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MÓDULO 6

Transmissão e Transformação de Movimento


TRANSMISSÃO DE MOVIMENTO
 Tipos de transmissão de movimento
 Retilíneo – Num mecanismo ou máquina é comum diversas peças executarem um percurso ao
longo de uma linha reta. Este movimento é designado por movimento retilíneo. Ao movimento
retilíneo também se costuma chamar movimento linear – o operador desloca-se seguindo a
trajetória de uma linha reta.
Movimento linear continuo - sempre no mesmo sentido. ex: tapete rolante
movimento linear oscilante – nos dois sentidos. Ex: agulha máquina cozer
 Curvilíneo / Circular – O prato de um gira-discos, a roda de uma bicicleta ou carro, são
exemplos de peças que no seu movimento descrevem uma trajetória segundo uma circunferência.
Também se incluem neste tipo de movimento as peças de um mecanismo que descrevem apenas
parte do circuito, isto é, por exemplo, meia volta (meia circunferência).
 Movimento Giratório/Rotativo – O operador não descreve nenhuma trajetória, deslocando-se
apenas em torno do seu eixo.
 Oscilatório – É um tipo de movimento em que a direção do objeto muda periodicamente de
sentido, descrevendo um arco. A regularidade das oscilações de um pêndulo foi aproveitada para
construir os primeiros relógios mecânicos.
MÁQUINAS SIMPLES
 A roda é um operador formado por um corpo redondo que gira em relação a um ponto fixo denominado de eixo de
rotação. Geralmente uma roda vem acompanhada de um eixo cilíndrico (que guia o seu movimento giratório) e
de um suporte (que mantém o eixo na sua posição). A roda é uma máquina totalmente artificial. Da roda derivam
uma data de máquinas das quais destacámos as seguintes: roldanas, rolos compressores, rodas dentadas, rodas de
fricção, rolamentos, engrenagens, sistemas com tambores e correias, etc.
 Roda dentada – é constituída por um certo número de dentes na sua periferia. O perfil dos dentes é traçado de
forma a engrenar perfeitamente noutra roda dentada.
 Roda de fricção – As rodas de fricção ou atrito transmitem o movimento uma à outra por simples contacto. A roda
ligada ao veio motor roda num sentido. A outra roda no sentido oposto.
 Engrenagens – Uma engrenagem é constituída por duas ou mais rodas dentadas. Estas permitem a transmissão
do movimento de rotação de um veio motor (ou mandante) a um veio movido (ou mandado).
 Alavancas – As alavancas são máquinas simples que nos permitem aumentar o efeito da força que exercemos.
Uma alavanca é um operador composto de uma barra rígida que oscila sobre um eixo (fulcro). Segundo os pontos
onde se aplica a Potência (força que provoca o movimento) e as posições relativas do eixo e barra, podem
conseguir-se 3 tipos diferentes de alavancas: de primeiro, de segundo e de terceiro grau.
 Plano inclinado - Um plano inclinado é uma superfície lisa com um certo declive. O esforço para elevar uma
carga é menor através de um plano inclinado do que se a elevássemos na vertical. As rampas que formam as
montanhas e colinas são planos inclinados.
ELEMENTOS CARACTERÍSTICOS
 1.2.1. Sentido de rotação
 1.2.2. Variação de velocidade

 1.2.3. Transmissões simples e transmissões múltiplas

 1.2.4. Orientação dos veios entre si

 1.2.5. Razão de transmissão

 1.3. Cálculos de transmissão de movimento


SENTIDO DE ROTAÇÃO
 O sentido de rotação em rodas de fricção , correias ou dentadas, em número par o sentido é inverso ou
contrário, em número impar é o mesmo .
VARIAÇÃO DE VELOCIDADE
 A variação da velocidade : O tamanho das rodas e ou o nº de dentes
 1- correias e correntes :
Podem transmitir grande quantidade de energia.
Uma das formas mais utilizadas em sistemas de transmissão de potencia.
Possuem custos relativamente baixos.
Tendem a proteger a unidade motora.
Possuem rendimento entre 0,96 a 0,98, pois podem apresentar escorregamentos.
 2- engrenagens
 Uma engrenagem é constituída por duas ( ou mais) rodas dentadas. Estas permitem a transmissão do movimento
de rotação de um veio motor (ou mandante) a um veio movido (ou mandado).
 e = ± produto do número de dentes das engrenagens motoras

 3- atrito
Transmissões utilizadas entre veios paralelos, veios concorrentes ou veios não complanares, com razões de
transmissão até i = 6:1 (10:1), com rendimentos de 95% a 98% e escorregamentos idênticos aos obtidos com
transmissões por correias, mas, em contrapartida, as distâncias entre eixos são menores e o peso e o preço são
menos competitivos.
TRANSMISSÕES SIMPLES E TRANSMISSÕES
MÚLTIPLAS
 Transmissão simples :Variação da velocidade
  
 V1/V2 = n2/n1             (linear)
  
 Onde: V1 é a velocidade tangencial da engrenagem 1
 V2 é a velocidade tangencial da engrenagem 2
 n1 é o número de dentes da engrenagem 1
 n2 é o número de dentes da engrenagem 2

 Transmissões múltiplas
. ORIENTAÇÃO DOS VEIOS ENTRE SI

 Eixos paralelos: caso mais frequente

 Eixos concorrentes: eixos perpendiculares e concorrentes

 Eixos não complanares :


RAZÃO DE TRANSMISSÃO
 Na transmissão por polias e correias, para que o funcionamento seja perfeito, é necessário obedecer alguns limites
  
em relação ao diâmetro das polias e o número de voltas pela unidade de tempo.
 i = relação de transmissão
 n = rotação por minuto
 v = velocidade tangencial
 D= nº de dentes ou raio ou diâmetro
 Transmissões utilizadas entre veios paralelos, veios concorrentes ou veios não complanares, com razões de
transmissão até i = 6:1

i=
CÁLCULOS DE TRANSMISSÃO DE MOVIMENTO

 Modos de transmissão
 A transmissão de força e movimento pode ser pela forma e por atrito.
 A transmissão pela forma é assim chamada porque a forma dos elementos transmissores é adequada para
encaixamento desses elementos entre si. Essa maneira de transmissão é a mais usada, principalmente com os
elementos chavetados, eixos-árvore entalhados e eixos-árvore estriados.
 Na transmissão por correia plana, a relação de transmissão (i) não deve ser maior do que 6 (seis), e na transmissão
por correia trapezoidal esse valor não deve ser maior do que 10 (dez).
 Parafuso com rosca sem-fim
 O número de entradas do parafuso tem influência no sistema de transmissão.
 Se um parafuso com rosca sem-fim tem apenas uma entrada e está acoplado a uma coroa de 60 dentes, em cada
volta dada no parafuso a coroa vai girar apenas um dente.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO DE
MOVIMENTO
 2.1. Rodas de fricção
 2.2. Tambores e correias

 2.3. Rodas dentadas

 2.3.1. Tipos de engrenagens

 2.3.2. Elementos característicos da roda dentada

 2.3.3. Condições de engrenamento

 2.3.4. Razão de transmissão


RODAS DE FRICÇÃO
 Roda de fricção – As rodas de fricção ou atrito transmitem o movimento uma à outra por simples contacto. A roda
ligada ao veio motor roda num sentido. A outra roda no sentido oposto.
TAMBORES E CORREIAS
TIPOS DE ENGRENAGENS
 Roda dentada/roda dentada:
As engrenagens operam aos pares, encaixando os dentes de uma nos dentes
de outra. Para transmitir um movimento uniforme e contínuo, as superfícies
de contacto da engrenagem devem ser cuidadosamente moldadas, de acordo
com um perfil específico
 Parafuso / porca: Existem roscas de transporte ou movimento que
transformam o movimento giratório num movimento longitudinal.

 Parafuso sem fim /roda dentada

 Pinhão / corrente

 Pinhão cremalheira

 Biela manivela

 Manivela
ELEMENTOS CARACTERÍSTICOS DA RODA
DENTADA
 Dentes direitos

 Dentes helicoidais

 Dentes cónicos

 Dentes para correntes metálicas


2.3.3. CONDIÇÕES DE ENGRENAMENTO
 Engrenagens Cilíndricas Retas:
Possuem dentes paralelos ao eixo de rotação da engrenagem. Transmitem rotação entre eixos paralelos

Engrenagens Cilíndricas Helicoidais:


Possuem dentes inclinados em relação ao eixo de rotação da engrenagem. Podem transmitir rotação entre eixos
paralelos e eixos concorrentes (dentes hipoidais)
Engrenagens Cônicas:
Possuem a forma de tronco de cones. São utilizadas principalmente em aplicações que exigem eixos que se cruzam
(concorrentes). Os dentes podem ser retos ou inclinados em relação ao eixo de rotação da engrenagem.
Parafuso sem fim – Engrenagem coroa (Sem fim-coroa):
O sem fim é um parafuso acoplado com uma engrenagem coroa, geralmente do tipo helicoidal. Este tipo de
engrenagem é bastante usado quando a relação de transmissão de velocidades é bastante elevada.
Pinhão-Cremalheira:
Neste sistema, a coroa tem um diâmetro infinito, tornando-se reta. Os dentes podem ser retos ou inclinados. O
dimensionamento é semelhante às engrenagens cilíndricas retas ou helicoidais.
2.3.4. RAZÃO DE TRANSMISSÃO
A relação de transmissão está relacionada com o diâmetro dos eixos.
  
i=n1/n2= D2/D1
n-rpm- velocidade em rotações por minuto
D- diâmetro dos eixos
i- relação/razão de transmissão
Na transmissão por correia plana, a relação de transmissão i não deve ser maior do que 6, e na transmissão por correia
trapezoidal esse valor não deve ser maior do que 10
== i Para diâmetros iguais , velocidades iguais
A relação de transmissão está relacionada com a velocidade e com o nº de dentes de cada roda dentada
n1,n2,n3 nº de rpm de cada roda
D1,D2,D3- nº de dentes de cada roda
i- relação de transmissão será 1 se o nº de dentes for igual D2=D1
. TRANSFORMAÇÃO DE MOVIMENTO
 3.1. Parafuso sem-fim e roda helicoidal
 3.2. Roda dentada e cremalheira

 3.3. Parafuso e porca

 3.4. Manivela e corrediça oscilante

 3.5. Cadeias ou correntes e rodas dentadas

 3.6. Biela e manivela

 3.7. Excêntricos e ressaltos

 3.8. Cruz de malta

 3.9. Cadeias cinemáticas


PARAFUSO SEM-FIM E RODA
HELICOIDAL
 SEM-FIM
 Um “sem-fim” é considerado uma roda dentada de um só dente que foi talhado helicoidalmente (em forma de
hélice). Este operador foi desenhado para a transmissão de movimentos giratórios, pelo que trabalha sempre
associado a outra engrenagem.
O par sem fim coroa consiste do acoplamento de um parafuso com uma engrenagem
(a coroa). Consegue-se através deste par grandes reduções (i ≤≈100:1)
 O número de entradas do parafuso tem influência no sistema de transmissão
 Aplicações:
. RODA DENTADA E CREMALHEIRA
 Roda dentada – é constituída por um certo número de dentes na sua periferia. O
perfil dos dentes é traçado de forma a engrenar perfeitamente noutra roda dentada.

 CREMALHEIRA
Uma cremalheira é uma peça mecânica que consiste numa barra ou trilho dentado que em conjunto com
uma engrenagem a ela ajustada, converte movimento retilíneo em giratório e vice-versa. Os dentes podem
ser retos ou curvos e estão dispostos numa posição transversal ou oblíqua.
. PARAFUSO E PORCA
 Parafuso e porca:
Parafuso móvel e porca fixa
Parafuso fixo e porca móvel
Tipo de rosca
MANIVELA E CORREDIÇA OSCILANTE
 Manivela- movimento rotativo

 Corrediça oscilante- movimento vai-vem


CADEIAS OU CORRENTES E RODAS DENTADAS

 RODA DENTADA / ENGRENAGENS


 Uma roda dentada é uma roda com “dentes” na sua periferia. Uma engrenagem é um
dispositivo constituído por um sistema de rodas dentadas para transmissão de movimentos em
diversos mecanismos.
 As engrenagens operam aos pares, encaixando os dentes de uma nos dentes de outra. Para
transmitir um movimento uniforme e contínuo, as superfícies de contacto da engrenagem
devem ser cuidadosamente moldadas, de acordo com um perfil específico. Se a roda menor
do par (o pinhão) está no eixo motor, o trem de engrenagem actua de maneira a reduzir
a velocidade e aumentar o binário motor; se a roda maior está no eixo motor, o trem actua
como um acelerador da velocidade e redutor do binário motor. Casos especiais de rodas
dentadas são o parafuso sem fim e a cremalheira.
BIELA E MANIVELA
 BIELA
 Uma biela é uma haste rígida que transmite o movimento duma peça a outra que dela fica
afastada. Esta haste é uma barra (rígida) desenhada para estabelecer uniões articuladas nos seus
extremos. Permite a união de dois operadores transformando o movimento rotativo de um
(manivela, excêntrico, excêntrico-ressalto…) no movimento linear alternativo do outro
(êmbolo…), ou vice-versa.
EXCÊNTRICOS E RESSALTOS
 Excêntrico:

 Ressalto: arvore de cames


CRUZ DE MALTA

 A engrenagem em cruz de Malta serve para transformar um movimento contínuo noutro


intermitente. É um elemento muito importante em máquinas de filmar e projetores. Cada 180º de
rotação do disco impulsor (esquerda), corresponde a uma rotação de 90º da cruz. Durante o resto
do tempo, está quieta e fica retida pelo segmento que tem no arco correspondente da cruz.
Quando o disco gira, o espigão à ranhura da cruz.

 http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=t7ZnHDdIvn0&feature=endscreen

 Pesquisa apresentação:cameraweb.ccuec.unicamp.br
CRUZ DE MALTA
CADEIAS CINEMÁTICAS

 Cadeias cinemáticas são conjuntos de elementos interligados por pares cinemáticos. Portanto,
quaisquer composições de elementos interligados, desde que mantenham movimento relativo
entre si, constituem cadeias cinemáticas.

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