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POLÍTICA DO GRUPO

POLÍTICA AMBIENTAL

Sumário

1. Desafios ambientais que o Grupo enfrenta ............................................. 5


• Mudança climática ..................................................................................................... 5
• Respeito à natureza: preservação de recursos e da biodiversidade ..................... 5

2. Ambição, compromissos e objetivos ...................................................... 6


• Ambição ...................................................................................................................... 6
• Nossos compromissos e objetivos ambientais ....................................................... 6

3. Meios implementados pelo Grupo para atender a esses desafios ........ 6

4. Escopo e governança da responsabilidade ambiental ........................... 6


• Escopo de aplicação .................................................................................................. 6
• Governança descentralizada ..................................................................................... 7

Apêndice 1: Política climática ......................................................................... 8


• Mudança climática ..................................................................................................... 8
• Nossa abordagem à redução de emissões .............................................................. 9
• Nossas metas e ações para redução de Emissões de GEE ................................... 9
• Avaliação dos riscos da mudança climática e desenvolvimento de um plano de
adaptação ....................................................................................................................... 10
• Governança rigorosa e um processo de investimento alinhado ......................... 10
• Elevada transparência ............................................................................................. 11

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POLÍTICA DO GRUPO

Apêndice 2: Política de biodiversidade ........................................................ 12


• Contexto: a biodiversidade no centro dos desafios da empresa ........................ 12
• Objetivos e compromissos: .................................................................................... 13

Apêndice 3: Política hídrica........................................................................... 14


• Da gestão hídrica ao impacto positivo: .................................................................. 14
• Objetivos e compromissos: .................................................................................... 14

Apêndice 4: Política Florestal ....................................................................... 16


• Contexto:................................................................................................................... 16
• Floresta – definição (FAO, Organização para Alimentação e Agricultura das
Nações Unidas): ............................................................................................................. 16
• Florestas e desenvolvimento de projetos: ............................................................. 16
• Florestas e biomassa lenhosa no Grupo: .............................................................. 17
• Objetivos e compromissos: .................................................................................... 17

Apêndice 5: Política de economia circular ................................................... 19


• Contexto: gestão virtuosa dos recursos planetários ............................................ 19
• A economia circular no contexto interno do Grupo: ............................................ 19
Objetivos e compromissos ........................................................................................... 20

Anexo A: Compromissos e objetivos ambientais ........................................ 21

Anexo B: Meios empregados ........................................................................ 22

Anexo C: Papéis do Departamento de RSC na implementação da política


ambiental ........................................................................................................ 25

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POLÍTICA DO GRUPO

Introdução

O propósito do Grupo, que está consubstanciado em seus estatutos, coloca o meio ambiente no centro de suas
preocupações, à luz de dois componentes: a transição para uma economia neutra em carbono e o impacto
positivo sobre o planeta. Assim, a ENGIE concebe, em longo prazo e de maneira integral, um desempenho que
concilie critérios financeiros, econômicos e de RSC (Responsabilidade Social Corporativa).
Por isso, o Grupo define uma política ambiental que é parte de um arcabouço mais genérico de sua política de
responsabilidade social corporativa. Esta política se desenvolve alinhada com as demais políticas do Grupo
com as quais interage: saúde e segurança, recursos humanos, ética, riscos, compras, segurança industrial etc.
todas essas políticas permitem que o Grupo assegure a implantação operacional de sua razão de ser, sua
ambição e sua estratégia.
O meio ambiente é uma questão central para a ENGIE e um ativo essencial para a criação de valor com suas
partes interessadas. Sua preservação, no mínimo, por meio da conformidade com a sequência
"Evitar/Reduzir/Compensar", também conhecida como ERC, e sempre que possível, seu aprimoramento por
meio do conceito de "Saldo Positivo", possibilitam manter a disponibilidade e a riqueza dos recursos naturais
que o Grupo usa em suas atividades e que disponibiliza para seus clientes. O Grupo também está atento às
interações entre as diversas questões ambientais e, por isso, favorece uma abordagem integrada de maneira
a:
• Identificar as melhores soluções, como soluções baseadas na natureza para a questão climática.
• Evitar efeitos colaterais, por exemplo, por meio do uso de análises de ciclo de vida para fins de avaliação
ambiental.
O Grupo adere aos principais princípios internacionais de preservação do meio ambiente e demonstra seu apoio
ao Pacto Global da ONU, aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, aos Princípios Orientadores
da OCDE e ao Acordo de Paris.
Além de atender aos crescentes requisitos regulatórios nessa área, o Grupo procura atingir um desempenho
ambiental que o deixe entre as empresas mais virtuosas do setor. Para tanto, estabeleceu para si metas
ambiciosas para 2030 e incentiva atitudes proativas para:

• Reduzir os impactos negativos de suas atividades sobre o meio ambiente por meio da aplicação
sistemática da sequência Evitar-Reduzir-Compensar, respeitando ao máximo as duas primeiras etapas
e, sempre que possível, amparando seus impactos positivos;
• Explorar oportunidades relacionadas à preservação ambiental em suas ofertas de serviços e em seus
relacionamentos com partes interessadas, fazendo disso um fator para o crescimento.
Quando é necessário que o Grupo defina padrões internos, procura manter os mais elevados níveis possíveis
de exigência compatíveis com suas obrigações de desempenho econômico e com as expectativas de suas
partes interessadas. Tais padrões são, assim, mais ambiciosos do que as regras locais. A responsabilidade
ambiental da ENGIE se expressa, também, por meio de uma abordagem de melhoria contínua baseada em:

• Compartilhamento de boas práticas em todas as questões ambientais;


• Contribuição para o aprimoramento do desempenho ambiental de sua esfera de influência e, em especial,
de seus clientes, fornecedores e subcontratados;
• Comunicação regular de seu desempenho ambiental, com preocupação constante com a transparência;
• Consulta às partes interessadas para construir seus requisitos de desempenho e sua ambição tendo em
vista a co-construção sempre que possível;
• Uma abordagem holística que combine todas as questões ambientais para evitar efeitos colaterais. Para
tanto, o Grupo frequentemente emprega ferramentas como Avaliação do Ciclo de Vida (“Life Cycle
Assessment” – LCA).

Esta política ambiental é complementada por políticas sobre o Clima (mitigação e adaptação), Biodiversidade,
Água, Florestas e Economia Circular que detalham os compromissos assumidos e objetivos estabelecidos
nessas áreas específicas. Essas políticas temáticas encontram-se anexadas à presente política.

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POLÍTICA DO GRUPO

1. Desafios ambientais que o Grupo enfrenta


Para a ENGIE, atender a desafios ambientais é um elemento essencial da viabilidade de seu modelo de negócio
no longo prazo, dado que prosperidade econômica e desempenho ambiental são inseparáveis.

O pensamento da ENGIE nessa área é orientado pelos princípios centrais apresentados no capítulo 2 e abrange
em seu escopo a esfera de influência do Grupo em toda sua cadeia de valor, assim como as principais partes
interessadas. Para cada questão, esta reflexão se estrutura com base nos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável da ONU e nos princípios orientadores do Pacto Global e da OCDE. No tocante ao Clima, o Grupo
faz referência ao Acordo de Paris e ao trabalho do IPCC; quanto à biodiversidade, se fia nos relatórios IPBES
e no trabalho do futuro acordo pós-2020 da Convenção para a Diversidade Biológica (CBD).

• Mudança climática
O combate à mudança climática é reconhecido por nossas sociedades como um dos maiores desafios deste
século. O Grupo está ativamente envolvido no combate à mudança climática e apoia o Acordo de Paris.
Estabeleceu metas ambiciosas para a redução de suas emissões, no curto prazo (2030) e no longo prazo
(2045), em relação a emissões diretas e indiretas. No começo de 2020, o Grupo obteve certificação SBT,
convalidando a conformidade de seu desenvolvimento projetado até 2030 com uma trajetória compatível com
o Acordo de Paris. Desde então, a ENGIE se comprometeu com uma trajetória “significativamente inferior a
2ºC” até 2030 e com o Carbono Net Zero para todas as suas emissões diretas e indiretas (escopos 1, 2 e 3)
até 2045. Para o Grupo, isso também significa apoiar seus clientes e fornecedores na redução das próprias
emissões por meio da oferta de soluções adequadas. A redução de Emissões de GEE é também uma
oportunidade para o Grupo conquistar novos mercados e valorizar algumas das suas ações e investimentos
alinhados com a redução das emissões..
Por outro lado, eventos climáticos extremos tendem a aumentar, enquanto mudanças mais graduais alteram o
ambiente em que operam os agentes econômicos. O Grupo está se mobilizando para adaptar-se às mudanças
climáticas, reforçando a resiliência de suas infraestruturas e seus serviços e mobilizando sua capacidade
inovadora. (Ver seção 1 – Política climática)

• Respeito à natureza: preservação de recursos e da biodiversidade


Preservação de recursos
A superexploração de recursos naturais é um perigo real para a humanidade. Atualmente, nossas retiradas
excedem em muito a capacidade da Terra de regenerar seus recursos e degradar resíduos gerados. Há mais
de 20 anos, o Grupo vem integrando a dimensão ciclo de vida às suas atividades e agora está comprometida
com a inclusão dos conceitos de limites planetários em seu trabalho. A preservação de recursos naturais como
água e as matérias primas necessárias para nossas atividades ou para a produção de nossa energia é, portanto,
prioritária.
Para o Grupo, a necessidade de preservar recursos se reflete em três áreas principais:
- Preservação de recursos hídricos (ver trilha 3 - Política hídrica).
- Preservação de florestas (ver Trilha 5 - Política florestal)
- Economia circular (ver trilha 4 - Política de economia circular)

Além dessas duas áreas principais, o Grupo também integra a preservação de outros recursos como:
o O ar, por meio da minimização de emissões de poluentes atmosféricos e da garantia de que
as melhores técnicas disponíveis sejam empregadas na implantação de novos projetos;
o O solo, pondo em ação os meios necessários para preservar a qualidade do solo e do
subsolo e reabilitando-os em caso de poluição.

Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas


Ciente de sua interdependência com a biodiversidade, ENGIE deseja preservar a biodiversidade e até a
aprimorar, integrando-a à sua estratégia e aos seus projetos. Os compromissos assumidos na Act4nature
International e empresas comprometidas com mecanismos naturais evidenciam esse anseio. O Grupo contribui
para a redução da pressão sobre a biodiversidade por meio do uso da pegada de suas entidades, da redução
– através de sua estratégia – da pressão exercida pela mudança climática e da redução dos impactos ao longo
de toda a cadeia de valor. (Ver seção 2 - Política de biodiversidade)

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POLÍTICA DO GRUPO

Outras questões ambientais de dimensão mais local são integradas pelo Grupo no contexto do arcabouço desta
política, tais como ruído, odores, poluição luminosa e visual. Cada ação e cada projeto leva em conta todas
essas dimensões para evitar, na máxima medida possível, esses impactos.

2. Ambição, compromissos e objetivos


• Ambição
A ambição ambiental do Grupo, que se traduz em um compromisso de Carbono Net Zero e um impacto positivo
sobre o planeta, está plenamente alinhada com sua Razão de Ser, que se encontra integrada aos estatutos da
empresa. A Razão de Ser orienta as ações do Grupo em todos os níveis e, assim, contribui para o
aprimoramento do desempenho ambiental do Grupo.
"a razão de ser da ENGIE é agir para acelerar a transição para uma economia neutra em carbono por
meio de soluções energeticamente eficientes e ambientalmente amigáveis. Essa razão de ser reúne a
empresa, seus colaboradores, clientes e acionistas e concilia o desempenho econômico com um
impacto positivo sobre as pessoas e o planeta. As ações da ENGIE devem ser avaliadas integralmente
e no longo prazo."

• Nossos compromissos e objetivos ambientais


O Grupo está comprometido com o atendimento à legislação e regulamentação ambientais aplicáveis nos
países em que opera e, sempre que possível, com a antecipação em relação à aplicabilidade de novas regras
quando estas forem mais restritivas.
O Grupo também integra princípios internacionais de referência e está comprometido com iniciativas ambientais
internacionais. Esses compromissos são operacionalizados por meio de objetivos quantitativos (ver Anexo A)

3. Meios implementados pelo Grupo para atender a esses


desafios
Para atender a esses desafios ambientais, a ENGIE adota meios baseados nos dois seguintes princípios:

• Uma abordagem "sistêmica" que procura interligar todas as questões ambientais para promover
sinergias sobre o tema e evitar possíveis efeitos-rebote;
• Consulta com suas partes interessadas para desenvolver soluções que melhor integrem as
considerações de cada parte interessada e busquem um impacto positivo. Os princípios aplicáveis estão
disponíveis na política de engajamento com partes interessadas.
Para tanto, o Grupo adota uma abordagem de melhoria contínua ao desempenho ambiental, baseada na
avaliação e mitigação de nosso impacto sobre o meio ambiente, no compromisso de torna-lo positivo e no
monitoramento do nosso impacto ao longo do tempo. Também promove a escuta, a conscientização e a
construção de parcerias sustentáveis com nossas partes interessadas (colaboradores, fornecedores, clientes,
autoridades públicas, ONGs, investidores).
Além desses princípios, os elementos da política ambiental se aplicam aos diversos processos do Grupo para
garantir a mais completa mobilização para sua adoção, desenvolver novas oportunidades de negócio e para
desenvolver o financiamento verde. (ver Apêndice B)

4. Escopo e governança da responsabilidade ambiental

• Escopo de aplicação
Esta política se aplica a todas as Empresas do Grupo, bem como, na medida do possível, aplica-se às
contratadas que ajam em nome da empresa e a joint ventures e associações equivalentes, se geridas pela
empresa.

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POLÍTICA DO GRUPO

• Governança descentralizada
A política ambiental, que está plenamente integrada à governança do Grupo, tem respaldo de todas as suas
entidades operacionais e geográficas. Está ligada a diversas ferramentas de governança, como os termos de
compromisso dos presidentes das GBUs, as Avaliações Trimestrais de Negócio (“Quarterly Business Reviews”
– QBRs), o Plano de CO2 de Médio Prazo (MTP), os orçamentos de carbono, a matriz de RSC nos documentos
de investimentos, os sistemas de incentivos de remuneração dos altos executivos, os comitês diretores
dedicados a determinados objetivos para 2030, o plano de vigilância, o mapeamento de riscos (ERM) e os
controles internos (processo INCOME).
No Grupo, o departamento ambiental se compõe de uma rede de correspondentes ambientais, os
"environmental officers", que proporcionam uma rede que permeia toda a organização do Grupo. Esses
environmental officers são responsáveis por prestar apoio à linha de administração na implantação e no
monitoramento da política ambiental. Cada correspondente é responsável, ainda, por liderar a rede dentro da
própria entidade e pela disseminação de informações e boas práticas. O setor também está presente nas
atividades de P&D do Grupo com uma entidade dedicada: o Environmental and Social Lab.

(ver Anexo C)

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Apêndice 1: Política climática


• Mudança climática
O combate às mudanças climáticas, que resulta do aumento da concentração de gases do efeito estufa (GEE)
na atmosfera, é reconhecido por nossas sociedades como um dos maiores desafios do século. O Acordo de
Paris, firmado na COP21, em 2015, evidencia um crescente ímpeto global que prioriza o desenvolvimento
acelerado de soluções concretas para enfrentar essas ameaças. O Acordo de Paris estabeleceu os princípios
de um novo arcabouço internacional, além de um elevado nível de ambição no curto e no médio prazo:
limitar o aquecimento global a um nível significativamente inferior a 2°C, preferivelmente 1,5°C, se
comparado aos níveis pré-industriais.
O uso de energia é responsável por 60% das emissões globais de GEE. Ao mesmo tempo em que a energia é
uma grande fonte de emissões, é também parte essencial da solução.
Ciente desses desafios, o Grupo está ativamente envolvido no combate às mudanças climáticas e apoia o
Acordo de Paris. A mudança climática está no centro da sua estratégia de transformação: a ENGIE está
comprometida com uma redução significativa de suas emissões, especialmente por meio do
desenvolvimento de atividades que contribuam para a transição energética, consultando e respeitando
os parceiros locais, e através da adoção de medidas de resiliência contra as mudanças climáticas. O
Grupo estabeleceu para si metas ambiciosas de redução de emissões, no médio (2030) e no longo prazo
(2045), em relação a emissões diretas e indiretas. No começo de 2020, a ENGIE obteve certificação SBT,
convalidando a conformidade de seu desenvolvimento projetado para 2030 com uma trajetória compatível com
o Acordo de Paris. Desde então, o Grupo tem se comprometido com uma trajetória “significativamente inferior
a 2°C" até 2030 e com tornar-se Carbono Net Zero para todas as suas emissões diretas e indiretas (escopos
1, 2 e 3) até 2045.

Esse compromisso determinado de redução de nossas emissões até 2030 é um passo em direção à
neutralidade no mais longo prazo: uma neutralidade que buscamos em nossas operações, assim como no
comportamento de colaboradores e em nossa cadeia de valor, e no apoio à descarbonização de nossos
clientes.

A ação contra a mudança climática é parte de nossa resposta política mais ampla aos desafios
ambientais, e interage com nossas ações de proteção à biodiversidade.
Para o Grupo, também se trata de apoiar clientes e fornecedores na redução de suas emissões por meio da
proposta de soluções adequadas. A redução de Emissões de GEE também é uma oportunidade para o Grupo
conquistar novos mercados e valorizar algumas de suas ações e investimentos alinhados com a redução de
emissões.
O Grupo também desenvolveu expertise em compensação, o que lhe permite considerar um processo de
neutralização de emissões residuais que não seria mais capaz de reduzir, assim como oferecer soluções de
compensação aos seus clientes.
Finalmente, a mudança climática é uma questão central para a ENGIE na medida em que as cadeias de
suprimento, infraestruturas e atividades do Grupo serão afetadas pelas consequências das mudanças
climáticas. Impactos climáticos (secas, incêndios, tempestades, chuvas extremas e enchentes etc.) tendem a
aumentar, enquanto mudanças mais graduais (elevação da temperatura, nível do mar, acidificação oceânica
etc.) vêm alterando o ambiente no qual operam os agentes econômicos. O Grupo está se mobilizando para
adaptar-se às mudanças climáticas por meio do reforço da resiliência de suas infraestruturas e da mobilização
de sua capacidade de inovação.
Em suma, a determinação da ENGIE para combater as mudanças climáticas se reflete em seu relacionamento
com suas partes interessadas em todos os níveis, seja ao convencer clientes e fornecedores da necessidade
de descarbonizar e depois ajudando-os propondo soluções adequadas, ou promovendo todas as medidas que
tendam a acelerar a transição energética para uma sociedade neutra em carbono em suas atividades de lobby.

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POLÍTICA DO GRUPO

• Nossa abordagem à redução de emissões

• Monitoramento, antecipação, informação e preparação do Grupo para desdobramentos


regulatórios nacionais e internacionais relativos às mudanças climáticas. Envolvimento e apoio a
negociações internacionais por meio da participação e do apoio voluntário à iniciativas como Caring for
Climate (UNGC) ou a Task Force on Climate Related Financial Disclosures (TCFD)
• Estabelecimento de um preço interno de carbono: desde 2015, implantamos um preço interno de
carbono, o que facilitou o desinvestimento ematividades ligadas ao carvão. Apoio à iniciativas de
desenvolvimento de preços de carbono (Carbon Pricing Leadership Coalition, WEF Climate Leaders,
reforço do ETS em prol de melhor sinalização de preço, Comissão Quinet da França, etc.).
• Desenvolvimento e disseminação de uma linguagem comum sobre o tema
• Participação na dinâmica de compromissos por meio de instituições/associações.
• Desenvolvimento de energias renováveis, promoção das tecnologias mais eficientes (eficiência
energética, caldeiras de condensação, bombas de calor etc.).
• Apoio a projetos de P&D e inovação no Grupo
• Definição de metas e propostas de planos de ação para uma trajetória de descarbonização
alinhada com o Acordo de Paris
• Reforço da transparência de relatórios sobre a evolução das emissões de GEE do Grupo
• Preparação/compartilhamento de posicionamentos do Grupo
• Desenvolvimento de um diálogo sistemático com nossas partes interessadas para compartilhar
nossas abordagens, análises e posicionamentos: por exemplo, com investidores e em especial com a
coalizão Climate Action 100+, e com parceiros locais para assegurar uma transição justa, com a Ademe
sobre uma metodologia para o greening do gás...
• Desenvolvimento de parcerias e colaboração com numerosas associações: CPLC (Carbon Pricing
Leadership Coalition); We Mean Business, B Team, WEF, WBCSD, IETA, ICC, CEPS, AFEP, MEDEF,
EPE.
• Definição de uma estratégia e um esquema de compensação, incluindo critérios qualitativos e
quantitativos de uso de compensação para as necessidades da empresa e de seus clientes.

• Nossas metas e ações para redução de Emissões de GEE


O Grupo está comprometido em se tornar Carbono Net Zero em todas as suas emissões diretas e indiretas
(escopos 1, 2 e 3) até 2045. O Grupo também tem certificação SBT 2°C em relação às suas metas de redução
de emissões, abrangendo 96% de nossas emissões escopo 1 e 83% de nossas emissões escopo 3.

Desde então, o Grupo estabelece novas metas de descarbonização como parte de seu compromisso com uma
trajetória “significativamente inferior a 2°C", em relação a qual está em processo de certificação:

• Reduzir em 55%, de 2017 a 2030, nossa intensidade de carbono dos escopos 1 e 2 na produção de
energia (taxa de emissão por kWh);
• Reduzir em 56%, de 2017 a 2030, a intensidade de carbono de todas as nossas vendas de energia
(taxa de emissão por kWh);
• Reduzir em 34% as emissões decorrentes dos produtos que vendemos.
Esses objetivos estão acompanhados de um plano de aceleração do desenvolvimento de renováveis para
que atinjam 58% da capacidade instalada do Grupo em 2030.

Além de seu compromisso SBT, o Grupo está comprometido com:


• Apoiar os clientes em sua descarbonização, com meta de 45 Mt CO2 eq. de emissões evitadas por
meio do uso de produtos e serviços da ENGIE;
• Incentivar todos os colaboradores do Grupo a serem partes ativas na redução e compensação de suas
pegadas de carbono (Ways of working) com meta de neutralidade em carbono quanto a Emissões de
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POLÍTICA DO GRUPO
GEE relativas as práticas de trabalho (após compensação);
• Engajar os fornecedores com meta de 100% de fornecedores preferenciais (exceto de energia)
certificados ou alinhados com o SBT.

• Avaliação dos riscos da mudança climática e desenvolvimento de um plano de


adaptação
• Seguir e implantar as recomendações do TCFD. Trabalhar com especialistas internos e com o Instituto
Pierre Simon Laplace em índices meteorológicos de sensibilidade a impactos climáticos sobre nossos
ativos e atividades, além de estudo de cenários de impacto climático a +2°C e +4°C,
• Aumentar o conhecimento e a expertise interna por meio de uma metodologia de classificação e
priorização de riscos e grupos de trabalho entre áreas (clima, adaptação, água);
• Reforçar a resiliência de nossa infraestrutura e de nossas atividades (Identificação de locais
prioritários, identificação de opções locais de adaptação);
▪ Antecipar os impactos das mudanças climáticas: Integrar a análise de riscos (critérios extra
financeiros) para novos projetos, isolar e integrar elementos de mudança climática nos cenários do
Grupo;
▪ Avaliar os impactos financeiros da mudança climática sobre nossas ferramentas industriais e nosso
plano de negócio, colaborar em grupos de trabalho externos nacionais e internacionais de emissores e
investidores;
▪ Avaliar riscos de transição do Grupo;
• Desenvolver parcerias externas: O Grupo é parceiro do IPSL (Instituto Simon Laplace), para trabalhos
ligados a projeções de índices climáticos significativos para os impactos sobre as atividades do Grupo;
▪ Comunicar ações (respeitando e antecipando solicitações regulatórias de publicação de riscos,
posicionando o Grupo como agente comprometido: CDP, RobecoSAM, etc.).

• Governança rigorosa e um processo de investimento alinhado

Embora os quatro comitês do Conselho de Administração devam permanecer vigilantes quanto a questões
climáticas nas respectivas áreas de competência, o Comitê de Ética, Meio ambiente e Desenvolvimento
Sustentável ("CEEDD") tem responsabilidade especial pela avaliação de riscos e oportunidades relacionados
à mudança climática e por fazer recomendações ao Conselho de Administração. Presidido por um conselheiro
independente, assegura que o Grupo esteja comprometido com a responsabilidade ambiental e que leve em
conta questões não financeiras e perspectiva de longo prazo, em especial por meio do estabelecimento de
objetivos não financeiros. Essas missões levam o CEEDD a avaliar regularmente os objetivos climáticos do
Grupo, tanto em termos de parâmetros (ambição, definição, escopo, prazos e nível de certificação) quanto do
monitoramento de sua implantação. Mais genericamente, todas as divulgações relativas ao clima são
examinadas pelo CEEDD.

O Conselho de Administração, baseado no trabalho do Comitê de Nomeação, Remuneração e Governança


(NRCG), assegura o alinhamento dos executivos com os objetivos climáticos estabelecidos nos termos de seu
propósito estatutário, integrando-os à política de remuneração do presidente e de todos os demais executivos.
Assim, a remuneração variável do presidente é parcialmente condicionada ao objetivo de redução de emissões
de CO2 ligadas à produção de energia. Esse objetivo representa 10% dos critérios extra financeiros da
remuneração variável anual do presidente e 10% dos critérios de sua remuneração por desempenho baseada
em ações, incluindo, também, o objetivo de aumentar a participação dos renováveis no mix de capacidade
elétrica do Grupo, até o limite de 5%.
Os planos de remuneração por desempenho baseados em ações de todos os altos executivos do grupo e, em
termos gerais, de todos os beneficiários de remuneração por desempenho baseada em ações, são
condicionados, na mesma proporção do que ocorre para o presidente, aos dois objetivos climáticos
mencionados acima.

• Medium Term Projections (MTP) CO2

As metas de redução de emissões de CO2 com as quais o Grupo está comprometido são integradas ao processo
de planejamento de médio prazo. A nova organização em Unidades de Negócio Globais (“Global Business
Units”) permite que as metas de emissão de CO2 sejam decompostas por GBU no nível do planejamento de
médio prazo, contribuindo para a apropriação dos desafios globais do Grupo por atividade. O monitoramento
de CO2 é parte integrante do diálogo gerencial, que se expressa por meio do processo de análise de
desempenho baseado em dados financeiros atinentes ao fechamento periódico das contas consolidadas
(atualizações) e das projeções.
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POLÍTICA DO GRUPO

• Processo de investimento
O processo decisório de investimento incorpora o impacto de CO2 dos projetos e suas consequências sobre as
linhas de base das trajetórias.
O procedimento interno aplicável procura favorecer, dentro dos critérios estratégicos, projetos de baixo impacto
de CO2. A análise do impacto de CO2 de cada projeto sobre a trajetória de emissões do Grupo e de quaisquer
emissões evitadas por clientes é sistematicamente analisada antes de se tomar qualquer decisão de
investimento. Informações sobre o impacto de CO2 são obrigatórias assim que qualquer novo projeto seja
considerado, de maneira a medir a sua contribuição, dentro de um limite predeterminado, para a conformidade
com as trajetórias de referência. Além disso, a análise de projetos também leva em conta sua sensibilidade a
cenários de preço de CO2.
• Financiamento

O Grupo é um dos líderes na emissão de green bonds, financiamentos cujos recursos levantados são
diretamente alocados a projetos “verdes”. Além disso, para concretizar seu compromisso de redução de GEEs,
o Grupo incorporou às suas linhas de crédito syndicated mecanismos de ajuste da margem dos credores em
relação à conformidade com indicadores de desempenho anual em CO2.

• Elevada transparência
O progresso em relação às metas de redução de Emissões de GEE a partir da produção de energia e de
aumento da participação de renováveis no mix de capacidade de geração de eletricidade é publicado
semestralmente quando da publicação dos resultados anuais e semestrais do Grupo.
Além disso, a ENGIE publica um relatório climático anual para acompanhar seu relatório integrado. Em 2022,
esse relatório climático foi publicado em conformidade com os requisitos do TCFD.
Finalmente, em 2021, a ENGIE realizou uma revisão de sua participação em associações profissionais e
setoriais e fez uma avaliação detalhada do alinhamento destas com o próprio posicionamento climático e com
os objetivos do Acordo de Paris quanto ao combate às mudanças climáticas. Essa avaliação encontra-se
publicada como brochura no site do Grupo e é atualizada anualmente.

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POLÍTICA DO GRUPO

Apêndice 2: Política de biodiversidade


• Contexto: a biodiversidade no centro dos desafios da empresa

O planeta enfrenta uma perda de biodiversidade sem precedentes desde o início da humanidade. As atividades
humanas estão na raiz da sexta extinção em massa. De fato, toda a atividade humana depende da natureza,
que contribui direta e indiretamente para uma boa qualidade de vida, proporcionando bens materiais e imateriais
e regulando as condições ambientais.. Para enfrentar esse desafio global, cada agente, seja público ou privado,
pode agir no âmbito dos impactos causados por suas atividades.

As atividades do Grupo estão em constante interação com a biodiversidade: por um lado, algumas delas se
beneficiam dos serviços prestados pela natureza (biomassa, cursos d’água, regulação climática) e, por outro,
a pegada das suas instalações industriais têm impacto sobre os ecossistemas.

Seja na cidade ou nos campos, as instalações da ENGIE podem contribuir para a restauração da continuidade
ecológica e a preservação da biodiversidade comum. Da mesma forma, como os impactos se disseminam pela
cadeia de valor, o Grupo também trabalha para identificar questões e reduzir riscos na cadeia de suprimentos.

De acordo com a política ambiental, o Grupo procura evitar causar impactos diretos ou indiretos sobre a
biodiversidade, ou reduzi-los, ou até mesmo compensá-los como último recurso.
A ENGIE está comprometida com a preservação da biodiversidade desde 2011, primeiro por meio de
compromissos no contexto da Estratégia Nacional de Biodiversidade, depois com a assinatura do compromisso
de Cancun em 2016 e, finalmente, dos compromissos com Act4nature International e Entreprises Engagées
pour la Nature em 2021.

A ENGIE se beneficia há mais de 10 anos da expertise de dois parceiros: o Comitê Francês do IUCN e o France
Nature Environnement. Algumas subsidiárias do Grupo também mantêm parcerias com o Museu de História
Natural e com a Liga de Proteção das Aves.

• Da gestão da pegada de biodiversidade ao impacto positivo:


O Grupo analisa seus impactos e dependências com relação à biodiversidade, segundo as cinco principais
pressões sobre a biodiversidade (alteração do uso do solo, exaustão de recursos, clima, poluição e espécies
exóticas invasivas) para identificar ações que ajudem a reduzir esses impactos e controlar as
dependências, respeitando os 10 compromissos comuns dos mecanismos Act4nature.

Para reduzir a pegada, contribuir para a restauração de corredores ecológicos e reduzir a presença de espécies
exóticas invasivas, o Grupo:
• Implanta gestão ecológica de instalações, sempre que possível, pelo menos sem uso de produtos
fitossanitários para controle de espécies invasoras e gestão diferenciada de áreas verdes
• Identifica áreas de proteção nas imediações das instalações e define ações em consulta com as
partes interessadas para minimizar impactos ou convertê-los em impactos positivos. As áreas de
proteção consideradas são as áreas Natura 2000, Ramsar, sítios UNESCO (naturais e mistos),
categorias I a VI da IUCN, Áreas Relevantes para a avifauna, Áreas Essenciais de Biodiversidade e
Reservas da Biosfera (MAB)
• Se compromete com a aplicação da sequência "Evitar/Reduzir/Compensar" em todo o mundo.
Para contribuir com a redução da pressão climática, o Grupo implantou uma política climática voltada para
reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa das próprias atividades, mas também de
clientes e fornecedores. Como parte da adaptação às mudanças climáticas, a ENGIE está comprometida com
a implantação, sempre que possível, de soluções baseadas na natureza de maneira alinhada com o padrão
definido pela IUCN, permitindo tanto a restauração da biodiversidade quanto a adaptação aos impactos da
mudança climática ou de desastres naturais.

O Grupo inclui a biodiversidade em suas interações com partes interessadas:


• Estudo aprofundado de impactos e dependências na cadeia de valor e interação com os principais
fornecedores e subcontratados
• Mantém e desenvolve parcerias com partes interessadas ligadas à biodiversidade.

12
POLÍTICA DO GRUPO

Comprometido com a luta contra a perda global de biodiversidade, o Grupo também se compromete a:

• Contribuir para o desenvolvimento do conhecimento sobre biodiversidade em nível territorial


• Continuar a conscientizar e treinar colaboradores.

• Objetivos e compromissos:
Segundo as diretrizes e os compromissos acima, diversos objetivos já foram atingidos, como:

• Fornecimento de uma ferramenta de identificação de áreas de proteção nas imediações das instalações
e dos projetos;
• Identificação de locais prioritários na Europa e depois no mundo e implantação de planos de ação
traçados em consulta com as partes interessadas;
• Criação e gestão de uma rede interna de especialistas em biodiversidade;
• Publicação de uma brochura para conscientização dos colaboradores
Os novos objetivos e compromissos estão definidos para o período 2020-2030. Estão incluídos nos
compromissos do Grupo nos sistemas Act4nature.

Objetivo

50% dos sites até 2025


Implantação de gestão ecológica de instalações industriais 100% dos sites até 2030
50% dos sites até 2025
Maior desenvolvimento de planos de ação para empreendimentos localizados 100% dos sites até 2030
em pontos cruciais de biodiversidade ou próximo a eles, por meio da aplicação
da nova definição de locais prioritários, que agora inclui todos os locais
próximos de áreas de proteção, sem possibilidade de rebaixamento

Objetivo
2022: 100% de casos ⩾
Aplicação da sequência 'Evitar/Reduzir/Compensar’ para projetos em todo o 30 M€ submetidos ao
mundo, em consulta com as partes interessadas Comitê de Compromissos
do Grupo ou de GBUs
2025: extensão a casos
que não passam pelo
CDE do Grupo ou de
GBUs
2022: 10 projetos
Contribuição para a implantação de soluções baseadas na natureza (NbS) nos identificados que
territórios atendem ao padrão IUCN
NbS
2025: implantação
desses projetos
Pelo menos 2 atividades
Realização de uma análise aprofundada dos impactos e das dependências por ano até 2025
das principais atividades do Grupo ao longo da cadeia de valor
Mínimo de 2 módulos por
Oferecimento de módulos de conscientização de biodiversidade para ano até 2025, disponíveis
colaboradores em 3 línguas
2022-2023: 3.000
colaboradores/ano
2024-2025: 5.000
colaboradores/ano
Operacional antes do fim
Criação de uma plataforma de compartilhamento de boas práticas de 2022

13
POLÍTICA DO GRUPO

Apêndice 3: Política hídrica


• Contexto: uma questão local

A água é essencial para a vida. Mas também é um recurso muito importante para atividades industriais, inclusive
para a produção de energia. Frente ao risco de escassez de água em diversos países, bem como aos riscos
de conflitos quanto aos seus usos, em termos de quantidade e qualidade, a ENGIE procura aprimorar
continuamente seu compromisso com a gestão hídrica em todo o mundo.

Há mais de dez anos a ENGIE assumiu um compromisso relevante para uma melhor gestão hídrica. Esse
processo se baseia na participação da ENGIE no CEO Water Mandate (uma iniciativa das Nações Unidas),
desde sua fundação, em 2007, e em sua contribuição para o questionário de segurança hídrica do CDP desde
seu lançamento, em 2011. O Grupo também está envolvido na iniciativa BAFWAC (Business Alliance for Water
and Climate) e apoia o trabalho da OCDE sobre governança hídrica. Contribuir para a preservação dos oceanos
também é uma questão a que o Grupo se dedica, especialmente no que se refere a impactos indiretos em
potencial.

A cada ano, o Grupo publica um relatório de progresso como parte de sua participação no CEO Water Mandate
e responde ao questionário de segurança hídrica do CDP.

• Da gestão hídrica ao impacto positivo:


Muito já se realizou na área de gestão hídrica: mensuração da pegada hídrica das principais atividades do
Grupo, revisão de indicadores, avaliação de risco hídrico e implantação de planos de ação, contribuindo para
trabalhos internacionais como a WULCA, a ferramenta Water for Energy, ou a iniciativa de governança hídrica
da OCDE.

À medida que a carteira de ativos do Grupo se altera e as expectativas de partes interessadas aumentam, as
questões de gestão hídrica evoluem: embora o uso de água em usinas hidrelétricas permaneça o mesmo,
novas áreas de engajamento precisam ser consideradas, inclusive no que tange à água usada em sistemas de
aquecimento e arrefecimento distrital, produção de hidrogênio, questões relativas ao uso da água na cadeia de
suprimentos (ex.: produção de recursos de biomassa), ou acesso de colaboradores da ENGIE à água (WASH:
Water, Sanitation and Hygiene).

Com base nesses desdobramentos e alinhado com o CEO Water Mandate (Pacto Global), o Grupo se
compromete com:
• Identificação de instalações industriais sob estresse hídrico e com o desenvolvimento de planos de ação
para todos os sites classificados como de elevado estresse hídrico e muito elevado estresse hídrico;
• Análise de riscos e oportunidades relativos à água em projetos e implantação de ações adequadas;
• Contribuição para a melhoria da gestão e governança hídricas nos territórios e para o trabalho na
implantação de ações, em consulta com as partes interessadas, na escala das áreas de influência
• Implantação de todas as tecnologias disponíveis para reduzir seu impacto sobre o lançamento de
efluentes (alterações físico-químicas, perturbação de ecossistemas)
• Identificação de fornecedores com problemas hídricos, com base no trabalho realizado em relação à
pegada hídrica em anos anteriores, e incentivo para que desenvolvam planos de ação
• Integração da gestão hídrica sustentável em serviços a clientes
• Iniciativa de processo para acesso a água, saneamento e higiene no ambiente de trabalho

• Objetivos e compromissos:
Ao longo dos últimos dez anos, diversas ações e objetivos foram implantados no Grupo:

• Mensuração da pegada hídrica das atividades


• Consecução da meta de redução da retirada de água para produção de energia
• Estabelecimento de planos de ação para instalações localizadas em áreas de estresse hídrico extremo
e elevado, em consulta com as partes interessadas
• Criação e engajamento de uma rede interna sobre a água
• Contribuição para trabalhos do CEO Water Mandate, da OCDE e do CDP

14
POLÍTICA DO GRUPO

Os novos objetivos e compromissos estão estabelecidos para o período 2020-2030.

Objetivo
Em breve
Taxa de redução de consumo de água doce em relação à energia produzida
(m3/kWh)
80% dos sites até 2025
Estabelecimento de planos ambientais para todas as atividades industriais 100% dos sites até 2030
(inclusive ações para instalações em locais sob estresse hídrico extremo ou
elevado)

15
POLÍTICA DO GRUPO

Apêndice 4: Política Florestal


• Contexto:
Por séculos a madeira das florestas e os resíduos de operações florestais vêm sendo usados como fonte de
energia. Mas há algumas décadas, devido a superexploração de produtos florestais e às necessidades da
agricultura, a cobertura florestal do planeta vem diminuindo constantemente.
Essenciais para a estabilização do clima por meio da absorção natural do dióxido de carbono (cerca de um
terço do CO2 emitido pela queima de combustíveis fósseis é absorvido pelas florestas a cada ano), também
prestam diversos serviços ecossistêmicos (alimento, água, combustível, medicamentos, colheitas tradicionais,
modos de vida, etc.), regulando os ecossistemas e protegendo a biodiversidade.
É essencial, portanto, apoiar um desenvolvimento equilibrado das múltiplas funções das florestas e o uso
eficiente de recursos, inclusive biomassa lenhosa para geração de energia, que pode vir não só de florestas
(principalmente sob a forma de resíduos florestais), mas também de outras terras arborizadas e de árvores fora
da floresta, coprodutos do processamento da madeira, madeira pós-consumo e combustíveis processados
baseados em madeira.
No que se refere à biomassa, esta política foca apenas na biomassa lenhosa usada para produção de energia.

• Floresta – definição (FAO, Organização para Alimentação e Agricultura das Nações


Unidas):
Floresta: extensão de terra maior do que 0,5 hectare com árvores de altura superior a 5 metros e coberta por
árvores em nível superior a 10%, ou com árvores no local capazes de atingir esses limites. Diferentes categorias
de “floresta” podem ser definidas com maior precisão:
- Plantação1: estabelecidas e manejadas (intensivamente) para produção comercial de madeira e
produtos florestais não-lenhosos, ou para prestação de um serviço ambiental específico (ex.: controle
de erosão, estabilização de deslizamentos de terra, quebra-ventos etc.)
- Florestas naturais: "Florestas" naturalmente regeneradas sem intervenção humana.
- Florestas seminaturais: não são nem estritamente naturais sob manejo mínimo, nem são florestas
plantadas sob manejo intensivo, mas proporcionam suprimentos essenciais de madeira e produtos
florestais não-lenhosos e valores sociais, culturais, ambientais e econômicos relevantes.
O termo “floresta” exclui árvores plantadas ou semeadas com intervenção humana quando o principal uso do
solo for para parques, jardins e produção agrícola, como frutas, legumes, ou outros usos não florestais do solo 2
. Essas árvores são chamadas de “árvores fora da floresta”.

• Florestas e desenvolvimento de projetos:


A ENGIE desenvolve em todo o mundo projetos como energias renováveis ou infraestruturas lineares. Em
qualquer projeto, a prioridade é evitar qualquer impacto negativo sobre a biodiversidade, ou seja, sobre espécies
e habitats.

A aplicação da hierarquia de mitigação e a conformidade com ela são parte de nosso roteiro de CSR e constam
como objetivo dos compromissos Act4nature da ENGIE.

Em 2019, a ENGIE se comprometeu em evitar o desenvolvimento de novos projetos com impactos negativos
sobre patrimônios da UNESCO (naturais ou mistos). Se, não obstante, por motivos técnicos, econômicos ou
políticos, um projeto estiver localizado perto de um sítio da UNESCO (natural ou misto), o Grupo se
compromete3 com avaliação do impacto em potencial sobre o valor universal do sítio e com a implantação de
medidas específicas para sua preservação.

Onde permaneçam questões ligadas a espécies ou habitats, as compensações de biodiversidade serão

1 Uma plantação é uma floresta que consiste em árvores de idade semelhante de uma ou poucas espécies, geralmente exóticas, estabelecidas em padrão regular por
meio de plantio ou semeadura, para o fim de produção de madeira.
2 Como talhadias de rotação breve: árvores de plantações em terra agrícola com rotações breves inferiores a 8 anos, inclusive agroflorestamentos (onde árvore são
cultivadas em rotação breve em torno de ou entre culturas ou pastos para otimizar o uso do solo).
3 Inclusive consulta com órgãos ambientais nacionais ou internacionais, como o Patrimônio Mundial da UNESCO e a IUCN

16
POLÍTICA DO GRUPO
gerenciadas de acordo com a política da IUCN4 desenvolvida em 2016 e com a participação das partes
interessadas relevantes. A maneira como se dão as compensações por árvores derrubadas será definida
juntamente com as partes interessadas em questão da melhor maneira para preservar o ecossistema, os
habitats e as espécies.

• Florestas e biomassa lenhosa no Grupo:


A ENGIE é um dos agentes na cadeia de valor da madeira e, como tal, pode exercer impacto indireto sobre as
florestas, principalmente por meio de atividades como queima e negociação de biomassa lenhosa e, em alguns
casos, impacto direto durante obras de construção. Comprometida com objetivos climáticos e anti-
desmatamento, a ENGIE obtém sua biomassa lenhosa exclusivamente de resíduos de serraria e subprodutos
e resíduos florestais, ou de materiais residuais.

O Grupo usa biomassa lenhosa, por um lado, para produzir eletricidade e calor (usinas termelétricas e caldeiras
para clientes industriais ou redes de aquecimento distrital) e, por outro, compra e negocia biomassa para
consumo próprio e de terceiros. Os dois tipos de biomassa negociados ou usados pelo grupo são: cavacos de
madeira e madeira em pellets.

Na qualidade de cofundadora do Sustainable Biomass Programme (SBP), a ENGIE adere aos princípios da
legalidade e sustentabilidade das fontes de biomassa. Uma parcela crescente da biomassa comercializada ou
negociada pela ENGIE tem certificação SBP, FSC ou PEFC, ao mesmo tempo em que respeita plenamente as
comunidades locais e seus modos de vida.
Além disso, a ENGIE atende aos arcabouços regulatórios aplicáveis no que se refere a emissões de gases do
efeito estufa ao longo de cada cadeia de suprimentos e limita outros impactos ambientais, inclusive sobre o ar,
a água e a biodiversidade.

• Objetivos e compromissos:
Ao contribuir para a consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (como SDG13 e SDG15) e
participar da preservação da biodiversidade por meio dos compromissos Act4nature, a ENGIE participa da luta
contra o desmatamento e está comprometida com evitar e minimizar o impacto das atividades do Grupo sobre
as florestas. E quando isso é impossível por motivos socioeconômicos ou políticos, com a compensação de seu
impacto. De acordo com os padrões SBP, a ENGIE procura usar biomassa lenhosa de florestas de manejo
sustentável.
A ENGIE também aplica critérios de sustentabilidade aos seus projetos de compensação de carbono.
Além disso, todos os projetos de biomassa desenvolvidos pela ENGIE se dão mediante consulta próxima e
diálogo com as partes interessadas locais. Com efeito, a ENGIE considera importante respeitar os direitos dos
povos tradicionais, povos indígenas e comunidades locais.
Para contribuir com a luta contra o desmatamento, a ENGIE procura, assim:

• Evitar e reduzir seu impacto sobre as florestas nas próprias operações e na sua cadeia de
valor, de maneira prioritária, usando a compensação como último recurso;
• Prevenir contra qualquer impacto negativo sobre espécies ou habitats
• Usar e comercializar biomassa sustentável em conformidade com padrões internacionalmente
reconhecidos de biomassa, regulamentos ou mecanismos voluntários, no mínimo compatíveis com as
exigências da Diretriz EU RED II
• Favorecer canais locais de fornecimento de biomassa, facilitando a integração de pequenos
proprietários florestais à cadeia de suprimentos de modo a limitar o impacto sobre as emissões de
gases de efeito estufa. A economia anual de GEE deve ser superior a 70% em comparação com a linha
de base de combustível fóssil relevante até 2025 e 80% após 2025
• Não obter biomassa de áreas sensíveis como terras úmidas e turfas, com valor de biodiversidade ou
áreas de proteção, ou com elevado estoque de carbono, e não usar madeira de alta qualidade, como
madeira de serraria
• Respeitar os direitos das comunidades locais, de acordo com Declarações da ONU
• Conscientizar as partes interessadas, inclusive subcontratados e fornecedores
• Contribuir diretamente ou por meio de nossos fornecedores para iniciativas ambientais ou de
reflorestamento

4 Compensações da Política de Biodiversidade da IUCN 2016 RES 059

17
POLÍTICA DO GRUPO

• Comprometer-se com a garantia de que suas atividades e propriedades não iniciem ou prolonguem
incêndios florestais
• Divulgar publicamente suas ações e trabalhos em relação a florestas

Padrões operacionais da ENGIE para biomassa lenhosa de origem florestal:

A ENGIE utiliza e negocia biomassa que deve atender a todos os requisitos abaixo.

Por princípio, e de acordo com os objetivos e compromissos da ENGIE (§8.5), devem ser privilegiados canais
locais de suprimento de biomassa. Deve ser comprovada emissão evitada mínima de GEE em relação à uma
referência fóssil (70% até 2025, 80% após 2025).

1. Rastreabilidade e conformidade Objetivos


A biomassa é rastreável e está em conformidade com as regras do Regulamento 100% em 2023
Europeu para Madeira (ou equivalente) em todos os casos, de modo a atender à
taxonomia europeia.
2. Sustentabilidade
Opção a. 100% em 2024
A biomassa é certificada quanto a fontes não controversas PEFC, madeira
controlada FSC, SBP, ou mecanismo voluntário equivalente reconhecido pela
Comissão Europeia nos termos da Diretriz EU RED II.

Opção b.
Nos casos em que não esteja disponível tal certificação, uma política de
suprimentos (indicando gestão florestal sustentável no que se refere a
ecossistemas) será definida e comunicada aos fornecedores de matérias primas
e sua aplicação será verificada recorrentemente (pelo menos a cada 5 anos)
mediante due diligence. A política de suprimentos especificará que a biomassa
não deve ser obtida de toras ou madeira de tronco.

No caso específico de floretas plantadas, a biomassa somente pode ser derivada


dos produtos de tal plantação se ela for certificada como indica a opção a. Do
contrário, a biomassa poderá ser derivada dos resíduos de uma plantação,
conforme a opção b.

18
POLÍTICA DO GRUPO

Apêndice 5: Política de economia circular

• Contexto: gestão virtuosa dos recursos planetários

A superexploração dos recursos naturais representa um perigo real para a humanidade. Atualmente, nossos
usos e consumo de matéria prima superam em muito a capacidade da Terra de regenerar ou prover seus
recursos. O dia do ano em que nosso consumo de recursos naturais excede aquilo que a Terra é capaz de
renovar no mesmo ano chega cada vez mais cedo (29 de julho em 2019, 2 meses mais cedo do que em 1999,
Fonte: WWF).

A economia circular, um modelo econômico cujo objetivo é produzir bens e serviços de maneira sustentável ao
limitar o consumo, o desperdício de recursos e a produção de resíduos, é uma resposta a esse desafio. No
setor energético, a economia circular pode ser desenvolvida em torno de três temas principais: exploração dos
recursos naturais para produção de energia, consumo de energia por usuários finais, e recuperação de calor .

• A economia circular no contexto interno do Grupo:

O Grupo considera a integração de suas atividades em uma economia mais circular como um fator essencial
de seu desempenho econômico e ambiental. As ações se dão em diferentes níveis: reuso de resíduos orgânicos
(produção de biometano), gestão de materiais ao fim de sua vida útil (aerogeradores, painéis solares etc.), e
uso sustentável de recursos. A economia circular frequentemente leva a redução de custos de produção,
aumento do valor agregado e maior lealdade do consumidor.
Por exemplo, ao combinar seus fluxos de materiais, resíduos e energia com os de seus parceiros contíguos, o
Grupo pode contribuir para a implantação de uma “ecologia industrial” eficiente em recursos e custos, numa
abordagem ganha-ganha com suas partes interessadas.
O Grupo está aberto a outras abordagens para reforçar a economia de recursos que explora, como a economia
de funcionalidade.

Há mais de 20 anos, a ENGIE vem medindo sua pegada de recursos por meio de Avaliações de Ciclo de Vida.
Também desenvolveu ferramentas de análise de fluxos em uma escala territorial para reduzir seu impacto sobre
os recursos e desenvolver a ecologia industrial (o Grupo foi um dos motores do experimento Ecopal realizado
na França Setentrional nos anos 2000).

Cada instalação ou atividade opera para recuperar e/ou reciclar seus resíduos. O Grupo, principalmente por
meio de suas equipes de pesquisa e desenvolvimento, trabalha com designers, fornecedores e canais de
reciclagem para reduzir seu impacto sobre os recursos.

Como protagonista da transição ecológica, a ENGIE implanta os princípios da economia circular e, assim, se
compromete a:

• Aumentar a taxa de reciclagem de resíduos gerados por atividades industriais


• Reduzir o uso de combustíveis fósseis
• Desenvolver gases verdes, como biometano e hidrogênio
• Promover otimização da recuperação de calor fugitivo de suas redes
• Identificar canais de reciclagem e, com isso, reduzir o impacto sobre os recursos, especialmente no
que se refere a energia renovável de fonte solar e eólica
• Usar recursos de maneira sustentável por meio de canais certificados ou garantidos (ex.: biomassa)
• Incentivar o design ecológico dos produtos e serviços usados
• Combater o desmatamento na cadeia de suprimentos e usar apenas biomassa de florestas de manejo
sustentável (ver política florestal)
• Promover o reuso de peças sobressalentes e a circulação interna de estoques no Grupo por meio de
uma plataforma dedicada (BeeWe)

19
POLÍTICA DO GRUPO

Objetivos e compromissos

Desde 2017, o Grupo assumiu compromissos relativos à economia circular:


• Ampliação de gases renováveis: biogás, biometano de primeira, segunda e terceira gerações
• Desenvolvimento da recuperação energética de processos industriais e terciários
• Ferramentas inovadoras em apoio ao processo de tomada de decisões quanto à economia circular em
áreas industriais (ferramenta BE CIRCLE)

Foram estabelecidos novos objetivos e compromissos para o período 2020-2030.

Objetivos
Estudo do impacto das principais atividades sobre os limites 2025
planetários
Quantidade de biogás injetada nas redes de transporte ou >1.5 TWh/ano em 2023
distribuição de gás sob controle do Grupo >5 TWh/ano em 2030

20
POLÍTICA DO GRUPO

Anexo A: Compromissos e objetivos ambientais

O Grupo integra, na medida do possível, os seguintes princípios e recomendações: Pacto Global da ONU, GHG
protocol, Global Reporting Initiative e Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD) e Task Force
on Nature-related Financial Disclosures (TNFD). A ENGIE apoiou o projeto de carta ambiental internacional.
Para concretizar sua ambição, o Grupo também está comprometido com agentes internacionais, inclusive os
Science-Based Targets (Metas Baseadas na Ciência) e o Business commitment to a just transition and green,
decent jobs (BTeam), quanto ao clima. O 2016 Business and Biodiversity Pledge e o Act4nature International
and companies committed to nature, quanto à biodiversidade, ou o Business Alliance for Water and Climate
BAFWAC, quanto à água.
Esses compromissos são operacionalizados por meio de metas quantitativas:

Compromisso #1: Ser exemplar na implantação de nossa própria transição para a neutralidade em
carbono
Emissões de GEE a partir da produção de energia, aquecimento e arrefecimento 43 Mt
(independentemente da propriedade do ativo) alinhadas com a trajetória SBT em 2030
Certificação SBT: -52% para 180g/kWh em 2030 comparado a 2017, escopos 1 e 3
Intensidade de carbono da produção e do consumo de energia -55%

Taxa de redução da intensidade de carbono dos escopos 1 e 2 quanto a produção e consumo


de energia* em 2030 comparado a 2017
Intensidade de carbono das vendas de energia -56%
Taxa de redução da intensidade de carbono das vendas de energia em 2030 comparado a 2017
Emissões de GEE a partir do uso de produtos vendidos (gás e outros produtos energéticos) 52 Mt
alinhadas com a trajetória SBT em 2030
Certificação SBT: -34% no uso de produtos vendidos em 2030 comparado a 2017
Emissões de GEE a partir de práticas operacionais em 2030 0 Mt
Participação dos renováveis no mix de capacidade de geração de energia alinhada com a 58%
trajetória SBT em 2030
Compromisso #2: Fazer de nossos clientes e fornecedores agentes em sua transição para a
neutralidade em carbono
Contribuição do Grupo para emissões evitadas por seus clientes 45Mt
Participação de fornecedores preferenciais (exceto compras de energia) com certificação SBT 100%
em 2030
Compromisso #3: Limitar o impacto de nossas atividades sobre o meio ambiente e os seres vivos
Participação de instalações industriais com gestão ecológica implantada em 2030 100%
Redução do consumo de água por atividades de produção de energia em 2030 -xx%

O Grupo também estabeleceu uma meta de contar com um plano ambiental delineado em consulta com as
partes interessadas para cada uma das instalações e atividades do Grupo até 2030. Este objetivo será
monitorado pelo Comitê Executivo.

21
POLÍTICA DO GRUPO

Anexo B: Meios empregados

Uma abordagem de melhoria contínua ao desempenho ambiental


A melhoria do desempenho ambiental do Grupo envolve 3 tipos de ação:

Compreender e antecipar nossos impactos ambientais


Para proporcionar as respostas mais relevantes, é necessário estudar essas interações, que nem sempre são
diretas ou imediatamente aparentes. Por isso, o Grupo se cerca das competências (internas e externas)
necessárias para essa tarefa e colabora com diversos institutos de pesquisa sobre questões ambientais.
Também promove o uso de ferramentas de avaliação ambiental, como LCA (avaliação de ciclo de vida) e limites
globais para proporcionar a avaliação mais abrangente possível.
Para antecipar essas interações, o Grupo realiza estudos de impacto e introduz elementos ambientais, inclusive
um preço interno de carbono, em novos projetos e investimentos. Os principais riscos ambientais são mapeados
o quanto antes em projetos para atendimento à sequência ERC. Essas questões ambientais são analisadas
antes da tomada de decisões de investimento.
Antecipar também significa compreender como o meio ambiente – que está em mutação, principalmente por
causa das mudanças climáticas – pode alterar a condução das atividades do Grupo e seu modelo de negócio.
Para tanto, por exemplo, o Grupo está desenvolvendo uma metodologia sobre adaptação às mudanças
climáticas que lhe permite melhor compreender o impacto sobre suas atividades e respalda a implantação de
planos de adaptação locais.

Comprometer-se com exercer um impacto positivo sobre o meio ambiente


A política ambiental do Grupo está estabelecida em um texto específico para cada um de seus principais
desafios. Em termos gerais, os impactos do Grupo são gerenciados de acordo com a sequência
"Evitar/Reduzir/Compensar", com ênfase na biodiversidade. Assim, no que se refere seja às nossas emissões
de gases do efeito estufa ou ao nosso impacto sobre recursos e a biodiversidade, sempre procuramos evitar
qualquer impacto antes de o reduzir, e apenas o compensamos como último recurso, quando possível. No
contexto climático, por exemplo, isso se traduz no seguinte método: sobriedade > eficiência > renováveis
(eletricidade e gás) > compensação.
A política ambiental e os textos a ela relacionados integram os princípios de padrões internacionais como os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, GHG Protocol, as recomendações TCFD, TNFD e SBT e as
diretrizes dos padrões ISO e EMAS.
Para demonstrar seu comprometimento e mobilizar suas equipes, o Grupo adotou um conjunto de objetivos de
RSC para 2030 (ver Capítulo 4). Para tanto, define planos de ação e implanta ferramentas de avaliação de
riscos e impactos ou identificação de meios de ação.
De acordo com os dois princípios que orientam sua política ambiental, o Grupo implanta gestão ambiental
integrada e coordenada. Em todas as suas atividades, a ENGIE:

• Incentiva planos de ação que levem em conta todas as questões ambientais e suas possíveis interações
(por exemplo, uma ação pode atender a questões hídricas e de adaptação);
• Desenvolve seus planos de ação em consulta com suas partes interessadas;
• Leva em conta questões de saúde ambiental.

Gestão de nosso impacto ao longo do tempo


Para monitorar a melhoria de seu desempenho ambiental, o Grupo define indicadores nas áreas de maior
preocupação. Esses indicadores permitem que o Grupo compare seu desempenho ao longo do tempo, assim
como em relação a outras empresas comparáveis.

Além disso, a ENGIE avalia suas ações ambientais por meio do desenvolvimento de benchmarks competitivos
e incentiva o compartilhamento de boas práticas.
Como o desempenho ambiental do Grupo é avaliado por agências de rating, a ENGIE também usa essas
informações para identificar áreas para melhoria.
22
POLÍTICA DO GRUPO

Escutar, conscientizar e construir parcerias sustentáveis com nossas


partes interessadas
A ENGIE favorece o diálogo com suas partes interessadas para compreender e integrar suas expectativas e
seus comentários da melhor maneira possível nos níveis local e global. Esse diálogo se baseia na comunicação
regular do Grupos sobre seu desempenho ambiental e sua atitude aberta e benevolente em resposta a
quaisquer controvérsias que possam surgir nessa área.

Colaboradores
O desempenho ambiental da ENGIE depende da conscientização dos colaboradores quanto a questões
ambientais. Para tanto, o Grupo usa diversos meios: conferências e treinamento interno através da "academia
de sustentabilidade” criada internamente, redes, intranet. Por meio de redes internas de competências,
incentiva o compartilhamento de boas práticas, a inovação e iniciativas em campo que contribuam para a
conscientização geral.
No que se refere a determinados temas, como pegadas de carbono individuais, mobilidade verde, reciclagem
de resíduos, sobriedade e Green IT, o Grupo lança discussões e ações voltadas para os colaboradores para
incentivar mudanças comportamentais. A ENGIE incentiva o envolvimento de seus colaboradores no
desenvolvimento e na implantação de práticas amigáveis ao meio ambiente.

Fornecedores
Os Fornecedores são partes interessadas essenciais na cadeia de valor da ENGIE. O dever de cautela também
torna o Grupo responsável pelos atos de seus fornecedores. Há diversos anos, a política de compras do Grupo
inclui proteção ambiental em suas exigências. Para tanto, além das condições contratuais especificadas, o
Grupo utiliza uma avaliação externa de RSC de seus fornecedores.
Para se tornar embaixadora dos compromissos do Grupo em termos de Responsabilidade Ambiental, Social e
Corporativa, um novo passo foi dado recentemente com a adoção de uma meta para que todos os nossos
fornecedores preferenciais tenham certificação SBT até, no máximo, 2030, (ver Política de Compras do Grupo).

Clientes
O Grupo contribui para a modificação de comportamentos por meio do desenvolvimento de ofertas com
componente ambiental para seus clientes, como a oferta de eletricidade verde, autoconsumo de energia
fotovoltaica etc.
A ENGIE é coorganizadora de oficinas de criatividade cruzadas com seus principais clientes para identificar
soluções inovadoras que respeitem o meio ambiente e que relatem os impactos de suas ofertas.
O Grupo desenvolveu ofertas de descarbonização para seus clientes, indo da consultoria ao fornecimento de
soluções turnkey.

Autoridades públicas
O Grupo adota posicionamentos em projetos de desenvolvimento de regulamentação ambiental e participa
deles o quanto antes possível. Por exemplo, o Grupo apoia a necessidade de que as autoridades públicas
generalizem os preços do carbono para acelerar a transição para uma economia de baixo carbono, assim como
a necessidade de estabelecimento de incentivos para o desenvolvimento de energias renováveis, inclusive
térmicas (biomassa, gás verde etc.).

ONGs
A ENGIE forma parcerias com ONGs ambientais cuja especialidade e capacidade de diálogo beneficiem o
Grupo em sua busca pelo desempenho. Essa colaboração se dá tanto nas diretrizes e políticas estudadas pelo
Grupo quanto em ações de campo.

23
POLÍTICA DO GRUPO

Investidores
A ENGIE se comunica regularmente com os investidores para demonstrar seus esforços constantes em termos
de desempenho ambiental. Trabalha em proximidade com coalizões de investidores em relação a questões
climáticas, por exemplo. O Grupo reforça a transparência em seus relatórios e promove iniciativas como a Task
Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD) e a Task Force on Nature-related Financial Disclosure
(TNFD),

Mobilização interna do Grupo para adoção e promoção


Esta política ambiental e os compromissos e objetivos do Grupo são promovidos por:

• Uma estrutura de gestão descentralizada baseada no princípio de subsidiariedade, com clara definição
de responsabilidades (ver capítulo seguinte).
• Integração ao Grupo de processos de desenvolvimento estratégico e financeiros.
• Um sistema abrangente de gestão ambiental baseado no princípio "Evitar/Rreduzir/Compensar" (ver
acima).
• Consideração de critérios ambientais na alocação de CAPEX, assim como nas políticas de gestão e
controle de riscos.
• Treinamento e prestação de informações aos colaboradores e à administração.
• Trabalho com fornecedores para assegurar que sejam cada vez mais amigáveis em relação ao meio
ambiente.
• Participação em iniciativas, ratings e índices de RSC e ambientais internacionais.

Desenvolvimento de novas oportunidades de negócio


As dimensões ambientais são critérios fortes de diferenciação e, por isso, aplicáveis a oportunidades de
negócio. A política ambiental acompanha as novas atividades e os novos serviços que o Grupo desenvolve
para demonstrar como levar o meio ambiente em conta pode ser um fator de diferenciação e nos permitir
conquistar novos mercados.

Desenvolvimento de green finance


Em resposta a questões ambientais, a maneira de operar do setor financeiro precisa reconhecer o valor da
preservação do meio ambiente para nossas sociedades.
Atualmente, o movimento está em andamento e cada vez mais agentes financeiros se interessam por essas
questões. A ENGIE incentiva essa evolução do setor financeiro, como demonstram:

• O uso de Green Bonds para financiar a transição energética;


• O desenvolvimento de produtos financeiros inovadores, como o financiamento participativo no nível
territorial, o crowdfunding, empréstimos ou linhas de crédito indexados a objetivos ambientais;
• O apoio à generalização dos preços do carbono para que externalidades climáticas sejam integradas
à lógica financeira e orientem o investimento para a economia de baixo carbono;
• A análise dos impactos ambientais, sociais e econômicos de suas atividades em escala territorial.

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POLÍTICA DO GRUPO

Anexo C: Papéis do Departamento de RSC na


implementação da política ambiental

A rede de correspondentes é liderada pelo Departamento de RSC, que é responsável por:

1. Facilitar encontros setoriais regulares. O objetivo é facilitar a troca de informações nos termos da
política ambiental sobre dificuldades de implantação, implantação de planos de ação temáticos e
recomendações feitas durante auditorias, além de boas práticas;
2. Assegurar a implantação operacional da política ambiental e de seus compromissos. Para tanto,
estabelece e supervisiona grupos de trabalho, estudos e ferramentas em temas relacionados ao meio
ambiente. Também apoia o estabelecimento de objetivos do Grupo; além disso, as Global Business
Units ou entidades locais podem adotar os próprios objetivos;
3. Mensurar os impactos das atividades do Grupo sobre o meio ambiente. Os relatórios ambientais se
baseiam em uma ferramenta de coleta de dados acessível às unidades de negócio, subsidiárias e
instalações. Verificação por parte de auditores independentes. Ao fim da campanha anual de relatório,
cada diretor de unidade de negócio se compromete com a qualidade das informações prestadas e com
a implantação da política ambiental do Grupo por meio de um termo de conformidade;
4. Informar à alta administração (Comitê Executivo e Comitê de Ética, Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável do Conselho de Administração) sobre o desempenho ambiental do Grupo para identificar
áreas de melhoria e propor planos de ação futuros. O Departamento de RSC elabora um relatório anual
acompanhado do relatório fornecido pelas entidades operacionais e os resultados das auditorias
ambientais contratadas pelo Comitê Executivo.

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