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ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR

Escola de Formação de Soldados - EFSD

Curso de Formação de Soldados - CFSd 2024

Direitos Humanos
Corpo Docente:

Maj PM Jane de Oliveira Barreto Calixto


Demais docentes da Capital e Interior

NOSSOS SÍMBOLOS, NOSSA HONRA.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ao final da aula 5, o discente deverá:

- Compreender como se dá a autorização social para o exercício da força em


benefício da paz social;
- Entender o conflito entre cumprimento do dever e respeito aos direitos
fundamentais;
- Características do poder de polícIa: discricionariedade, autoexecutoiedade e
coercibilidade.
Autorização social para o exercício da
força em benefício da paz social
O Estado, por meio de seus agentes, detém o
monopólio do uso da força

Quando o uso
de força é
ilegítimo?
Autorização social para o exercício da força
em benefício da paz social
VIOLÊNCIA
POLICIAL

- ilegal
- ilegítima
- arbitrário/amador

USO DA FORÇA

- legal
- legítimo
- profissional
Conflito entre cumprimento do
dever e respeito aos direitos
fundamentais

Conflito entre o dever que as polícias


têm de manter estáveis as relações e
o comportamento dos indivíduos em
sociedade, empregando o seu poder
coercitivo, e a observância ao
conjunto de leis e códigos de conduta
da instituição policial.
Conflito entre cumprimento do dever e
respeito aos direitos fundamentais

Respeito aos direitos


Emprego da força
individuais e coletivos

Discricionariedade
Autoexecutoriedade
Coercibilidade
Discricionariedade das ações de Segurança Pública

CONCEITO: Liberdade de
ação dentro dos limites legais
para se concretizar o interesse
público, fundada num juízo de
oportunidade e
conveniência.
Discricionariedade das ações de Segurança Pública

A PREVISÃO LEGAL e
regulamentar do dever-poder
de polícia é abrangente,
permitindo ao profissional de
segurança pública escolher
as medidas oportunas e
convenientes para se atingir
o fim público.
Discricionariedade das ações de Segurança Pública

Sobre a regulação da discricionariedade no âmbito dos órgãos de


segurança pública, através da ponderação, é importante destacar o que
estabelece a lei que fala sobre o emprego dos instrumentos de menor
potencial ofensivo:
Art. 2º Os órgãos de Segurança Pública deverão priorizar a utilização dos
instrumentos de menor potencial ofensivo, desde que o seu uso não coloque em risco
a integridade física ou psíquica dos policiais, e deverão obedecer aos seguintes
princípios:

I- Legalidade
II- Necessidade
III- razoabilidade e proporcionalidade
Lei nº 13.060, de 22 de dezembro de 2014
Discricionariedade das ações de Segurança Pública

“Discricionariedade não se confunde com arbitrariedade.


DISCRICIONARIEDADE É LIBERDADE DE AGIR dentro dos limites
legais; ARBITRARIEDADE É AÇÃO FORA OU EXCEDENTE DA LEI,
com abuso ou desvio de poder”. O ato arbitrário é sempre ilegítimo e
inválido, portanto nulo, passível de responsabilização do agente público
(MEIRELLES, 2011, p. 121).
Autoexecutoriedade da atuação policial

CONCEITO: É a capacidade de se praticar uma ação


diretamente, por seus próprios meios, sem o acionamento do
poder judiciário.
Assim, na hipótese em que o policial se depara com uma
ocorrência, e precisa intervir, seja para alertar, seja para
abordar, prender ou adotar outra medida prevista na
legislação, com o intuito de preservar a ordem, proteger
pessoas e bens, ele o fará de imediato, sem a necessidade
de se dirigir a um juiz solicitando uma decisão que
fundamente sua atuação.
Autoexecutoriedade da atuação policial

Embora respaldado pelos atributos


do ato administrativo, dentre eles o
da presunção de legalidade e de
veracidade, o comportamento do
poder público pode sofrer
CONTROLE JUDICIAL, a ser
provocado pelo administrado, isto é,
a pessoa que foi submetida à
medida policial (CF/88, art. 5º,
XXXV).
Coercibilidade do dever-poder de polícia

Determinadas ações do poder público possuem caráter


impositivo, de observância obrigatória pelos destinatários.
É dizer que, a coercibilidade se opera com o
constrangimento (legal) no sentido de se obrigar alguém a
se submeter a uma determinação de ordem policial (legal,
clara e objetiva), sob pena do uso (legítimo) da força e
demais medidas cabíveis. Com efeito, todo o ato de
polícia é dotado de imperatividade, obrigatório para seu
destinatário, admitindo até o emprego da força (legítima) a
fim de se obter o seu cumprimento, em especial, quando
resistido pelas pessoas.
Coercibilidade do dever-poder de polícia

Uma correlação interessante é


aquela na qual considera que a
coercibilidade é indissociável Discricionariedade Autoexecutoriedade

da autoexecutoriedade. É dizer,
o ato de polícia só é Coercibilidade

autoexecutório porque é dotado


de força coercitiva.
Tripé do direito administrativo da
segurança pública

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