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Lorena
2018
TAINAH RIBEIRO VILLELA
Lorena
2018
RESUMO
2. JUSTIFICATIVA 10
3. OBJETIVOS 12
3.1 Geral 12
3.2 Específicos 12
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 13
4.1 Ecodesenvolvimento 13
5. METODOLOGIA 45
6. RESULTADO E DISCUSSÃO 48
7. CONCLUSÃO 65
8. REFERÊNCIAS 66
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1. INTRODUÇÃO
2. JUSTIFICATIVA
Durante muito tempo, o meio ambiente foi visto como fonte infinita de recursos
disponíveis para servir às necessidades do ser humano. Nos dias atuais já se sabe
que eles são limitados, por isso a sua utilização exige novas formas de planejamento
para que possa atender as necessidades futuras (SACHS, 2004).
3. OBJETIVOS
3.1 GERAL
3.2 ESPECÍFICOS
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1 ECODESENVOLVIMENTO
Existe, portanto, uma questão ética que deve ser considerada nesse contexto;
uma vez que o desenvolvimento precisa estar focado em atender as necessidades
sociais mais abrangentes - que estão relacionadas à melhoria da qualidade de vida
da maior parte da população e o cuidado com a preservação do meio ambiente como
uma responsabilidade para com as futuras gerações (OLIVEIRA; MONTEIRO, 2015).
reunião, os países defendiam que era preciso parar o sobredesenvolvimento dos ricos
e os países em desenvolvimento deveriam se apoiar em suas próprias forças. No
entanto, a declaração não foi bem recebida pelo Henry Kissinger, secretário do estado
norte-americano na época (FILHO, 1993). “Foi a partir daí que o “ecodesenvolvimento”
se tornou uma palavra mal apreciada, desaconselhável mesmo, e progressivamente
substituída em inglês pela expressão sustainable development” (SACHS, 2009a), ou
desenvolvimento sustentável (em português).
Maimon (1992) diz que a diferença entre os dois termos se concentra no fato
de que o ecodesenvolvimento é centrado em atender as necessidades básicas da
população, através da utilização de tecnologias adequadas a cada ambiente,
enquanto o Desenvolvimento Sustentável aborda a política ambiental, a
responsabilidade com gerações futuras e a responsabilidade comum com os
problemas globais.
Fonte: INVEPAR,2013
humanidade, bem como para a sobrevivência imediata de parte importante dos seres
humanos (UNICEF, 2018).
A estrutura dos ODM foi muito importante, pois se “definiu pela primeira vez
um conjunto integrado de metas quantitativas com prazos especificados numa
tentativa de dar sentido operacional para algumas das dimensões básicas do
desenvolvimento humano” (UN, 2012)
Por propor uma agenda que engloba dimensões econômica, social e ambiental,
os ODM representaram um grande avanço em relação a outros planos de
desenvolvimento mundial porque estimula a participação integrada da sociedade civil
e governos buscando avançar rumo ao desenvolvimento humano (BRASIL, 2013, p.
9).
Este objetivo visava garantir que, até 2015, todas as crianças, de ambos os
sexos, de todas as regiões, independentemente da cor, raça e sexo, concluíssem o
ensino fundamental, que é equivalente ao ensino básico. Para tal, o esforço deveria
se concentrar na melhoria da qualidade do ensino e ampliação do número de anos de
estudo.
Este objetivo tinha como meta, até 2015, reduzir em três quartos a taxa de
mortalidade materna. Ele só seria alcançado a partir da promoção da saúde das
mulheres em idade reprodutiva.
As metas dos ODM não foram criadas para ser um modelo único. Elas devem
se adequar ao contexto de cada país ou região, tendo em vista o
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Essa situação demonstra que um ODS pode ser implementado por partes e
isso pode ser bom, mas não suficiente. E que, para a implementação em sua
totalidade, é necessário que os outros ODS sejam implementados juntos em um corpo
coerente de políticas, sejam políticas públicas, sejam públicas por organizações
privadas e sem fins lucrativos, caso estejam buscando alinhamento com a Agenda
2030 (AGUIAR, 2017).
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efetiva em países que possuem mais imposições legais devido a uma presença mais
forte do Estado. Verificou-se ainda que empresas presentes em nações nas quais
predominam os direitos dos acionistas que tendem a não apresentar iniciativas
voluntariamente (ROMANO, 2014).
É fundamental que haja uma correta ligação entre essa cultura para a
sustentabilidade e a busca dos princípios, sabendo avaliar o que constitui
uma cultura orientada para a sustentabilidade e se é possível se tornar mais
sustentável com essa mudança de cultura.
contribuir para o alcance das metas da Agenda 2030, essa relação tem o potencial de
gerar impacto positivo para as pessoas, planeta, parcerias, prosperidade e paz.
Lançado no ano de 2000, o Pacto Global das Nações Unidas é hoje a maior
iniciativa de sustentabilidade corporativa voluntária do mundo. Reúne mais de 12 mil
signatários – entre empresas (pequenas, médias e grandes) e organizações – em
quase 170 países, atuando como principal canal da ONU com o setor privado, tem a
missão de engajar as empresas na nova agenda para o desenvolvimento sustentável.
(UN GLOBAL COMPACT, 2017).
Fundada em 2003, a Rede Brasil do Pacto Global, que está sob gestão do
CBPG - formado por 36 organizações consideradas referências em sustentabilidade
(UN GLOBAL COMPACT, 2018b) - desempenha o papel de porta-voz oficial para
empresas e organizações brasileiras dentro da temática dos ODS (UN GLOBAL
COMPACT, 2017), atuando em parceria com o Programa das Nações Unidas para o
desenvolvimento (PNUD).
Com mais de 700 signatários, a RBPG é hoje a 3ª maior rede local - atrás
apenas da Espanha e da França, continua sendo a maior rede das Américas e do
Hemisfério Sul - promovendo ações colaborativas lideradas pelo setor privado, através
do estabelecimento de parcerias com diferentes setores, como a sociedade civil,
governos e agências da ONU (UN GLOBAL COMPACT, 2017).
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(...) atingir o ápice dos dez princípios demanda muito esforço, dedicação e
constantes cobranças dos compromissos da empresa, tanto que as
mudanças começam na aceitação e no aprimoramento organizacional. As
transformações são únicas para cada empresa, que deve desenvolver o seu
modelo para a aplicação dos dez princípios baseados na sua estrutura e
forma de ação comercial. Portanto, não existe uma fórmula pronta para obter
a excelência nos resultados.
Podemos concluir então que o Pacto Global, bem como suas estruturas
internas, alinha as práticas empresariais com os valores e objetivos aplicáveis
universalmente, também incentiva a transparência de seus signatários e a
apresentação anual de relatórios de atividades (COP – Comunicação em Progresso).
Tornando-se, dessa forma, essencial para o desenvolvimento sustentável e adesão
aos ODS pelo setor privado (OLIVEIRA et al., 2008).
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5. METODOLOGIA
Segundo YIN (2005), "Estudo de caso é uma inquirição empírica que investiga
um fenômeno contemporâneo dentro de um contexto da vida real, quando a fronteira
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BRUYNE et al. (1997) afirma que o estudo de caso “reúne tanto quanto
possível as informações numerosas e detalhadas para aprender a totalidade de uma
situação”. Por isso buscou-se, ainda, informações complementares em relatos de
sustentabilidade e sites das empresas envolvidas.
6. RESULTADO E DISCUSSÃO
6.1.1. A Ambev
6.1.4. Discussão
A iniciativa pode também ser replicada por diferentes empresas que produzem
de bens de consumo, desde que adaptadas à sua realidade e à sua estratégia.
outros meios. A criação de um produto que traz solução para a sociedade é um modelo
inovador que muda o olhar – tanto da empresa, quanto do consumidor – sobre a
sustentabilidade e a responsabilidade corporativa.
6.2.1. A Danone
O Brasil está entre os três países que mais contribuíram para o crescimento
da divisão Early Life Nutrition no ano de 2016. Frente de negócio que visa influenciar
positivamente a saúde das crianças brasileiras a curto e longo prazo oferecendo
produtos de qualidade, adequados às suas necessidades nutricionais. Com a
produção de fórmulas infantis, cereal infantil, leite adaptado, produto à base de soja e
complemento nutricional, a divisão Early Life Nutrition é responsável por marcas como
multinutri, sutain, aptamil, entre outras (DANONE, 2018b).
A Danone Brasil é signatária do Pacto Global das Nações Unidas desde 2013
e comunica anualmente seus resultados e avanços por meio da publicação
Comunicação de Progresso (COP). Pautada em 4 pilares - Saúde Melhor, Vidas
Melhores, Mundo Melhor e Abordagem Única de Negócios - sua estratégia de
sustentabilidade e seus negócios estão alinhados aos 10 Princípios do Pacto Global
e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) (DANONE, 2017).
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6.2.4. Discussão
O projeto está alinhado aos ODS 8, 10, 12 e 17, que visam, respectivamente:
Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego
pleno e produtivo e trabalho decente para todos; Reduzir a desigualdade dentro dos
países e entre eles; Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis e
Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o
desenvolvimento sustentável.
O meio ambiente é favorecido, pois a maioria dos materiais utilizados não são
biodegradáveis, o plástico por exemplo. Como os resíduos são coletados, uma menor
quantidade será disposta no meio ambiente.
6.3.1. O Santander
A atuação do Santander Brasil está dividia em: banco comercial, que reúne
as atividades do varejo, como atendimento à pessoa física e pequenas e médias
empresas, e o atacado, voltado para as grandes empresas e operações no mercado
de capitais (SANTANDER, 2018b).
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6.3.4. Discussão
O projeto pode ser replicado por todas as instituições financeiras e pode ainda,
servir de modelo para facilitação de créditos para outras áreas, como por exemplo
mudança climática, que é uma prioridade global.
Apesar de os bancos não possuírem uma operação que traz impacto para o
meio ambiente, como empresas produtoras de bens de consumo, possuem um papel
fundamental no alcance dos ODS através de investimento em negócios que estejam
alinhados aos objetivos.
6.4.1. A CPFL
Signatária do Pacto Global desde 2003 (CPFL, 2012), a empresa deixa claro
em seus materiais institucionais que sabem o papel crucial que o setor energético
desempenhará em relação ao futuro do planeta. Por isso desenvolvem programas de
conservação e conscientização sobre o uso eficiente da energia elétrica, investem em
redes inteligentes, mobilidade urbana elétrica, tecnologias de gestão de cidades, entre
outros (CPFL, 2018).
substituídas. Além dos locais das árvores retiradas, diversos outros pontos das
cidades também recebem o plantio. As espécies possuem porte médio, facilitando os
cuidados e o seu desenvolvimento (CPFL, 2016)
6.4.4. Discussão
Por último, salienta-se que o projeto contribui ainda para a consolidação dos
Planos Diretores Municipais, para a melhoria na acessibilidade e aumento da
segurança para a população das cidades.
6.5.1. A Fibria
6.5.4. Discussão
entanto, a produtora de papel e celulose, alinhada aos ODS, propôs uma solução que
foi vantajosa para ambas as partes.
7. CONCLUSÃO
Os ODS fornecem uma visão compartilhada para o mundo que queremos criar
e apresenta um claro entendimento de que todos os atores devem contribuir, da
maneira que lhes cabe, para que isso se torne uma realidade. Neste contexto,
destaca-se a importância da sua estrutura para o engajamento dos envolvidos,
buscando unir esforços em prol de um objetivo em comum. O 17º objetivo, voltado
para parcerias, é transversal a todos os outros e por isso reforça a mensagem de que
é necessária a união entre todas as partes interessadas para que se chegue a um
resultado satisfatório em todos os temas. Entende-se que a mensagem principal é:
“Estamos todos juntos pelo desenvolvimento sustentável”.
8. REFERÊNCIAS
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