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Organizações Internacionais

Instituto Federal Fluminense


Licenciatura em Geografia
Geografia do Mundo Contemporâneo

Prof. Philipe Braga André. 2022.2


Algumas questões
de contexto…
A “anarquia” do sistema
internacional: inexistência de uma
“autoridade superior” no sistema
internacional;
Problemas de “governança global”:
aquilo que existe nos e além dos
Estados soberanos,mas não é
possível de ser resolvido por eles.
Algumas questões de
contexto
Frente a anarquia do SI soluções
diversas foram procuradas para
gerar estabilidade e segurança:
acordos bilaterais, diplomacia,
direito internacional etc;
Frequentemente são soluções
desenvolvidas e estabelecidas no
momento da crise;
Papel do multilateralismo.
Multilateralismo
Algumas características
1. Princípio da não-discriminação:
todas as nações são tratadas como
iguais.
2. Indivisibilidade: todas as nações são
regidas pelas mesmas regras;
3. Reciprocidade difusa: as nações
respeitam os acordos, pois há a
expectativa de respeito geral.
Princípio e legitimidade das
Organizações internacionais.
Organizações
Internacionais
Conjunto de instituições que
garantem uma certa medida de
governança global;
Estabelecem uma série de normas,
leis e princípios para a convivência de
Estados no Sistema Internacional com
vistas a estabilização, paz (prevenção
e resolução de conflitos) e
desenvolvimento das nações
envolvidas;
“Os princípios são ideias gerais sobre
como o mundo funciona, ou como ele
deveria funcionar, e as normas
estabelecem as obrigações e os
direitos dos atores” (HERZ, 2004, p.
12).
Organizações
Internacionais
Três características
(SEITENFUS, 2003)

Multilateralidade: regional ou
global;
Permanência: duração indefinida;
permite resposta rápida em
situações de crise, contribui para sua
legitimidade;
Institucionalização: burocracia
consolidada.
Organizações
Internacionais
Legitimidade e Segurança

Há uma “circularidade” de
legitimidade e segurança entre as
OIs e os Estados que delas fazem
parte: a legitimidade de uma OI se
funda na participação (e respeito às
regras por parte) dos Estados e a
legitimidade de existência de um
Estado está ligada, de certa forma, a
sua participação em OIs.
Organizações
Internacionais
A questão da soberania

A participação nas OIs é um ato


voluntário, portanto, soberano dos
Estados;
Uma vez partícipe das OIs, em
muitos casos, acatar as regras não é
opcional;
Tensão entre decisões das OI e
soberania dos Estados.
Organizações
Internacionais
Diferenciação

Organizações Internacionais
Governamentais (OIGs): formadas
por Estados. Exemplos: ONU, FMI,
Banco Mundial, OMS etc.
Organizações Internacionais Não-
Governamentais (ONGIs): privadas
e voluntárias, com membros de
diferents países. Exemplo: Médicos
sem Fronteiras; WWF, Anistia
Internacional etc.
Organizações
Internacionais
Classificações
(HERZ, 2004; STEINFUS, 2003).

Diferentes critérios:
Abrangência Espacial: regionais
(ASEAN, OEA) ou globais
(ONU, OMC, FMI)
Natureza: políticas/gerais (ONU,
OEA) ou técnicas/especializadas
(OMS, AIEA). Fronteiras não
muito nítidas.
Outras classificações: quanto aos
mecanismos decisórios; grau de
ingerência sobre os países etc.
História
Condições para a criação das OIs
(HERZ, 2003)

1. Existência de Estados soberanos;


2. Fluxos de contatos significativos
entre eles;
3. Reconhecimento de problemas
gerados pela existência dos Estados;
4. Necessidade de regulação e
resolução dos problemas.
Século XIX: reunião dessas condições.
História
Origens em iniciativas do século
XIX (Convenções de Haia,
Associação Telegráfica, de pesos e
medidas, União Postal etc);
Proliferação pós-2ª Guerra Mundial:
temor dos horrores da Guerra,
crescimento do número de nações
(descolonização), desenvolvimento
econômico (maior relação entre
Estados);
Novo impulso no pós-Guerra Fria:
“universalização” das OIs.

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