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TÉCNICA DE ABORDAGEM POLICIAL

INSTRUTORES: MÁRCIO JOSÉ DE AQUINO - CAP QOPM


NIVALDO SANTOS E SILVA – CAP QOPM
RAPHAEL FEITOSA NEPOMUCENO MARQUES – 1º TEN QOPM

Curso de Formação de Cabo/2016


TÉCNICA DE ABORDAGEM POLICIAL

ABORDAGEM POLICIAL
 CONCEITO

É o ato de aproximar-se de pessoas, coisas, veículos ou edificações


quando houver fundada suspeita da prática de delito ou a
eminência da prática deste, com o objetivo de confirmar ou não a
suspeição.
FIQUE POR DENTRO!!!!
(...) A “fundada suspeita”, prevista no art. 244 do CPP, não pode fundar-se em
parâmetros unicamente subjetivos, exigindo elementos concretos que indiquem a
necessidade da revista, em face do constrangimento que causa. como: A denúncia feita
por terceiro de que a pessoa porta o instrumento usado para o cometimento do delito,
bem como pode ele mesmo visualizar uma saliência sob a blusa do sujeito, dando nítida
impressão de se tratar de um revólver, como também informação repassada pelo
COPOM,etc.
TÉCNICA DE ABORDAGEM POLICIAL

AMPARO LEGAL DA ABORDAGEM POLICIAL


Art. 144, § 5º da CF. Às Polícias Militares cabem a polícia ostensiva e
preservação da ordem pública.

 Art. 161, caput, primeira parte, Constituição Estadual.

 PODER DE POLÍCIA ( Art. 78 do Código Tributário Nacional)


Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que,
restringi e condiciona, dentro dos parâmetros da lei, o exercício dos direitos
individuais em nome do interesse coletivo.
TÉCNICA DE ABORDAGEM POLICIAL

FINALIDADE DA ABORDAGEM POLICIAL

A abordagem deve ter uma finalidade, estes fins caracterizam a necessidade de


se realizar a abordagem. As condições fim são:

Averiguar – normalmente se processa para esclarecimento de comportamento


incomum ou inadequado na disposição de objetos e instalações.
Advertir – é todo ato de interpelar o cidadão encontrado em conduta
inconveniente, buscando a mudança de atitude, a fim de evitar o cometimento
de contravenção penal ou crime.
Orientar – É o ato de prevenir a ocorrência de delitos através do esclarecimento
ao cidadão sobre as medidas de segurança que deverá tomar.
Prender – é o ato de privar de liberdade alguém, encontrado em flagrante delito
ou mediante mandado judicial.
Assistir – é todo auxilio prestado ao público, eventual e não compulsório que
embora não constituam um dever legal, repercutem favoravelmente para a
instituição policial, etc.
TÉCNICA DE ABORDAGEM POLICIAL

ATRIBUTOS DE PODER DE POLÍCIA


 DISCRICIONARIEDADE

Significa que a administração dispõe de certa margem de liberdade de


atuação, podendo valorar a conveniência e oportunidade, ou seja, a
administração pode estabelecer o motivo e escolher o conteúdo, dentro
dos limites fixados pela lei.
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ATRIBUTOS DE PODER DE POLÍCIA


 AUTO EXECUTORIEDADE

Reporta-se ao fato de que a Administração não precisa de autorização de


outro poder (no caso o judiciário) para executar suas atividades de poder
de policia.
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ATRIBUTOS DE PODER DE POLÍCIA


 COERCIBILIDADE

O ato de polícia é imperativo aos seus destinatário, que devem acatar, sob
pena de a execução do ato ser realizada, inclusive, com emprego de força
física.
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ATRIBUTOS DE PODER DE POLÍCIA


EM RESUMO:
O policial militar é autoridade administrativa de polícia, uma vez
que é um agente da Administração Pública incumbido da atividade de polícia
de manutenção da ordem pública. Assim, quando o policial militar aborda
alguém, está utilizando o poder administrativo de polícia (poder discricionário
de polícia).
Porém, encontrando alguma irregularidade penal, o policial militar
não poderá liberar o infrator, mas conduzi-lo ao Distrito Policial da área, pois
a partir deste momento estará agindo vinculadamente ao que determina os
preceitos processuais penais, principalmente ao Art. 301, caput, CPP, que
trata da prisão em flagrante.
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ASPECTO PSICOLÓGICO DA AÇÃO POLICIAL


Como todos os seres humanos o PM também é afetado pelos fatores
psicológicos que recaem sobre o homem, portanto, quando do atendimento
de uma ocorrência, de acordo com a sua natureza, fatalmente ele será
influenciado pelos sintomas que caracterizam o “stress”, estado que faz com
que surjam sintomas de:
- solidariedade
- companherismo
- crueldade
- medo
- angústia
- urgência mictória
- suor frio
- agitação descontrolada, aceleração do pulso, gagueira momentânea.
TÉCNICA DE ABORDAGEM POLICIAL

Quanto maior for o perigo a ser enfrentado, maiores serão os fatores


do “Stress” presente a ação PM.
Mesmo diante de todos esses fatores adversos o PM não pode
deixar de agir e considerar os princípios basilares de toda ação:

“Os princípios da abordagem”

Considerado o momento mais crítico do serviço policial, a abordagem, possui alguns


princípios que se seguidos diminuem consideravelmente os riscos para o policial.
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SEGURANÇA

UNIDADE DE
COMANDO RAPIDEZ

PRINCÍPIOS DA ABORDAGEM

AÇÃO
SURPRESA
VIGOROSA
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SEGURANÇA

Demonstração de força física.


Entonação de voz forte, robusta,
eficaz, firme e resoluta. O cidadão
infrator da lei deve sentir que há
decisão por parte dos que executam
a abordagem e que ao menor esboço
de reação, desobediência ou desacato
poderá resultar em consequência
prejudicial a si mesmo. São fatores
inibidores de reação É o uso da
energia sem violência e sem
arbitrariedade.
AÇÃO
VIGOROSA
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SEGURANÇA

R
Redução de silhueta
A
Aproximação
Z Zona de responsabilidade
TÉCNICAS: A Abrigo
P Posicionamento da Vtr e
dos PM’s
C
Contato e Cobertura
C
Coordenação das Ações
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PREPARO MENTAL
É o processo de pré-visualizar e ensaiar mentalmente os prováveis problemas a
serem encontrados em cada tipo de intervenção policial e as possibilidades de
respostas.

A falta do preparo mental durante uma intervenção prejudicará o seu


desempenho, levando a um aumento de seu tempo de resposta à agressão.

IMPORTANTE FRIZAR:

Freqüentemente, policiais são lesionados fisicamente por algo que não


anteciparam, não viram ou não estavam mentalmente preparados para enfrentar,
pois suas atenções estavam desligadas para os sinais de perigo.
O

TÉCNICA DE ABORDAGEM POLICIAL

“Visualizar as situações e respostas possíveis prepara o Policial Militar para


a tomada de decisões e a falta desse preparo, num cenário mais grave, pode
provocar uma paralisia ou a um bloqueio na sua capacidade de reagir,
comprometendo, consequentemente, a segurança e o resultado da
ocorrência.”
TÉCNICA DE ABORDAGEM POLICIAL

A técnica da preparação mental ou pensamento tático é regida pelos


seguintes conceitos:
Área de Segurança: é a área na qual a polícia tem o domínio total da
situação, não havendo riscos à integridade física e segurança dos policiais

 Área de risco: é a área na qual a polícia não detém o domínio da situação.


Pode ser pessoa, objeto ou local que represente perigo.

 Ponto de foco: é a localização exata dentro da Área de Risco de onde


podem surgir ameaças.

 Ponto quente: são lugares onde há maior possibilidade de ameaças.


(real, iminente).
TÉCNICA DE ABORDAGEM POLICIAL
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ESTADO OU NÍVEL DE ALERTA


Diz respeito ao nível ou grau de atenção em que se encontra o policial antes e
durante a abordagem policial.

Estado onde há dispersão total da atenção, nessa


situação o policial militar está distraído ao que passa ao
ESTADO seu redor e alheio aos riscos que possam surgir durante a
RELAXADO
abordagem, não estando preparado para responder
adequadamente a possíveis ameaças, pondo em risco sua
vida e a de seus companheiros.
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Estado em que o policial militar está atento, mas não


ESTADO DE tenso, mantendo constante vigilância das pessoas, coisas
ATENÇÃO
e ações que ocorrem ao seu redor, não há identificação de
ameaça, mas o policial está ciente de que uma agressão
poderá ocorrer.

O profissional detecta um problema e está ciente de que


um confronto é provável, se mantendo vigilante,
identifica se há alguém que possa representar uma
ameaça que exija uso de força e calcula o nível de
ESTADO
ALERTA
resposta adequado. Manter-se no estado de alerta
diminui os riscos do policial militar ser surpreendido,
propiciando a adoção de ações de resposta, conforme a
situação exigir.
TÉCNICA DE ABORDAGEM POLICIAL

Neste estado de prontidão, o risco é real e uma resposta


do profissional é necessária. É importante focalizar a
ameaça (atenção concentrada no problema) e ter em
ESTADO DE
ALARME mente a ação adequada para controlá-la, com
intervenção verbal, uso de técnicas de menor potencial
ofensivo ou força potencialmente letal, conforme as
circunstâncias exigirem.

“O Policial deve evitar encontrar-se nos


Estados RELAXADO E PÂNICO, pois estando
nesses níveis de alerta, ao se deparar com uma
ameaça, não saberá dar resposta satisfatória a
mesma.”
O estado de alerta deve ser utilizado em conjunto com a preparação mental.
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FASES DA ABORDAGEM POLICIAL


1º FASE - MEDIDAS QUE ANTECEDEM A ABORDAGEM POLICIAL

I- Motivação da abordagem policial

O policial militar somente realizará uma abordagem quando houver


fundada suspeita.

II- Planejamento mental

Havendo a necessidade da realização da abordagem, o policial militar


deverá fazer um planejamento mental para a execução da abordagem, ou seja,
avaliar todas as informações, como:
Quantos são? Estão armados?
Que tipo de armas possuem?
Possuo efetivo suficiente?
É necessário solicitar reforço?, etc.
TÉCNICA DE ABORDAGEM POLICIAL

FASES DA ABORDAGEM POLICIAL


III- Plano de ação

Após avaliação dos aspectos relacionados ao planejamento mental, o


comandante da guarnição deverá elaborar um plano de ação para a realização da
abordagem, em seguida, irá repassá-lo aos demais policiais militares.

2º FASE – EXECUÇÃO DA ABORDAGEM

Diz respeito a aplicação de todo conhecimento repassados ao longo desta


apostila, os quais são aplicáveis em todos os tipos e situações de abordagem,
devendo apenas ser adaptados e utilizados conforme a situação apresentada.
TÉCNICA DE ABORDAGEM POLICIAL

FASES DA ABORDAGEM POLICIAL

3º FASE – DESFECHO DA ABORDAGEM

Após a execução da abordagem teremos, logicamente, o desfecho desta,


que se dará, basicamente, de duas maneiras:

I – Ratificação da suspeita

Será feita a condução do abordado até o Distrito Policial da área, onde


será confeccionado o TCO ou Autuação em Flagrante do infrator.

II – Inexistência de ilícito

Não sendo encontrado nenhum delito, o policial deverá liberar o


abordado, e informando que a abordagem é um serviço rotineiro da Polícia Militar
visando à segurança de todos, inclusive do próprio abordado.
TÉCNICA DE ABORDAGEM POLICIAL

IDENTIFICAÇÃO E RESPOSTA A REAÇÃO DO ABORDADO

A ação-resposta da polícia esta condicionada a reação do abordado, cabendo o


policial ter pleno conhecimento da lei, esta equipado adequadamente ( com
cassetetes, tonfas, armas de menor potencial ofensivo, armas de fogo,etc.) e esta
preparado tecnicamente.

O uso da força deve está pautada nos princípios da Legalidade, Necessidade,


Proporcionalidade, Moderação e Conveniência.

TÉCNICA???
TÉCNICA DE ABORDAGEM POLICIAL

Com a finalidade de orientar os policiais, na identificação e resposta à reação do


abordado flagrado cometendo um delito, ou até mesmo em atitude suspeita
quando questionada. Foram elaborados diversos modelos de uso progressivo da
força.
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IDENTIFICAÇÃO E RESPOSTA A REAÇÃO DO ABORDADO


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BUSCA OU REVISTA PESSOAL


1. CONCEITO

É o contato físico do policial com pessoas, coisas, veículos ou edificações


quando houver FUNDADA SUSPEITA da prática de delito ou na sua eminência.

2. FUNDAMENTOS LEGAIS

Dentre outros temos:

Art. 244. do CPP: A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou


quando houver FUNDADA SUSPEITA de que a pessoa esteja na posse de arma proibida
ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for
determinada no curso de busca domiciliar.

Art. 249 do CPP. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar
retardamento ou prejuízo da diligência.
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BUSCA OU REVISTA PESSOAL

3. POSIÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA BUSCA PESSOAL

A posição que ficará o abordado para a realização da busca pessoal


dependerá da avaliação ( grau de periculosidade da abordagem) da situação pelo
comandante da guarnição, e convenientemente da disponibilidade do terreno.

Temos, as seguintes posições para a busca:


I – Em pé sem anteparo;
II – Joelho sem anteparo;
III– Deitado.
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USO DE ALGEMA
FUNDAMENTO LEGAL:
O uso da algema esta regulamenta pelo Decreto nº 8.858, de 26 de setembro de 2016.

Art. 2º É permitido o emprego de algemas apenas em casos de resistência e de fundado


receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, causado pelo preso ou por
terceiros, justificada a sua excepcionalidade por escrito.
Art. 3º É vedado emprego de algemas em mulheres presas em qualquer unidade do sistema
penitenciário nacional durante o trabalho de parto, no trajeto da parturiente entre a
unidade prisional e a unidade hospitalar e após o parto, durante o período em que se
encontrar hospitalizada.

Regulamenta também pela SUMULA VINCULANTE DO STF nº 11, com o seguinte Texto:

“ Só é lícito o uso de algemas em CASO DE RESISTÊNCIA E DE FUNDADO RECEIO DE FUGA


OU DE PERIGO À INTEGRIDADE FÍSICA PRÓPRIA OU ALHEIA, POR PARTE DO PRESO OU DE
TERCEIROS, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade
disciplinar civil e penal do agente ou autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual
TÉCNICA DE ABORDAGEM POLICIAL

PROCEDIMENTOS POLICIAIS DURANTE AÇÃO POLICIAL A GRUPO


VULNERÁVEIS
Por grupo vulnerável entende-se o conjunto de pessoas com características
específicas, relacionadas ao gênero, à idade, à condição social, às
necessidades especiais e diversidade sexual. E, por essa razão, podem se
tornar mais suscetíveis à violação de seus direitos.

A vulnerabilidade está na ação de sujeição da pessoa a constante preconceito


e discriminação, em razão de sua condição específica, independente de outros
fatores. Nesse conjunto, estão inseridas as mulheres, as crianças e
adolescentes, os idosos, a população em situação de rua, as pessoas com
necessidades especiais e a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Transexuais e Travestis (LGBTT).
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Ação Policial – Mulheres

Pratica policial básica:


 A abordagem de mulheres pode ser feita por qualquer policial militar,
independentemente do sexo, devendo a busca pessoal ser efetivada conforme
determina a legislação nacional, que prescreve que a busca em mulher será
feita por outra mulher, “se não importar em retardamento ou prejuízo da
diligência”;
 As mulheres, quando detidas, serão mantidas separadas dos homens
detidos (sempre quando houver condições logísticas e de segurança);
 A busca pessoal em mulheres suspeitas de portarem objetos ilícitos deverá
ser realizada, preferencialmente, por outra mulher profissional de polícia ou
encarregada de fazer cumprir a lei. Em momento algum poderá ser
convocadas pessoas leigas ou civis, para realizar buscas em caso de
suspeição, pois, isto colocará em risco a segurança e a integridade física destas
pessoas;
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 Não havendo policial feminina na guarnição que realiza a abordagem em


uma mulher, o comandante da guarnição poderá recorrer à rede-rádio,
solicitando apoio de policial feminina que possa comparecer ao local e suprir
as necessidades da ocorrência;
 A busca pessoal feita por homens em mulheres é uma excepcionalidade.
Não deve ser realizada em situações operacionais ordinárias, principalmente
em relação à busca completa;
Se, em casos extremos, o policial precisar realizar uma busca em uma
mulher, esta deverá ser feita com respeito e profissionalismo, em local
discreto e, sempre que possível, na presença de testemunhas,
preferencialmente, do sexo feminino. O policial deve evitar o contato físico
com a abordada, principalmente nas partes íntimas, procurando limitar-se a
orientá-la quanto aos procedimentos a serem adotados.
 Procedimentos mais simples como solicitar que a própria pessoa abra sua
bolsa, retire os sapatos, mostre a região da cintura e levante os cabelos,
diminuirá a exposição da mulher;
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Ação policial – Crianças e Adolescentes


Prática policial básica:
 Não conduzir crianças e adolescentes em compartimento fechado da viatura.
Contudo, em casos extremos, em que o adolescente apresentar séria ameaça à
integridade física dos policiais, devido a sua compleição física avantajada, com
atitudes violentas em resistência à ação policial, e com histórico de atos
infracionais violentos, poderá ser admitido o uso de algema e condução em
compartimento fechado de veículo policial, visando até mesmo à segurança do
adolescente. No entanto o policial deverá ser constado e justificado esse
procedimento;
 Nunca divulgar sem a autorização devida, por qualquer meio de comunicação, o
B.O. relativo à criança ou ao adolescente a que se atribua ato infracional;
 Evitar a exposição da imagem do conduzido conforme previsto nos arts. 17 e 18
do ECA;
 A busca pessoal será realizada, com segurança, procurando sempre reduzir os
constrangimentos, respeitando-se os princípios e as orientações gerais contidas no
ECA.
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Ação policial – Diversidade sexual ( LGBTTS)


O policial, como promotor de direitos humanos, deve lidar com o cidadão, de
forma a respeitar sua sexualidade e a lhe fornecer a devida atenção.

• lésbicas: são mulheres, não necessariamente masculinizadas, que se


relacionam afetiva e sexualmente com outras mulheres;
• gays: são homens que se relacionam afetiva e sexualmente com pessoas do
mesmo sexo;
• bissexuais: são indivíduos que se relacionam sexual e afetivamente com
pessoas de ambos os sexos;
• travestis: pessoa que apresenta sua identidade de gênero oposta ao sexo
designado no nascimento. Ela se diferencia da pessoa transexual, por não ter se
submetido à cirurgia de readequação sexual;
• transexuais: pessoa que apresenta sua identidade de gênero oposta ao sexo
designado no nascimento, e que se submeteu à cirurgia de readequação sexual.
 Simpatizante: Pessoal que não pertence a um determinado grupo, mas que
simpatiza, admira.
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Ação policial – Diversidade sexual ( LGBTTS)


O policial, como promotor de direitos humanos, deve lidar com o cidadão, de
forma a respeitar sua sexualidade e a lhe fornecer a devida atenção.

• lésbicas: são mulheres, não necessariamente masculinizadas, que se


relacionam afetiva e sexualmente com outras mulheres;
• gays: são homens que se relacionam afetiva e sexualmente com pessoas do
mesmo sexo;
• bissexuais: são indivíduos que se relacionam sexual e afetivamente com
pessoas de ambos os sexos;
• travestis: pessoa que apresenta sua identidade de gênero oposta ao sexo
designado no nascimento. Ela se diferencia da pessoa transexual, por não ter se
submetido à cirurgia de readequação sexual;
• transexuais: pessoa que apresenta sua identidade de gênero oposta ao sexo
designado no nascimento, e que se submeteu à cirurgia de readequação sexual.
 Simpatizante: Pessoal que não pertence a um determinado grupo, mas que
simpatiza, admira.
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Ação policial – Diversidade sexual ( LGBTTS)


Prática policial básica:

 O cidadão homossexual deve receber tratamento respeitoso durante as


providências policiais, minimizando possíveis constrangimentos;

 Ao abordar um homossexual deve-se evitar o a reprodução de preconceitos


sociais, como exemplo, proferindo a leitura do seu nome de registro, constante
na carteira de identidade, em voz alta, para outros policiais e público presente,
ridicularizando-o;

O policial não deverá coibir manifestações de afeto entre homossexuais (mãos


dadas, beijo na boca), uma vez que estes atos não configuram ações ilícitas e
ainda, configuram atos privados da vida do cidadão, nos quais não deve haver
interferência;
TÉCNICA DE ABORDAGEM POLICIAL

Ação policial – Diversidade sexual ( LGBTTS)

Prática policial básica: (Continuação...)

 É importante balizar a conduta policial, relembrando a diferença fundamental entre o


delito caracterizado por ocorrência de ato sexual em via pública e a manifestação afetiva
entre pessoas. As providências policiais caberão apenas no primeiro caso,
independentemente da orientação sexual.

 No caso das lésbicas, a busca será procedida seguindo as mesmas recomendações


para mulheres. Procedimento idêntico também será dado no caso das transexuais com
comprovada retificação de registro civil (nome feminino).

 Em relação aos gays e travestis, o policial masculino fará a busca pessoal, evitando,
sempre que possíveis situações de constrangimento.

 Em relação ao simpatizante, o policial do mesmo sexo fará a busca no abordado.

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