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O conceito de governança global surgiu nos anos 1990 para abordar a crescente
complexidade das interações internacionais. A governança engloba a cooperação, regras e
normas que moldam as relações sociais, além de fornecer mecanismos para resolver
conflitos e problemas em várias áreas.
A maioria das organizações internacionais com as quais lidamos hoje foi estabelecida na
segunda metade do século XX, mas a base para essas práticas foi estabelecida no século
anterior. A importância das organizações internacionais começou a crescer no século XIX.
Além disso, existem antecedentes mais antigos, como a Liga de Delos e a Liga Hanseática,
que facilitaram a cooperação entre cidades-estados gregas e cidades do norte da Europa.
Diversos autores, como Emeric Crucé, Abbé de Saint Pierre e Immanuel Kant,
desenvolveram propostas para transformar o sistema internacional, que foram precursoras
das modernas organizações internacionais. Grandes conferências de Estados desde o
século XVI, que contribuíram para estabelecer normas nas relações internacionais, também
são precursoras das organizações internacionais.
A Liga das Nações, estabelecida após a Primeira Guerra Mundial, foi a primeira
organização internacional universal voltada para a ordenação das relações internacionais
com princípios, procedimentos e regras definidos. A Liga também introduziu o conceito de
segurança coletiva. A Corte Internacional Permanente de Justiça foi criada nesse contexto.
O início do século XX testemunhou uma crença crescente na resolução pacífica de
conflitos, como conciliação, mediação e arbitragem, e as organizações internacionais
desempenharam um papel central nesse desenvolvimento.
Realismo:
● Estado como Ator Central: O realismo enfatiza que os Estados são os principais
atores no sistema internacional. Eles são considerados atores unitários que buscam
maximizar seu poder e segurança.
Liberalismo:
Neorrealistas:
Neoliberais:
Funcionalismo:
● Gradualismo e Interdependência:
O funcionalismo defende uma abordagem gradualista para a resolução de
problemas nas relações internacionais. Isso significa que, em vez de buscar
imediatamente soluções abrangentes para questões complexas, o funcionalismo
sugere que a cooperação deve começar em áreas técnicas específicas. Essas áreas
são aquelas em que os interesses comuns entre os Estados podem emergir de
maneira mais natural e onde os problemas são mais facilmente solucionáveis. A
ideia é que, ao resolver questões técnicas em um primeiro momento, os Estados
podem desenvolver um "hábito" de cooperação e aprendizado mútuo.
● Soberania Compartilhada:
O funcionalismo propõe que a cooperação técnica não ameaça diretamente a
soberania dos estados, uma vez que não implica na transferência total de
autoridade, mas na compartilhada. Parte da soberania é transferida para novas
autoridades que cuidam de questões específicas.
O funcionalismo enfatiza que a soberania não deve ser superada, mas sim
compartilhada em áreas onde a cooperação é necessária. Isso ajuda a tornar a
cooperação aceitável para os estados, pois a soberania não é sacrificada.
● Críticas ao Funcionalismo:
Falta de Política: Algumas pessoas argumentam que o funcionalismo não leva em
consideração o aspecto político das relações internacionais. Eles dizem que ele
separa questões técnicas da política, enquanto na realidade, muitas decisões
políticas influenciam a cooperação internacional.
Marxismo:
● Luta entre Estados e Mercados: De acordo com Susan Strange, a política global
pode ser vista como uma luta entre Estados e mercados.
● Visão Crítica: O marxismo traz uma visão crítica das relações internacionais,
questionando a ideia de anarquia como uma característica natural do sistema
internacional.
● Teoria Crítica: A teoria crítica, influenciada por autores como Antonio Gramsci,
argumenta que forças além das relações de classe também moldam a história
humana e a economia política internacional.
O conceito de imperialismo, introduzido por Vladimir Lenin, enfatiza a divisão entre o centro
do sistema e a periferia menos desenvolvida. As organizações internacionais são vistas
como instrumentos para gerenciar a competição entre essas potências imperialistas.
OTAN
● Formação da OTAN durante a Guerra Fria: A OTAN foi criada em 1949, durante a
Guerra Fria, como resposta à ameaça do comunismo representada principalmente
pela União Soviética. Seu principal objetivo era unir as nações europeias e os
Estados Unidos em uma aliança militar para se defenderem contra possíveis
agressões.
● Mudança no Papel da OTAN: Durante a Guerra Fria, a OTAN teve um papel mais
ativo na contenção da União Soviética. No entanto, após o fim da Guerra Fria, seu
papel se tornou mais simbólico, refletindo a mudança na dinâmica global.
Dissertação:
Os conceitos estratégicos da OTAN em 1991 e 1999 refletem a evolução do pensamento da
organização diante dos desafios que surgiram após o fim da Guerra Fria. Em 1991, a
ênfase foi colocada na ampliação da percepção de segurança, reconhecendo que a
segurança não era apenas uma questão militar, mas também estava ligada a fatores
políticos, econômicos e sociais. Além disso, a prevenção de conflitos e o desenvolvimento
de relações cooperativas com outros países foram destacados.
O conceito de segurança coletiva envolve uma forma de cooperação entre Estados para
evitar a agressão e a manutenção da paz internacional. Este sistema baseia-se na criação
de um mecanismo internacional que exige compromissos dos Estados para evitar a
agressão e reagir coletivamente caso ocorra. Alguns pontos-chave incluem:
● Liga das Nações: A Liga das Nações foi a primeira tentativa de estabelecer um
sistema de segurança coletiva após a Primeira Guerra Mundial. Foi criada com a
ideia de congregar todos os Estados soberanos que escolhessem participar,
independentemente de seu tamanho ou poder. A liga tinha como objetivo evitar
futuros conflitos e promover a paz por meio da cooperação internacional.
● Divisão de Poder: A Liga das Nações incorporou uma estrutura organizacional que
incluía um Conselho (órgão executivo) e uma Assembleia (todos os
Estados-membro com representação igualitária). O sistema funcionaria com base na
unanimidade de decisões, refletindo o respeito pela soberania dos Estados.
● Exemplos notáveis:
MONUSCO (Missão das Nações Unidas para a Estabilização na República
Democrática do Congo): Esta é uma das maiores e mais complexas operações de
paz da ONU. Estabelecida em 2010 na República Democrática do Congo, a
MONUSCO visa apoiar o governo congolês na estabilização do país, na proteção de
civis e no combate a grupos armados. No entanto, a missão enfrenta desafios
significativos devido à vasta extensão geográfica da RDC, à presença de diversos
grupos rebeldes e à complexa dinâmica política do país.