
busca pessoal minuciosa, devem ser ditos seus direitos
constitucionais e conduzidos a delegacia policial para
lavratura do auto de prisão em flagrante.
Conforme as reações do abordado, os níveis de abordagens são
graduais e progressivos ou regressivos. A medida mais extrema
deve ser o último recurso, e deve ser revestida de legalidade.
Lembrando que o uso de armas de fogo contra pessoas só poderá
ocorrer quando:

Para defesa própria (legítima defesa), ou defesa de outrem, contra


a ameaça atual ou iminente de morte ou de ferimentos graves;
Ex.: Ocorrência de roubo em andamento

Para impedir à perpetração de crime particularmente grave que


envolva uma séria ameaça à vida;
Ex.: Ocorrência com refém localizado
Combine opções de defesa e controle para o
tipo de ameaça enfrentada, pois possuir as
respostas adequadas e agir preventivamente é
mais importante do que o tipo de armamento que
você está portando.
O quarteto que governa o pensamento Tático e
que deve estar em sua mente é:
Área de Segurança,
Área de Risco,
Ponto de Foco e
Ponto Quente.
PENSAMENTOS TÁTICOS
Área de Segurança é a área na qual a polícia tem
o domínio total da situação, não havendo riscos à
integridade física e segurança dos policiais.
Área de Risco é a área na qual a polícia não
detém o domínio da situação. Pode ser pessoa,
objeto ou local que represente perigo.
Ponto de Foco é a localização exata dentro da
Área de Risco de onde podem surgir ameaças.
Pontos Quentes são lugares onde há maior
possibilidade de ameaças. (real, iminente)
PENSAMENTO TÁTICO
PENSAMENTO TÁTICO
PENSAMENTO TÁTICO
PONTO DE FOCO
Sua tarefa ao encontrar qualquer Ponto
de Foco é:

a) Conter;

b) Isolar;

c) Controlar qualquer ameaça que


possa surgir dele.
FASES DA ABORDAGEM
As fases da abordagem consiste na observação,
planejamento mental, plano de ação e decisão.

OBSERVAÇÃO
 Olhar com atenção, estudar e examinar detalhes do

terreno e das pessoas em geral, interpretando o que


ocorre a sua volta para se evitar erros em
procedimentos futuros.

PLANEJAMENTO MENTAL
 Forma individual em que cada policial programa a

ação, mentalmente, analisando a melhor maneira


para a execução da técnica.
FASES DA ABORDAGEM
PLANO DE AÇÃO
 Planejamento de como será a ação, dividindo as tarefas e

atribuindo as responsabilidades de cada integrante da


equipe.

DECISÃO
 A tomada de decisão percorre desde a escolha do objetivo,

até o planejamento de execução da abordagem. Toda


decisão tomada pelo operador deve objetivar principalmente
a segurança da equipe, dos transeuntes e dos abordados.
Tal planejamento de execução consiste em se identificar 04
aspectos fundamentais:
 Porquê abordar? Onde abordar? Quando abordar?
Como Abordar?
TIPOS DE SUSPEITOS
 Cooperativo: O suspeito é positivo e submisso às determinações dos
policiais. Não oferece resistência e pode ser abordado, revistado e
algemado facilmente, caso seja necessário prendê-lo.
 Resistente Passivo: Eles tendem a oferecer resistência passiva. São
“passivamente não cooperativas:” são indecisos Movimentam-se
devagar procurando por uma via de escape. Pedem para repetir as
ordens ou fazem demasiadas perguntas sobre os procedimentos. Ele
resiste, mas sem reagir, sem agredir.
 Resistente Ativo: ativamente não-cooperativos. A resistência do
indivíduo tornou-se mais ativa, tanto em âmbito quanto em
intensidade. A indiferença ao controle aumentou a um nível de forte
desafio físico.

Cada situação é única. O bom julgamento e as circunstâncias de cada


uma delas ditará o nível de força que o policial utilizará. As circunstâncias
são percebidas pelos policiais de acordo com o ambiente e a ação do
suspeito abordado.
Cada situação é única. O bom julgamento e as circunstâncias
de cada uma delas ditará o nível de força que o policial
utilizará. As circunstâncias são percebidas pelos policiais de
acordo com o ambiente e a ação do suspeito abordado.

AGRESSÃO LETAL FORÇA LETAL

AGRESSÃO TÁTICAS DEFENSIVAS


NÃO LETAL NÃO LETAIS

S RESISTÊNCIA ATIVA CONTROLE FÍSICO P


U O
S L
P RESISTÊNCIA PASSIVA CONTROLE DE CONTATO I
E C
I I
T COOPERATIVO VERBALIZAÇÃO A
O L

NORMALIDADE PRESENÇA POLICIAL


Modalidades de Busca
São meios ou instrumentos utilizados para realizar a
busca. Estão divididas conforme segue abaixo:
Tipos de Busca Pessoal
VISUAL
É realizada a fim de identificar visualmente, qualquer volume
ou anormalidade no corpo do cidadão ou no ambiente que
possa caracterizar uma ameaça.
RÁPIDA
É realizada geralmente em bares, portões de entrada,
coletivos e etc, locais onde devido a grande quantidade de
pessoas, torna-se inviável uma busca mais detalhada
MINUCIOSA
Realizada em pessoas suspeitas.
COMPLETA
Utilizada principalmente em presídios nos detentos, por
ocasião de escoltas e após rebeliões, e nos visitantes nos
dias de visitas antes de adentrarem no estabelecimento
prisional e na entrega de presos nas DPs.
VERBALIZAÇÃO
A verbalização é a técnica mais comumente utilizada para
atuar em ocorrências ou efetuar prisões de suspeitos.
O Policial deve procurar reduzir as possibilidades de
confronto pela adequada utilização da verbalização antes,
durante e após o emprego de força.
Ao proceder a abordagem verbal, explique, através de
comandos, cada ação que o suspeito deve realizar. Trate-
o com dignidade e respeito, utilizando linguagem
profissional.
Esteja sempre preparado, pois é difícil prever o que pode
acontecer quando se ordena ao suspeito: “PARADO!
POLÍCIA!”.
Ele pode obedecer imediatamente sua ordem ou sair
correndo feito um louco ou, imediatamente, atirar.
VERBALIZAÇÃO
Qualquer que seja a reação, o momento é tenso, crítico e cheio de
riscos.
Ao abordar verbalmente um suspeito esteja preparado para tudo.
Seja firme! Um comando enérgico pode evitar uma tragédia,
impedindo o uso da força física ou letal.
Uma atenção especial deve ser dada à linguagem. Alguns policiais
acreditam que, utilizando uma linguagem vulgar, “chula” e
ameaçadora, desencorajaram a resistência do suspeito.
Diálogos dessa natureza causam espanto e demonstram falta de
profissionalismo. Além disso, uma “ameaça verbal” pode
desencadear uma reação e propiciar o agravamento da situação.
O que se busca, ao realizar a abordagem verbal, é a redução do uso
da força e o controle do suspeito.
VERBALIZAÇÃO
Diga frases no imperativo, em tom alto de voz,
demonstre convicção e determinação no que está
fazendo. Lembre-se de flexionar o nível de voz sempre
que houver acatamento, abaixe o tom, conquiste a
confiança da pessoa abordada.
A posição em que o policial empunha sua arma também
ajuda na verbalização, no sentido que ele tenha o
recurso de apontá-la ou não, conforme o desenrolar do
caso, buscando sempre partir do nível mínimo de força e
evoluir gradativamente.
Procure o diálogo, contudo evite discutir, não entre em
“bate boca”, resista à tentação de ficar disputando na
voz com o suspeito. Deixe que ele fale e após,
mantenha-se calmo, insistindo em seus comandos
firmes e imperativos demonstrado sua determinação.
VERBALIZAÇÃO
Quaisquer que sejam as possibilidades procure pensar
taticamente, priorize a sua segurança e evite cair na
armadilha das provocações.
Conduza o desfecho com isenção e profissionalismo. Faça o
que deve ser feito, adote todas as medidas legais que
couberem ao caso em particular, conduza sua atuação
conforme preconizado no escalonamento do uso da força.

SEJA FIRME - SEJA JUSTO - SEJA AMIGÁVEL!!!

Não ameace o suspeito, nem diga nada que não possa


cumprir, A escolha da posição para algemar deve ser feita a
partir de uma avaliação da situação e do comportamento do
suspeito.
EMPREGO DE ARMAS DE FOGO
Está Regulado No Art.234, Do CPPM, Nos Seguintes Termos:
O uso de armas de fogo só se justifica quando absolutamente
necessário para vencer a resistência ou proteger a
incolumidade do executor da prisão ou a de auxiliar seu.
USO DE ALGEMAS:
Encontra amparo legal no Art. 234, § 1º do CPPM, e nos
Art. 284 e 292 do CPB, que trata do emprego de força.
Art. 234 do CPPM
1º O emprego de algemas deve ser evitado, desde que não
haja perigo de fuga ou de agressão da parte do preso.
Art. 242 do CPPM
Pessoas que gozam do privilégio de prisão especial, como
ministros, governadores, juizes, oficiais das forças armadas,
polícias militares e corpo de bombeiros militares, etc.
OBS. Súmula Vinculante nº 11 do STF
REGRAS DE SEGURANÇA
 Suspeite sempre;
 Nunca subestime;
 Aborde sempre com a arma em condições

de defesa;
 Torne-se um alvo difícil;
 Aborde dentro dos princípios de segurança,

com energia, rapidez e objetividade;


 Não fique em fogo cruzado ou na linha de

fogo;
 Vigie sempre os olhos e as mãos do
abordado;

 Afaste o abordado do local de origem;

 Não desvie a atenção ao abordado;

 Observe as condições de segurança em


relação ao ambiente;
Recomendações

Lembre-se: Em qualquer situação se porventura a


pessoa a ser abordada tentar ou empreender fuga:

 Nunca atire pelas costas e nem tampouco em


carros em movimento;

 Acompanhe o cidadão infrator sem fazer uso de


disparo de arma de fogo;

 Solicite cobertura de outros policiais, para a


realização de um cerco.
“PARA QUE O MAL SUCUMBA PARA SEMPRE DIANTE DE NÓS”

PATAMO

FIM

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