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CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS

MATÉRIA TÉCNICAS MILITARES III

UD 9 – ABORDAGEM, REVISTA E
ALGEMAÇÃO

ASSUNTO
9.1 a 9.5

2º Sgt ABICAIR
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OBJETIVOS
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SUMÁRIO
I – INTRODUÇÃO
a) Generalidades;
II – DESENVOLVIMENTO
b) Abordagem;
c) Revista;
d) Algemamento;
e) Escolta de detidos;
f) Abordagem a veículos;
g) Revista;
III – CONCLUSÃO
h) Prática
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INTRODUÇÃO
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GENERALIDADES

a. Princípios Básicos da Abordagem


Segurança, Legalidade, Proporcionalidade e Necessidade.
b. Preservar Vidas e Aplicar a Lei
A ação de aplicar a lei é precedida de aplicar a Lei. Preservar
a integridade física do cidadão (uso da Força – Abuso de
Autoridade).
c. Indivíduo Suspeito
É aquele cujo conjunto de características coincide com a
descrição feita por testemunhas da prática de um delito, ou
mesmo aquele encontrado com arma, instrumento ou outro
objeto que possa imputar-lhe a presunção da autoria de uma
transgressão.
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GENERALIDADES

d. Indivíduo em Situações Suspeitas


É aquele cujas ações e atitudes fogem a regularidade de
comportamento da maioria das pessoas, propiciando a
interpretação da prática de delito ou a iminência de praticá-lo.
e. Cidadão Infrator
É aquele que praticou o delito e requer a intervenção.
f. Evitar o Risco na Ação
Nada é 100% garantido quando o assunto é segurança. A
prevenção representa 90% em segurança, a reação 5% e a
sorte 5%. Sendo assim as ações devem se concentrar na
prevenção.
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DESENVOLVIMENTO
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ABORDAGEM
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a. Para abordar uma pessoa é necessária uma preparação


que consistem em:
1) Pré-eleição: identificar, localizar e cercar;
2) Identificação: analisar o comportamento, vestimentas,
características físicas e as reações dos suspeitos;
3) Observação Periférica: verificar se suspeito porta arma e
verificar se o local é seguro (público em geral);
4) Planejamento: avaliar o grau de risco para realizar
abordagem, verificando a necessidade ou não de empunhar
uma arma (moderação); e
5) Abordagem: posição triângulo (evitar a exposição).
Verbalização traga sempre o suspeito em sua direção, com
as mãos levantadas acima da cabeça, dizendo-lhe que faça
somente o que você determinar, controle a situação (parede
ou chão).
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b. Como fazer:
1) Abordar no mínimo em dupla (segurança – busca pessoal), superioridade
numérica ou de fogo (regra de engajamento);
2) Posição triângulo (mais que dois militares fazem a segurança da retaguarda
e dos flancos). A aproximação não deve exceder a distancia de cinco metros;
3) O militar encarregado da verbalização através de um comando de voz firme,
alto e claro, declina as seguintes palavras: “Exército, parado, não se mexa!”...
“Levante as mãos devagar acima da cabeça com as palmas das mãos voltadas
para mim”;
4) As armas devem estar empunhadas, contudo no coldre desabotoado, o fuzil
deverá estar em pronto 1, com o cano apontado para baixo; depois da primeira
verbalização e persistindo a desobediência por parte da pessoa abordada,
insistir verbalmente para o cumprimento das determinações legais e,
rapidamente sacar o armamento, adotando o escalonamento do uso da força.
Caso não haja resistência as armas permanecem no coldre;
5) De forma simples e clara, deve ser determinado para que o abordado se
dirija a área de segurança, onde será realizada a busca pessoal, reduzindo ao
máximo o potencial de reação ofensiva do abordado;
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6) O militar determina primeiramente ao abordado para que coloque os


objetos que tenham às mãos, no chão ou em outro local mais
apropriado à segurança da ação;
7) O militar encarregado da busca pessoal, determina: “mãos na
nunca, fique de costas para mim, cruze os dedos, afaste os pés”, caso
haja uma parede ou muro deve-se determinar: “coloque as mãos na
parede, abra as pernas, afaste-as da parede”;
8) O militar encarregado da segurança deverá posicionar-se a 90 graus
em relação ao encarregado da busca pessoal, mantendo-se há uma
distância de aproximadamente de 2 metros, evitando ter o parceiro em
sua linha de tiro e deverá olhar atentamente para a pessoa, chamando
sempre atenção, quando desviar seu olhar, não perdendo sua
vigilância às mãos e à linha da cintura do abordado, bem como, às
imediações da área de segurança, durante toda a abordagem; e
9) Antes de iniciar a aproximação ao abordado a ser submetido à
busca pessoal, o militar coloca sua arma no coldre e a abotoa, a fim de
evitar que o revistado tenha fácil acesso ao armamento.
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REVISTA
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a. A atividade revista cumpre as seguintes fases:


1) Posicionamento: Buscar um anteparo, revistado
sempre de costas, desequilibrado e de cabeça baixa;
2) Busca de materiais: Ascendente ou descendente,
técnicas do deslizamento;
3) Testemunhas Selecionar corretamente as
testemunhas oculares ou presenciais auriculares e por
ouvir dizer;
4) Agradecimento: explicar os motivos da realização do
procedimento e agradecer a colaboração; e
5) Detenção e condução: momento crítico da ação
poderá ocorrer ou não o algemamento.
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b. Como fazer:
1) O militar segurança deve estar sempre ATENTO;
2) Antes da aproximação, o militar encarregado abotoa seu coldre
antes de iniciar a busca pessoal pelas costas do abordado, a fim de
que tenha as mãos livres e poder de reação em caso de residência
física;
3) Caso o abordado esteja fora de uma parede, segurar firmemente,
durante toda a busca pessoal, as mãos com os dedos cruzados na
nuca, da pessoa a ser submetida à busca pessoal;
4) Posicionar-se firmemente de forma que o lado da arma sempre
seja o mais distante da pessoa revistada, ou seja, se destro, pé
esquerdo à frente, ou vice-versa; e
5) Escolher primeiro o lado a ser revistado e, através de uma
seqüência ascendente ou descendente, priorizar a região do tronco
(peito e abdômen), principalmente a região da cintura, para depois
verificar os membros inferiores do respectivo lado;
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6) Quando da verificação dos bolsos das vestes do


abordado, jamais, introduzir as mãos, pois podem
cercar objetos perfuro-cortantes, que venham a
infectar ou ferir o militar. Só após a constatação de
que não existe nenhuma arma de posse do
abordado que se deve mandar que ele retire dos
bolsos (com apenas uma das mãos) os objetos que
ali se encontram e jogue-os no solo;
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6) Quando da verificação dos bolsos das vestes do abordado,


jamais, introduzir as mãos, pois podem cercar objetos perfuro-
cortantes, que venham a infectar ou ferir o militar. Só após a
constatação de que não existe nenhuma arma de posse do
abordado que se deve mandar que ele retire dos bolsos (com
apenas uma das mãos) os objetos que ali se encontram e
jogue-os no solo;
7) Caso seja detectado algum objeto ilícito durante a busca
pessoal ou constado flagrante delito, imediatamente: separar e
colocar na posição de joelhos, as pessoas, a fim de que seja
algemada e reiniciar a busca pessoal de maneira mais
minuciosa, ou ainda se for o caso, conduzi-la ao interior da
viatura;
8) Relacionar os objetos ilícitos encontrados;
9) Requisitar ao revistado sua identificação por meio dos seus
documentos e conferir sua autenticidade;
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10) Anotar seus dados pessoais;


11) De posse dos dados pessoais do revistado, se ainda houver
dúvidas, ir até a viatura e através da rede rádio, solicitar ao Centro
de Coordenação de Operações que pesquise seus antecedentes
criminais;
12) Após a constatação do flagrante delito em relação à pessoa
abordada buscar, efetivamente, arrolar e qualificar testemunhas
que possam ser devidamente convocadas a depor a respeito dos
fatos, devendo as exceções estarem plenamente justificadas é
conveniente fazer perguntas ao revistado, tais como “você foi
agredido pelos militares?”; “Seus objetos pessoais estão todos aí?”,
“Sumiu algum pertence?”;
13) Após a busca pessoal, se verificado que o revistado é pessoa
idônea e que não possui antecedentes criminais, tão pouco está em
posse de objetos ilícitos, explicar a finalidade da abordagem; e
14) Colocar-se à disposição e agradecer pela colaboração.
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ALGEMAMENTO
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a. Algumas dúvidas mais comuns:
1) Integridade Física: art. 5º da Constituição – ninguém será submetido
a tratamento degradante e também assegura o respeito à integridade
física e moral;
2) O Infrator: Código e Lei de Execução Penal dispõem que o detido
conserva todos os seus direitos não atingidos pela perda de liberdade;
3) Abuso de Autoridade: algemar, sem critério, viola a incolumidade do
corpo do cidadão, podendo caracterizar agressão, tortura ou
tratamento degradante, mesmo quando do ato da detenção;
4) Quando Algemar? Nos casos de resistência à detenção, tentativa de
fuga, condução de pessoas ébrias, viciosas e turbulentas que estejam
em estado extremo de exaltação, transporte ou remoção para
estabelecimento penal; e
5) Menores! A Procuradoria Geral da Justiça, através do aviso nº
022/92 PGJ, ao tratar da apreensão de crianças e adolescentes,
instituiu no art. 1º, §6º que o uso de algemas não é vedado, devendo a
sua utilização, justificar-se pelo desenvolvimento físico do adolescente
ou sua manifesta periculosidade.
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b. Como fazer:
1) Após o posicionamento do capturado, infrator da lei, o militar
aproxima-se da pessoa a ser algemada, estando seu armamento
no coldre;
2) O militar de posse de suas algemas com a mão-forte, deverá
segurar algema, tendo a abertura dos elos voltada para frente;
3) Segurar, com a mão-fraca, as mãos do capturado, estando
seus dedos entrelaçados ou sobrepostos, enquanto a mão-forte
inicia o ato de algemamento;
4) Pelo lado da abertura do elo inferior, colocar algema no
capturado de forma que não fique aberta em demasia,
exercendo pressão do elo contra o pulso. Não se deve bater
algema no punho do capturado, pois este ato poderá acarretar
em lesão. O gancho de fechamento deverá estar voltado para o
lado em que estiver o militar;
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5) Após o fechamento da algema, torcer o corpo da algema


de forma a conduzir o punho do capturado para sua região
dorsal;
6) Posicionar o segundo elo com o gancho de fechamento
voltado para cima, diagonalmente, para que o outro punho do
capturado seja conduzido pela mão fraca do militar e apoiado
facilmente no gancho de fechamento girando em torno de si e
prendendo a algema;
7) Verificar o grau de aperto dos ganchos de fechamento; e
8) Verificar se as mãos do capturado estão voltadas para fora;
Nota: Força Moderada considera-se a energia necessária
para cercar uma injusta agressão, sem abuso ou
constrangimentos, objetivando a proteção do militar e o
controle do agressor.
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ESCOLTA DE DETIDOS
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a. Generalidades
Durante as Operações de GLO, eventualmente haverá a necessidade
de realizar a proteção, escolta e transporte de detidos por motivo de
alguma audiência judicial ou transferência de estabelecimento
prisional. Estas missões podem ser realizadas: por uma Companhia de
Fuzileiros (transporte a pé ou motorizado) ou por um Esquadrão de
Cavalaria Mecanizado em viaturas blindadas.
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b. Documentação
A primeira providência a ser tomada por um militar ao receber
a missão de uma escolta de detidos é analisar o documento
de transporte dos detidos que deverá ser um “ofício
requisitório” expedido por um Juiz, onde deverá cercar as
seguintes informações suficientes para a identificação e
verificar junto ao Estabelecimento prisional os seguintes
dados do detido: identificação, motivo da detenção, nome da
autoridade que a determinou, antecedentes penais e
penitenciários, dia e hora do ingresso e da saída.
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Quando o transporte for executado por motivo de


transferência do detido para outro estabelecimento
prisional, deverá ser cobrado o recibo pela entrega
do detido ao novo estabelecimento prisional.
c. Revista do Detido
1) Local da Revista
A revista deverá ser realizada em local discreto e
seguro, o detido deverá ser informado sobre o
procedimento de busca pessoal minuciosa, ao qual
será submetido, bem como, dos procedimentos que
serão adotados a partir de então.
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2) Medidas de segurança.
a) O revistador deverá calçar luvas descartáveis antes de
iniciar as ações seguintes;
b) Colocar o detido na posição para o processo de
algemamento defronte a uma parede;
c) Iniciar a busca pessoal minuciosa;
d) Após a busca pessoal, retirar as algemas;
e) Determinar ao detido que retire todas as suas vestes.
f) Determinar ao detido para que se agache (com os
joelhos separados), a fim de que seja verificada a
existência de armas ou objetos em seus orifícios
naturais;
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g) Verificar dentro da boca do detido se há algum


objeto cortante ou uma chave de algema embaixo da
sua língua, entre os dedos dos pés, bem como
detectar lesões, cicatrizes ou tatuagens, as quais
venham a determinar sua periculosidade.
h) Determinar ao detido para que fique junto à
parede, a fim de que suas vestes sejam verificadas a
uma distância aproximada de 3,0m (três metros) e ao
final devolvê-las.
i) Na posição inicial de busca pessoal, algeme o
detido.
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d. Embarque e Transporte
Normas de segurança:
- Antes do embarque do detido, as viaturas envolvidas no transporte e na
escolta, deverão ser revistadas, a fim de retirar objetos com os quais o
detido possa cometer qualquer ato ilícito, como tentar a fuga ou causar
lesões corporais, etc.
- Somente após a conclusão da ação anterior e da certeza das condições
reais do detido é que deve ser iniciado o embarque do mesmo na viatura.
- Em hipótese alguma algemar o detido em peças ou equipamentos da
viatura.
- Em viaturas do tipo – caminhão, o número de detidos não deve exceder
ao prescrito para o veículo, dependendo de seu tamanho e modelo.
- Em viaturas de médio-porte, não havendo prescrição contrária, não deve
exceder ao número de 04 (quatro) detidos.
- Em viaturas pequenas, não havendo prescrição contrária, não deve
exceder ao número de 02 (dois) detidos.
- O embarque deverá ser feito detido a detido, de forma que estejam
separados por uma distância de segurança mínima de 01 (um) metro
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YGUGYU
e. Planejamento da Escolta
É o planejamento que vai dar suporte ao êxito da missão.
Assemelham-se as medidas tomadas em uma missão de patrulha.
1) Destino: deverá constar no ofício requisitório e vai subsídios para a
tomada de decisões quanto ao deslocamento e itinerários.
2) Meios de transporte: a quantidade e tipo de viaturas deverão ser
compatíveis com o número de detidos, entretanto, aconselha-se o
mínimo de 02 (duas) viaturas. Todas deverão estar em plenas
condições mecânicas e abastecidas.
3) Efetivo da escolta: será regulado por algumas condicionantes como:
quantidade de detidos que serão transportados, tipos de viaturas
utilizadas, grau de periculosidade do detido.
4) Armamento e munição: serão escolhidos e utilizados conforme a
necessidade exigida no ambiente onde a escolta estiver trafegando.
5) Equipamento de proteção: deverá ser usado pela escolta, capacetes
e coletes balísticos, o detido utilizará o referido equipamento conforme
o estudo da situação feito pelo comandante da escolta.
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6) Comunicações: prover os meios de comunicações principais e


alternativos entre as viaturas de escolta e entre a escolta com a base de seu
comandante imediato. Todo o equipamento deve ser testado
antecipadamente e estar com as baterias carregadas.
7) Deslocamento:
a) De acordo com o tipo de rodovia que a escolta estiver trafegando deve-se
permanecer na faixa de segurança à esquerda com uma distância mínima
de 02 (dois) segundos entre as viaturas da escolta, ter o cuidado para evitar
infiltrações de outros veículos no comboio, a aproximação de veículos
suspeitos e, paradas nas proximidades de pontos críticos. Cada homem da
escolta deverá ter durante todo o deslocamento um setor de observação.;
b) Quando o transporte do detido for feito em uma viatura distinta da frota do
Exército, deverá ser contatada a autoridade solicitante e o motorista da
viatura, para se obter informações sobre o detido, itinerário e local de
apresentação, sendo que no embarque a guarnição deverá ter o cuidado de
deixar um militar, no mínimo, ao lado do motorista. Neste tipo de escolta,
manter a atenção redobrada para a segurança durante o deslocamento,
tendo em vista o maior grau de vulnerabilidade;
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c) Normas de trânsito: as normas de trânsito devem ser respeitadas


mesmo por viaturas oficiais com dispositivos sonoros e luminosos ligados,
que têm precedência sobre as demais viaturas, entretanto, permanecem
sujeitas às leis de trânsito;
d) Itinerário: deverá ser escolhido mais de um percurso, tendo em vista
dificultar possíveis tentativas de resgate do detido e desviar de eventuais
engarrafamentos em pontos críticos. Cuidados na passagem de lombadas,
paradas em semáforos e cruzamentos;
e) Saída e chegada: especial atenção deve ser dada a segurança durante
a saída e chegada da escolta, onde qualquer descuido pode facilitar uma
ação de resgate, pois estes são os únicos pontos fixos que não podem ser
evitados pela escolta; e
f) Ações imediatas: a equipe da escolta deverá estar muito bem adestrada
e quanto as ações imediatas a serem adotadas nas diversas situações
inusitadas que podem ocorrer durante o deslocamento como, por exemplo:
pane mecânica em viaturas da escolta, acidente envolvendo viatura da
escolta, tentativa de fuga do detido, tentativa de resgate, problema de
saúde com o detido ou motorista, passagem em pontos críticos.
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ABORDAGEM A VEICULOS
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Para abordar um veículo é necessária uma preparação


que consistem em:
a. Pré-eleição: identificar, localizar e cercar.
b. Identificação: analisar o comportamento, vestimentas,
características físicas e as reações dos suspeitos;
c. Observação Periférica: verificar se suspeito porta arma
e verificar se o local é seguro (público em geral);
d. Planejamento: avaliar o grau de risco para realizar
abordagem, verificando a necessidade ou não de
empunhar uma arma (moderação);
e. Abordagem: na posição triängulo (evitar a exposição).
Na verbalização, controle a situação.
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Como fazer:
Ordenar:
a) que o veículo seja desligado;
b) que as mãos sejam colocadas para fora pela janela;
c) que as chaves sejam colocadas no teto do veículo;
d) que retire o cinto de segurança e abra a porta pelo lado externo
do veículo;
e) que desembarque devagar, com as mãos para cima, olhando
para o comandante;
f) que vire e se aproxime de costas;
g) que caminhe em direção à viatura, de forma controlada, com as
mãos erguidas conduzindo-o para a parte de trás da viatura;
h) que o criminoso vá para trás da viatura, ou em um local
considerado seguro, iniciar a busca preliminar e a colocação de
algemas SFC.
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A atividade de revista cumpre as seguintes fases:


a. Posicionamento: Buscar um anteparo, revistado sempre de
costas, desequilibrado e de cabeça baixa;
b. Busca de materiais: Ascendente ou descendente, técnicas
do leque (fatiamento);
c. Testemunhas Selecionar corretamente as testemunhas
oculares ou presenciais auriculares e por ouvir dizer;
d. Agradecimento: explicar os motivos da realização do
procedimento e agradecer a colaboração;
e. Detenção e condução: momento crítico da ação poderá
ocorrer ou não o algemamento.
Como fazer:
Nota: O militar segurança deve estar sempre atento.
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1) Antes do início da vistoria, perguntar se há objetos de valor, carteira,


talões de cheques, entregando-os prontamente ao condutor/proprietário,
bem como, inquiri-lo se há armas ou qualquer objeto ilícito no veículo;
2) Um dos militares permanece com o condutor/infrator à frente da porta
dianteira direita do veículo, distante aproximadamente três metros para o
acompanhamento da vistoria a ser realizada por outro militar;
3) O militar inicia a vistoria externa na seguinte ordem (sentido horário):
porta dianteira direita, lateral traseira direita, traseira, lateral traseira
esquerda, porta dianteira esquerda, capô, observando:
- avarias recentes: para verificar incidente ou não de acidente de trânsito
recente;
- se a suspensão traseira encontra-se rebaixada, dando a idéia de se ter
algum peso no porta-malas, solicitando a sua abertura pelo
condutor/proprietário;
- outras peculiaridades externas como: lacre rompido da placa, contornos
irregulares das perfurações da placa, perfurações na lataria por disparos
de arma de fogo, etc.;
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4) Após isso com auxílio do espelho de inspeção, o vistoriador fará uma


minuciosa inspeção embaixo do veículo;
5) Procedendo-se de forma idêntica em todas as portas, ao começar pela
dianteira direita, o militar vistoriador realizará a vistoria interna como segue:
a) levantar o vidro (se estiver abaixado) e colocar uma folha papel atrás da
numeração do chassi, gravada no veículo e conferir o número existente com
o número do documento;
b) abrir a porta ao máximo e verificar nos cantos se há a existência ou não
de pintura encoberta do veículo;
c) chacoalhar levemente a porta, a fim de verificar pelo barulho, se não
existe algum objeto solto em seu interior;
d) verificar se existe algum objeto escondido no forro das portas, usando o
critério da batida com a mão para escutar se o som é uniforme;
6) Verificar: porta-luvas, quebra-sol, tapetes, parte baixa do banco, entradas
de ar, cinzeiros, lixeiras, e todos os compartimentos que possam esconder
objetos ilegais (michas, vários cartões magnéticos com diferentes nomes e
várias outros documentos de veículos, por ex.), armas de fogo, armas
brancas e nos demais forros;
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7) Iniciar a vistoria do compartimento traseiro dividindo-o imaginariamente


em lado direito, primeiramente, e lado esquerdo por fim e, em cada um dos
lados, observando: assento dos bancos, encosto e sua parte posterior,
assoalho, lateral do forro;
8) Sair para vistoriar o lado esquerdo, o assento do condutor em todo seu
compartimento (assoalho, lateral, teto, atrás do assento);
9) Vistoriar o porta-malas, após ser destrancado, solicitando ao
condutor/proprietário, que o abra vagarosamente, observando: assoalho,
laterais, pintura mal encoberta nos cantos, no compartimento do guarda-
estepe, e outros;
10) Quando localizar o número do chassi, pelo assoalho do veículo ou
outro local, confrontá-lo com a documentação, bem como, verificar se
existem indícios aparentes de adulteração;
Após a constatação de que as pessoas abordadas são idôneas e que não
possui antecedentes criminais, tampouco estão com a posse de objetos
ilícitos, dizer: “Senhor (es)... Este procedimento é de rotina do Exército
Brasileiro, agradeço pela colaboração e conte com o nosso serviço. O (s)
senhor (es) está (ao) liberado (s)!”.
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CONCLUSÃO
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CONCLUSÃO
PRÁTICA

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