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Direito Administrativo

Professor Hélio Cimini

23/02/2023

I- O que é Direito Administrativo?


Parte do direito público (regra)
Regula as relações do particular com a adm. Pública e adm. Pública + adm. Privada
Fundamento histórico remete a Leviatã (Jó) (Hobs) (RFB)
Estuda o Estado como espécie e o Adm. Pública como gênero
O Estado interfere na minha vida a todo momento (pode intervir)
O Estado é mais forte que o particular
II- Quem é a Adm. Pública?
CC Art.41

Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:

Adm. Pública compõe-se dos entes personalizados que nos governam e por isso
sofrem limitações constitucionais
 Porque PESSOAS?
CPC Art.17

Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.

CPC Art.70

Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para
estar em juízo.

“Tem que ser pessoa do art. 41 CC”


III- Pra que serve a Adm. Pública?
Para satisfazer o interesse público e demais leis
Interesse público é diferente do interesse coletivo
A coletividade pode ser restrita
O interesse público é geral e abstrato
Interesse público primário
O interesse público primário liga-se diretamente com o artigo 3º da CF (Políticas
Públicas e objetivo da República)
 Prioridade da administração
Interesse público secundário
Já o interesse público secundário são apenas os meios utilizados pela
Administração Pública para alcançar os primeiros
IV- Teoria do órgão ou princípio da imputação volitiva (da vontade)
Otto Gierke

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de


serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Acabar de explicar a teoria do órgão

02/03/23

I- Teoria do órgão ou Teoria da imputação volitiva


PJDP: Pessoa Jurídica de Direito Público
Não possuem sentimento

Esta teoria diz que, em regra, a ação do agente público é imputada


(colocada na conta) à administração pública. Conforme Art. 37 P. 6º CF e
Art. 43 CC. Nos remédios constitucionais (exceção) é o próprio agente o
polo passivo.
Lei 9784/99
II- Estudo sistematizado dos princípios da Administração Pública
No direito administrativo os princípios têm maior força obrigatória que no
direito privado. Se dividem num primeiro momento entre:
a) Princípios expressos: aqueles do caput do Art. 37 CF.
Legalidade: é o primeiro princípio vinculante. Com fundamento no art.
5º, II da CF, preceitua que todas as condutas da administração pública
se submetam à lei, sob pena de nulidade.
Impessoalidade: este princípio procura afastar qualquer conduta que
implique promoção pessoal do agente público. (Art. 37, XXI, II CF)
Moralidade: impõe dever de conduta ética, honesta, transparente.
Além da legalidade, o agir administrativo deve ser moralmente aceito.
Publicidade: a publicidade dos atos destina-se a assegurar direito a
informação, direito de petição, devido processo legal e sistema
recursal.
Eficiência: a administração pública deve pautar seus atos
considerando o máximo de resultados com o mínimo de ônus. Se liga
muito ao princípio da proporcionalidade e razoabilidade. “A
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NÃO PODE MATAR PARDAL COM TIRO DE
CANHÃO.”

09/03/23

b) Princípios reconhecidos: todos os demais que não estão no Art. 37 CF,


mas também são dotados de obrigatoriedade.
Não estão no caput do art. 37
Estão na CF ou nas leis infraconstitucionais
São muitos mas vamos conhecer vários
1. Princípio da Autotutela Administrativa
A própria administração pública pode anular e revogar seus
próprios atos. Vedado no direito civil. Art. 5º, XXXV CF,
inafastabilidade da jurisdição (o titular do direito não pode
agir com as próprias mãos). A regra é que a administração
pública pode. Como autotutela a administração pública pode
anular ou revogar seus atos. Súmula 473 STF. Anular por vício
insanável de legalidade (o que está errado), ou revogar por
conveniência ou oportunidade (o que está certo).
Autotutela consiste em anular e revogar os próprios atos.
“O Direito/Princípio da Autotutela aplica-se em absoluto a
todas as situações?
NÃO. Devido ao que está escrito na última parte da súmula
473 STF. “...ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial.” A adm. Pública pode anular errado, ou revogar
errado.
2. Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade
Razoabilidade significa necessidade
Proporcionalidade significa adequação
Por este princípio se verifica respectivamente a necessidade e
a adequação do ato administrativo.
3. Princípio da Intranscendência das Ações
Não se trata de uma regra. Em excepcionais circunstâncias a
ação de um administrador não pode reverberar
maleficamente na outra administração, pois pode ocorrer
descontinuidade de serviço público essencial. (Súmula 615 STJ)
4. Princípio da Continuidade do Serviço Público
O serviço público não pode parar. Em especial aqueles que
garantem interesses primários.
5. Princípio da Indisponibilidade
Não pode o administrador público dispor dos bens da
administração sem o devido processo administrativo.
6. Princípio da Precaução
Por este princípio a administração pública, no âmbito de sua
competência, deve agir preventivamente diante da hipótese
de dano. Muito aplicado no âmbito do direito ambiental.
16/03/23
PODER DE POLÍCIA
Entender a concepção elementar de gênero e espécie ajuda a
entender este conceito.
 Conceito
 Legal (Art. 78 CTN)
O conceito legal de poder de polícia está no art. 78 do CTN. Em
resumo, é a limitação de direitos individuais para satisfação de
interesse público. Está no CTN porque o poder de polícia constitui
fato gerador das taxas.
 Doutrinário
 José Cretela Júnior, Maria Silva Zanela
Já o conceito doutrinário contemporâneo coloca o poder de
polícia como uma garantia dos direitos individuais que devem ser
protegidos pelo Estado e por isso, pode ocorrer práticas
restritivas. (Liberdade, autoridade, limitação)
 Espécies
Divide-se em Poder de Polícia Administrativa e Poder de Polícia Judiciária.
Este último sempre associado a ilícito penal, ao passo que o Poder de
Polícia Administrativa atua repressiva ou preventivamente.
 Poder de polícia Administrativa
Atuação preventiva e repressiva
Repressivamente naquilo que não é penal (multa)
Preventivamente: radar, semáforo, campanha de vacinação,
interdição de defesa civil.
 Poder de polícia Judiciária
Atua repressivamente com a sanção pelo ilícito penal
 Limites
O poder de polícia não pode ser praticado de modo absoluto e arbitrário.
Encontra limitações no prazo prescricional de 5 anos, no direito adquirido,
nos direitos fundamentais, na legislação constitucional e
infraconstitucional. Além disso, pode sofrer controle de legalidade pela
própria administração e judiciário.
 Prazo prescricional: Após o fato, prescreve em 5 anos.
 Direito adquirido
 Direitos e garantias fundamentais
 Leis (Legalidade)

 Atributos (Recurso extraordinário RE 633.782 STF)


 Indelegalibidade
O poder de polícia é indelegável, ou seja, só pode ser aplicado pela
administração pública, ou excepcionalmente pela possibilidade de
delegação para pessoas jurídicas privadas delegatárias de serviço
público*(RE 633.782). Ex.: praça de pedágio.
 Vinculado ou discricionário
Será vinculado quando a administração pública tiver obrigação de
realizar o ato e será discricionário quando a administração tiver a
faculdade de escolha.
Vinculado: CNH, autorização para pesca
Discricionário: autorização para festa de rua, autorização para
construção
 Autoexecutoriedade
O poder de polícia também é dotado de auto-executoriedade e
coercibilidade.
 Coercibilidade
Uso da força

23/03/23

Atos administrativos
I- Definição
É a manifestação da vontade estatal (Adm. Pública), cujo efeito é criar, modificar,
extinguir e conservar direitos com a finalidade de satisfação do interesse público,
sob o regime de direito público*.
*Regra. Excepcionalmente Art. 173, P. 1º, II CF.
II- Características
Segundo a doutrina clássica, são as mesmas do poder de polícia.
Presunção de veracidade/legalidade: Art. 19, II CF. A presunção é relativa.
Autoexecutoriedade
Coercibilidade
III- Classificação
Os atos administrativos se classificam da seguinte forma:
a) Discricionários*: liberdade de ação administrativa, dentro dos limites
permitidos em lei.
*mesmo os atos discricionários devem guardar pertinência aos limites da
legislação.
b) Vinculados: ausência de liberdade administrativa. Obrigatoriedade de agir
estritamente como manda a lei. Exemplo: permissão para dirigir, algumas
modalidades de licitação.
c) Simples: uma só manifestação de vontade de resultado imediato. Exemplo:
portaria de nomeação, portaria de exoneração, concessão de férias, licença de
pesca, multa.
d) Compostos: mais de uma manifestação de vontade, sendo uma delas, de
autoridade superiora, derivadas do mesmo órgão.
e) Complexos: mais de uma manifestação da vontade, realizado por diversas
pessoas da administração, derivadas de órgãos distintos. Exemplo: nomeação
de ministro do STF, licença para construir em área do parque estadual do Rio
Doce.
30/03/23
f) Unitários: são praticados por uma só pessoa, na sua essência.
g) Colegiados: para sua validade, requer participação coletiva de pessoas de
determinado órgão.
h) De gestão: atos da administração pública de (quase) igualdade com o
particular. É aquele em que é possível dialogar com a administração pública.
Possiblidade de discutir cláusulas, dentro da lei.
i) De império: são dotados de maior força coercitiva ou cogente. Não permite ao
particular tomar decisões. Ex.: embargo de obra, cobrança de tributo.

30/03/23
IV- Requisitos de validade
Tem 6 requisitos de validade
Autotutela: possibilidade da adm. Pública revogar seus atos.
Para sair do papel o ato deve ser válido
Sumula 473 STF, adm. Pode anular seus próprios atos ou revogar
Os requisitos de validade dos atos administrativos são:
 Competência:
É a distribuição legal de poderes administrativos. Ex.: Constituição (Art. 21,
23, 25 CF) e demais legislações.
Características da competência:
 É inderrogável: não se transfere de um para o outro agente. Ex.:
sinistro, perícia
 É improrrogável: ninguém perde ou ganha competência, senão em
virtude de lei. Para se preservar o princípio da impessoalidade.
 !!! Delegação é quando uma autoridade superior competente
transfere uma ou mais atividades suas para autoridade inferior.
Ex.: atos meramente ordinatórios, cite-se (juiz/oficial de justiça),
carta de ordem, comenda. Avocação é o contrário de delegação,
quando a autoridade superior traz para si, alguma atribuição
própria também da autoridade inferior. Ex.: CNJ avoca do tribunal
da Bahia caso de 450 kg de cocaína
 Forma:
Os atos administrativos são formais, em regra escritos. Ex.: sinalização de
trânsito (não escrito). O ato administrativo oral não suplanta o escrito. A
regra é a formalidade (escrito), não a oralidade.
 Motivo:
Motivos são circunstâncias, causas, pressupostos que dão origem ao ato
administrativo. Ex.: covid-19, chuva, período aquisitivo de férias. Os
motivos devem guardar coerência com o objeto.
 Objeto é o conteúdo do ato administrativo, é exatamente aquilo que
altera no mundo jurídico. Ex.: nomeação, exoneração, portaria de férias.
 Finalidade: somente é a satisfação do interesse público, sob pena de
desvio e posterior nulidade.
 Motivação(novo/fundamentação)
É o dever de explicar, é a necessidade de expor as consequências práticas
do ato administrativo. Demonstrar a existência dos motivos (art. 20
LINDB). Vale estudar como Princípio da Motivação, assim está em algumas
doutrinas.

TRABALHO
O QUE É O JUSTO? CALMON DE PASSOS
TODAS AS BOAS FACULDADES ESTUDAM ESSE VIDEO
ADVOGADO DO BANCO X DE MANHATAN

20/04/23

Caderno fechado

27/04/23

Licitações

Hamurabi

Nabucodonosor obra pública sem licitação (jardins suspensos da babilônia)

Passados 2000 anos

Imperador da França Napoleão sem licitação

Pedro II contratou com Barão de Mauá luz elétrica para cidade do Rio (Light até hoje)
Licitação a grosso modo é regime de concorrência pública

Qdo adm pub direta ou indireta vai comprar vender doar contratar serviços obrigatoriamente
se sujeita a regime de licitação

Licitação não é só ato executivo

Juduciário e legislativo tbem

37 cf XXI

Interesse publico com a maior vantajosidade

Licitação é obrigatória

Salvo casos expressos em lei

 Conceito de licitação
Segundo Di Pietro, “é o procedimento administrativo pelo qual um ente público, abre
a todos os interessados* a possibilidade de formularem propostas dentre as quais
selecionará a mais conveniente para a celebração do contrato.”
*interessado com capacidade técnica
 Palavras chave do conceito de licitação
1- Procedimento: série de atos compostos. É procedimento porque existem casos em
que os estados e os municípios vão legislar questões específicas. Ex.: pregão
eletrônico.
Se fosse processo só a união poderia legislar, art. 21 CF
2- Administrativo
3- Praticado por órgãos governamentais sob regime de direito público
Cuidado: As pessoas jurídicas do art. 41 CC que exploram atividade econômica
sujeitam-se ao estatuto da empresa pública (Lei 13303/2016 - Contratação pública)
4- Convocação de interessados
5- Competição
6- Fornecimento de bens ou serviços ou alienação de bens
 Finalidade da licitação
“A finalidade da licitação é garantir a proposta mais vantajosa para a administração e
garantir o desenvolvimento sustentável.”
 Competência para legislar licitação
a) A competência para legislar normas gerais de licitação é da União (art. 22, XXVII
CF). O que são normas gerais? 1. Tipos de licitação; 2. Recursos em licitações; 3.
Prazos, critérios e julgamentos. Os estados e municípios não podem legislar.
b) Aos outros entes da federação cabe a competência supletiva desde que
observados os limites da lei geral. Ex. art. 30, II CF.
c) O STF, no recurso extraordinário 423.560 de 2012 do relator Joaquim Barbosa, diz-
se que: a competência supletiva nunca poderá suprimir a ampla concorrência.

04/05/23

Professor Guilherme

ATOS ADMINISTRATIVOS

 Ato / Fato
 Atos administrativos / Atos da Administração Pública

 Atos ilícitos? Doutrina moderna diz que não é ato administrativo


 Ato administrativo: Conceito
 Elementos
 Essenciais
 Acidentais
 Competência: quem tem atribuição para determinado ato, necessariamente na lei.
 Forma: exteriorização do ato adm. Como o ato aparece no mundo. Em regra, escrita.
 Finalidade:
 Motivo: causa imediata daquele ato. Fundamento do ato. Diferente de motivação.
 Objetivo: conteúdo/bem jurídico atingido pelo ato.

VINCULAÇÃO VS DISCRICIONARIEDADE

 Atos vinculados: não dá margem de decisão


 Atos discricionários: motivo e objeto
 Poder judiciário: mérito? Não envolve no mérito administrativo.

ATRIBUTOS

 Presunção de legitimidade
 Juris tantum
 Veracidade: fatos
 Autoexecutoriedade
 Exigibilidade
 Coerção
 Todo ato administrativo
 Executoriedade
 Nem todo
 Sem poder jurídico
 Imperatividade
 Nem todo
 Cogência: Poder extroverso
 Tipicidade
 Correspondência legal

CLASSIFICAÇÃO

 Destinatários
 Atos gerais
 Atos individuais
 Singular
 Plúrimo (conj. De órgãos ou pessoas)
 Alcance
 Interno
 Externo
 Grau de liberdade
 Vinculado
 Discricionário: quanto ao motivo e objeto
 Formação
 Ato simples: uma vontade
Singular
Colegiada
 Composto: duas vontades c/ 1 acessória
 Complexos: duas vontades iguais

Obs.: Portaria Interminist. (Edu + Faz: Fundeb) – 2009: Port. Educ. – STJ não revoga

Obs.: Concessão de aposent. – concess. Org +TCU – SV.3: s/ contraditório RE


636553/RS – antes e após

MODALIDADES

 Atos normativos: poder normativo


 Atos ordinatórios: poder hierárquico
 Atos negociais
 Atos enunciativos
 Atos punitivos: poder disciplinar e de polícia

EXTINÇÃO

 Cumprimento
 Desaparecimento: do sujeito ou do objeto
 Renúncia
 Retirada
 Cassação: condições impostas
 Caducidade: superveniência de norma
 Contraposição: 2 atos (opostos)
 Anulação: ilegal (pode envolver poder judiciário)
 Revogação: mérito administrativo

11/05/23

LICITAÇÕES

I- Há conflito de leis?
Somente aparentemente
A lei 14133/21 já está em vigor. Art. 194.
A lei 14133/21 revogou expressamente a lei 8666/93 a partir de 30 de dezembro
de 2023. Art. 193, com redação de MP 1163/23.
Já que temos duas leis vigentes e portanto, aptas a produzir efeitos, ambas podem
ser aplicadas desde que:
1- O edital explique qual delas;
2- Não haja aplicação cumulativa entre uma e outra.
II- Lei de licitações e contratos públicos de empresas art. 173 CF
Não se enquadram na lei de licitações.
As empresas públicas que exploram atividades econômicas não se enquadram na
lei de licitações pois existe estatuo próprio que é a lei 13303/16. (Art. 1º, p. 1º, lei
14133/21)
III- Lei de licitações e fundos especiais
Os fundos especiais se sujeitam a lei de licitações bem como as entidades
controladas direta o indiretamente pelo poder público.
IV- Aplicação da lei de licitações
Em quais circunstâncias (motivo) incide a lei 14133/21?

18/05/23

I- Princípios da Lei de licitações


A nova lei de licitações tipificou maior quantidade de princípios que as outras. Tal
medida facilita subsunção (adequação) da conduta à possibilidade de penalização.
Os princípios da nova lei de licitações são:
1- Legalidade (já estudado)
2- Impessoalidade (já estudado)
3- Moralidade (já estudado) fazer o que é certo, doa a quem doer.
4- Publicidade (já estudado)
5- Eficiência (já estudado) melhor custo benefício.
6- Interesse público (primário primeiro, secundário depois...)
7- Probidade administrativa (não causar dano e nem se enriquecer ilicitamente)
8- Igualdade (competitividade)
9- Planejamento (previsibilidade)
10- Transparência (publicidade explicada)
11- Eficácia (efetiva produção de efeitos)
12- Segregação de funções (cada um é responsável pelo que faz)
13- Motivação (fundamentação prática)
14- Vinculação ao edital (o edital é a lei interna da licitação)
15- Julgamento objetivo (sem direcionamento)
16- Segurança jurídica (previsibilidade)
17- Razoabilidade (necessidade)
18- Competitividade (para obter a melhor proposta)
19- Proporcionalidade (adequação)
20- Celeridade (para que haja eficácia)
21- Economicidade (maior vantagem com menor custo)
22- Desenvolvimento nacional sustentável (satisfazer a esta geração sem
comprometimento das futuras)

II- Modalidades de licitação


Existem 5 modalidades de licitação previstas no art. 28 da nova lei de licitações:
 Pregão (art. 28, I): aquisição de bens ou serviços comuns;
 Concorrência (art. 28, II): aquisição de bens ou serviços especiais. Ex.:
duplicação da BR-381;
 Concurso (art. 28, III): modalidade de licitação para escolha de trabalho
técnico, científico e cultural, mediante premiação;
 Leilão (art. 28, IV): modalidade destinada à venda de bens imóveis ou
móveis inservíveis;
 Diálogo competitivo (art. 28, V): modalidade de licitação destinada às
tecnologias e busca pela solução adequada

{modalidades [pregão( )concorrência( )concurso( )leilão( )diálogo competitivo( )]}


III- Fases do procedimento* de licitações

25/05/23

RESPOSTAS DAS QUESTÕES DE HOJE

Sobre o/a xxx a legislação diz que “xxx”.

Logo conclui-se que xxx.

Artigo 1º a 18 da lei 14133/21

Artigo 37, XXI, CF

Artigo 22, XXVII, p. único, CF

1) Existe exceção à obrigatoriedade de licitar? Fundamente.

2) em que consiste a modalidade diálogo competitivo?

3) em que consiste o princípio do planejamento na nova Leonor licitações?

4) possível dizer que a lei de licitação nova só entrará em vigor a partir de 30 de dezembro de
2023?

5) existe conflito de aplicabilidade entre a nova lei de licitações e a lei 8666/93? Explique

6) quais os objetivos da licitação, segundo a lei.

7) estados e municípios podem editar normas gerais de licitações? Justifique.

8) empresas públicas que exploram atividade econômica são obrigadas a licitar sob o rito da lei
de licitações? E os fundos especiais?

9) conceitue licitação conforme doutrina.

1) Sobre a obrigatoriedade de licitar, a legislação diz que há exceção em favor das empresas
públicas, das sociedades de economia mista e suas subsidiárias. Conforme lei 14.133/2021, Art
1º, p 1º estas serão regidas pela Lei 13.303/2016, ressalvado o disposto no Art 178 desta lei

2) A modalidade diálogo competitivo consiste na contratação de objeto que envolva inovação


tecnológica ou técnica, cujas soluções disponíveis no mercado não estejam adaptadas às
necessidades do órgão ou entidade; também não é possível definir especificações técnicas
com precisão suficiente pela administração. Conforme diz o Art 32, l, alíneas a,b e c da Lei
14.133/21

3) O princípio do planejamento está disposto no Art 5 da Lei 14.133/2021 e preconiza que à


Administração Pública haja com previsibilidade orçamentária evitando a falta de recursos para
satisfação do interesse público

4) A nova lei de licitações entra em vigor na data 1 de abril de 2021 conforme Art 194 da
mesma.

5) Não há que se falar em conflito de aplicabilidade entre as leis 8.666/93 e 14.133/21, pois a
administração poderá optar por licitar ou contratar diretamente de acordo com ambas,
devendo indicar expressamente no edital ou no aviso, ou instrumento de contratação direta
qual delas utilizará, sendo vedada a aplicação combinada entre elas conforme Art 191 da Lei
14.333/21

6) A Constituição Federal na forma do Art 37, XXl contempla os objetivos da licitação quais
sejam assegurar igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos
termos da lei, por qual somente permitirá às exigências de qualificação técnicas e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações

7) Os Estados e municípios não podem editar normas gerais de licitação, pois conforme Art 22,
XXVll/ CF normas gerais de licitações e contratação, em todas as modalidades para as
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da união, Estados, Distrito Federal
e Municípios, compete privativamente à União

8) As empresas públicas que exploram atividade econômica não se enquadram na lei de


licitações, pois existe estatuto próprio que é a Lei 13.303/2016. Conforme Art 1º, p1º da Lei
14.133/2021

9) A licitação pode ser compreendida como o procedimento administrativo formal pelo qual,
sob determinação legal, uma pessoa governamental2

, com base em condições pre-

viamente estipuladas e em observância aos princípios da Administração Pública, busca

selecionar a proposta mais vantajosa para a consecução de uma pretensão contra-

tual voluntária.

Victor Aguiar Jardim De Amorim

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