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MÓDULO DE ABORDAGEM PATAMO

JOÃO PESSOA – PB
2022
1

SECRETARIA DA SEGURANÇA E DA DEFESA SOCIAL


POLÍCIA MILITAR DA PARAÍBA
BATALHÃO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS
1ª COMPANHIA DE POLICIAMENTO DE CHOQUE

1ª COMPANHIA DE POLICIAMENTO
DE CHOQUE

Módulo de Abordagem
PATAMO

JOÃO PESSOA – PB
1º Edição - 2022

1ª COMPANHIA DE POLICIAMENTO DE CHOQUE


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SUMÁRIO

1 ABORDAGEM POLICIAL ................................................................................ 4


2 PRINCÍPIOS CONSTITUTIVOS DA ABORDAGEM PATAMO ........................ 5
2.1 APROXIMAÇÃO ............................................................................................... 5
2.2 BUSCA ............................................................................................................. 7
2.3 CONCLUSÃO: .................................................................................................. 8
3 COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DE PATAMO ...................................................... 9
3.1 POLICIAL 01 (COMANDANTE DE EQUIPE) ................................................... 9
3.2 POLICIAL 02 (MOTORISTA) .......................................................................... 10
3.3 POLICIAL 03 (PATRULHEIRO) ...................................................................... 12
3.4 POLICIAL 04 (PATRULHEIRO) ...................................................................... 13
3.5 POLICIAL 05 (ESTAGIÁRIO / OBSERVADOR) ............................................. 14
4 ABORDAGEM A ALVO LOCALIZADO ........................................................ 15
4.1 ABORDAGEM A TRANSEUNTES ................................................................. 16
4.2 ABORDAGEM A VEÍCULOS DE PASSEIO ................................................... 20
4.3 ABORDAGEM A MOTOCICLETAS ................................................................ 30
4.4 ABORDAGEM A CAMINHÃO ......................................................................... 35
4.5 ABORDAGEM A ÔNIBUS .............................................................................. 41
4.6 CONSIDERAÇÕES GERAIS EM ABORDAGENS ......................................... 45
5 ABORDAGEM A ALVO NÃO LOCALIZADO ................................................ 47
5.1 PATRULHA POLICIAL.................................................................................... 48
5.1.1 Composição da Patrulha................................................................................. 49
5.2 ABORDAGEM A EDIFICAÇÕES .................................................................... 50
5.2.1 Aspectos legais ............................................................................................... 51
5.2.2 Entradas táticas .............................................................................................. 52
5.2.3 Passagem da patrulha por janelas ................................................................. 58
5.2.4 Passagem da patrulha por escadas ............................................................... 59
5.2.5 Disposição da equipe dentro da edificação .................................................... 60
5.2.6 Funções durante abordagem a edificações .................................................... 61
5.2.7 Revista no cômodo ......................................................................................... 62
5.2.8 Tipos de varredura .......................................................................................... 62
6 USO DE ALGEMAS ....................................................................................... 64
6.1 ASPECTOS LEGAIS DO USO DE ALGEMAS ............................................... 65

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6.2 ALGEMAÇÃO EM PÉ ..................................................................................... 67


6.3 ALGEMAÇÃO DEITADO ................................................................................ 72
6.4 CONDUÇÃO DE SUSPEITO .......................................................................... 78
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 82

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1 ABORDAGEM POLICIAL

A abordagem policial é o conjunto ordenado de ações policiais para


aproximar-se de uma ou mais pessoas, veículos ou edificações, utilizando
procedimentos que proporcionem a segurança do policial, dos abordados e de
terceiros, observando a legalidade e promovendo os direitos humanos dos cidadãos.
Desse modo, tem por objetivo resolver demandas do policiamento ostensivo, como:
• AVERIGUAÇÃO: É o ato de investigar comportamento suspeito
ou inadequado, de examinar o ambiente e os envolvidos em um atendimento de
ocorrência, ou de verificar disposição incomum de objetos e instalações;
• ORIENTAÇÃO: É o ato de prevenir a ocorrência de delitos
através do esclarecimento ao cidadão sobre as medidas de segurança que deverá
tomar;
• ADVERTÊNCIA: é todo ato de interpelar o cidadão encontrado
em conduta inconveniente, buscando a mudança de atitude, a fim de evitar o
cometimento de contravenção penal ou crime;
• ASSISTÊNCIA: é todo auxilio prestado ao público, eventual e
não compulsório, que embora não constitua um dever legal, repercute
favoravelmente para a Corporação
• AUTUAÇÃO: É o registro escrito da participação do Policial
Militar em ocorrência, retratando aspectos essenciais, para fins legais e estatísticos,
normalmente feito em ficha ou talão;
• PRISÃO: é o ato de privar de liberdade alguém, encontrado em
flagrante delito ou mediante mandado judicial.
O amparo legal da abordagem é o “PODER DE POLÍCIA’’, definido
no artigo 78 do Código Tributário Nacional como: “(...) atividade da administração
pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a
prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do
mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização do poder público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e
aos direitos individuais ou coletivos.” Portanto, é a capacidade de o Estado pela
Administração, de intervir no exercício das liberdades e direitos individuais limitando-
os, visando garantir o interesse coletivo.

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Nos termos dos artigos 240, § 2°, e 244, do Código de Processo


penal, a revista pessoal não depende de mandado quando se está diante da
fundada suspeita de que o indivíduo traz consigo substância entorpecente, arma de
fogo ou instrumentos que serão utilizados na prática de crimes.
Desse modo, a busca pessoal somente está autorizada diante de
fundadas razões de que o suspeito estiver na posse de algum objeto ilícito.
A ‘fundada suspeita’ prevista no art. 244 do CPP não pode fundar-se
em parâmetros unicamente subjetivos, exigindo elementos concretos que indiquem a
necessidade da revista, em face do constrangimento que causa.
Não existem rótulos ou estereótipos que motivem uma abordagem,
pois os infratores podem apresentar todo tipo de característica. Cabe ao militar a
avaliação da suspeição, levando-se em conta as variáveis da situação (horário, local
da abordagem, clima, características da região, comportamento do cidadão, fatos
ocorridos, dentre outros).
Portanto, a ação de abordar uma pessoa é um ato administrativo,
discricionário, auto executório e coercitivo. Significa dizer que o policial militar é a
personificação do Estado, o qual lhe oferece poder de escolha, balizado em
aspectos objetivos e subjetivos, para agir sem necessidade de mandado judicial
gerando obrigações para a pessoa abordada, independentemente de consentimento.

2 PRINCÍPIOS CONSTITUTIVOS DA ABORDAGEM PATAMO

2.1 APROXIMAÇÃO

A abordagem policial se inicia com a aproximação da equipe em


direção a uma pessoa ou grupo de pessoas (a pé, em veículos, ou em edificações)
que, por algum motivo, seja atitude suspeita, denúncia de populares, acionamento
via CIOP ou iniciativa da equipe, deverá ser averiguada. A imprevisibilidade do
comportamento de um indivíduo abordado torna essa fase crítica e sensível,
exigindo total estado de alerta dos policiais a fim de evitar erros por negligência ou
imperícia. Com o objetivo de minimizar riscos, os seguintes princípios da abordagem
devem ser empregados:
1) SEGURANÇA: O comandante de guarnição deve verificar se o
efetivo policial é numericamente superior ao de indivíduos a serem abordados e se o

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local para a abordagem não apresenta perigo para a integridade física dos policiais.
2) SURPRESA: Ato ou efeito de surpreender. O elemento surpresa
pode ser de grande ajuda, ao passo que diminui a possibilidade de uma ação por
parte dos abordados.
3) RAPIDEZ: Este princípio está aliado à surpresa. Tomada a
decisão de abordar, os policiais devem executá-la com maior rapidez possível a fim
de aproveitar o elemento surpresa. Uma ação rápida contribui para dissuadir
possíveis resistências. O princípio da rapidez, dentro da progressão policial, visa
impossibilitar uma reação por parte do abordado.
4) AÇÃO ENÉRGICA OU VIGOROSA: É a forma como se comporta
o policial militar durante toda a abordagem, demonstrando seu poder de negociação
e persuasão. Deve estar presente tanto na verbalização quanto na busca pessoal.
Não deve ser confundido com violência e nem truculência; é a utilização de força
necessária para conter e imobilizar uma pessoa violenta ou que queira fugir.
5) UNIDADE DE COMANDO: Na abordagem, assim como em outras
ações policiais, é necessário que haja um elemento responsável pela coordenação
da guarnição. Seu papel é definir funções e estabelecer os contatos com o alvo da
abordagem, isto é, somente um policial se comunica, pois ao realizar uma
abordagem, certos comandos verbais devem ser emitidos visando o entendimento
por parte da pessoa abordada. Quando apenas o Cmt emana as ordens, isto denota
um alto grau de organização por parte daquela guarnição de serviço. Dessa forma,
mantendo-se a unidade de comando, será bem mais fácil para o abordado entender
e obedecer aos comandos.
6) SIMPLICIDADE: As ordens emanadas aos abordados devem ser
curtas e claras, evitando palavras de difícil compreensão, bem como não devem ser
adotadas posturas pelos policiais que gerem reações dos abordados, isso é, fazendo
com que os mesmos saiam de uma situação de cooperação/positiva para a situação
não cooperativa/negativa.
7) CONTROLE: Manter o total domínio sobre os abordados do início
ao fim da abordagem.
Obedecendo os princípios elencados acima, os riscos à integridade
dos policiais serão minimizados. Além disso, outros fatores técnicos devem ser
observados visto que cada abordagem tem suas particularidades e o dinamismo do
policiamento ostensivo exige do comandante a observância dessas variáveis. Esses

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fatores técnicos dizem respeito ao modo como a abordagem será realizada a


depender da necessidade. Por exemplo: utilização de arma curta ou longa; o tipo de
deslocamento (caminhada tática, rastejo ou acelerado); transposição de obstáculos;
uso de lanternas; uso de IMPO’s; etc. Apesar de todas essas variáveis e
independente de como será realizada, a abordagem sempre deve seguir os
princípios fundamentais.

2.2 BUSCA

O momento da busca se dá assim que a aproximação se


concretiza, logo após o comandante verbalizar e deixar claro que ocorrerá a busca
pessoal e, se for o caso, também a veicular ou a de edificação. Do mesmo modo, é
uma fase bastante crítica, pois ainda não se sabe o que os suspeitos podem estar
portando ou se haverá algum tipo de reação, por isso, a segurança tem que se
manter em alerta máximo, tal qual a fase da aproximação.
A busca pessoal divide-se em três fases:
a) A primeira fase, chamada de busca preliminar é aquela na qual o
policial visa localizar armas e objetos que estejam junto ao corpo do indivíduo e que
possam ser utilizados para atentar contra a sua vida ou de terceiros. Nesta fase, o
indivíduo é posicionado com as mãos apoiadas na própria cabeça, de costas para o
policial, pernas abertas, olhando para frente, dedos entrelaçados na nuca, de forma
a minimizar as possibilidades de qualquer reação, submetendo-se a uma
averiguação rápida.
b) Na segunda fase, o indivíduo será posicionado de frente para o
policial, com as mãos nas costas, permitindo uma conversação. Após ter sido
afastada a possibilidade de existência de armas ou objetos que possam oferecer
risco ao policial, como facas e estiletes, será procedida uma busca pormenorizada,
visando à localização de qualquer objeto que possa caracterizar a ocorrência de um
ilícito, como substâncias entorpecentes, objetos que auxiliam a prática de ilícito ou
que são de procedência duvidosa, documentos falsos, dinheiro falso, cartões ou
cheques clonados, etc. Para tanto, são verificados os bolsos do indivíduo, carteira,
meias, sapatos e até mesmo curativos e ataduras existentes no corpo do suspeito. É
nesse momento que são verificadas também tatuagens, marcas provenientes de
ferimentos de arma de fogo, cicatrizes, e afins, que possam servir de elementos

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indicativos da vida pregressa do abordado.


c) Finalmente, a terceira fase, chamada minuciosa, deve ser feita
em um ambiente isolado, geralmente na presença de uma testemunha, na qual será
retirada toda a roupa do indivíduo, caso haja necessidade.
Normalmente, durante o patrulhamento, são procedidas a primeira e
segunda fase da busca pessoal, porém, caso existam elementos veementes da
participação do indivíduo em um ato criminoso, a terceira fase será necessariamente
realizada.
Já a busca veicular pode ser realizada em qualquer tipo de veículo e
tem como objetivo localizar possíveis objetos ilícitos ou verificar a sua autenticidade
e legalidade. É importante que o policial verifique todos os seus compartimentos,
bem como possíveis “fundos falsos”, numerações de chassi, motor ou qualquer outra
possível alteração que levante suspeição.

2.3 CONCLUSÃO:

O encerramento pode se dá de três formas:


1) LIBERAÇÃO APÓS NÃO CONSTATAR ILEGALIDADE:

Nesse caso, verificando que se trata de uma pessoa que não está
cometendo nenhum ato ilícito e foi submetida ao constrangimento LEGAL da
abordagem policial, surge uma excelente oportunidade para a guarnição policial
conquistar um cidadão amigo. Para isso, os policiais devem ser solícitos em
responder aos questionamentos relacionados à motivação da abordagem, deixando
o cidadão consciente dos fatos e que esse procedimento ocorre visando o bem da
coletividade e a garantia da Ordem Pública. É nessa hora que a performance técnica
e respeitosa da guarnição possibilita a criação de um entendimento entre a PM e a
sociedade, fortalecendo uma imagem positiva e, de fato, protetora.

2) CONDUÇÃO À DELEGACIA APÓS CONSTATAÇÃO DE


ILEGALIDADE:

Nesse caso, os policiais devem adotar as medidas legais


preconizadas pela legislação vigente a depender do tipo de ilicitude cometida pela
pessoa abordada. O princípio da isenção deve se sobrepor e os policiais não devem
fazer juízo de valor, limitando-se à condução da pessoa infratora à autoridade
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policial competente. Além disso, o máximo de provas possíveis devem ser recolhidas
evitando uma prisão com poucos elementos de configuração de flagrante.

3) CONFRONTO POR EMPREGO DA FORÇA:

A força deve ser empregada de forma moderada, proporcional à


gravidade da violação identificada e com intensidade estritamente necessária ao
atendimento do objetivo que deve ser atingido. (SENASP, 2009, P. 54). Consiste na
seleção adequada de opções de força pela polícia em resposta ao nível de
submissão do indivíduo suspeito ou infrator a ser controlado.
A secretaria nacional de segurança pública traz um modelo básico
do uso progressivo da força, com níveis baseados na intensidade do comportamento
do agressor, conforme a sequência a seguir: presença física, verbalização, controle
de contato, controle físico, táticas defensivas não letais e força letal.
É importante destacar que, para o caso especifico da ação policial, o
poder de polícia permite o uso da força, sendo obrigatoriamente revestido de
legalidade, necessidade, proporcionalidade e conveniência na ação.

3 COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DE PATAMO

A equipe de PATAMO é composta por, no mínimo, 04 (quatro)


Policiais Militares, sendo comandada por um graduado ou oficial.
Cada um dos componentes possui uma designação numérica para
sua identificação e função específica dentro da viatura, conforme atribuições abaixo:

3.1 POLICIAL 01 (COMANDANTE DE EQUIPE)

Funções administrativas:

a) Policial de maior grau hierárquico da equipe;


b) Tem por atribuições a gerência, coordenação, fiscalização e
solução dos problemas das atividades administrativas e operacionais da equipe;
c) Responsável pela apresentação das ocorrências policiais
atendidas a seu superior imediato e a outras autoridades;
d) Cuida de toda documentação do serviço produzida pela equipe;

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e) Vela pela postura, compostura e apresentação pessoal dos seus


subordinados dentro do quartel e principalmente durante o patrulhamento.

Funções Operacionais:

a) Quando embarcado na viatura, patrulha a parte frontal, a lateral


direita e a retaguarda pelo espelho retrovisor direito;
b) É quem opera o rádio da viatura durante o
patrulhamento/deslocamento e o acionamento dos equipamentos sonoros e
luminosos;
c) Em princípio, é quem emana as ordens dadas às pessoas
abordadas, sem, contudo, tolher a iniciativa necessária dos demais componentes da
equipe;
d) Nas abordagens, permanece na segurança observando a
ocorrência como um todo;
e) Providenciar, quando necessário, o isolamento dos locais de
crime e arrolar testemunhas;
f) Quando necessário, deve estar sempre pronto para assumir
qualquer função dentro da viatura.

3.2 POLICIAL 02 (MOTORISTA)

Funções administrativas:

a) Policial habilitado para a condução de viatura policial;


b) Providencia o abastecimento, manutenção e verifica a limpeza
completa da viatura, realizando-a quando necessário;
c) Cientifica ao seu comandante de equipe as alterações
apresentadas pela viatura no início do serviço e, caso ela não ofereça segurança,
informa de imediato para que seja feita a sua troca ou o reparo necessário, bem
como notifica os responsáveis da garagem;

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Funções Operacionais:

a) Quando embarcado na viatura, patrulha a frente e à lateral


esquerda (principalmente veículos no contra fluxo). Também faz uso dos espelhos
retrovisores externos para auxiliar no patrulhamento de retaguarda;
b) Fica sempre atento ao rádio, aciona os dispositivos sonoros e de
emergência quando autorizado pelo comandante;
c) Procura conhecer as vias urbanas e rurais de sua área de
atuação, pois sempre deve estar em condições de executar um retorno ágil de mão
dupla. Obedece aos sinais e regras de trânsito, exceto quando em emergência e,
mesmo assim, com todos os cuidados e sinais de advertência acionados;
d) Via de regra é o segurança da viatura, quando a equipe
desembarca para verificar qualquer situação e fica atento quanto ao chamado de
algum integrante da equipe solicitando seu apoio;
e) Não deve abandonar a viatura, contudo, caso a equipe se
distancie ou precise adentrar em locais de difícil acesso para a viatura, deverá fechar
as portas e janelas, equipar-se com uma arma longa e rádio de comunicação,
colocar-se em posição estratégica, onde tenha ampla visão da viatura e fique
protegido, não admitindo que ninguém se aproxime da viatura ou de si para não ser
rendido;
f) Estaciona a viatura sempre em condições de rápido
deslocamento, com a frente voltada para a saída e, quando possível, fazendo 45º
graus com a calçada, não podendo permitir a existência de qualquer obstáculo à
frente da viatura;
g) Durante as abordagens, faz a segurança geral da equipe,
afastando curiosos e transeuntes que se aproximem do local, bem como alerta a
equipe em caso de perigo (veículos de escolta);
h) Vistoria a viatura, com atenção especial ao xadrez, sempre que
realizar a entrega de presos e/ou feridos e ao passar a viatura;
i) Em acompanhamento, preocupa-se primordialmente com o
transito e atento às informações dos outros patrulheiros sobre a rota do veículo
acompanhado;
j) Como membro da equipe, deve estar sempre pronto para
assumir qualquer função dentro da viatura;

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k) Em vias de pista dupla ou mão dupla, em que haja possibilidade


de retorno, a viatura trafega pela faixa da esquerda para o benefício do
patrulhamento, pois dessa forma permitirá ao policial 03 a visão do contra fluxo de
veículos e policial 04 o fluxo;
l) Quando patrulhando pela faixa da esquerda, o Comandante da
Equipe e o Policial 04 sinalizam para que os demais veículos do fluxo ultrapassem a
viatura pela direita, sempre cientificando o motorista;
m) Em trânsito lento, semáforos, ou quando parar a viatura, deve
manter distância da frente suficiente para realizar manobras em casos de
necessidade. Bem como, evitar ficar entre veículos de grande porte, de modo a
atrapalhar a visualização periférica da equipe. Por exemplo: parar em semáforo
entre um ônibus e um caminhão;
n) Em caso de averiguação, nunca parar a viatura à frente do
estabelecimento, para evitar que a Equipe fique exposta e sem abrigo.

3.3 POLICIAL 03 (PATRULHEIRO)

Funções administrativas:

a) Preferencialmente, é o segundo mais antigo da equipe ou o


mais experiente dos patrulheiros (tempo de serviço na atividade);
b) No início do serviço, auxilia o Policial 04 na equipagem da
viatura, de acordo com o que for designado pelo comandante da equipe;
c) Auxilia na coordenação e fiscalização dos atos do Policial 04.

Funções Operacionais:

a) Quando embarcado na viatura, posiciona-se atrás do banco do


motorista e patrulha a lateral esquerda, retaguarda e o contra fluxo de trânsito;
b) Caso haja a necessidade de dividir a equipe, deverá
acompanhar o policial 02;
c) Durante as abordagens faz a segurança ou, em situações
extremas, realiza a busca pessoal, juntamente com o policial 04. É também o
responsável pela busca veicular;

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d) Executa a varredura no local e nas proximidades da abordagem,


refazendo o trajeto da pessoa abordada;
e) Como membro da equipe, deve estar sempre pronto para
assumir qualquer função dentro da viatura;
f) Em sua área de patrulhamento, observa o interior de
estabelecimentos comerciais, bancos e empresas com atenção ao comportamento
das pessoas;
g) Na execução de patrulha a pé será responsável pela segurança
de vanguarda e/ou de retaguarda dois.

3.4 POLICIAL 04 (PATRULHEIRO)

Funções administrativas:

a) Preferencialmente será o policial militar mais moderno na


atividade de policiamento de PATAMO, sendo função exclusiva de policial militar do
sexo masculino;
b) Equipa e desequipa a viatura (armamentos, escudos, capacetes,
bastões etc.), sob a coordenação e auxílio do policial 03;

Funções Operacionais:

a) Quando embarcado, posiciona-se atrás do comandante e


patrulha a lateral direita e retaguarda da viatura;
b) Caso haja a necessidade de dividir a equipe, deverá
acompanhar o policial 01;
c) Responsável pela localização de logradouros na cidade e a
indicação do itinerário em caso de necessidade;
d) Situa a equipe quando adentram em locais não conhecidos,
procurando saber nome da rua, logradouro ou beco, através de GPS, placas de
esquina ou por cidadãos moradores do local, para estar pronto a solicitar um
possível pedido de apoio e fornecer com exatidão o local de ocorrência;
e) Anota os alertas gerais, assim como todos os dados necessários
das ocorrências atendidas (local, horário, documentos, apoios diversos, vítimas,

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envolvidos, testemunhas, etc);


f) No desembarque, auxilia o balizamento da viatura durante
manobra, enquanto um dos componentes da equipe faz a função de segurança geral
e o outro faz à contenção do trânsito de acordo com o fluxo da via;
g) Nas abordagens, caso não haja prejuízo para a segurança da
equipe, auxilia na verificação junto ao CIOP dos veículos e suspeitos, assim como
outras informações relevantes para o transcurso da ocorrência policial;
h) Durante patrulhamento, é o encarregado de pesquisar qualquer
placa de veículo que levante suspeita a alguém da equipe;
i) Nas abordagens, é responsável pela busca pessoal e, caso
necessário, é auxiliado pelo policial 03;
j) Responsável por operar o rádio em situação de confronto
embarcado;
k) Como membro da equipe, deve estar sempre pronto para
assumir qualquer função dentro da viatura;
l) Em sua área de patrulhamento, observa o interior de
estabelecimentos comerciais, bancos e empresas com atenção ao comportamento
das pessoas;
m) É responsável por operar os instrumentos de menor potencial
ofensivo que estão disponíveis à equipe;
n) Na execução de patrulha a pé, será responsável pela segurança
de vanguarda dois e/ou de retaguarda dois, bem como será o operador “não letal” da
equipe.

3.5 POLICIAL 05 (ESTAGIÁRIO / OBSERVADOR)

a) Função geralmente exercida por estagiário durante o


patrulhamento;
b) Posiciona-se entre os policiais 03 e 04
c) Embarcado deverá estar com a arma coldreada;
d) A critério do Comandante da Equipe, poderá executar outras
funções dos componentes da equipe durante o serviço.

Somente poderão exercer funções em uma equipe de PATAMO, os

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policiais militares que possuírem o Estágio de Policiamento de Choque (EPC), Curso


de Operações de Choque (COC), Curso de Patrulhamento Tático ou equivalentes e
estejam devidamente fardados com uniforme operacional.
Qualquer Policial Militar que não estiver conforme a previsão
doutrinária, independente de antiguidade, deverá ocupar a posição utilizada pelo 5º
homem.

4 ABORDAGEM A ALVO LOCALIZADO

Trata-se de abordagem em um alvo inicialmente as vistas da equipe,


onde os procedimentos adotados iniciais e finais são basicamente idênticos,
ajustando de acordo com as especificidades de cada alvo.
Logo abaixo, segue um gráfico indicando conceitos aplicáveis às
áreas de abordagem a alvos localizados.
Área de risco – Referente a todo espaço que envolve a abordagem,
onde podem existir ameaças, reais ou potenciais, que colocam em risco a segurança
dos envolvidos. Em uma abordagem a veículo, por exemplo, o policial não tem
domínio do espaço interno do automóvel, bem como de todo o espaço livre em torno
dele (360º);
Área de contenção – é a área de abrangência da intervenção, em
que os policiais militares deverão manter constante monitoramento com objetivo de
conter os abordados e isolar o local contra a intervenção de terceiros. Nesta área se
encontram a viatura, os policiais e os abordados;
Área de busca – é o espaço destinado à realização de busca
pessoal, e será definido após análise do local e avaliação de riscos, de forma a
garantir segurança tanto para os policiais militares quanto para os abordados.
Área de custódia – é o espaço definido pelos policiais militares,
dentro da área de contenção, para onde os abordados serão encaminhados
enquanto aguardam consultas de dados, vistorias e outras diligências. Recomenda-
se que esses locais não possuam pontos de escape que permitam uma possível
evasão dos abordados.

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4.1 ABORDAGEM A TRANSEUNTES

A equipe identifica os indivíduos que se encontram em atitude


suspeita e analisa o local e as circunstâncias em que será realizada a abordagem,
considerando o risco para os policiais e terceiros. Os policiais devem ficar atentos a
reação dos suspeitos e observar se algum objeto será arremessado ou escondido.
O motorista deve parar a viatura a uma distância segura, cerca de 5
metros, dos indivíduos a serem abordados.
A equipe assume posição semidesembarcada e o comandante inicia
a verbalização com o armamento na posição 4, pronto alto, juntamente com o
motorista na mesma posição. Os seguranças, com o armamento na posição 3,
pronto baixo, fazem a segurança das laterais e retaguarda, inclusive, atentando
quanto a sinalização e balizamento do trânsito, assim como ao local de parada.

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Equipe semidesembarcada / Posição dos abordados

Com calma e educadamente, mas com energia, em tom de voz


suficiente para ser ouvido, o comandante determina que os indivíduos coloquem as
mãos na cabeça, com as costas voltadas para a viatura, fiquem alinhados, com as
pernas afastadas e olhando para frente.
A ordem de posicionamento deverá vir acompanhada de
recomendações no sentido de que pessoas que porventura estiverem empunhando
qualquer objeto ou volume deverão colocá-lo no chão ou em local seguro para a
equipe.
Quando os abordados estiverem na posição solicitada, a equipe
deixa a cobertura da viatura e desembarca rapidamente com as armas na posição
4, engajando os suspeitos. Ao deixar a viatura, os policiais deverão fechar as
portas. O policial 03 se posiciona a frente do farol esquerdo da viatura, enquanto o
policial 01 se posiciona no mesmo alinhamento, a direita da viatura. O policial 04
completa a formação do leque, se posicionando entre a viatura e o policial 01, e o
policial 02 faz a segurança da retaguarda.
O Motorista deve, no momento em que o policial 03 passar por ele,
ir para posição 3, pronto baixo, e se posicionar a fim de efetuar a segurança do
perímetro de toda a guarnição.

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Posicionamento e progressão da equipe

Ao sinal do Comandante da equipe, o policial 04 realiza a busca


pessoal preliminar nos indivíduos, a qual deve ser eficiente e visar a localização de
armas ou qualquer outro objeto que possa oferecer risco. O comandante da equipe e
policial 03 permanecem na segurança e o motorista se posiciona ao lado direito da
viatura com atenção a retaguarda.
Antes de realizar a busca pessoal propriamente dita, o policial 04
deve retirar o indivíduo da linha dos outros abordados, fazendo com que o suspeito
dê dois passos para trás. Após concluída a revista, o abordado retorna para a linha
com os demais suspeitos e mantém a mesma posição inicial.

Início da busca preliminar pelo policial 04

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Busca preliminar

Ao término da busca pessoal, o comandante da equipe solicita aos


abordados que se coloquem a sua esquerda com as mãos para trás, sobre a
calçada, alinhados e de frente para a via.
Neste momento será realizada a busca pessoal pormenorizada pelo
policial 04, procurando objetos ilegais, drogas e objetos pessoais que possam estar
em bolsos ou nas vestes, assim como vistoriando capacetes, mochilas, tênis,
pochetes, etc.
Em seguida, o policial 04 se posicionará a esquerda dos abordados
e, junto com o comandante da equipe, iniciam uma entrevista.
Não deve haver conversa entre os abordados. Havendo dúvidas,
separar os suspeitos para conversarem com a equipe e, posteriormente, confrontar
as alegações dos mesmos.

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Posicionamento dos abordados e Equipe

O policial 03 deve realizar uma varredura nas imediações do local da


abordagem, pois os indivíduos podem ter abandonado algum objeto.
O motorista permanece na segurança, próximo a viatura,
desembarcado, atento ao rádio e pronto para pedir apoio se necessário.
Nada constatado, o policial 04 utiliza a documentação pessoal dos
abordados para fins de verificação de antecedentes.
Realizada a busca e não sendo nada irregular constatado, os
documentos são devolvidos aos seus proprietários, que devem ser orientados a
conferir se está tudo em ordem. Logo após, o Comandante da equipe, cordialmente,
procede a liberação dos abordados, agradecendo a colaboração com a Polícia
Militar. Não se pede desculpas por estar trabalhando na segurança dos indivíduos.

4.2 ABORDAGEM A VEÍCULOS DE PASSEIO

A equipe identifica o veículo cujos ocupantes se encontrem em


atitude suspeita e o acompanha até um local e momento ideal para a abordagem. O
comandante da equipe sinaliza acionando os sinais luminosos e sonoros, efetuando
ordem de parada através da sirene, enquanto o motorista sinaliza piscando faróis
altos e acionando a seta indicando em qual lado da via o veículo deve parar (sempre
que possível do lado direito, evitando-se prejuízo ao trânsito).

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21

Posicionamento da viatura

Com o veículo suspeito estacionado, o motorista deve posicionar a


viatura com o farol dianteiro direito na direção da lanterna esquerda do veículo
abordado, cerca de 05 metros à retaguarda. Protegendo, assim, o veículo abordado
com a lataria da viatura, para evitar que outros condutores incautos venham por trás
e se choquem contra o veículo alvo ou atropelem o policial militar que fará a vistoria
veicular.
Em locais de tráfego intenso de veículos é recomendável o giro
completo do volante da viatura em sentido contrário ao da abordagem policial,
evitando, no caso de uma colisão, que essa se projete contra a guarnição.
A equipe assume posição semidesembarcada e o comandante inicia
a verbalização com o armamento na posição 4, pronto alto, juntamente com o
motorista na mesma posição. Os seguranças, com o armamento na posição 3,
pronto baixo, fazem a segurança das laterais e retaguarda, inclusive, atentando
quanto a sinalização e balizamento do trânsito, assim como ao local de parada, que
pode ter sido premeditado pelos abordados, pretendendo uma fuga ou reação
agressiva com apoio (emboscada).

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22

Semidesembarque / Posição do Comandante de equipe

Posição do Motorista
Com calma e educadamente, mas com energia, em tom de voz
suficiente para ser ouvido, o comandante determina que o condutor desligue o
veículo e desça, juntamente com os seus acompanhantes, com as mãos na cabeça
e se coloquem na parte traseira do veículo, sem que nada peguem, com as costas
voltadas para a viatura, alinhados, com as pernas afastadas e olhando para frente. O
comandante da equipe determinará ao passageiro ou motorista (quando houver
apenas um ocupante), que abra as portas do lado direito do veículo quando
estiverem deslocando para a parte traseira, auxiliando, desta forma, na varredura
que será realizada pelo policial 01.

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23

Posição do policial 03

Posição do policial 04 (segurança)


Quando os abordados estiverem na posição solicitada, a equipe
deixa a cobertura da viatura e desembarca rapidamente com as armas na posição 4,
engajando os suspeitos. Ao deixar a viatura, os policiais deverão fechar as portas. O
policial 03 se posiciona a frente do farol esquerdo da viatura, enquanto o policial 01
se posiciona no mesmo alinhamento, a direita da viatura. O policial 04 completa a
formação do leque, posicionando-se entre a viatura e o policial 01 e o policial 02 faz
a segurança da retaguarda, atentando para uma possível escolta.

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24

O motorista deve, no momento em que o policial 03 passar por ele, ir


para posição 3, pronto baixo, e se posicionar a fim de efetuar a segurança de
perímetro de toda a guarnição.

Posicionamento e progressão da equipe

Posicionamento e progressão da equipe

Depois de posicionados os suspeitos, o comandante da equipe


procede à varredura preliminar, verificando se existe mais alguma pessoa no interior
do veículo, enquanto o 3º e o policial 04 ficam na contenção dos abordados,
movimentando-se de forma a não cruzar a linha de tiro do policial 03.
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25

Se durante a varredura no interior no veículo abordado for


encontrada alguma pessoa em seu interior, ordenará o desembarque (com esta
situação o nível de alerta da abordagem progredirá e serão adotadas as cautelas
devidas).

Varredura no veículo

Concluída a varredura, o policial 04 realiza a busca pessoal


preliminar nos indivíduos, a qual deve ser eficiente e visar a localização de armas ou
qualquer outro objeto que possa oferecer risco. O comandante da equipe e policial
03 permanecem na segurança, e o motorista posiciona-se ao lado direito da viatura
com atenção a retaguarda.
Antes de realizar a busca pessoal propriamente dita, o policial 04
deve retirar o indivíduo da linha dos outros abordados, fazendo com que o suspeito
dê dois passos para trás. Após concluída a revista, o abordado retorna para a linha
com os demais suspeitos e mantém a mesma posição inicial.

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26

Início da busca preliminar

Ao término da busca pessoal, o comandante solicita aos abordados


que se coloquem a sua esquerda, com as mãos para trás, sobre a calçada,
alinhados, de frente para a via, devendo o condutor permanecer ao lado do
comandante da equipe.
Neste momento será realizada a busca pessoal pormenorizada pelo
policial 04. Em seguida, o policial 04 se posicionará a esquerda dos abordados e,
junto com o comandante da equipe, iniciam uma entrevista.

Posicionamento dos abordados e policiais 01 e 04

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27

Não deve haver conversa entre os abordados. Havendo dúvidas,


separar os suspeitos para conversarem com a equipe e, posteriormente, confrontar
as alegações dos mesmos.
Em seguida, o comandante da equipe solicitará a documentação dos
abordados e do veículo, que serão recolhidos pelo policial 04, questionando sobre
possíveis irregularidades no interior do veículo, quanto a existência de armas,
drogas ou objetos de valor, determinando ao condutor que acompanhe visualmente
a vistoria que será realizada no automóvel.
O policial 03 irá iniciar a busca veicular, atento a ilícitos como arma
de fogo e drogas, bem como as alterações nos sinais identificadores do veículo.
Para fins de padronização da busca veicular, deve-se atentar para a sequência de
quadrantes a serem vistoriados, conforme sequência abaixo:
1) Porta dianteira direita (deixa-la aberta);
2) Porta traseira direita (deixa-la aberta);
3) Porta traseira esquerda;
4) Porta dianteira esquerda;
5) Porta-malas;
6) Capô.

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28

Exemplo de separação de abordados para confronto de alegações / Policial 03


realizando a busca veicular

Após terminar a abordagem no interior do veículo, o porta-malas


deve ser verificado, uma vez que pode haver algum suspeito/vítima em seu interior.
O policial 03 deverá abrir o porta-malas destravando pela própria
chave ou solicitando que o condutor que realize a abertura (a depender do nível da
abordagem) e, logo após, retorne ao local de origem. Em seguida, posiciona-se na
lateral esquerda traseira do veículo, com a arma na posição pronto retido lateral,
voltado para o porta-malas, utilizando a mão fraca para controlar a abertura,
enquanto o policial 01 auxilia na segurança. Se a chave estiver dentro do veículo,
será o policial 03 o responsável por pega-la (nunca o abordado).

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29

Verificação do porta-malas

Se, durante a verificação do porta-malas, for encontrada alguma


pessoa em seu interior, a equipe deve fechar o compartimento, voltar a atenção aos
abordados, elevar o nível de alerta da abordagem e adotar as cautelas devidas, tal
como algemamento em caso de risco de fuga ou a segurança da equipe. Em
seguida, verificar em qual situação se encontra a pessoa localizada. É comum
criminosos carregarem pessoas em óbito ou feridas no interior do porta-malas,
vítimas de sequestro relâmpago ou algum suspeito com intuito de enganar policiais.
No decorrer da revista o policial 03 deve conferir o lacre da placa e o
número do chassi gravado na lataria, etiquetas e vidros, verificando se conferem
com a documentação ou se não há irregularidades com os caracteres.
Quaisquer objetos ilegais ou entorpecentes encontrados no veículo
devem permanecer onde estão e ser dado ciência ao comandante de equipe de
forma discreta pelo policial 03, de maneira que os suspeitos não percebam. Tal
discrição é essencial, uma vez que os suspeitos ainda alimentam esperanças de que
o policial não tenha conseguido localizar o ilícito na revista do automóvel, pois, do
contrário, poderão tentar alguma reação ao verem essa esperança ruir.
Neste caso, a equipe adotará as medidas pertinentes ao estado de
flagrância, analisando o nível da abordagem e identificando o risco de fuga ou
ameaça a segurança da equipe, podendo adotar a conduta de colocar os abordados
de joelhos ou deitados no chão para fins de prisão e algemamento.

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30

Tudo deve ser recolocado exatamente no local em que estava. Caso


haja algum objeto de valor, ele deve dizer exatamente onde se encontra, sendo este
imediatamente colocado em um local dentro do veículo que o abordado tenha total
visualização.
O rádio do veículo deve ser sempre desligado para que o vistoriador
fique atento ao que ocorre no exterior e não seja pego de surpresa numa reação.
O policial 03 deve tomar precauções para não causar qualquer dano
ao veículo. Portas que não se abrem ou fecham facilmente devem ser acionadas
pelo proprietário. Deve-se também ter cuidado com estofamento e pintura do veículo
para não entrar em contato com o equipamento do policial militar (não é
recomendável realizar a buscar veicular portando arma de fogo portátil).
Após a busca no veículo, o policial 03 realizará uma varredura nas
imediações do local da abordagem.
Nada constatado, o policial 04 utiliza a documentação pessoal dos
abordados e do veículo para fins de verificação de antecedentes.
Realizada a busca e não sendo nada irregular constatado, os
documentos são devolvidos aos seus proprietários, que devem conferi-los, bem
como o comandante da equipe deve alertar o responsável pelo veículo para verificar
se está tudo em ordem.
O comandante da equipe, cordialmente, procede a liberação dos
abordados, agradecendo a colaboração com a Polícia Militar.
Em seguida, a equipe aguarda o embarque de todos os civis e a
partida do veículo, antes de reiniciar o patrulhamento, para melhor segurança dos
abordados e da equipe.

4.3 ABORDAGEM A MOTOCICLETAS

Todo o procedimento inicial de abordagem a motocicletas é idêntico


a abordagem a veículo de passeio, logo, vamos prosseguir a partir do momento que
os abordados estão posicionados para busca pessoal.

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Posicionamento dos abordados

Quando os abordados estiverem na posição solicitada, a equipe


deixa a cobertura da viatura e desembarca rapidamente com as armas na posição 4,
engajando os suspeitos. Ao deixar a viatura, os policiais deverão fechar as portas. O
policial 03 se posiciona a frente do farol esquerdo da viatura, enquanto o policial 01
se posiciona no mesmo alinhamento, a direita da viatura, o policial 04 completa a
formação do leque, se posicionando entre a viatura e o policial 01, e o policial 02 faz
a segurança da retaguarda, atentando para uma possível escolta;
O Motorista deve, no momento em que o policial 03 passar por ele, ir
para posição 3, pronto baixo, e se posicionar a fim de efetuar a segurança do
perímetro de toda a guarnição.

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Posicionamento e progressão da equipe

O policial 04 realiza a busca pessoal preliminar nos indivíduos, a


qual deve ser eficiente e visar a localização de armas ou qualquer outro objeto que
possa oferecer risco. O comandante da equipe e policial 03 permanecem na
segurança e o motorista se posiciona ao lado direito da viatura com atenção a
retaguarda.
Antes de realizar a busca pessoal propriamente dita, o policial 04
deve retirar o indivíduo da linha dos outros abordados, fazendo com que o suspeito
dê dois passos para trás. Após concluída a revista, o abordado retorna para a linha
com os demais suspeitos e mantém a mesma posição inicial.

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Início da busca preliminar pelo policial 04

Ao término da busca pessoal, o comandante da equipe solicita aos


abordados que se coloquem a sua esquerda com as mãos para trás, sobre a
calçada, alinhados, de frente para a via, e determina que retirem os capacetes.
Neste momento será realizada a busca pessoal pormenorizada pelo
policial 04, procurando objetos ilegais, drogas e objetos pessoais que possam estar
em bolsos ou nas vestes, assim como vistoriando os capacetes, mochilas, tênis,
pochetes, etc.
Em seguida, o policial 04 se posicionará a esquerda dos abordados
e, junto com o comandante da equipe, iniciam uma entrevista.
Não deve haver conversa entre os abordados. Havendo dúvidas,
separar os suspeitos para conversarem com a equipe e, posteriormente, confrontar
as alegações dos mesmos.

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34

Posicionamento dos abordados

Posteriormente, o comandante da equipe solicitará a documentação


dos abordados e veículo, que será recolhida pelo policial 04, questionando sobre
possíveis irregularidades com a motocicleta.
O policial 03 inicia a vistoria na motocicleta devendo atentar para
locais que possam ser ocultados objetos ilícitos de qualquer natureza, tais como:
compartimento do banco, tanque de combustível, faróis, painel, lanternas,
carenagens, etc. Analisa também se o cabo de aço e lacre da placa estão intactos e
vai à frente da moto verificar a numeração do chassi com vistas à adulteração.
Após a busca no veículo, o policial 03 realizará uma varredura nas
imediações do local da abordagem.
Nada constatado, o policial 04 utiliza a documentação pessoal dos
abordados e do veículo para fins de verificação de antecedentes.
Realizada a busca e não sendo nada irregular constatado, os
documentos são devolvidos aos seus proprietários, que devem conferi-los, bem
como o comandante da equipe deve alertar ao responsável pelo veículo para
verificar se está tudo em ordem.

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35

Busca veicular realizada pelo policial 03

O comandante da equipe, cordialmente, procede a liberação dos


abordados, agradecendo a colaboração com a Polícia Militar.
Em seguida, a equipe aguarda o embarque de todos os civis e a
partida do veículo, antes de reiniciar o patrulhamento, para melhor segurança dos
abordados e da equipe.

4.4 ABORDAGEM A CAMINHÃO

A equipe deverá identificar o veículo cujos ocupantes se encontram


em atitude suspeita e o acompanhar até um local e momento ideal para abordagem,
evitando-se realizar abordagem a este tipo de veículo em aclives ou declives, devido
a particularidade de uso do freio de estacionamento de veículo pesados. Sinalizará
com os dispositivos sonoros e luminosos, acionando os faróis altos e a luz
indicadora de direção a fim de estabelecer o lado da via em que o veículo deverá
parar.
No momento da parada da viatura, a equipe deverá redobrar a
atenção para uma possível escolta de marginais. Não se deve ter pressa para
abordar um caminhão.
O motorista para à retaguarda do caminhão, com a viatura
posicionada totalmente à esquerda, afastada no mínimo à 5 metros.

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36

A equipe desembarca, forma uma patrulha no seguinte dispositivo:


01, 04 e 03, com o policial 03 se deslocando pela retaguarda da viatura, e progridem
em caminhada tática, sem perder a possibilidade de tiro, posicionando-se à
retaguarda direita do caminhão, mantendo a visualização da boleia, sem permitir que
os ocupantes desçam do veículo.

Posição da equipe

Com a cobertura do policial 02, o 01 deve se deslocar pela esquerda


do caminhão, enquanto os policiais 03 e 04 se deslocam pela direita.

Progressão nas laterais do veículo

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37

Verbalização com motorista


Ao alcançar uma posição que possa visualizar o condutor pelo
espelho retrovisor, o policial 01, com calma e educadamente, mas com energia, em
tom de voz suficiente para ser ouvido, determina que o condutor do veículo desligue
o motor e desça juntamente com os seus acompanhantes pelo lado direito da boleia,
os quais serão recepcionados pelos policiais 03 e 04.

Abordagem

Em seguida, o policial 01 se desloca pela frente do veículo


observando a boleia, sem perder a condição de tiro, fazendo verificação a fim de
perceber se todos desceram.

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38

Varredura Frontal
Após vistoria visual na cabine, o policial 01 assume seu
posicionamento de segurança na abordagem e sinaliza para que seja iniciada a
busca preliminar pelo policial 04. Logo após, determina aos abordados que se
coloquem sobre a calçada ou local seguro, alinhados, voltados para a rua, mãos
para trás, para que seja realizada uma busca pormenorizada pelo Policial 04.

Busca Preliminar

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Busca Pormenorizada
Posteriormente, o policial 01 informará ao condutor do veículo que
será realizada a revista veicular e que ele poderá acompanhar visualmente e
questiona sobre a existência de irregularidades no interior do caminhão.

Busca veicular
Posteriormente, o policial 01 informará ao condutor do veículo que
será realizada a revista veicular e que ele poderá acompanhar visualmente. O
policial 03 realiza a vistoria do lado direito do veículo (boleia), iniciando pela porta e,
em seguida, passando à parte interior, desde o teto descendo até o assoalho,
minuciosamente. Em seguida, passa a realizar a vistoria da mesma forma no lado
esquerdo do veículo.

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40

Abertura do compartimento de carga


Encerrada a vistoria da cabine, o policial 01 solicita ao condutor do
veículo que proceda a abertura das portas do compartimento de cargas e retorne a
calçada. No momento da abertura das portas, o policial 02 deve se posicionar a
retaguarda da viatura, equipado com arma longa voltada para o interior do baú. O
policial 03 se posiciona do lado traseiro esquerdo e o policial 04 do lado traseiro
direito, enquanto o policial 01 faz a segurança dos abordados.
Terminada a varredura no compartimento de carga será feito a
busca e procedimento de identificação veicular no caminhão no mesmo modelo feito
em automóveis.
Em seguida, o comandante da equipe solicitará a documentação dos
abordados e do veículo, que serão recolhidos e verificados pelo policial 04 para fins
de verificação de antecedentes. Realizada a busca e não sendo nada irregular
constatado, os documentos são devolvidos aos seus proprietários, que devem
conferi-los, bem como o comandante da equipe deve alertar o responsável pelo
veículo para verificar se está tudo em ordem.
O comandante da equipe, cordialmente, procede a liberação dos
abordados, agradecendo a colaboração com a Polícia Militar. A equipe auxilia para
que o veículo seja colocado de volta no fluxo de trânsito para evitar acidentes.

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4.5 ABORDAGEM A ÔNIBUS

A abordagem a coletivos é de alto risco em razão da grande


quantidade de pessoas que possam estar ocupando o veículo. Sendo assim, o ideal
é aguardar a chegada de outra viatura para se proceder à abordagem, uma vez que,
seguindo os princípios da abordagem, o da segurança é primordial.
Após identificar o ônibus, cujos ocupantes se encontrem em atitude
suspeita ou ônibus envolvido em ação criminosa, as equipes devem acompanha-lo
até um local e momento apropriado para a abordagem. Em seguida, sinalizar com os
dispositivos sonoros e luminosos, acionando os faróis altos e a luz indicadora de
direção a fim de estabelecer o lado da via em que o ônibus deverá parar. Com o
ônibus suspeito estacionado, posicionar a viatura mais próxima no mínimo à 5
metros atrás.

Posicionamento da viatura

O comandante da equipe a frente, desembarca juntamente com os


patrulheiros (04 e 03) com o armamento em pronto emprego e prontos para se
defenderem de uma possível agressão, posicionando-se na traseira direita do
coletivo. Os policiais da segunda equipe se dispõem de forma que dobre todas as
funções da técnica de abordagem.

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Posição da equipe com dobra dos meios

Posteriormente, os policiais 01 se deslocam para a porta dianteira do


coletivo, 04 se posicionam na metade do ônibus e 03 na altura da porta traseira,
observando os ocupantes do veículo. O Comandante determina que o condutor se
posicione para que ocorra uma busca pessoal e realiza uma rápida entrevista para
colher informações relevantes. O motorista permanecerá durante toda a abordagem
próximo à porta da frente as vistas do policial 01 da segunda equipe.

Deslocamento e Posicionamento

Inicialmente o motorista da primeira viatura desembarca à frente e


permanece com a atenção voltada para o lado esquerdo do coletivo, observando
qualquer tentativa de evasão ou lançamento de objetos por esta extremidade. Em

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seguida, junta-se ao motorista da segunda viatura realizando a segurança geral da


abordagem.

Busca no Motorista

O comandante da primeira equipe adentra ao coletivo e determina


que os passageiros desembarquem pela porta traseira, descendo primeiro os do
sexo masculino e, em seguida, do sexo feminino e crianças. Durante o desembarque
o policial 03 da segunda equipe coordenará o posicionamento dos indivíduos na
lateral do ônibus para que sejam submetidos à busca pessoal.
Caso exista cobrador, ele deve permanecer durante todo o tempo
embarcado e sua verificação deve ser feita no interior do ônibus, a fim de evitar
transtornos financeiros.

Posição de equipe e abordados

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44

Busca Preliminar

Após o posicionamento dos abordados, os policiais 04 procedem as


buscas preliminar e pormenorizada conforme descrito nos procedimentos de
abordagens anteriores.
Em seguida, os policiais 03 devem realizar uma vistoria detalhada no
interior do ônibus procurando objetos que possam ter sido abandonados pelas
pessoas que ocupavam o coletivo.

Busca Pormenorizada

Após todos serem abordados, o Comandante da primeira equipe


solicita a documentação pessoal dos abordados, a qual será recolhida e consultada
pelos policiais 04, podendo serem auxiliados pelos motoristas.

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Busca Veicular

Ao final da abordagem, caso nada seja encontrado, os policiais


devem agradecer a colaboração, esclarecer os motivos que levaram à realização do
procedimento e aguardar que todos retornem aos seus respectivos lugares de início,
liberando ônibus logo após, procedendo o embarque completo das equipes após a
saída do veículo abordado.

4.6 CONSIDERAÇÕES GERAIS EM ABORDAGENS

Caso exista uma arma de fogo legalizada no interior do veículo,


deverá ser retirada e levada discretamente para a viatura. O Comandante da Equipe
solicitará a documentação e após comprovação de sua licitude, será devolvida,
devendo ser recolocada no local onde se encontrava inicialmente, de forma discreta,
pelo policial que a retirou. A discrição com o armamento se faz necessária, pois uma
ação policial atrai a atenção de pessoas ao redor e um infrator nas proximidades, ao
ver esta arma (que sendo legalizada será devolvida ao término a seu proprietário)
poderá tentar acompanhar os indivíduos, após sua liberação, para tentar roubá-la.
Em caso de flagrante que houver refém ou vítima supostamente
desconhecida, somente após a revista pessoal e completa certeza de sua condição,
é que serão retiradas suas algemas, se assim o estiver, e receberá o tratamento
devido. Lembrando que um delinquente pode tentar passar-se por refém ou vítima,
na intenção de iludir os policiais militares e tentar reagir, libertando a si e aos

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46

demais.
Nenhum transeunte deve cruzar a área da abordagem, excetuando-
se quando for impossível contornar. Sempre há a possibilidade de um cidadão
“inocente” ser pego como refém e, neste caso, após revista superficial no transeunte
a procura de armas, realizada pelo comandante de equipe ou policial 03
(dependendo da direção aonde venha), deve passar o mais longe possível dos
suspeitos.
A boa educação é fundamental, pois este tipo de ação, por mais
bem realizada e discreta que seja, causa constrangimentos aos cidadãos. Mas a
energia é sempre necessária, pois uma atitude firme, bem coordenada e treinada,
impede que inicie uma reação que seria tentada se os policiais militares agissem
displicentemente ou com falta de atenção.
Também é fundamental a postura de cada componente da equipe.
Os policiais militares devem sempre estar com o corpo ereto, cabeça erguida e
pernas afastadas. O semblante sério e a voz calma e firme.
Uma equipe bem treinada e com boa postura, por si só desestimula
reações e demonstração de contrariedade com a abordagem e revista, por transmitir
alto grau de profissionalismo, conhecimento e adestramento.
Caso existam mulheres, estas deverão ser posicionadas a direita
dos demais abordados e permanecer como os outros suspeitos, com as mãos na
cabeça, de costas para a equipe e olhando para frente. Na ausência de policial
militar do sexo feminino, o policial 03 deve determinar que a abordada realize a auto
busca, procedimento no qual o policial militar realiza a busca pessoal em pessoa do
sexo feminino sem tocá-la, apenas orientando os procedimentos que devem ser
adotados, assim como deve realizar uma busca nos objetos que esta transportar
consigo (bolsas, mochilas, sacolas, etc).
A Busca pessoal em LGBT segue o mesmo padrão da busca
pessoal em mulheres. Ao iniciar a verbalização, perguntar qual o nome do indivíduo
abordado, diante dessa identificação o policial tomará o procedimento para o gênero
que for identificado (homem ou mulher). Nunca fazer piada quanto ao gênero
mencionado pelo abordado, independente do sexo ser diferente do que consta em
sua identidade.
Se surgirem situações em que um suspeito alegar impossibilidade
física de desembarcar, o comandante da equipe manda-o colocar as mãos para fora

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do veículo pela janela e assim permanecer até que a equipe se aproxime e verifique
a veracidade de sua impossibilidade. Mesmo assim, dentro das possibilidades, deve
ser revistado, bem como o local que ocupa no veículo.
Algumas abordagens podem ser menos “rigorosas”. Dependendo da
situação, pessoas idosas, mulheres e crianças, por exemplo, podem permanecer no
veículo com a equipe fazendo o controle visual de suas mãos. Se algo de anormal
for constatado, desembarcam para uma revista completa. É importante estar atento
a esse perfil, pois, por despertarem menos suspeitas, são utilizadas para transporte
de material ilícito, produto de crime, ou mesmo ainda, serem reféns.
É comum o suspeito cooperativo perguntar o motivo da abordagem.
Neste caso, o comandante da equipe poderá explicar o serviço e atitude da equipe
ao final da abordagem.
Cuidado com suspeitos agressivos que recusam se submeter à
revista e ameaçam a equipe. Podem ser simples ignorantes desconhecedores da
atividade policial ou estarem tentando intimidar os policiais militares, desviando a
atenção do policial para algo escondido em seu veículo ou vestes.
A busca pessoal e abordagem devem ser de forma enérgica e
educada, alertando todos os abordados para os crimes de desobediência, desacato
e resistência ao se opuserem ao exercício discricionário do poder de Polícia e a
vistoria que está sendo realizada.

5 ABORDAGEM A ALVO NÃO LOCALIZADO

Trata-se de um alvo inicialmente fora das vistas da equipe, tal como


um veículo, cujos ocupantes cometeram um crime e se encontram em fuga. Neste
caso, os policiais utilizam técnicas de patrulhamento por meio de navegação,
escrituração, comunicação, direção evasiva, entre outras, para aumentar as chances
de localização dos criminosos. Quando esse tipo de ocorrência deriva para uma
localidade onde a equipe policial só consegue progredir a pé ou para utilização de
uma edificação como esconderijo, faz-se necessário empregar técnicas de Patrulha
Policial e Abordagem a Edificações, que serão elencadas a seguir:

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5.1 PATRULHA POLICIAL

É um grupamento de policiais, trabalhando como força de pequeno


efetivo, destacada para cumprir missões seja em ambiente rural ou urbano, visando
a manutenção da ordem pública e a segurança da comunidade, agindo no estrito
cumprimento do dever;
Sua organização se dá através de atribuições individuais, pois seus
integrantes, a princípio, têm funções específicas dentro de sua formação.
A Doutrina policial prevê o emprego da Patrulha Policial a fim de
cumprir dois objetivos básicos:
- RECONHECIMENTO - é caracterizada pela ação ou operação com
o propósito de confirmar ou buscar dados sobre alvos, terreno ou outros aspectos de
interesse em determinado ponto, itinerário ou área.
- COMBATE - utiliza as técnicas policiais a fim de efetuar prisões,
desarticular pontos de venda de entorpecentes, cumprir mandados judiciais. É
também responsável por prestar apoio a outras patrulhas policiais.
Os policiais militares integrantes da patrulha terão funções
específicas, as quais implicarão o uso adequado do tipo de armamento e material a
ser conduzido, competindo-lhes:
• PONTA - definir os pontos de abrigo seguindo o objetivo do
comandante, bem como a segurança da vanguarda da patrulha. Policial com bom
senso de orientação, experiência e/ou aquele que melhor conheça o terreno em que
se dá a atuação. Utiliza sempre um armamento de alto poder ofensivo, devendo se
priorizar o fuzil calibres 556 ou 762;
• COMANDANTE - conduz a patrulha, dando-lhe correta direção
para o cumprimento da missão. Eventuais mudanças de objetivos e outras causas
que possam comprometer a missão devem passar por sua avaliação decisória antes
de serem adotadas. Opera o rádio e realiza, na qualidade de membro da patrulha, a
segurança do homem imediatamente à sua frente, bem como a segurança das
laterais;
• ALA - transportar o material necessário à patrulha, como por
exemplo: pronto-socorro, ferramentas para transpor obstáculos, rádio e munição
sobressalentes, entre outros; realizar as buscas pessoais, conduzir infratores presos
ou proceder à vistoria veicular durante uma abordagem. Na dinâmica da patrulha,

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também se incumbe da segurança do comandante, laterais, pontos altos e do perigo


imediato (ponto, local ou situação em um ambiente em que existe a maior
probabilidade de surgir uma ameaça física contra o policial);
• SUBCOMANDANTE - acumula as mesmas funções do ala,
porém, é de sua responsabilidade controlar e comandar a segunda vertente da
equipe, qual seja o ala e os dois retaguardas, buscando uma maior dinâmica,
principalmente na velocidade destes. Dentro da patrulha, compete também ao
subcomandante realizar a segurança do ala, laterais, pontos altos e, em caso de
fatiamento para trabalhos de invasão, deve comandar uma das frações disponíveis;
• RETAGUARDA - responsável pela realização da segurança da
patrulha na retaguarda, durante os deslocamentos ou nos momentos de
estacionamento; permanecer com o ângulo de atenção permanentemente à
retaguarda e durante o patrulhamento deve focar para a direção em que a patrulha
progride, realizando constantemente a observação da retaguarda; efetuar a
segurança do ala.

5.1.1 Composição da Patrulha

Patrulha padrão PATAMO com 6 (seis) policiais

Uma patrulha padrão PATAMO é composta pela junção de duas


equipes, sendo formada pelos seus comandantes e patrulheiros, totalizando um
grupo de 06 (seis) policiais, conforme formação abaixo:

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5.2 ABORDAGEM A EDIFICAÇÕES

A abordagem a edificações é uma das modalidades mais complexas


no que tange o serviço policial operacional, haja vista diversos registros difundidos
nos veículos de comunicação de policiais feridos ou mortos sobre circunstância de
ambiente confinado, onde houve a necessidade de adentramento em algum tipo de
construção.
Visando evitar essa trágica estatística, é importante empregarmos
técnicas que, frequentemente, são utilizadas por unidades policiais especializadas
em todo mundo. O CQB, sigla em inglês para “Close Quarters Battle”, Combate a
Curta Distância, tem origem nas forças de Operações Especiais Militares com
finalidade de destruir instalações, linha de comunicações, suprimentos e,
principalmente, eliminar o inimigo. Neste sentido, por terem finalidades diferentes as
técnicas foram adaptadas ao emprego policial, objetivando prender o criminoso lhe
garantindo sempre a integridade dentro dos limites assegurados por lei.
É dever do estado garantir a ordem e a paz social, assim, o agente
de segurança pública como representante legal acaba realizando averiguações e
buscas por infratores da lei em áreas internas, onde em quase todas as ocorrências

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o delinquente tem vários fatores a seu favor como a falta de cobertura, construções
irregulares, cômodos pequenos, desconhecimento da planta do local, possibilidade
de emboscada, baixa luminosidade, possibilidade de múltiplos alvos, entre outros,
tornando este tipo de modalidade uma das mais arriscadas da atividade policial.
Desta maneira, este módulo tem o intuito de trabalhar
movimentações e entradas táticas em edificações onde a probabilidade de
confronto a curta distância é maior, requerendo do operador preparo técnico e
psicológico, só alcançados com o treinamento exaustivo.
Podemos exemplificar a atuação em ambientes confinados em
ocorrências de roubo a residência, criminoso que na fuga entra em ambiente
fechado, roubo a banco, ações em áreas edificadas, cumprimento de mandado,
combate ao crime organizado, crises dinâmicas, entre outros.
É importante ressaltar que o CQB policial está em constante
evolução, adaptando-se as diversas situações e ocorrências vividas. Logo, não é
intuito deste módulo ser “o dono da razão” devendo ser revisado para incluir novas
técnicas e táticas nas próximas edições.

5.2.1 Aspectos legais

Em primeiro lugar, é importante revisarmos os aspectos legais que


fundamentam a ação do agente da lei ao entrar em um domicílio. Segundo a
constituição de 1988, em seu artigo 5º, inciso XI - a casa é asilo inviolável do
indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em
caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por
determinação judicial.
Sendo considerada casa, para o fim da proteção jurídico-
constitucional a que se refere o artigo 5º, XI, da Constituição, qualquer
compartimento habitado e qualquer aposento coletivo como, por exemplo, os quartos
de hotel, pensão, motel e hospedaria ou, ainda, qualquer outro local privado não
aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
Consequentemente, é licita a entrada policial em um imóvel quando
ocorre ou esteja acontecendo um crime ou desastre, ou até mesmo quando alguém
estiver precisando de socorro, pode sim haver o adentramento no imóvel, em
qualquer horário, inclusive sem autorização prévia do proprietário ou morador.

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Caso contrário, é necessário decisão judicial, em que esta deverá


ser cumprida no período entre 05h às 21h. É a chamada busca e apreensão
domiciliar. E se, por ventura, esta busca e apreensão ocorra fora deste horário,
poderá o agente público responder por crime de abuso de autoridade, conforme o
artigo 22, § 1º, III da Lei 13.869/2019.
Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à
revelia da vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele
permanecer nas mesmas condições, sem determinação judicial ou fora das
condições estabelecidas em lei:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste
artigo, quem:
III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h
(vinte e uma horas) ou antes das 5h (cinco horas).

5.2.2 Entradas táticas

A entrada tática se fundamenta em um Tripé: Elemento Surpresa,


Velocidade e a Técnica Empregada. É de fundamental importância que o operador,
ao utilizar um dos tipos de entradas, sempre tenha em mente esses princípios, pois
a inobservância de um ou mais destes, aumentará os riscos da ação, podendo
ocasionar graves lesões ou até a morte do operador ou de seus companheiros, em
eventuais confrontos.
Portanto, é obrigatório estar alerta em todo momento, procurando
por pessoas, analisando o ambiente, buscando possíveis locais de risco iminente,
decidindo a melhor conduta (ENTRADA TÁTICA) para a situação que se encontra e,
finalmente, executando a ação propriamente dita.
Ao entrar na edificação, sempre observar o quantitativo mínimo de
02 dois homens por cômodo, constituindo célula mínima para aplicação das
técnicas e segurança dos policiais, como também preencher todos os espaços,
checando o ambiente por completo, ainda que visualmente, atrás da porta, cantos de
parede, mobílias, entre outros, sob pena de ser surpreendido por um agressor a
qualquer momento.

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Se possível, a depender da situação ou tipo de ocorrência, o


comandante deverá colher informações sobre o local, características do residente,
periculosidade e quantitativo de pessoas, devendo, assim, escolher a melhor
estratégia, armamento e equipamentos.

Entradas pela porta

As portas e janelas são locais onde a probabilidade de disparos é


maior, por se tratar dos pontos mais prováveis para passagem de policiais é crucial
uma maior atenção nestas áreas. No Brasil normalmente, ao que se refere as portas,
possuem tamanhos variáveis entre 80 e 60 centímetros de largura, podendo estar
posicionadas no centro ou no canto das paredes. Tais verificações são
determinantes para as técnicas de movimentação e treinamento da equipe, cabendo
o comandante analisando a configuração da edificação e escolher a melhor entrada.
É necessário que o policial ao adentrar no cômodo, verifique se há
algo estranho atrás da porta, empurrando-a com o cotovelo ou perna, pois o infrator
pode utilizá-la como cobertura para uma possível emboscada.

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Entrada em Gancho

Na entrada em gancho, os policiais estarão posicionados em cada


lado da porta, observando sempre se o cano do fuzil não se apresenta na abertura
da porta e, ao adentrar, se movimentam em formato de gancho, contornando o
batente da porta e percorrendo a parede em sua lateral. A dificuldade dessa técnica
está na súbita troca de direção e de áreas pré-visualizadas pelos policiais.
É importante lembrar que a porta é considerada área de risco,
denominada “cone da morte”, deste modo, o operador não deve parar seu
deslocamento ficando de frente para mesma.
Outra observação a ser adotada é que seja determinada
previamente qual operador irá iniciar a entrada, ganhado assim, agilidade e
dinamismo.
Entrada Cruzada

Na entrada cruzada, os policias estão posicionados em cada lado da


porta, atravessando-a em movimento semelhante a uma cruz. No momento da
entrada, o militar cruza de um batente para o outro, percorrendo a parede oposta a
que ele se encontrava. O ponto fraco dessa técnica é o lapso temporal, ainda que
breve, que leva o segundo operador para adentrar no ambiente, oportunizando uma
agressão ao primeiro operador pelo canto que ainda não foi coberto.

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Entrada Mista

A entrada mista permite que a dupla de operadores coreografe o


momento de passagem pela porta, permitindo que ambos adentrem
simultaneamente no ambiente e em condições de pronta resposta com emprego de
arma de fogo. Nessa progressão, os dois policiais estão do mesmo lado da porta, e
esta já se encontra aberta. A dificuldade da técnica reside no entrosamento dos
policiais e nas diversas larguras de portas.

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Entrada Limitada

Na entrada limitada, o operador se projeta parcialmente ao


ambiente, sem adentrar no cômodo. Pressupõe-se que, após a visualização inicial,
tenha-se verificado, com relativa precisão, que o cômodo esteja vazio. A projeção é
semelhante a olhada rápida, só que o operador não retorna ao abrigo/cobertura do
batente da porta, permanecendo na posição e visualizando o canto do recinto. É
importante observar as dimensões do armamento para optar qual será o mais
adequado.

Entrada Israelense

Consiste em utilizar o “fatiamento”, usando a técnica do "terceiro


olho", onde o operador deve tomar o ângulo da porta, com postura ofensiva rente à
parede, estancando a um metro da porta ou entrada. Então, bem devagar, deverá se
deslocar para o outro lado, passo a passo, visualizando cada vez mais o ambiente
interno do aposento que se pretende adentrar, aumentando seu ângulo de visão até
obter a varredura de todo o perímetro. Após sinal de confirmação que as áreas
visíveis para os policiais foram visualizadas, os operadores adentrarão tomando os
ângulos não observados.

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Entrada com Escudo balístico

Objetivando uma maior segurança, antes da entrada tática, a equipe


deverá verificar se o emprego de escudo balístico é necessário ou não, avaliando
também se atrapalhará a mobilidade da equipe de acordo com a estrutura da
edificação. Apesar do escudo balístico ser um equipamento de proteção individual, a
sua proteção pode estender-se a outros policiais durante seu deslocamento ou
paradas.
O escudo será conduzido via de regra pelo policial Ponta 01,
entretanto, o comandante deverá avaliar critérios de experiência e maior estatura;
O armamento será conduzido lateralmente ao escudo, de modo que
a armação encoste no equipamento e tendo somente o cano exposto. Quanto a
progressão, o escudeiro deve movimentar-se com cautela, próximo a parede, isto é,
passando com a lateral do escudo próximo, mas não o arrastando, com objetivo de
não abrir espaços que possam alvejar algum policial durante o deslocamento.
Havendo necessidade de confronto, o escudeiro voltar-se-á em
direção ao agressor, posicionando-se de maneira que fiquem, se possível, todos
protegidos e adotando as medidas necessárias para cessar a injusta agressão.

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5.2.3 Passagem da patrulha por janelas

Uma janela, assim como uma porta, é um local passível de


emboscada por ser provável que exista a passagem de policiais. Logo, a patrulha ao
se deslocar próximo de uma janela, deve aumentar sua atenção visando maior
segurança.
Ao fazer o deslocamento próximo de uma janela, o P1 tomará a
frente enquanto P2, em formação siamesa, fará frente para janela, visualizando a
parte interna da edificação e garantindo a segurança do deslocamento da patrulha,
após a passagem dos policiais o R1 assumirá a segurança da retaguarda liberando
o P2 que retornará para sua posição original na patrulha.

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5.2.4 Passagem da patrulha por escadas

A passagem por escadas também requer cuidados, pois


normalmente levam para corredores vulneráveis que se encaixam no conceito de
“cone da morte”, além da vantagem geográfica para quem estar no nível superior.
Esses podem ser locais estratégicos para uma possível resistência aos policiais.
Desta maneira, ao transpor um lanço de escada, o P1 utilizará a técnica do terceiro
olho “fatiando” o ângulo morto tomando o nível superior da escadaria, feito isso, o P2
tomará o corredor deixando espaço para o resto da guarnição passar, evitando fogo
amigo. Por fim, ao dominar a parte superior o comandante dará o sinal para
reagrupar e continuar a progressão.

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5.2.5 Disposição da equipe dentro da edificação

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5.2.6 Funções durante abordagem a edificações

Comandante: Responsável por coordenar toda revista, bem como realizar a


segurança durante a busca pessoal;
Subcomandante: Responsável pela coleta do material apreendido, bem como
realizar a segurança durante a busca pessoal e repassar todas as informações para
o comandante;
P1 e R2: Responsáveis pela revista dos cômodos, repassando todo material
encontrado para o Subcomandante;
P2: Responsável pela guarda e busca pessoal dos integrantes dentro do recinto;
R1: Responsável pela segurança externa do local, impedindo que pessoas não
autorizadas entrem no local da ocorrência.

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5.2.7 Revista no cômodo

A revista no cômodo será feita de modo sistemático, iniciando-se da


extremidade para o centro, sendo feita preferencialmente no sentido horário de baixo
para cima.
Recomenda-se que seja feita por 01(um) policial por cômodo
devendo ser analisado o tamanho do recinto e características do local.
Inicialmente será feita a revista do(s) quarto(s), cozinha(s),
banheiro(s), locais mais prováveis para encontrar ilícitos,e por último a sala.
Terminado o procedimento no interior da edificação será feita a
revista nos arredores do local e telhado se necessário.

5.2.8 Tipos de varredura

São técnicas utilizadas durante o deslocamento com o objetivo de


dominar visualmente, total ou parcialmente, um determinado ambiente ou local.
As mais comuns são:
• Tomada de ângulo (fatiamento);
• Olhada rápida (quick look);
• Uso de espelhos ou câmeras.

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Tomada de ângulo

Caracteriza-se em aumentar seu campo visual, distanciando da


parede, o operador deverá estar na posição de pronto emprego utilizando a técnica
do “terceiro olho”, deslocando-se de maneira gradativa e cautelosa, ganhando áreas
maiores de visualização até checar toda região desejada. É importante que o ângulo
ganho com o deslocamento do operador não seja perdido, assim não deverá
retroceder o movimento a não ser em extrema necessidade.

Quick Look

Consiste em uma olhada rápida para o ambiente que deseja ser


“varrido”, o operador deve realizar o movimento o mais breve possível, mas não tão
rápido que não possa observar satisfatoriamente o local, se expondo o mínimo para
que consiga visualizar toda a área. Necessitando da utilização novamente da técnica
é importante que o operador altere o local da primeira olhada para não ser vitima de
emboscada.
Uso de espelhos e/ou câmeras

Em situações de maior risco, onde possa ocorrer uma emboscada,


ou para colher informações sobre o local, uma opção tática é o emprego de espelhos
e/ou câmeras para observar ambientes não visíveis aos policiais, permitindo, assim,
melhor planejamento para a ação policial. É ideal que o espelho esteja fixado em
uma haste telescópica para dar mais segurança a equipe.

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6 USO DE ALGEMAS

Algemas são equipamentos policiais utilizados com os objetivos


primários de controlar uma pessoa, prover segurança aos policiais militares, ao
preso ou a terceiros e reduzir a possibilidade de fuga ou agravamento da ocorrência.
A algemação tem com garantias principais:
1) Integridade física do preso e da equipe;
2) Dissuadir o preso de qualquer reação contra a equipe ou fuga;
3) O preso sabe que aquela poderá ser sua última chance de fuga.
Há que se ter em mente que o ato de algemar gera uma sensação
de incapacidade (pode gerar também constrangimento), motivo pelo qual muita das
vezes ocorre reação natural por parte da pessoa em aceitar tal condição,
principalmente quando se trata de pessoas que não cometeram delitos tidos como
“graves” (aqueles que atentem contra a vida ou a integridade física das pessoas).
As algemas, além dos modelos tradicionais de argolas de metal,
com fechaduras e ligadas entre si, podem também ser de plástico (descartáveis) ou
consistir em objetos utilizados para restringir os movimentos corporais de uma
pessoa presa sob a custódia (corda com nó de algema, cadarço, etc.).
A algemação não pode ser adotada como regra para todo caso de
prisão/condução, pois quando utilizada, causa um constrangimento inevitável. Este
equipamento não deve ser utilizado como instrumento de subjugação ou humilhação
do preso.
O equipamento de porte individual deve ser adequado e ajustado
para seu uso de forma confortável, para que não cause desconforto nem seja
empecilho quando houver necessidade de seu uso. O policial deve conservar os
equipamentos sob sua guarda a fim de não afetar seu funcionamento e
consequentemente para um melhor aproveitamento.
A disponibilidade desses meios ao policial, bem como o treinamento
para o seu uso correto, caracteriza a materialização da aplicação dos direitos
humanos aos agentes responsáveis pela fiscalização do cumprimento das leis
(Tratados e Convenções Internacionais os quais o Brasil é signatário).

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6.1 ASPECTOS LEGAIS DO USO DE ALGEMAS

O Código de Processo Penal (CPP) dispõe em seu art. 284, que não
será permitido o emprego de força, salvo o indispensável no caso de resistência ou
tentativa de fuga de preso.
É entendimento do Superior Tribunal Federal que, se houver
necessidade, o uso de algemas poderá ser feito, mesmo nas autoridades elencadas
no art. 242 do CPP, independente do cargo/função/posição social do preso.
A Súmula Vinculante nº 11, publicada em 22 de agosto de 2008,
assim discorre: Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado
receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso
ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade
da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade
civil do Estado (BRASIL, 2008).
Ao empregar as algemas é indispensável que o policial militar
justifique tal medida por escrito no Boletim de Ocorrência, conforme determina a
Súmula Vinculante, sob pena de responsabilização nas esferas civil, penal e
administrativa.
A formalização escrita dos motivos que ensejaram a algemação é o
grande diferencial que a Súmula traz para a prática policial e decorrerá de três
situações específicas:
a) resistência do preso à ação policial;
b) fundado receio de que o preso possa empreender fuga;
c) comportamento do preso que ofereça risco à integridade física do
policial militar, de terceiros ou para si mesmo.
O quadro a seguir apresenta um rol exemplificativo de situações e
informações complementares que possam ser inseridas no Boletim de Ocorrência
para se justificar o uso de algemas:

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SUGESTÃO DE JUSTIFICATIVA
O preso resistiu à ação policial, durante a intervenção.
Foi necessário o uso de algemas para contê-lo;
O preso com sintomas de embriaguez ou sob efeito de
RESISTÊNCIA
substâncias entorpecentes, demonstrou indignação ou
resistência à prisão, investindo contra a guarnição (chutes,
socos, pontapés, cuspiu no policial, empurrões e outros).
Há caso de tentativa de fuga nos registros policiais do
preso;
Trata-se de preso foragido;
No momento da prisão, o preso tentou fugir do local,
RECEIO DE FUGA
sendo necessário persegui-lo;
Trata-se de cidadão considerado de alta periculosidade,
pelo envolvimento com quadrilhas/bandos;
O preso possui grande número de registros policiais e
processos judiciais em andamento.
Situação verificada em razão da possibilidade do preso ser
PERIGO À
agredido pela vítima e seus familiares ou por populares;
INTEGRIDADE
Situação verificada por meio do comportamento agressivo
FÍSICA DO PRESO
do preso (autolesão, possibilidade de quedas, fraturas);
Situação verificada em razão do comportamento agressivo
do preso em relação aos policiais militares;
Houve necessidade de conduzir o preso algemado, em
razão da viatura não possuir compartimento fechado
PERIGO À (xadrez), e havia possibilidade de fuga e/ou necessidade
INTEGRIDADE de segurança no transporte;
FÍSICA DO Existe histórico de agressões perpetradas pelo preso;
POLICIAL MILITAR O preso apresentava sintomas de embriaguez e
OU DE comportamento agressivo; parecia estar sob efeito de
TERCEIROS substâncias entorpecentes ou análogas;
Trata-se de cidadão considerado de alta periculosidade,
em virtude de registros policiais com emprego de violência;
A agressividade do preso foi demonstrada na execução do
fato suspeito.

ATENÇÃO! O policial militar registrará no Boletim de ocorrência que


sua ação foi revestida de legalidade, de razoabilidade e de proporcionalidade no uso
da força, para justificar o emprego das algemas. Recorrerá para tal, à descrição
minuciosa de cada comportamento irregular do preso que resultou em sua
algemação.
As algemas não impedem fugas. São equipamentos de uso
temporário para conter uma pessoa. Sob esta condição, exige-se uma vigilância

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constante do preso por parte do policial.


A algemação pode parecer uma boa medida para conter um
suspeito violento, evitando que ele venha a lesionar outras pessoas. Todavia, vale
ressaltar que ao algemar alguém, você prejudica a capacidade dessa pessoa de se
proteger.
Por isso, algemar uma pessoa a um ponto fixo, como um poste ou a
partes fixas de veículos, como as barras presentes no xadrez de algumas viaturas,
pode colocar em risco o preso. Sem as mãos livres para se defender, ele se torna
incapaz de se proteger de perigos iminentes, como por exemplo, do ataque de um
parente inconformado da vítima ou até de choques mecânicos e acidentes ocorridos
com a viatura.
É importante que o policial militar entenda que a algemação é uma
forma temporária de conter pessoas presas. Trata-se de uma ação constrangedora e
por isso, recomenda-se que não se estenda por períodos longos, pois esta atitude
poderá resultar em lesões, como pulsos arranhados e até fraturas e ruptura de
ligamentos. A utilização da trava de segurança também contribuirá com a integridade
física do algemado.

6.2 ALGEMAÇÃO EM PÉ

Em regra, o suspeito deverá estar imobilizado ou pelo menos


contido, antes do uso das algemas. O policial deve permanecer sempre em alerta e
demonstrar ao suspeito que possui total controle sobre a situação.

Descrição do procedimento:

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Na posição de busca pessoal em pé, o policial permanecerá com a


mão fraca segurando os dedos entrelaçados do suspeito e com a mão forte buscará
a algema em seu respectivo local de armazenamento;

Após sacar a algema, irá colocá-la disposta na palma da mão forte


de modo que a haste deslizante fique voltada para o policial, com cada bracelete
disposto na extremidade, de forma que o elo que une a algema fique disposto no
interior da palma da mão;

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Com movimento enérgico de baixo para cima (ou de cima para


baixo) irá algemar a região do pulso do mesmo lado da mão forte usando a haste
deslizante próxima ao dedo mínimo do policial;
As algemas devem ficar entre a cabeça do osso da ulna e o pulso;

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Após ajustá-la no pulso segurando a algema, deslocará a mão


algemada do suspeito na sua costa em sentido horário, realizando uma chave de
braço em forma de “L”, onde o antebraço do policial se posicionará entre as costas
do suspeito e seu antebraço, impossibilitando-o de se movimentar;

Soltará a mão fraca dos dedos da mão do suspeito, que permanece


na cabeça, e, passando a mão por dentro da área do braço com o antebraço do
suspeito, pegará na região do metacarpo, fazendo movimento de pinça, impedindo
o movimento da mão do abordado;

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Deslocará até as costas do suspeito, algemando, logo em seguida,


com o outro bracelete da algema que estava sobrando;

Ajustará a algema de modo que fique o dorso da mão do suspeito


voltado para o interior, polegar voltado para cima, assim impedindo acesso dos
dedos ao mecanismo de abertura da algema, ajustando-as para que não fiquem
deslizando no antebraço;

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Utilizar o mecanismo de trava, caso a algema possua, para impedir


que as algemas apertem o pulso do suspeito quando este estiver em
deslocamento;

6.3 ALGEMAÇÃO DEITADO

Após a identificação do suspeito e visto que o mesmo reagiu à


prisão ou por ser tratar de elemento de maior grau de periculosidade; o comandante
da guarnição poderá determinar que esse deite no chão para ser realizado a
algemação e a busca pessoal.
Obs: a posição deitado para busca pessoal deverá ser utilizada
somente em situações de extrema necessidade, onde será realizada imediatamente
a algemação do suspeito e logo em seguida, a busca pessoal, ainda no chão.
Descrição do procedimento:

O policial deve determinar que o suspeito deite no chão (decúbito


ventral) com braços abertos e cabeça voltada para o lado oposto de onde virá o
policial para a algemação;

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O policial se aproximará do abordado e irá segurar com a mão forte


a mão do suspeito, envolvendo todos os dedos, inclusive o polegar, girando-a no
sentido horário de modo que a palma da mão do indivíduo fique voltada para cima;
Posicionará os joelhos nas costas do suspeito, com um joelho nas
proximidades do cóccix e o outro na região do ombro e pescoço mantendo o braço
do suspeito dominado;

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Segurando a mão do suspeito com a mão fraca, o policial sacará a


algema com a mão forte e envolverá o bracelete móvel no punho do suspeito;

Colocará a parte móvel da algema em contato com o antebraço,


puxando a algema em direção ao braço fazendo com que a parte móvel envolva o
punho rapidamente e energicamente.
Conduzirá o braço algemado para as costas, aplicando uma chave
de articulação em “L”, ajustando o seu joelho próximo à mão do suspeito na região
das costas, pressionando-a para que não se mova.

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Determinará que o suspeito leve a outra mão para a região das


costas e realizará a algemação com o bracelete vazio da algema;

Ajustará a algema de modo que fique o dorso da mão do suspeito


voltado para o interior, polegar voltado para cima, impedindo assim o acesso dos
dedos ao mecanismo de abertura da algema e ajustando-a para que não fique
deslizando no antebraço;

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Se possuir, utilizar o mecanismo de trava impedindo que as algemas


apertem mais o pulso do abordado quando este estiver em deslocamento;

Após a conclusão da algemação, o policial ficará ao lado do suspeito


e com a mão que estiver mais próxima do ombro do abordado, irá retirá-lo do solo,
deixando-o parcialmente de lado;
Com a outra mão, o policial realizará a busca pessoal deslizando no
tórax e nas áreas acessíveis do suspeito, a procura de qualquer material ilícito ou
que ponha em risco a guarnição;
Após terminar um lado da busca pessoal, realiza o mesmo
procedimento no lado oposto do suspeito;

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Para levantar o suspeito, primeiro gire-o para o lado com as duas


mãos, colocando-o sentado, realize outro giro para o lado de modo que este fique
de joelhos e em seguida coloque-o em pé.

Realizar com cautela o movimento para levantar o suspeito, evitando


deixa-lo cair para não ocorrer lesões desnecessárias;

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Ao colocá-lo em pé, determinar que o suspeito abra as pernas para


ser realizada outra busca pessoal, a fim de verificar se não ficou nenhum material
na posse do suspeito.

6.4 CONDUÇÃO DE SUSPEITO

1ª Forma de CONDUÇÃO:

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Com a mão forte, o policial irá segurar a algema com punho voltado
para as costas e entre os antebraços do suspeito. Com a mão fraca, fazer uma
“pinça” e segurar energicamente o cotovelo do suspeito que fica ao mesmo lado da
mão fraca do policial;

Aproximar o antebraço do suspeito no peito do policial, diminuindo a


distância de ambos no deslocamento;
Suspender as mãos algemadas, provocando desconforto e
impossibilitando o suspeito ter acesso à arma do policial;

2ª Forma de CONDUÇÃO (utilizada principalmente em grandes


aglomerações em que terceiros ficam muito próximos dos policiais):

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Colocar a mão forte por dentro do braço algemado alcançando o


tríceps da mesma lateral;
Fazer uma alavanca leve, impossibilitando movimentação do
suspeito;
Não permitir que as mãos do algemado fiquem próximas à arma de
fogo;

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Caso seja necessário, para retirar a estabilidade do suspeito, o


policial pode, com a mão fraca, segurar o ombro que fica na lateral oposta do
algemado.
A condução deverá ser aproximada e deixando sempre o suspeito
desconfortável, a fim de evitar qualquer possibilidade de reação ou fuga contra a
guarnição.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


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1ª COMPANHIA DE POLICIAMENTO DE CHOQUE

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