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Enquadramento Teórico do

Estudo das OI’s em Relações


Internacionais
Teoria Funcionalistas
As considerações funcionalistas sobre as OI’s:

• os Estados são actores dominantes em RI;

• os Estados, na ausência de instituições, encontram-se numa luta anárquica pelo poder


mas tem alguns interesses comuns; que ao longo do tempo, eles (o Estado) respondem
racionalmente ao desenvolvimento e a dado momento eles “aprendem” das
experienências anteriores.

• Para os funcionalistas as OI’s são simplesmente agências formadas por estados,


sustentadas pelos estados e administradas por estados na suposição que a
existência dessas Organizações e sua operacionalização são vantajosas para os
Estados. As OI’s são produto da necessidade dos estados bem como são as leis da
imunidade soberana ou da guerra.

• São vistas ainda como um produto natural da sociedade como estados, e também
como inevitáveis.
Cont.
• Para os funcionalistas os estados reagem de uma
forma racional aos seus problemas cada vez que elas
vão surgindo.

• Os estados aprenderam pelas conferências de


caracter ad-hoc: sempre dependia da vontade de
algum estado para convocar a mesma, agenda
limitada, restrita apenas para estados convidados
pelo país anfitrião, mesmo a questão de votos era na
modalidade de um estado – um voto
Cont.
• Mitranny argumenta que uma vez que os estados
aprendem a cooperar em nas áreas téncnicas através de
instituições supra-nacionais, os estados aparendem
eventualmente a cooperar com respeito nas questões
políticas, incluindo a prevenção das guerras.

• Ele teoriza que os estados irão gradualmente aprender uma


lição: “a cooperação internacional através de instituições
não representa a perca da soberania mas somente a sua
tranferência o quanto necessária para uma acção conjunta
num trabalho particular.
Cont.

• Segundo os funcionalistas as OI’s vem trazer


transformações profundas no SI uma vez que
meros mecanismos para facilitar rendimento
grandioso (concernentes a transporte e
comunicação), tornam-se inevitáveis uma vez
que levam a processos de aprendizagem,
instrumentos de integração política capazes de
gerar “paz mundial”.
Realismo

Os realistas dividem algumas assumpções com os


funcionalistas:

• O estado é o único actor internacional importante


• O estado busca racionalmente pelo poder dentro de
um sistema anarquico,
• E o choque de interesses define as principais
questões da PE.
• Os realistas concordam que os estados agem
racionalmente e aceitam a possibilidade dos estado
aprenderem com erros.
Contradições com o Funcionalismo
• Negam que as OI (ou seu produtos como o Dto Int. Ou
regimes) tenham alterado a condição de anarquia na qual os
estados vivem.
• A desordem ainda é visível no SI ao contrário das linhas de
cooperaçãoo que os funcionalistas vêm. As OI’s não possuem
capacidade para influenciar os estados no seu comportamento.
• Rejeitam a ideia de as OI’s terem criado um mundo novo ou
alterado o elemento estrutural da soberania ou mesmo mudado
a natureza dos indivíduo que compõem os Estados.
• A segurança, conhecimento global, sistema-bem estar, e
comunicação ainda está sob o controle de países poderoso
como o USA e seus aliados.
2.
• Os interesses dos estados movem o mundo e as OI’s
porém, para os realistas ,o interesse de alguns estados
continua a importar mais que outros. Dão exemplo das
ONU e NATO que tem alguma impcto na PE foram criadas
pelas potências vencedoras da IIGM.

• Mesmo a ONU que são mellhor exemplo de uma OI


mostra-se incapaz de vencer os interesses de algumas
potências como a USA Ex: invasão ao Kuwait 1991, onde
o Iraque foi retrado não pelas forças das NU mas sim pela
USA, com vista a proteger os seus interesses estratégicos e
económicos bem como manter a sua influência na região.
3.
• As OI que podem realmente ter alguma importância são as que lidam com
assuntos de high politics, aquelas que envolvem questões de segurança
nacional.

• Para os realistas a UE é a única que demonstra-se como sendo séria na


governação sobre os estados. As NU não possuem autonomia suficiente o
que é visível pelo poder restrito que é dado ao membros do CS atraves do
poder de veto.

• A ONU é somente um sistema de equilibrio de poder onde as principais


potencias ficam com as decisões de high politcs. As NU somente funciona
como sistema de Seg. Colectiva em casos de significância menor ou nos
casos em que o poder das grandes potências demontra-se contrabalançado.
4.
• Negam a tendencia historica de uma governacao int. ou
federalismo global. Uma vez que os realistas vem o
mundo numa perpetua colisao.

• Os realistas são cépticos quanto a ideia de Mitrany sobre


a paz mundial criada através da cooperação técnica.

• Nenhuma OI ou mesmo a ONU tem conseguido reduzir


os passo da guerra, e apesar da interdependência
económica os estados ainda continuam indo para as
guerras.
Disagregacionista

• Distanciam-se das duas primeiras que são centradas em estados.!


• Defendem que o estado e os governos não são actores relevantes no
SI,

• os estados não são unidades com monopólio mas grupo de pessoas


com interesses variados e que as acções das OI’s reflectem o grupo de
interesses que existem dentro do governos bem como grupos fora do
governo, incluindo blocos dentro de estado democráticos, ONG, Org.
Transnacionais, carteis industriais, associações profissionais bem
como classes económicas e sociais.

• Questionam as assunções dos funcionalistas e realistas de que os


estados respondem racionalmente e aprendem.
Cont. Disagregacionista
• Pertencem a perspectiva marxista segundo a qual as OI são
meros defensores de interesses de grupos poderosos, classes
económicas;

• Não são as necessidades que criam as OI mas sim classes com


propriedades e com objectivo de acumular capital em seu
beneficio..

• Falam da ONU ser dominada pelos EUA. As ONG complementam


as OI na medida em que alguns órgãos das OI podem não ter
capacidade e ou recurso suficiente para desempenha-lo, (lidam com
variadas questões como meio ambiente, direitos humanos, género,
etc)
Teoria critica
• Estão mais inclinados por questões de cultura e ideologia, e são mais
formados por estudiosos de países em desenvolvimento.

• Defendem que existe um preconceito (estigma) de pensamento


eurocêntrico nas outras escolas, ligado ao surgimento de escolas de
ciência política nos EUA e Inglaterra. Eles tentam mudar a história ou
melhor a génese das OI, dando um reconhecimento as contribuições das
civilizações como da China, Egipto, índia que já se encontravam
organizadas antes da Westphalia com regras de guerra e paz, direito dos
tratados, asilo, imunidades, privilégios dos embaixadores, lei do mar,
oceanos.

• O direito internacional não se desenvolveu somente nos últimos 500 anos


na Europa. Este teórico defendem que as OI’s como as NU e FMI devem
reorientar as suas politicas económicas bem como a sua estrutura no
sentido de melhor responderem as necessidades dos países em
desenvolvimento.
Cont.Teoria Critica
• As OI’s existentes bem como as suas normas e regimes produzidos apresentam o legado
do colonialismo, os teóricos do criticismo procuram pelo maior respeito aos
pensamentos não euro-centrista.

• Defendem que as normas e regras das OI’s não tem em conta os PVDS. Algumas
OI’s funcionam como meio de exploração imperialistas sendo controladas pelo
poder hegemónico onde a hegemonia cultural alia-se a hegemonia económica.

• As leis das OI’s têm carácter Ocidental (euro- centrista), o legado colonial ainda
persiste e é o que deve ser mudado. Tentam mostrar que a história não é puramente
neutra dos valores assim como as OI e suas leis! Procuram um respeito maior pelos
pontos de vistas das nações não europeias dentro das actuais OI’S.

• Assim como o pensamento euro centrista domina vários campos de estudos, também
domina as acções de muitas OI’s, estas por suas vez que se mantem como um meio de
exploração imperial e sem poder de fazer mudanças. ......Falam do gender bias...
Construtivismo

• Pretende saber se os interesses são realmente pré formulados como dizem os


teóricos anteriores. As abordagens anteriores presumem uma instrumentalização e
pre –calculo dos interesses das OI’s pelos diferentes actores. Os construtivistas
estão preocupados com estes interesses, isto é, se estes são mesmo pré formulados.
Para estes teóricos a questão de género e ideologia é importante, onde o desejo do
povo é também importante como a vontade de estado.

• As instituições modelam as preferências e o poder das unidades que as compõem.


Para este grupo, os interesses nem dos estados nem dos indivíduos encontra-se
formulado. Os interesses variam de acordo com as diferentes associações em que
fazem parte.

• Os estados socializam se através da sua participação nas diferentes OI’s,


defendendo os valores dessas OI. Dão ex da NATO, UE, regime de dtos humanos.
As OI’s criam este sentimento de pertença e defesa dos valores que os estados
criaram ou regimes que assinaram. Os construtivistas dão primazia aos ideais,
normas em relação aos interesses materiais e rejeita a ideia de cálculos
instrumentalista baseados em preferências formuladas.
Cont. Construtivismo
• Os estados acomodam os seus interesses materiais, para os construtivistas o SI inclui
relações sociais, incluindo aquelas promovidas pelas OI’s. Concordam com os
funcionalistas que os estados aprenderem com as OI’s e em transformar-se para
entender qual é o problema.

• Uma vez que fazem parte destas OI’s os estados devem seguir aquelas normas com
vista a trazer beneficio a si próprios. Dão importância as relações sociais promovidas
dentro e pelas OI’s. Concordam com o funcionalismo em aprender mas também
falam em transformação para a solução dos problemas. Discordam sobre a
anarquia defendida pelos realistas e que a mesma pode ser evitada e
modificada, não é algo inevitável (o estado de anarquia), acreditam na
MUDANCA.

• Os estados são ensinados a procurar o poder e aprenderam a ter medo das suas
ameaças. Neste contexto para os construtivistas os estados podem aprender a não
buscar o poder e não necessitam de autoridade central que lhe force para mudanças.
Porque os estados criam e integram-se na OI’s.

• Realistas- os estados sao acotres mais importantes e que as OI’s


representam o interesse dos seus estados, especialmente dos estados
com maior poder. A anarquia impede a coop. Int. e assim reduz a
importancia das OI’s nas Ri.

• Tanto os liberais como os relaistas aceitam a anarqui no SI, porém


deiferem na sua interpretacao.

• Liberais- as OI’s podem ser actores importantes nas relacos int. uma vez
que os estados tem um interesse nacional estratégico em investir na coop.
de longo tempo. Argumentam que a coop. e a interdependencia produzem
um campo para as relacoes amigáveis e estáveis entre os estados. Uma vez
criadas e imbuidas de poder, as OI’s afectam os seus membros
constituentes .
Cont.
• Racionalismo- os actores procuram estratégias que benficiam
lhes. As OI’s podem ser mutuamente benéficas e reduzir os
custos de transacao de cooperacao reduz a incerteza da
cooperação dando informacao e estabilizando as
expectativas.

• Construtivista- fala da importancia da interaccao social, não


é so o próprio interesse dos estados, mas actuam como
resposta a valores e normas compartilhadas (ex: cultura, pol,
economia). As OI’s so se formam quando os problemas são
entendidos e compartilhados. Podemos falar de Protocolo de
Kioto….

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