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º 145
a. PORTARIA nº 50-CG/17
âmbito da PMBA.
uso de suas atribuições previstas no art. 57, inciso I, alínea “j” da Lei n.º
RESOLVE:
to da Corporação;
Art. 2º- O Manual de Abordagem Policial deve ser utilizado como fonte
poração;
Art. 3º- Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revoga-
PORTARIA nº 50-CG/17
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militar.
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PREFÁCIO
Quando se pensa em manutenção ou restabelecimento da ordem
pública, deve-se atentar para o fato de que, apesar de a segurança
pública ser responsabilidade de todos, conforme reza o mandamento
constitucional (art. 144, CF 1988), é dever do Estado provê-la à so-
ciedade. Para cumprimento desse mister, cabe a esse Estado instruir,
preparar e manter em constante aperfeiçoamento seus agentes. A polí-
cia é o órgão público de maior envergadura no fiel cumprimento dessa
missão estatal, pois, na busca da prevenção e manutenção da ordem,
mantém diuturnamente agentes ostensivos em todos os rincões, sendo
também responsável pela intervenção imediata nos casos de rompi-
mento do “status quo” dessa ordem e segurança cidadã.
A evolução da violência nos dias atuais tem exigido dessa polícia
treinamento diferenciado, mais arrojado e eficaz, tanto de forma béli-
ca como nas relações sociais e interpessoais. A esse respeito, Veloso
(2008) diz:
“Nem a Polícia Militar nem a Polícia Civil foram
preparadas para o enfrentamento da violência. Para
que as polícias comecem a atuar efetivamente na
busca da segurança cidadã, é necessário que, antes
de tudo, procurem padronizar seus comportamentos
técnicos operacionais diante das mais diversas situ-
ações que possam surgir na atividade diária”. (p.14)
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MENSAGEM DO
COMANDANTE-GERAL
Estimados Policiais Militares,
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos, primeiramente, ao Exmo. Sr. Cel PM Anselmo Alves
Brandão, Comandante-Geral da Corporação, pela sensibilidade e visão
estratégica para provocar a atualização e edição do presente Manual.
Ao Sr. Cel PM Lázaro Raimundo Oliveira Monteiro e sua equipe
que abraçaram essa importante missão de atualizar e sistematizar a
produção científica sobre as Técnicas de Abordagem Policial consubs-
tanciadas neste Trabalho.
Aos Oficiais, integrantes da I Turma de Instrutores de Abordagem
da Instituição, que compilaram o primeiro Manual Básico de Aborda-
gem Policial, ainda no ano de 2000, sob a coordenação dos atuais Ten
Cel PM Antônio Carlos Silva Magalhães e Ten Cel PM Lucas Miguez
Palma, reconhecido como trabalho técnico-profissional, através do BGO
007, de 10 de Janeiro de 2013.
Aos facilitadores, instrutores e demais policiais militares envolvi-
dos no I Encontro Interestadual de Especialistas em Técnicas de Abor-
dagem Policial realizado pela Polícia Militar do Estado da Bahia, no ano
de 2015, evento que foi fundamental para a edição deste Manual.
Aos Oficiais Instrutores e instruendos, integrantes da II Turma de
Instrutores de Abordagem Policial no ano de 2016, que, exaustivamen-
te, debruçaram-se sobre este Manual, verificando sua aplicabilidade
prática.
Aos Cap PM Leonardo Moreira Pujol e Monivon dos Santos Costa
pela organização da presente edição; ao 1º Ten PM Eric Robert Rosa
Ramos pela diagramação; ao Subten PM Carlos Alberto de Souza San-
tos e Cb PM Naise Sousa Santos pelas ilustrações e à Cap PM Soraia
Vinhático Neves e Sd 1ª Cl PM Uanderson Costa Sampaio de Matos
pela revisão textual.
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SUMÁRIO
CAPÍTULO I - ASPECTOS JURÍDICOS DA ABORDAGEM POLICIAL.............................................................11
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Transposição de
Código de Trânsito Transpor, sem autorização, bloqueio
210 bloqueio viário
Brasileiro viário policial.
policial
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Essa modalidade de abordagem, exceto no que diz respeito à noção de fundada suspeita,
geralmente, não causa grandes entreveros jurídicos, pois retrata uma situação em que há uma
imperiosa necessidade de atuação estatal.
Esta, por sua vez, tem que ser entendida pela sociedade como uma atribuição da Polícia
Ostensiva, que tem caráter de atuação preventiva, no sentido de se utilizar dos meios disponí-
veis para dissuadir a vontade de delinquir dos infratores da lei.
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1. CONCEITO
Abordagem Policial é o ato de aproximar-se de pessoas, com o intuito de orientar, assis-
tir, interpelar, advertir, realizar busca, identificar e/ou prender utilizando-se dos processos do
Policiamento Ostensivo, executando-se para isso, se necessário for, as técnicas de busca em
veículos, edificações ou perímetros.
Princípios
São preceitos norteadores da abordagem policial, apresentando verdades universais que
estabelecem valores inegociáveis:
a) Preservação da vida
b) Legalidade
c) Dignidade da pessoa humana
d) Isonomia
e) Interesse público
f) Proporcionalidade no uso da força
Fundamentos
São as bases para as condutas que estabelecem conceitos básicos nos quais se apoia e
se desenvolve a abordagem policial:
a) Segurança: aplicação de medidas adotadas pela força policial militar para diminuir
os riscos na ação PM. É um conjunto de cautelas necessárias visando à redução do pe-
rigo de uma reação por parte do abordado ou mesmo de perigos externos à abordagem.
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d) Ação Vigorosa: é a atitude firme e resoluta dos componentes da ação policial que
darão ordens claras e precisas ao abordado, caracterizadoras do conhecimento técnico-
profissional. Jamais deverá confundir-se com arbítrio ou violência.
Condutas
São os procedimentos e ações desenvolvidas pelo policial militar durante a abordagem
policial:
b) Contenção: técnica utilizada para controlar o ambiente e/ou pessoa a ser abordada
impedindo qualquer reação contra a fração de tropa. Visa estabelecer a Zona de Segu-
rança (Setor de Busca, Setor de Custódia) e a estabilização para a ação policial.
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Plano de Ação
Nesta fase é elaborada uma linha de ação adaptável às circunstâncias do ambiente,
devendo, também, ser respondidas as seguintes indagações:
• Como atuaremos?
• Quando realizaremos a abordagem?
Execução
A fase da execução consiste na aplicação prática do plano de ação concebido pelo PM,
aplicando as Condutas da Abordagem Policial (Aproximação, Contenção, Busca e Identifica-
ção).
Conclusão
Após a abordagem, o PM procederá a orientação, a assistência e, em caso de necessitar
realizar a busca pessoal, ao verificar o cometimento de um ilícito, o abordado deverá ser con-
duzido a uma delegacia de polícia. Em caso de realizar a busca pessoal e não ser constatado
o cometimento de ilícito penal, o PM deverá explicar o motivo de sua atitude e o porquê de ter
sido realizado daquela forma.
NÍVEL DE
SITUAÇÃO TIPO DE BUSCA POSTURA
ABORDAGEM
LEMBRETE
Partindo do conceito do Uso Seletivo da Força, os níveis de abordagem podem pro-
gredir ou regredir de acordo com o desenvolvimento da abordagem policial.
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Quando a condição ou o local em que se encontra não provoca tensão nem deses-
tabiliza a calma, mas requer atenção multidirecional, devendo estar precavido e em
AMARELO constante vigilância. A agressão é possível e exige atenção a sinais que possam indi-
car uma ameaça potencial.
Zonas de Ação
São localidades em que devem ser observadas as condutas para circulação e atuação.
Sua classificação tem a finalidade de antecipar as condições de exposição ao risco. Essas zo-
nas serão estabelecidas em função do mapeamento das ocorrências policiais registradas e/ou
informações de inteligência.
ESTADO DE
SIGLA ZONA DESCRIÇÃO
ALERTA
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POSTURA DESCRIÇÃO
RELATIVA Arma de porte e/ou portátil engajada à 45º para baixo em posição de segurança.
Arma de porte e/ou portátil engajada em condições de disparo, um pouco abaixo da linha
SEMIPRONTA de visada, com o objetivo de ampliar a visão periférica do policial.
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Conceitualmente, Buscas:
“são inspeções executadas a qualquer hora do dia ou da noite
em pessoas, veículos, edificações e/ou perímetros, respeitada a inviola-
bilidade domiciliar, sob a égide da lei, por qualquer policial em serviço,
com ou sem o respectivo mandado judicial, considerada a modalidade
mais adequada e a técnica aplicada para sua realização com segurança
e consecução de seu fim”. (ARANHA, 1995.)
1. TÉCNICAS DE BUSCA
Modalidades de Busca
São meios ou instrumentos utilizados para realizar a busca. Estão divididas conforme
segue abaixo:
MODALIDADE DESCRIÇÃO
OCULAR Com o uso do sentido da visão, realiza-se a observação do indivíduo, objeto e/ou cenário.
Realizada através do contato físico entre o policial e o abordado, ou entre aquele e os seus
MANUAL pertences.
CANINA Utililizada através de cães de faro para busca em objetos, veículos ou perímetros.
Espécies de Busca
As Técnicas de Busca apresentadas neste Manual estão divididas em quatro Espécies:
Pessoal, Veicular, Domiciliar e de Perímetro, conforme descrito a seguir:
Busca Pessoal
Abrange as vestes e os demais objetos pertencentes ao abordado, como bolsa, carteira,
mala, dentre outros.
a) Tipos de Busca Pessoal
Os tipos de busca pessoal serão empregados de acordo com o nível de abordagem e risco
oferecido pelo abordado ou pelas circunstâncias da abordagem.
TIPO DESCRIÇÃO
É o primeiro momento da Busca Pessoal. O agente visa à localização e identificação de objetos
VISUAL ilícitos, apenas de forma visual, com uma distância segura e sem contato físico.
É o tipo de Busca Pessoal de caráter ordinário, onde há o prévio contato físico, sem que haja a
LIGEIRA informação e/ou cometimento de prática delituosa.
É o tipo de Busca Pessoal manual que pode ser realizada em situação de fundada suspeita ou
MINUCIOSA suspeita confirmada e utilizar-se-á da riqueza de detalhes para a consecução da abordagem.
É aquela que dar-se-á após a busca minuciosa em situações de suspeita confirmada sendo
COMPLETA necessária sua condução a um local apropriado, onde será feita a retirada de vestes e a busca
visual nos orifícios corpóreos.
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Ajoelhado –
é aquela que será
utilizada em sus-
peita confirmada e o tipo de guarnição não dispuser de
todos os elementos para suprir todas as funções requeri-
das na abordagem, em relação aos abordados. Aqueles
serão postos na posição de joelhos, afastados, pés cruza-
dos à retaguarda, braços elevados, mãos sobre a região
da nuca e dedos entrelaçados.
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LEMBRETES
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Sentido da busca: da
cintura para cima e BUSCA Mão oposta do
PM em relação a
depois para baixo,
inclusive virilha PESSOAL região escapular
do abordado
Controle de cano
Abordando olhando do Segurança de
para cima Busca
Priorizar busca na
pessoa em relação ao
objeto
Busca Veicular
É aquela realizada em veículos, desde que haja a fundada suspeita de que no seu
interior possam existir objetos que constituam corpo de delito, mesmo que o condutor não
permita. Deve ser observado que existem hipóteses em que o veículo pode ser considerado a
extensão do lar, portanto, inviolável:
• Se o carro está na garagem da casa;
• Se é um veículo tipo trailer, enquanto parado;
• Se é uma embarcação;
• Eventualmente a cabine de um caminhão, no qual, assim como nos dois casos ci-
tados anteriormente, o proprietário também se estabeleça com ânimo de moradia.
Busca Domiciliar
É aquela realizada em locais indicados como domicílio. Para a realização da busca pes-
soal, o ordenamento jurídico usa o termo fundada suspeita, contudo, na busca domiciliar uti-
liza-se o termo fundadas razões. É válido ressaltar que nem toda edificação será um domicílio,
porém o policial deverá saber em que situações ele poderá realizar a intervenção.
Busca de Perímetro
É aquela realizada pelos policiais, nas proximidades ou interior de ruas, veículos ou edi-
ficações no intuito de buscar algum material ilícito, que tenha sido guardado ou dispensado
pelo abordado.
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Algemação Ajoelhado
Procederá de forma análoga à algemação em pé sem an-
teparo, porém, devendo atentar para a altura que estará o
abordado e a sua colocação em pé.
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Algemação Deitado
O abordado será posto na posição de
decúbito ventral, as pernas afastadas, braços
abertos e estendidos horizontalmente, com
a cabeça virada para um dos lados. O PM
se aproximará pelo lado oposto ao rosto do
abordado, posicionando ambos os joelhos
nas costas do mesmo (sendo um na região
cervical e outro na região dorsal), imobilizan-
do um dos braços entre as pernas, realizando
a algemação deste. Em seguida levará o bra-
ço algemado às costas e será determinado que o abordado leve a outra mão às suas costas.
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LEMBRETE
Quando for necessário o emprego de algemas plásticas (tipo lacre), serão utilizados
dois lacres: 01 (um) para cada pulso, com um passando pelo elo do outro, fixando de
forma que não prejudique o fluxo sanguíneo.
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Existem diversos casos que podem conduzir à suspeição, sendo normalmente situações
atípicas e que despertam no policial a probabilidade da iminência do acontecimento de um
fato delituoso, cabendo ao mesmo, o rápido planejamento de suas ações caso deseje realizar
a abordagem.
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LEMBRETE
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Tipos de Guarnição
Uma guarnição motorizada poderá ser composta por um número variável de componen-
tes, o que fará com que existam procedimentos diferentes a serem adotados, a depender do
tipo de guarnição.
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GUARNIÇÃO FORMAÇÃO
POSICIONAMENTO NA VIATURA
TIPO NÚMERO DE POLICIAIS
LADO DO MOTORISTA LADO DO CARONA
A 2 Motorista Comandante
Motorista
B 3 Comandante
Patrulheiro nº 1
Motorista Comandante
C 4 Patrulheiro nº 1 Patrulheiro nº 2
Guarnição TIPO A
Ao avistar o abordado, observada a distância preconizada para abordagem a pessoas a
pé - 03 (três) metros, os integrantes da guarnição realizarão o semidesembarque de imediato,
determinando a parada e tomada da posição de Busca Pessoal.
Guarnição TIPO B
Ao avistar os abordados, observada a distância preconizada para abordagem a pessoas
a pé – 03 (três) metros – os integrantes da guarnição realizarão o semidesembarque de ime-
diato, determinando-lhes a parada e tomada da posição de Busca Pessoal.
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Guarnição TIPO C
Seguirá o quanto previsto no item anterior, sendo que durante o semidesembarque o Pa-
trulheiro nº2 se posicionará ao lado do Comandante, e durante a Busca Pessoal exercerá a
função de Segurança de Custódia 1.
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Acompanhamento
É a monitoração visual e física do veículo suspeito, enquanto estiver em deslocamento
até o momento da abordagem.
Durante o acompanhamento, a guarnição deve observar os movimentos dos seus ocu-
pantes, procurando identificar suas características, assim como as do veículo (marca, modelo,
tipo, cor, placa policial e outros detalhes que facilitem a identificação), munindo a Central de
Operações com informações (sua localização, itinerário, número de ocupantes, comportamen-
to e outros) que possam servir para o planejamento das ações até o momento da interceptação.
Dificuldades
É importante ter em mente que durante o acompanhamento a veículo suspeito, existem
algumas dificuldades:
a) Identificação dos ocupantes através do veículo, não só pela escassez de dados, mas
devido ao uso de películas ou ao movimento do veículo;
b) A intensidade do trânsito de veículos e o grande fluxo de pedestres, visto que pode
causar acidentes e oferecer riscos a terceiros;
c) Identificar e perceber os locais que favoreçam as manobras evasivas.
Cuidados
Alguns cuidados e procedimentos devem ser adotados pela guarnição quando do acom-
panhamento a veículos suspeitos. Nunca se deve:
a) Emparelhar a viatura com o veículo suspeito;
b) Ultrapassar o veículo suspeito, “fechar” ou efetuar qualquer manobra perigosa, que
force a parada abrupta do veículo que se acompanha;
c) Dar marcha a ré ao detectar a suspeição em veículo parado;
d) Efetuar disparos no veículo acompanhado, por desconhecer os ocupantes do veículo
(se vítimas ou se infratores da lei).
LEMBRETE
Nem sempre um veículo que promove fuga implica no entendimento de que seus
ocupantes sejam infratores da lei (dentre as inúmeras hipóteses, pode tratar-se de um
menor sem habilitação ou um cidadão que esteja sem documentação de porte obrigatório).
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Bloqueio
É a ação que consiste na participação de várias viaturas com o objetivo de fechar as
vias de fuga para o veículo suspeito. A disposição tática das demais viaturas no teatro de
operações, facilita o procedimento de acompanhamento do veículo em fuga, dando tempo ao
planejamento e execução da interceptação policial.
Dificuldades
Para ação de bloqueio, são identificadas algumas dificuldades que podem favorecer a
fuga do veículo suspeito:
a) Conhecimento pleno do local e as possíveis rotas de fuga, visto que os infratores da
lei, normalmente, planejam uma rota principal e outra alternativa e, caso os policiais envolvi-
dos na ação não tenham esse conhecimento, poderão deixar livre esses locais.
b) Disponibilidade de viaturas suficientes para realizar o bloqueio, ou o tempo levado
para dispor essas viaturas nos pontos estabelecidos.
Cuidados
a) Não se recomenda o uso de bloqueios em aclives, declives ou curvas.
b) Em vias urbanas pode-se utilizar a própria viatura e outros recursos para realizar o
fechamento do trânsito, atentando para o aspecto de segurança da guarnição. Em vias rurais
recomenda-se a utilização de outros suplementos operacionais.
Cerco
É a ação policial que consiste no controle de uma determinada área ou alvo para isola-
mento e atuação da guarnição policial. O cerco pode ser iniciado após o bloqueio e serve de
preparação para a interceptação.
Dificuldades
Assim como no bloqueio, a disponibilidade de viaturas e o tempo resposta também são
fatores que dificultam esta etapa.
Cuidados
Quando do cerco decorrer situações em que não se faz viável proceder com a abor-
dagem, a exemplo, uma crise envolvendo refém, deve-se requerer a intervenção de equipe
especializada.
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Interceptação
É o momento da imobilização do veículo suspeito para o início da fase de execução da
abordagem. A interceptação é um momento crucial da abordagem a veículos, pois nessa eta-
pa o emprego correto das técnicas será de vital importância para o desfecho positivo da ação
policial.
Dificuldades
Visualizar e perceber os movimentos dos ocupantes do veículo em atitude suspeita.
Cuidados
A escolha do local para a abordagem, sempre que possível dar-se-á em locais com pouca
movimentação de veículos e pedestres para aumentar a segurança da ação policial.
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Semidesembarque
O procedimento de semidesembarque dever ser realizado com rapidez que associada à
precisão das técnicas, gera um impacto psicológico e diminui o poder de reação por parte dos
abordados, demonstrando ainda, o grau de eficiência e entrosamento da guarnição.
Posicionamento da Guarnição
As posições dos integrantes da guarnição, durante a execução da abordagem visam:
a. À visão total da área da abordagem, posições e movimentos dos abordados;
b. À não exposição dos integrantes a possíveis disparos de arma por parte dos abor-
dados;
c. À não exposição dos policiais ao disparo acidental de seus companheiros;
d. Ao não cruzamento das linhas de tiro.
Verbalização
A entonação da voz deverá ser compatível à distância e atitude do abordado, e
como citado anteriormente, a utilização do megafone poderá facilitar ao abordado ouvir e bem
entender as ordens do policial. A ação vigorosa associada a gestos precisos, clareza e entona-
ção de voz, impõem aos abordados a idéia de profissionalismo e firmeza, o que com certeza
inibirá possíveis atitudes de reação.
Contenção
Ao aproximar-se do veículo em atitude suspeita que será abordado, o comandante da
guarnição determinará:
A parada do veículo:
“- ATENÇÃO! ABORDAGEM POLICIAL, PARE O VEÍCULO!
- DESLIGUE O VEÍCULO! COLOQUE A CHAVE SOBRE O TETO!
- TODOS OS OCUPANTES MANTENHAM AS MÃOS PARA FORA DO VEÍCULO!”
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Saída do condutor:
“- SAIA DO VEÍCULO COM A MÃO SOBRE A CABEÇA!
- ABRA A PORTA DO FUNDO!”
Saída dos demais ocupantes pela porta correspondente, com as mãos sobre a cabeça,
um por vez, deslocando para o local determinado, deixando todas as portas abertas.
Verificação do Veículo
O Homem-Busca deslocar-se-á com a silhueta reduzida pela lateral esquerda do veículo
suspeito, utilizando-se da técnica de tomada de ângulo, onde observará atentamente o veícu-
lo, com postura de segurança conforme o nível da abordagem, tentando visualizar se existe
mais algum ocupante no interior deste. Após esse momento, deve também certificar, rapida-
mente, se o porta-malas está fechado e dar o “limpo” para a guarnição.
Abertura do Porta-Malas
Será realizada pelo Homem-Busca com apoio do Segurança de Busca, do lado esquerdo
do veículo abordado, visando localizar pessoas. O procedimento de abertura do porta-malas
será realizado pelos dois policiais, no sentido da via ao anteparo (Zona de Segurança). Antes
da abertura do porta-malas, os abordados serão posicionados mais próximos da viatura (des-
locamento lateral da Zona da Segurança).
LEMBRETE
Os policiais deverão tomar todos os cuidados na observação para não confundir um
infrator com: uma vítima, uma pessoa alcoolizada ou drogada que diante de uma atitude
brusca possam provocar uso de arma de fogo indevidamente.
Verificação do Capô
A depender do nível de abordagem poderá ser realizada a busca no capô do veículo,
visando encontrar materiais ilícitos e/ou para a identificação veicular.
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01 Planejamento mental.
05 Verificação inicial do porta malas para saber se está fechado, dando o “-limpo!” para a guarnição.
Abertura e busca visual no porta malas do veículo, a fim de verificar se não há pessoas no seu
09 interior.
Busca veicular no sentido horário e de cima para baixo (a depender do nível de suspeição verificar
10 o capô do veículo).
Conclusão da abordagem com a exposição de motivos e liberação dos abordados ou adoção das
14 medidas cabíveis, conforme previsão legal, além de consignar todos os dados para relatório de
serviço.
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LEMBRETE
Abordagem a veículo com três ou mais ocupantes não é tecnicamente viável ser
realizada por esse tipo de guarnição. Quando uma Guarnição Tipo “A” se deparar com
veículos com mais de 2 (dois) ocupantes, deve solicitar reforço/apoio à Central e continuar
acompanhando o veículo, até a chegada de outra Guarnição.
Procedimentos
O Comandante da guarnição realiza o semidesembarque ao mesmo tempo que o Moto-
rista, e tomam as seguintes posições:
COMANDANTE
O Comandante posiciona-se semidesembarcado, entre a coluna do teto e a porta, pro-
curando reduzir ao máximo a sua silhueta e determina que o condutor do veículo desligue o
veículo (antes deverá abaixar o vidro, destravar a porta e retirar o cinto de segurança). A partir
desse momento será determinado ao abordado que retire a chave da ignição e a coloque sobre
o teto, nessa mesma ação será ainda determinado ao abordado colocar as duas mãos para fora
do veículo e a descida do veículo com as mãos sobre a cabeça, descendo do veículo de frente
e se deslocando até a Zona de Segurança. A partir desse momento utiliza-se as Técnicas de
Contenção e Busca Pessoal.
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MOTORISTA
O Motorista semidesembarca e se posiciona entre a coluna e a porta da viatura. Ele será
responsável por observar toda a parte esquerda do veículo (lateral e fundo). Estando o abor-
dado já posicionado na Zona de Segurança, deslocar-se-á com a silhueta reduzida pela lateral
esquerda do veículo suspeito, utilizando-se da Técnica de Tomada de Ângulo, onde observará
atentamente o veículo, com postura de segurança máxima, tentando visualizar se existe mais
algum ocupante no interior deste. Após este momento, deve também certificar, rapidamente,
se o porta-malas está fechado e dar o “limpo” para a guarnição, e, em seguida, assume a fun-
ção de Homem-Busca, com o apoio do Comandante que será o Segurança de Busca.
Havendo um segundo abordado, a função do Motorista da guarnição será de grande
responsabilidade, pois o Comandante estará dividido entre o primeiro abordado, que estará
sendo custodiado na Zona de Segurança, e o segundo, que estará desembarcando, devendo o
Motorista policial não desviar sua atenção do segundo abordado até que este esteja no local de
custódia. Além disso, o Motorista fará a verificação do veículo sem apoio de fogo do Coman-
dante, visto que este estará com atenção na Zona de Segurança. Por esses motivos é que não
é recomendável a abordagem a veículo com dois ocupantes. Este caso deve ser considerado
como excepcional e em situações inevitáveis.
LEMBRETE
Atualmente na PMBA, praticamente todas as Unidades Operacionais se utilizam
desse tipo de guarnição no policiamento, devendo os policiais terem a consciência do
risco que uma abordagem com esse tipo de guarnição oferece, quando não observado os
requisitos mínimos de segurança.
COMANDANTE
O Comandante posiciona-se semidesembarcado, entre a coluna do teto e a porta, procu-
rando reduzir ao máximo a sua silhueta e determina que o condutor desligue o veículo (antes
deverá abaixar o vidro, destravar a porta e retirar o cinto de segurança). A partir desse mo-
mento será determinado ao abordado que retire a chave da ignição e a coloque sobre o teto,
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nesta mesma ação será ainda determinado ao abordado colocar as duas mãos para fora do
veículo e a descida do veículo com as mãos acima da cabeça, descendo do veículo de frente
e deslocando-se até a Zona de Segurança. A partir desse momento utiliza-se as Condutas de
Contenção e Busca Pessoal.
MOTORISTA
O Motorista semidesembarca e se posiciona entre a coluna e a porta da viatura. Ele será
responsável por observar toda a parte esquerda do veículo (lateral e fundo). Após estabelecida
a Zona de Segurança com todos os abordados dispostos, assume a função de Segurança Ex-
terna, na passagem do patrulheiro para a Busca Visual do veículo.
PATRULHEIRO Nº 1
O Patrulheiro nº 1 desembarca pelo lado do Motorista, voltado para a retaguarda, rea-
lizando em um primeiro momento a segurança externa da guarnição. Estando o abordado já
posicionado na Zona de Segurança, o patrulheiro deslocar-se-á com a silhueta reduzida pela
lateral esquerda do veículo suspeito utilizando-se da Técnica de Tomada de Ângulo, onde ob-
servará atentamente o veículo, com postura de segurança máxima, tentando visualizar se exis-
te mais algum ocupante no interior do mesmo. Após este momento, deve também certificar,
rapidamente, se o porta-malas está fechado e dar o “limpo” para a guarnição, e em seguida,
assume a função do Homem-Busca. Na passagem do Patrulheiro nº 1 pelo Motorista, este
assumirá a função de Segurança Externa.
Após a Busca Pessoal, será realizada a verificação do porta-malas do veículo no intuito
de localizar pessoas. Ao finalizar a verificação do porta-malas será realizada a Busca Veicular,
acompanhada pelo condutor.
COMANDANTE
O Comandante posiciona-se semidesembarcado, entre a coluna do teto e a porta, pro-
curando reduzir ao máximo a sua silhueta, e determina que o condutor desligue o veículo
(antes deverá abaixar o vidro, destravar a porta e retirar o cinto de segurança). A partir deste
momento será determinado ao abordado que coloque a chave sobre o teto, mantenha as mãos
para fora do veículo e desça com as mãos sobre a cabeça, deslocando-se, de frente, até a
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MOTORISTA
O Motorista desembarca do seu lado, posicionando-se entre a coluna e a porta da viatu-
ra. Ele será responsável por observar toda a parte esquerda do veículo (lateral e fundo). Quan-
do o Patrulheiro nº 1 fizer a verificação do veículo, ele assumirá a Segurança Externa, podendo
acumular com a Segurança de Custódia 2, a depender do número de ocupantes do veículo.
PATRULHEIRO Nº 1
O Patrulheiro nº 1 desembarca pelo lado do Motorista e se posiciona, inicialmente, fa-
zendo a segurança externa. Quando o abordado estiver posicionado na Zona de Segurança,
o Patrulheiro nº 1 deslocar-se-á com a silhueta reduzida pela lateral esquerda do veículo sus-
peito, utilizando-se da Técnica de Tomada de Ângulo, onde observará atentamente o veículo
abordado, com postura de segurança máxima, tentando visualizar se existe mais algum ocu-
pante no seu interior. Após este momento, deve também certificar, rapidamente, se o porta-
malas está fechado e dar o “limpo” para a guarnição, momento em que assume a função de
Homem-Busca. Na passagem do Patrulheiro nº 1 pelo Motorista, este assumirá a função de
Segurança Externa.
PATRULHEIRO Nº 2
O Patrulheiro nº 2 desembarca pelo lado do Comandante e se posicionam ambos do
mesmo lado, atentos ao flanco direito do veículo abordado e à saída dos ocupantes até a Zona
de Segurança. Após a saída do primeiro abordado e durante o seu deslocamento para o Setor
de Custódia, o patrulheiro se volta para esse local e assume a função de Segurança de Custó-
dia até o fim da abordagem.
LEMBRETE
A depender do número de ocupantes do veículo a ser abordado, o acúmulo da fun-
ção de Segurança de Custódia 2 pelo Motorista é de vital importância, pois este setor ficará
próximo ao veículo que ainda não foi abordado.
Procedimentos
a) UMA GUARNIÇÃO JÁ NO ACOMPANHAMENTO OU INTERVENÇÃO REFORÇADA
OU APOIADA POR OUTRA GUARNIÇÃO
Neste caso, a segunda guarnição (reforço ou apoio) completará o efetivo da primeira, no
momento inicial, ocupando as funções remanescentes, como se fosse uma guarnição do Tipo
C. Após a Contenção, deverá ser obedecido o princípio da unidade de comando.
Excedendo algum componente, este assumirá uma das funções conforme descrito neste
Manual quando de uma abordagem com “mais de quatro policiais militares a pessoas a pé”,
obedecendo os critérios de avaliação de risco.
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b) GUARNIÇÕES EM COMBOIO
Para este tipo de intervenção, a guarnição de maior porte, havendo a possibilidade,
assumirá a frente do comboio (neste primeiro momento independente de posto/graduação), e
realizará a interceptação. Os componentes da segunda guarnição irão ocupar as funções rema-
nescentes, como se fosse uma guarnição do Tipo C. Após a Contenção, deverá ser obedecido
o princípio da unidade de comando.
Excedendo algum componente, este assumirá uma das funções conforme descrito neste
Manual quando de uma abordagem com “mais de quatro policiais militares a pessoas a pé”
obedecendo os critérios de avaliação de risco.
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9. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
São fatores a serem observados na aplicação das técnicas, que servem para complemen-
tar e aumentar a segurança da ação policial quando numa abordagem a veículo:
Luzes
Durante a abordagem, o giroflex e o pisca-alerta da viatura deverão permanecer ligados.
Em situações de baixa visibilidade (a depender da zona de ação), o farol alto da viatura será
ligado e determinado ao condutor do veículo que desligue o farol e acenda as luzes internas
do veículo.
Confirmação da Supeita
Havendo suspeita confirmada, os ocupantes deverão sair do veículo abordado e serem
posicionados de joelhos (suspeita confirmada com ilícito aliada aos fatores: efetivo policial e
local da ação) ou imediatamente em decúbito ventral (suspeita confirmada com a presença de
arma de fogo), seguido da verificação do interior do veículo, contenção, algemação e Busca
Pessoal nos abordados.
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Aproximação
I. Sempre que possível, a
viatura deverá parar à retaguarda
do ônibus, com seu farol direito
alinhado à placa do ônibus, com
distância mínima de 05 (cinco)
metros.
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LEMBRETE
Preferencialmente, o deslocamento será pelo lado oposto à circulação da via, para
evitar o risco de atropelamento e sempre buscando cobertas e abrigos que os protejam da
exposição aos ocupantes do ônibus.
Contenção
I. O Patrulheiro nº 2, de onde está, pedirá ao condutor do coletivo que abra a porta da
frente, desligue o veículo e mantenha as demais portas fechadas. Ato contínuo, determinará
que todos os homens localizados no espaço entre a escada e a catraca desembarquem com
seus pertences e coloquem as mãos acima da cabeça na lateral do ônibus, que será utilizada
como anteparo compondo o Setor de Custódia nº 1.
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Busca
I. O Patrulheiro nº 1 chamará os passageiros ao Setor de Busca, um por vez, da direita
para a esquerda, e lhes fará busca pessoal, tendo o Motorista como seu Segurança de Busca.
Após passar pela busca, o abordado será direcionado ao Setor de Custódia nº 2, sendo acumu-
lada sua responsabilidade pelo Motorista, que deverá garantir que os abordados não fiquem
à sua retaguarda e nem ao fundo do veículo.
II. Finalizada a busca pessoal, o Motorista se voltará para o Setor de Custódia nº 2, cui-
dando de observar, também, todo o ambiente no seu campo visual. O Comandante, por sua
vez, se posicionará ao lado do Motorista e voltará sua frente para o lado oposto ao do Motoris-
ta, observando todo o ambiente no seu campo visual e também, o interior do ônibus.
III. O Patrulheiro nº 1 determinará ao condutor do ônibus a abertura da porta traseira e
por ela embarcará cuidadosamente, posicionando-se ao fundo do ônibus, de onde guarnecerá
o Patrulheiro nº 2, que embarcará simultaneamente, fará uma varredura visual e, em seguida,
começará a revistar os pertences das passageiras, uma a uma, do fundo para a frente, solici-
tando, inclusive, que se levantem e saiam do assento, para verificar o local.
IV. Chegando à catraca, o Patrulheiro nº 2 solicitará ao condutor que abra as portas do
centro e da frente, caso haja, e por ela desembarcará, observando a escada, em busca de
objetos ilícitos. Em seguida, embarcará pela porta da frente realizando a busca nos pertences
das passageiras e dos espaços onde se possa ocultar objeto ilícito.
V. Finalizada a busca no interior do ônibus e nos pertences
das passageiras, os Patrulheiros nº 1 e 2 desembarcarão e se
dirigirão à lateral esquerda do ônibus para a busca de perímetro,
inclusive, embaixo do veículo, em busca de algum objeto ilícito
que possa ter sido dispensado por algum passageiro. Em segui-
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Contenção
I. O Patrulheiro nº 2, de onde está, pedirá ao condutor do ônibus que desligue o veículo
e abra a porta traseira. Ato contínuo, o Patrulheiro nº 1, em postura semipronta, irá deslocar
à sua direita, ficando diante da janela lateral traseira e determinará que todos os passageiros
que estão no fundo do veículo passem para a frente. O Motorista acompanhará o Patrulheiro
nº 1 em seu deslocamento até a janela, na postura semipronta, voltado para a porta traseira
do ônibus. Em seguida, o Patrulheiro nº 1 embarcará pela porta traseira verificando o fundo
do veículo e rapidamente se voltará para a catraca, de onde dará a ordem para o desembarque
dos homens com seus pertences e que as mulheres passem para o lado esquerdo com as
mãos no corrimão da cadeira da frente. O Motorista embarcará juntamente com o Patrulheiro
nº 1 e voltará sua atenção para o fundo do veículo, retornando à sua posição anterior assim
que se iniciar o desembarque dos passageiros masculinos.
II. Durante o desembarque dos homens, o Patrulheiro nº 2 lhes determinará que colo-
quem as mãos na lateral do ônibus e acima da cabeça. Finalizado este desembarque o Patru-
lheiro nº 1 descerá do ônibus e assumirá a posição de Homem-Busca.
III. Após o desembarque do Patrulheiro nº 1, o Patrulheiro nº 2 determinará ao condutor
que feche as portas e, junto com o Comandante, se dirigirão ao Setor de Custódia nº 1, onde
cada um fará a custódia de metade do setor. O Patrulheiro nº 2 ficará à direita do Comandante,
acumulando a função de Segurança Externa.
Busca
I. Proceder-se-á conforme tópico BUSCA do item anterior.
II. O Patrulheiro nº 2 embarcará cuidadosamente pela porta da frente e se dirigirá até
a parte traseira, em postura relativa, fazendo uma varredura visual do interior do ônibus. Em
seguida, começará a busca nos pertences das passageiras, uma a uma, do fundo para frente,
solicitando, inclusive, que se levantem e saiam do assento, para verificar o local.
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Contenção
I. O MOTA, de onde está, determinará ao condutor do coletivo que abra a porta da fren-
te, desligue o veículo e mantenha as demais portas fechadas. Ato contínuo, determinará que
todos os homens localizados no espaço entre a escada e a catraca desembarquem com seus
pertences e coloquem as mãos acima da cabeça na lateral do ônibus, que será utilizada como
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Busca
I. O PTRB chamará os passageiros ao Setor de Busca, um por vez, da direita para a es-
querda, e lhes fará busca pessoal, tendo o CMTB como seu Segurança de Busca. Após passar
pela busca, o abordado será direcionado ao Setor de Custódia nº 2, que terá como responsável
o MOTB, que não deverá permitir que os abordados fiquem à sua retaguarda e nem ao fundo
do veículo. Finalizada a busca pessoal, o CMTB se voltará para o Setor de Custódia nº 2.
II. O MOTB fará a Segurança Externa e o CMTA, por sua vez, posicionará ao lado do CMTB
e voltará sua frente para a dianteira do veículo, observando todo o ambiente no seu campo
visual e também, o interior do ônibus.
III. O PTRB determinará ao condutor do ônibus a abertura da porta traseira e por ela em-
barcará cuidadosamente e se posicionará no fundo do coletivo, de onde guarnecerá o MOTA,
que embarcará simultaneamente, fará uma varredura visual e, em seguida, começará a busca
nos pertences das passageiras, uma a uma, do fundo para frente, solicitando, inclusive, que
se levantem e saiam do assento, para verificar o local.
IV. Chegando à catraca, o MOTA solicitará ao condutor que abra as portas do centro e da
frente, caso haja, e por ela desembarcará, observando a escada, em busca de objetos ilícitos.
Em seguida, embarcará pela porta da frente, realizando a busca nos pertences das passageiras
e nos espaços onde se possa ocultar objeto ilícito.
V. Finalizada a busca no interior do ônibus e nos pertences das passageiras, os PTRB
e MOTA desembarcarão e se dirigirão à lateral esquerda do coletivo para realizar a busca de
perímetro, inclusive, embaixo do veículo, em busca de algum objeto ilícito que possa ter sido
dispensado por algum passageiro. Em seguida, retornarão para o lado dos CMTAB, recompondo
a linha de segurança ao longo do ônibus.
VI. O Comandante mais antigo realizará a devida conclusão da abordagem e autorizará o
embarque dos passageiros, liberando o deslocamento do ônibus. A guarnição fará a segurança
do trânsito até a saída do ônibus e somente depois embarcará na viatura.
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Contenção
I. O Patrulheiro nº 2 determinará ao condutor que desligue o veículo e abra a porta, bem
como a todos os homens que desembarquem com seus pertences e coloquem as mãos acima
da cabeça na lateral do ônibus, que será utilizada como anteparo compondo o Setor de Custó-
dia nº 1. Os demais passageiros (mulheres, crianças e idosos), que porventura permaneçam
no interior do ônibus, serão posicionados nos bancos do lado esquerdo com a mão no corri-
mão do banco da frente.
II. Desembarcados todos os passageiros do sexo masculino, o Patrulheiro nº 2 adentrará
cautelosamente o interior do coletivo tão somente para se certificar de que não há mais ne-
nhum passageiro do sexo masculino e em seguida descerá do ônibus.
III. Após seu desembarque, o Patrulheiro nº 2 determinará ao condutor o fechamento da
porta e, junto com o Comandante, se dirigirá ao Setor de Custódia nº 1, onde cada um fará a
custódia de metade do setor. O Patrulheiro nº 2 ficará à direita do Comandante, acumulando
a função de Segurança Externa.
Busca
I. A parte da lateral do veículo, que fica após o pneu traseiro, deverá ser reservada para
ser utilizada como setor de busca.
II. Proceder-se-á a busca como descrito nos itens anteriores.
III. O Patrulheiro nº 1, por sua vez, embarcará simultaneamente com o Patrulheiro nº 2
e permanecerá na frente, junto ao condutor do veículo, fazendo a segurança do Patrulheiro nº
2. Finalizada a busca no interior do ônibus e nos pertences das passageiras, ambos desembar-
carão e se dirigirão à lateral esquerda do ônibus para realizar a busca de perímetro, inclusive,
embaixo do veículo, atentando para algum objeto ilícito que possa ter sido dispensado. Em
seguida, retornarão para o lado do Comandante e Motorista, recompondo a linha de segurança
ao longo do ônibus.
IV. O Comandante realizará a devida conclusão da abordagem e autorizará o embarque
dos passageiros, liberando o deslocamento do ônibus. A guarnição fará a segurança do trânsito
até a saída do ônibus e somente depois embarcará na viatura.
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Aproximação
Proceder-se-á a aproximação descrita nos itens anteriores.
I. A guarnição Tipo B fará a progressão em coluna, tendo PTRB como ponta, seguido do
MOTB e do CMTB, nesta ordem, sendo que o Patrulheiro nº 1 deslocará na posição semipron-
ta direcionado para a porta e os demais, na mesma posição, com foco nas janelas devido a
abertura diferenciada da porta, sendo que o CMTB também fará a Segurança Externa.
II. CMTA e MOTA se posicionarão na coluna traseira.
Contenção
I. De onde está o PTRB determinará que o condutor do Executivo desligue o veículo,
abra a porta e transmitirá a ordem para que todos os homens desçam com seus pertences e
coloquem as mãos acima da cabeça na lateral do ônibus, que será utilizada como anteparo
compondo o Setor de Custódia nº 1. A GU Tipo A permanecerá coberta pela coluna traseira do
coletivo, e o CMTA orientará o adequado posicionamento dos passageiros na lateral do ônibus.
II. Desembarcados todos os homens, o PTRB determinará ao condutor do veículo que
transmita a ordem para que todas as mulheres e demais passageiros (idosos, crianças etc.)
desçam do veículo e se posicionem à frente do ônibus, ao tempo em que o MOTB orientará o
posicionamento adequado, enquanto o CMTB comporá o Setor de Custódia nº 2.
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Busca
I. Após a formação dos setores de custódia, o PTRB e o MOTB embarcarão no ônibus
para verificar se há ainda algum passageiro homiziado, inclusive no banheiro. Após verifica-
ção, desembarcarão e o MOTB substituirá o CMTB na função de Segurança de Custódia nº 2.
Os Comandantes assumirão o Setor de Custódia nº 1, o MOTA será o Segurança de Busca do
PTRB, que será o Homem-Busca.
II. Quando reduzirem os homens no Setor de Custódia nº 1, o CMTA assumirá o Setor de
Custódia nº 3.
III. Concluída a Busca Pessoal nos homens, as mulheres e demais passageiros, serão po-
sicionados no Setor de Custódia nº 1, de costas para o ônibus. Em seguida, o PTRB iniciará a
revista de seus pertences, da traseira para a dianteira do ônibus, sendo que esses passageiros
não serão movimentados durante e após a busca, sendo mantidos em linha.
IV. Concluída a revista dos pertences das mulheres e demais passageiros, o MOTB e o
PTRB embarcarão novamente no ônibus, para fazer a busca veicular à procura de objetos ilíci-
tos. Em seguida, desembarcarão para recompor a linha de segurança.
V. O Comandante mais antigo realizará a devida conclusão da abordagem e autorizará o
embarque dos passageiros, liberando o deslocamento do ônibus. A guarnição fará a segurança
do trânsito até a saída do ônibus e somente depois embarcará na viatura.
LEMBRETE
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1. FORMAÇÕES DE MOTOPATRULHAMENTO
São equipes que poderão ser
formadas para realização do policia-
mento, podendo ser elas, com duas,
três, quatro ou mais motocicletas,
as quais se posicionarão na via de
acordo com seu efetivo.
2. ABORDAGEM A MOTOCICLETAS
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LEMBRETE
Recomenda-se que, havendo dois suspeitos em uma motocicleta, se priorize a aborda-
gem do Garupa, pois é mais provável que este porte arma de fogo.
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LEMBRETES
O Comandante observa o veículo a ser abordado e indica à dupla Piloto/Garupa que ini-
cie a aproximação. A dupla Piloto/Garupa se aproxima pela lateral do veículo suspeito e em um
ângulo de 45 graus e cerca de 03 (três) metros à retaguarda, utilizando-se de equipamentos
sonoros e luminosos.
O Garupa realizará o enquadramento do veículo a ser abordado e determinará sua pa-
rada, enquanto o Comandante acompanha o procedimento com a motocicleta à retaguarda.
Após a interceptação do veículo, o Garupa verbalizará: “ABORDAGEM POLICIAL!”
“DESLIGUE O VEÍCULO!”. O Comandante desmontará rapidamente da motocicleta e realizará
o enquadramento do veículo, permitindo que o Garupa desmonte da motocicleta e assuma a
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LEGENDA
SB - SEGURANÇA DE BUSCA HB - HOMEM-BUSCA SE - SEGURANÇA EXTERNA SC - SEGURANÇA DE CUSTÓDIA SUP - SUPERVISOR
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É o ato de deslocar, nos diferentes tipos de terreno, utilizando técnicas, formações e pos-
turas de segurança adequadas, com vistas a atingir um objetivo predeterminado.
A progressão de tropa a ser observada neste capítulo não é fato incomum no policia-
mento ostensivo convencional, visto que a guarnição policial poderá se deparar, durante seu
serviço ordinário, com situações onde seja necessário o emprego de técnicas específicas de
deslocamento no terreno, cabendo ao Comandante da guarnição adotar as táticas mais ade-
quadas para a ação. O tipo do terreno a ser progredido pela tropa será elemento determinante
da técnica a ser adotada na conduta da guarnição, podendo ser área edificada ou de mato.
1. CONCEITOS
Zona Urbana: é o espaço ocupado por uma cidade, caracterizado pela edificação contí-
nua e pela existência de infraestrutura urbana, que compreende o conjunto de serviços públi-
cos que possibilitam a vida da população.
Zona Rural: é o espaço compreendido no campo, sendo uma região não urbanizada.
Área Edificada: é toda localidade onde exista edificação, caracterizada por um conjunto
de construções, não devendo ser confundido com zona urbana, uma vez que se pode encon-
trar áreas com características edificadas na zona rural.
Área de Mato: é toda área ou localidade onde possa ser observada vegetação abundan-
te, podendo possuir construções esparsas ou isoladas. Pode-se observar Área de Mato na zona
urbana.
Em Área Edificada, o número mínimo de policiais para compor uma guarnição neste tipo
de terreno será de 04 (quatro) policiais militares.
Já em Área de Mato, o efetivo mínimo para a constituição de uma guarnição é de 06
(seis) policiais militares. Como exceção, pode-se empregar quatro policiais progredindo em
terreno urbano de pequena área, onde possa ter a visualização da delimitação dessa área.
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LEMBRETE
A progressão de tropa em área de mato no período noturno não é recomendada, e,
ocorrendo, deverão ser observados os fatores de segurança, condições do terreno e visibili-
dade necessárias, diante do alto risco que a ação representa. A guarnição poderá solicitar
reforço ou apoio, realizar o cerco e aguardar melhores condições de visibilidade para atuar.
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com uma arma portátil que ofereça uma melhor segurança aos componentes da guarnição.
Caso todos conduzam armas portáteis, cada Policial deverá voltá-la para o lado em que estiver
dirigida a sua atenção.
Formação em Linha
Empregada principalmente em área de mato, pois possibilita um volume de fogo à frente
superior à formação em coluna, ideal para a busca em perímetros e aproximação do objetivo.
Em caso de cerco em área de mato, onde o abordado estiver homiziado esta formação facilitará
a cobertura de uma área maior, todavia exige o emprego de um grande efetivo. Neste caso de-
verá ser verificada toda a área sob pena de facilitar a fuga do abordado ou mesmo possibilitar
um ataque surpresa pela retaguarda.
Quadro Comparativo
Velocidade da marcha x
Em Vielas/Corredores x
Em campo aberto x
Apoio de Fogo x
Varredura Perimetral x
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Deslocamento
Formas de progressão adotadas de acordo com as condições do terreno, velocidade de
deslocamento e proximidade do contato com o objetivo.
Tipos de deslocamento
a. Normal - deslocamento realizado pelos policiais mantendo a atenção para a sua zona
de responsabilidade.
b. Lanço - é um deslocamento curto e rápido, realizado entre duas posições abrigadas ou
cobertas. Deve ser feito um movimento decidido por quem o executa, pois a parada ou recuo
podem ser fatais. Antes de iniciá-lo, deve ser procedido um cuidadoso estudo da situação, para
evitar uma indecisão no decorrer do deslocamento.
Vale salientar que a técnica do lanço é mais indicada para áreas edificadas e com o
policiamento disposto em coluna por um, para que cada componente possa prestar apoio de
fogo quando do deslocamento de cada membro da fração de tropa. Para uma decisão firme e
acertada, o policial ao se preparar para o lanço, deve responder para si próprio as perguntas
que se seguem no quadro abaixo:
Para a próxima
pilastra à minha es- Para a lateral da Primeira curva da Até o fim do corre-
para onde vou? querda, a aproxima- porta do quarto. escada. dor.
damente 04 metros
à frente.
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Características do Deslocamento
Durante os deslocamentos todo policial deve se preocupar com a execução de três ativi-
dades simultâneas: a progressão, a ligação e a observação.
Ligação – Nunca perder o contato visual com o componente da guarnição que está à
frente e à retaguarda, no deslocamento em coluna, e à esquerda e à direita, no deslocamento
em linha, ficar atento para a transmissão de qualquer gesto ou sinal, retransmiti-lo e/ou exe-
cutá-lo, conforme o caso.
Observação – Cada policial deve manter constante observação no seu setor. O coman-
dante deve tomar medidas visando que a observação seja feita em todas as direções, inclusive
para cima.
5. SINAIS CONVENCIONADOS
Para uma abordagem, muitas vezes, a fim de garantir maior segurança nas progressões
e possibilitar a surpresa na aproximação, faz-se necessário a utilização de sinais que levem os
componentes da guarnição policial a entender o que fazer sem necessariamente utilizar a voz
ou outros ruídos.
Assim sendo, convencionou-se alguns sinais que deverão ser treinados pelos policiais a
fim de colocá-los em prática sempre que seja preciso. Dentre esses sinais destacamos:
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LEMBRETE
Os comandos por gestos deverão ser repetidos até o último policial para que o co-
mandante tenha certeza que a mensagem chegou a todos. Devem ser realizados utilizando
a mão fraca, uma vez que a mão forte encontra-se com o armamento.
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EDIFICAÇÕES: todo e qualquer tipo de construção, que tenha como finalidade atender
ao interesse do homem: edifício, prédio, casa, barraco, ruínas ou construções inacabadas.
1. TIPOS DE EDIFICAÇÕES
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4. CONCEITOS
• ABRIGOS: são acidentes naturais ou artificiais que ocultam o policial da visão do
oponente e permitem uma proteção balística a depender do calibre utilizado.
• COBERTAS: são acidentes naturais ou artificiais que ocultam o policial da visão do
oponente e não oferecem proteção balística.
• SILHUETA: é a parte do corpo que pode ser percebida pela vista do opositor.
• REDUÇÃO DE SILHUETA: consiste na diminuição da silhueta do policial mantendo
uma postura diminuta em relação à posição habitual, deixando-o assim menos vul-
nerável a uma agressão, bem como em condições de evoluir para uma progressão.
• VARREDURA: é o conjunto de técnicas utilizadas para realização da busca de perí-
metro, podendo esta ser feita com a utilização de equipamentos específicos.
• TÉCNICA DO TERCEIRO OLHO: é a técnica em que o policial mantém o armamento
na postura máxima para o local que estiver observando.
• TOMADA DE ÂNGULO: é a técnica de realizar a visualização paulatina através da
abertura de campo visual, distanciando-se das paredes, com o armamento em con-
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Equipe de Varredura
É a fração constituída responsável pela busca no interior de uma edificação, atuando de
maneira técnica e coordenada dentro das funções durante a ação. A composição ideal é a par-
tir de 04 (quatro) policiais e os seus integrantes não possuem funções fixas (ponta, alas e reta-
guarda), sendo que o comandante da ação poderá executar quaisquer umas delas, entretanto
deve evitar ficar preso em situações como custódia de cômodo, vítimas e abordados, para que
a fração não siga a abordagem sem seu comando. São funções na Equipe de Varredura:
• ALA – são os policiais que vêm atrás do “Ponta”, responsáveis por promoverem a co-
bertura daquele quando estiver executando a conferência do ambiente à sua frente,
bem como realizarem a segurança das laterais da equipe.
• RETAGUARDA – esta função caberá ao último homem que estiver na fração, deven-
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Equipe de Apoio
É a fração que permanece fora da edificação, realizando a segurança da Equipe de Var-
redura, tendo como responsabilidade manter observação dos Pontos de Perigo Iminente, bem
como na observação das rotas de fuga, além de apoiar a equipe de varredura na edificação
quando solicitado.
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• Realizar a Busca Pessoal antes de conduzir alguém para a viatura, evitando sua reali-
zação em locais próximos a portas, janelas e junções do ambiente;
• Se uma porta durante a progressão estiver entreaberta, o policial postando-se do lado
da fechadura, poderá empurrá-la com a ponta dos dedos, ou com o pé, fazendo com
que se abra totalmente até tocar a parede, possibilitando perceber caso haja alguém
atrás desta;
• Ao arrombar portas: deve-se observar a forma de abertura da mesma; atingir próximo
à fechadura e evitar exposição devido à segurança;
• Lembrar-se que o abordado, quando acuado procura qualquer meio, qualquer lugar,
por mais difícil que pareça, para homiziar-se;
• Durante a realização da varredura deve-se priorizar a comunicação por gestos, res-
guardada algumas peculiaridades, como as progressões em ambientes de baixa visi-
bilidade;
• Ao adentrar um cômodo, não sendo encontrado suspeito, deve ser anunciado que o
ambiente está “limpo”;
• Verificando a existência de PPI cuja fração de tropa não tenha condições de cobrir,
deve-se então pedir “apoio”.
Procedimentos em Corredores
O corredor é uma via de acesso limitada nas laterais. É uma área de circulação interna na
edificação, que conduz aos seus cômodos, permitindo acesso às construções que a compõe.
Por ser considerado, para efeitos de condutas a serem adotadas, como sendo uma viela
ou uma avenida, é necessário que sejam aplicadas as técnicas de progressão. É importante
frisar que o espaço físico dos corredores de uma edificação é menor que uma viela ou beco, e
em virtude deste fato, a possibilidade de confronto é muito maior. Logo, devem ser considera-
das as seguintes orientações:
• Deslocar próximo à parede ou por lanços quando houver abrigos;
• Reduzir a distância entre os componentes da equipe;
• Manter apoio de fogo para todos os PPIs;
• Atentar para as portas, janelas, telhado e o final do corredor;
• Manter o controle do corredor, evitando o deslocamento do homiziado para atacar
quem aborda o cômodo;
• Entrar e sair pelo mesmo local na abordagem aos cômodos, por questões de seguran-
ça, para evitar ser confundido com o procurado.
• Controlar a região que ainda não foi tomada, e havendo equipe de apoio, não será
necessário a varredura de retorno;
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Procedimento em Escadas
Numa abordagem a edificações o policial poderá se deparar com escadas, o que se cons-
titui uma dificuldade, já que a possibilidade de reação por parte do efetivo policial é diminuída,
tendo em vista o espaço físico e a irregularidade do piso. Para facilitar a transposição deste tipo
de obstáculo, o PM deve seguir os seguintes procedimentos:
• Controlar os PPIs;
• Durante o deslocamento não cruzar as pernas, pois, se for necessário um movimento
brusco, possivelmente ficará desequilibrado comprometendo a segurança;
• Os PPI deverão ser cobertos a partir do mais próximo para o mais distante e por
quantos policiais forem necessários, sempre observando a segurança de profundida-
de;
• Caso existam pessoas deslocando na mesma escada em direção à equipe, esta deve-
rá ser conduzida para um local apropriado que favoreça a busca pessoal, mantendo
o controles dos PPIs;
• Cuidado para não cruzar a linha de tiro;
• A verificação da escada poderá ser feita utilizando o espelho, diminuindo o risco para
quem executa a progressão.
Procedimentos em Cômodos
Ao desenvolver a abordagem nos cômodos internos de uma edificação, a equipe deverá
cumprir as seguintes etapas:
Aproximação do Cômodo
Os procedimentos adotados antecipadamente por parte dos integrantes da equipe, po-
derão ser reavaliados e modificados durante a progressão no interior da edificação, conforme
as orientações:
• Manter a segurança para os locais ainda não tomados;
• Parar e ouvir bem, analisar todos os detalhes do cômodo e destacar os pontos onde
não tenha visão completa;
• Verificar abrigos que possam ser usados a seu favor;
• Partir sempre do princípio de que possam existir mais suspeitos do que foi detectado
na coleta de dados;
• Os abordados podem estar distribuídos em cômodos diferentes;
• É fundamental a postura correta nos abrigos e nos lanços;
• Os policiais, ao terminarem a abordagem ao cômodo, deverão retornar pelo mesmo
lugar, evitando situações de risco com a segurança do grupo;
• Estando os suspeitos barricados e resistindo à abordagem policial, deve-se verbalizar
de maneira a persuadi-los, forçando-os a rendição.
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Busca Visual
É a observação da parte interna do cômodo com o emprego de técnicas específicas, cha-
madas de varreduras, que são procedimentos adotados pela equipe para identificar a existên-
cia de pessoas durante a progressão, ou antes do adentramento do local, evitando a exposição
dos policiais.
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Entrada no Cômodo
Existem diversas técnicas a serem utilizadas pelo policial na entrada em cômodos, ca-
bendo ao mesmo escolher uma delas de acordo com o cenário encontrado. As principais
Técnicas de Entrada são:
a) Entrada por Setor – deverá ser utilizada quando a equipe só tiver condições de se
postar em um lado da entrada do cômodo. Os dois primeiros se postarão ombro a ombro e
adentrarão quase que simultaneamente varrendo os seus respectivos “ângulos mortos”, dei-
xando espaço suficiente para o restante da tropa adentrar o recinto.
b) Entrada Cruzada – o policial deverá buscar na entrada os PPI como o “ângulo morto”,
não sendo esta apropriada para tomadas de corredores ou outros locais que possuam paredes
internas próximas à abertura. Esta entrada deverá ser feita em dupla, de forma que cada um
dos policiais se aproxime até a porta de lados diferentes.
c) Entrada em Gancho – essa entrada deve ser realizada quando no ambiente seguinte
o policial se deparar com dois ou mais “ângulos mortos”, ou um dos lados já tenha alguma
parede.
Aspectos Gerais
Alguns aspectos devem ser considerados quanto à utilização do escudo balístico:
• Uso em Corredores: verificar o melhor lado para deslocamento evitando portas, ja-
nelas e becos.
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Lambida: é a técnica que consiste em posicionar o escudo rente a porta girando e to-
cando a parede (esquerda ou direita) com sua lateral, possibilitando a entrada da equipe ao
cômodo com mais segurança, evitando que esta seja atingida.
Esmagamento: é a técnica que consiste no avanço da equipe contra a ameaça até que
a esmague contra algum anteparo, impossibilitando a reação do suspeito.
Quadro Comparativo
VANTAGENS DESVANTAGENS
LEMBRETES
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REFERÊNCIAS
• LEÃO, Décio José Aguiar. Doutrina para ações antibombas. Monografia (Pós
Graduação Lato Senso em Política e Estratégica) – Universidade de São Pau-
lo, São Paulo, 2000).
• MAGALHÃES, Antônio Carlos Silva (Org.); LUCAS, Miguez Palma (Org.). Ma-
nual Básico de Abordagem Policial – PMBA, 2000.
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1. O acionamento do apoio especializado com cães deverá ser realizado via Central de
Operações.
3. Para a abordagem policial com cães, o efetivo habilitado para tal será o da Companhia
de Operações com Cães, situada no Batalhão de Polícia de Choque, o qual está devidamente
capacitado a lidar com esse tipo de especialidade (Canil Central) ou canis setoriais do interior
do Estado desde que referendados pelo Canil Central, conforme a legislação vigente.
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mentações bruscas, com vistas a evitar acidentes. Salientando que o efetivo da área não está
habilitado para conduzir os cães, sendo responsabilidade exclusiva dos cinotécnicos;
5. O efetivo mínimo padrão utilizado para operações com cães é de 2 (dois) policiais e 1
(um) cão, sendo que o primeiro será o responsável pela condução do cão e o segundo respon-
sável pelo suporte. Mais policiais de outras frações de tropa poderão compor o dispositivo de
abordagem. Mediante as peculiaridades do local, a distância de segurança entre os policiais e
o cão será estabelecida com orientação do(s) cinotécnico(s) presente(s);
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A condução do preso deve ser realizada por viatura. Havendo disponibilidade o Coman-
dante deve solicitar o apoio da Unidade; caso não seja possível, deve solicitar apoio ao CICOM.
Em caso de disparo de arma de fogo contra a Guarnição admite-se o revide imediato
por parte do policial montado, todavia, por motivo de segurança e para possibilitar uma maior
estabilidade de tiro, recomenda-se tão logo seja possível, o apeamento para o revide até ces-
sar a agressão. O disparo deve ser realizado estando o policial militar com as rédeas justas e
deve-se evitar a direção da cabeça do cavalo. Deve-se evitar montar e apear com a arma na
mão para evitar acidentes. O policial militar montado deve observar os níveis de segurança
estabelecidos neste Manual.
A abordagem e busca pessoal estando o policial militar montado, em dupla, não é reco-
mendada, mas caso seja extremamente necessária deve-se adotar extrema cautela, devendo o
Comandante realizar a função de guarda-cavalos e segurança de busca;
Vejamos, didaticamente, quais procedimentos devem ser adotados:
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LEMBRETE
O policial militar deverá buscar a comunicação bilateral terra-ar-terra (solo com ae-
ronave). A equipe que está no solo deverá informar via rádio ou telefone a sua localização
para a aeronave, binômio ver e ser visto.
Cuidados
• Não se aproximar da aeronave sem permissão da tripulação
• Proibida a aproximação do PM em direção a aeronave por trás, devido ao risco do
rotor de cauda
• A aproximação para a aeronave deve ser realizada pela frente
• Não aproximar conduzindo objetos acima da cabeça e na vertical
• Caso a aeronave necessite pousar, isolar o local, não permitindo a aproximação de
curiosos, principalmente crianças, junto ao rotor de cauda
• Se for o caso, deve-se identificar um local para a adaptação de uma zona de pouso
de helicóptero (ZPH)
• Não lançar nenhum objeto em direção a aeronave
• Aproximação pela frente da aeronave com silhueta baixa
• Não olhar diretamente para o foco de luz emitido pelo farol de busca, no período
noturno
• Não efetuar disparos de armas de fogo para cima sob nenhuma hipótese
LEMBRETE
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Procedimentos
Em virtude do seu potencial lesivo, os incidentes críticos envolvendo bombas e explo-
sivos deverão ter prioridade no atendimento, demandando medidas de prevenção, suporte,
apoio e/ou emprego técnico-especializado, devendo-se para tanto adotar os seguintes proce-
dimentos:
• O primeiro Policial Militar que tiver conhecimento de incidente crítico en-
volvendo bombas e explosivos ou objeto suspeito, dirigir-se-á ao local de modo a
verificar, com segurança, a veracidade do fato;
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Conceitos Básicos
ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS
Estruturas carcerárias destinadas à custódia de pessoas em conflito com a lei, abran-
gendo presídios, cadeias públicas, penitenciárias, conjuntos penais, colônias penais, casas de
albergado e delegacias.
PRIMEIRO INTERVENTOR
Policial Militar ou Guarnição PM que primeiro atende a ocorrência em Estabelecimento
Prisional.
FUGA
Quando o interno ou grupo de internos, com ou sem auxílio (pessoal ou material), ultra-
passa os limites carcerários conseguindo evadir das instalações do Estabelecimento Prisional.
REBELIÃO
É um tipo de delito contra a ordem pública caracterizado pela recusa do interno ou
grupos de presos em obedecer as ordens legais estabelecidas pelas autoridades do sistema
prisional, podendo iniciar com uma desobediência civil e evoluir para uma resistência armada.
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Procedimento Geral
• No caso de estabelecimento prisional com atividade de guarda realizada por
Unidade de Polícia de Guarda da PM, deverá o Oficial de serviço ou o Coman-
dante da Guarda, tão logo tome conhecimento da informação de ocorrência,
deslocar ao local para verificar a veracidade do fato;
• O Oficial de serviço deverá coletar todas as informações a respeito da ocorrên-
cia e informar ao escalão superior, que por sua vez, poderá solicitar reforço e
acionar, seguindo a cadeia de comando, a(s) Unidade(s) Operacional(is) Es-
pecializada(s) e Corpo de Bombeiros Militar, se for necessário, para adoção de
medidas especiais;
• As informações coletadas a respeito da ocorrência serão transmitidas à tropa
especializada apresentando todos os dados necessários;
• Ao final da ocorrência, deverá constar em relatório específico todos os fatos e as
providências adotadas.
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Procedimento em Delegacias
Procedimento Geral
• Ao ser acionado para atender a ocorrência, informar deslocamento à Central de
Rádio ou CICOM;
• Ao chegar ao local, manter contato com o responsável pelo estabelecimento a
fim de colher informações a respeito do tipo de ocorrência, motivação e envol-
vidos;
• Ficando constatada a ocorrência, deverá informar ao escalão superior, que, por
sua vez, poderá solicitar reforço e acionar, seguindo a cadeia de comando, a(s)
Unidade(s) Operacional(is) Especializada(s) para adoção de medidas especiais;
• Coletar todas as informações a respeito da ocorrência a fim de transmitir à tropa
especializada todos os dados necessários;
• Ao final da ocorrência, deverá constar em relatório específico todos os fatos e as
providências adotadas.
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Procedimentos
Para tanto, apresenta-se o seguinte rol de procedimentos a serem adotados quando da
atuação policial militar neste tipo de ocorrência.
1. Cerco do local (contenção);
2. Coleta de informações essenciais:
a. Causador (criminoso comum ou mentalmente perturbado);
b. Reféns (informações diversas, nomes, quantidade etc.);
c. Instrumento de ameaça (poder letal);
d. Motivação e finalidade;
e. Características do local.
3. Solicitar reforço;
4. Estabelecer isolamento inicial;
5. Não entrar no ponto crítico;
6. Havendo disparos, buscar abrigo e não revidar;
7. Não usar a força, exceto em situações de iminente ou deflagrada violência contra o
refém;
8. Providenciar socorro a eventuais vítimas;
9. Preferencialmente, manter contato verbal se solicitado pelo causador. Havendo conta-
to, não o fazer cara a cara. Proteger-se;
10. Deixar o causador falar à vontade;
11. Ser honesto e evitar truques;
12. Não fazer concessões e não oferecer algo;
13. Não fazer ameaças;
14. Não exigir a imediata rendição do causador e libertação do refém;
15. Evitar linguagem negativa, pejorativa e/ou imperativa;
16. Não aceitar e não estabelecer prazos fatais;
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17. Não envolver não policiais na comunicação com o causador, mesmo com promessa
de rendição;
18. Não trocar o refém;
19. Havendo rendição, permanecer em postura de segurança;
20. Sempre usar equipamento de proteção individual, escudo balístico (se disponível) e
permanecer armado.
Ressalta-se que as orientações acima são de aplicabilidade por parte do Primeiro Inter-
ventor, que é o policial que primeiro chega ao local do evento crítico, para dar o atendimento
inicial à ocorrência, não devendo ir além do que está orientado, sob pena de colaborar para
um possível desfecho trágico.
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Procedimentos
Seguem alguns procedimentos básicos para abordagens em baixa luminosidade, com a
utilização da lanterna:
b) EVITE LUZES NAS COSTAS – o policial nas abordagens em baixa luminosidade deverá
estar sempre evitando iluminar as costas dos outros policiais. As luzes nas costas é uma das fa-
lhas mais comuns neste tipo de situação. Ao acender de forma errada a lanterna em ambientes
de baixa luminosidade o PM poderá, além de denunciar sua equipe, projetar silhuetas facilitando
desse modo a visualização da tropa pelo infrator.
c) ILUMINE E MOVA - este procedimento básico é a forma mais segura que o policial deve
adotar para progredir ou se deslocar em ambientes de pouca ou nenhuma luminosidade. Com
a iluminação direcionada sempre para os ambientes escuros, na postura máxima – todo local
escuro possui ameaça – ele estará atuando de forma a conseguir identificar e engajar possíveis
ameaças que se encontrem no ambiente. Esse procedimento também deve ser executado traba-
lhando sua lanterna em diferentes alturas.
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utilizando também da técnica de fatiamento, entretanto, neste tipo de situação ele o fará como o
auxílio da lanterna. Utilizando a intermitência da luz em diferentes alturas, o operador fatiará todo
o ambiente, antes de ser adentrado. Desta forma, ele causará em sua ameaça algumas sensações
inquietantes e desagradáveis que servirá como vantagem tática.
e) DOMINE COM A LUZ - toda ameaça ao ser localizada deverá receber o foco de luz dire-
cionada para os seus olhos, com as luzes ligadas o tempo inteiro sem perder o direcionamento,
simultaneamente o restante da equipe deverá estar cobrindo áreas de responsabilidade com uso
intermitente da luz. Com o foco direcionado para os olhos do agressor o operador deverá estar
controlando e verbalizando até que se tenha total controle da ameaça.
f) CARREGUE MAIS DE UMA LANTERNA - o operador, sempre que possível, deverá estar
carregando mais de uma lanterna quando de serviço. Isso se dá pelo fato de que em ambien-
tes de baixo ou nenhuma visibilidade é imprescindível uma lanterna de backup, pois é comum
acontecerem defeitos nestes equipamentos ou mesmo baterias descarregarem, neste caso, de
imediato, o policial deverá realizar a transição para o seu segundo equipamento.
Técnicas
Além dos procedimentos básicos relacionados faz-se necessário conhecermos algumas téc-
nicas de uso da lanterna, conforme padrões difundidos em todo o mundo, dentre os quais des-
tacamos:
c) TÉCNICA AYOOB – para aplicação desta técnica, o policial deverá empunhar a arma
com uma das mãos, enquanto a outra empunha a lanterna, estando as duas posicionadas lado a
lado e unidas pelos polegares. Um dos pontos desfavoráveis é que só poderá ser usada lanterna
com acionamento no corpo.
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