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Thomas

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Século XIV

Origens do Pensamento Immanuel


Liberal em RI John Locke Kant
Século XVII Século XVIII

Norman Woodrow
Liberalismo Clá ssico em
RI Angell Wilson
1910 1919

Robert
Liberalismo moderno
em RI Keohane
1984
Mudança na agenda de pesquisa nos anos 80 e 90

 Fim da dicotomia “baixa política” e “alta política”.


 Ascensã o dos novos temas (comé rcio, meio ambiente,
direitos humanos, etc.).
 Retomada do funcionamento do CSNU.
 Fortalecimento dos acordos regionais de integraçã o.
 Ressurgimento de atores (ONGs, empresas e atores
subnacionais).
Os pressupostos
O institucionalismo tem os mesmos pressupostos bá sicos
do realismo:
 (i) os estados sã o os atores mais importantes da política
mundial.
 (ii) os estados se comportam de maneira racional, no
sentido de que eles pensam suas situaçõ es estratégias
tendo em vista seu ambiente e procuram maximizar os
ganhos esperados.
 (iii) os estados perseguem seus interesses (o que inclui
fundamentalmente a sobrevivência) ao invés de se
comportarem altruisticamente.
 (iv) os estados operam em um mundo de anarquia, sem a
existê ncia de um governo comum.
A cooperaçã o internacional
 Para Keohane cooperaçã o significa “ajuste mú tuo” entre as
partes e nã o significa interesses em comum. A discordâ ncia
pode acontecer mesmo em um cená rio de interesses em
comum.
 Diferença entre harmonia e cooperaçã o: na harmonia os
interesses mú tuos facilmente alcançam os objetivos. Nã o há a
necessidade de cooperaçã o. Mas em ambientes cooperativos o
conflitos é evidente.
 A cooperaçã o é resultado da “policy coordination” entre
Estados em um ambiente conflitivo.
 Quando os interesses convergem por “ajustes mú tuos” a
cooperaçã o pode criar/manter regimes a despeito do fim da
hegemonia (forte assimetria de poder).
Policy coordination – ajuste mú tuo – cooperaçã o – interdependência - instituiçõ es
A definiçã o de instituiçõ es internacionais
 Para Keohane as instituiçõ es podem ser definidas como
corpos persistentes de regras (formais ou informais) que
prescrevem papéis comportamentais, constrangem as
atividades e formam as expectativas.
 Elas podem tomar a forma de organizaçõ es
intergovernamentais ou nã o-governamentais formais,
regimes internacionais e convençõ es informais.
 As instituiçõ es sã o respostas à interdependência. A
interdependê ncia, por sua vez, gera a discó rdia que
possibilita a necessidade de criaçã o de uma instituiçã o.
 Os Estados criam as instituiçõ es porque antecipam
resultados positivos (argumento funcionalista).
As razõ es da criaçã o das instituiçõ es internacionais (I)

Argumentos de fundo:
O fim da hegemonia: sem uma hegemonia para sustentar as
instituiçõ es elas se manteriam por razõ es pró prias
(diferença entre criaçã o e manutençã o das instituiçõ es).
Argumento funcionalista: as instituiçõ es sã o criadas por
conta dos efeitos positivos que possivelmente criam. Os
Estados antecipam esses efeitos.
Resoluçã o de falhas de mercado: moral hazard e adverse
selection.
As razõ es da criaçã o das instituiçõ es internacionais (II)
(i) Diminuem os custos de transaçã o: as instituiçõ es
reduzem os custos de fazer, monitorar e implementar
regras – custos de transaçã o – provem informaçõ es e
facilitam a construçã o de comprometimentos críveis.

(ii) Facilitam a reputaçã o e a reciprocidade: os principais


garantidores de concordâ ncia com comprometimentos sã o
a reciprocidade (incluindo tanto ameaças de retaliaçã o e
promessas de cooperaçã o recíproca) e a reputaçã o.

(iii) Reduzem a incerteza e aumentarem a credibilidade: os


Estados sã o incertos quanto à s intençõ es dos demais. As
instituiçõ es podem reduzir essas incertezas por meio de
negociaçõ es que incentivem a transparê ncia, a constâ ncia, a
reputaçã o e a concordâ ncia dos acordos firmados.
As razõ es da criaçã o das instituiçõ es internacionais (III)

(iv) Melhoram o ambiente informacional: os Estados


melhoram o ambiente informacional via a construçã o de
instituiçõ es internacionais com regras perenes de trocas
informacionais;

(v) Geram um equilíbrio de ganhos favoráveis: as


instituiçõ es podem jogar os ganhos da cooperaçã o para
perto da fronteira paretiana;
A superaçã o do dilema do prisioneiro

CC  CL  LC  LL
Ganhos absolutos versus ganhos relativos

 Ganhos relativos: um Estado foca em ganhos relativos aos


demais. O ganho de um significa a perda de outro. O
Estado foca em seu ganho relativo aos ganhos dos demais.
Isso gera jogos de soma-zero. Porque os estados estã o
interessados em sobreviver na anarquia seu interesse em
termos de ganhos é sempre relativo.
 Ganhos absolutos: um Estado foca apenas no seu ganho,
sem se importar com os ganhos dos demais. O Estado
foca no seu pró prio ganho absoluto. Isso gera jogos de
ganha-ganha.
A importâ ncia do ambiente informacional

 Para o institucionalismo a informaçã o é uma variável


importante na ampliaçã o da reciprocidade e na
distribuiçã o de ganhos.
 A informaçã o como variável resulta no fato de que os
estados planejam estratégias que construam instituiçõ es
que promovam a credibilidade da informaçã o.
 Como as instituiçõ es acabam promovendo a informaçã o
os estados planejam estratégias de enforcement
descentralizado que permitiria a cooperaçã o emergir.
As anomalias das instituiçõ es internacionais
 As instituiçõ es internacionais podem favorecer
constantemente um design distributivo de ganhos que
favorece os países mais poderosos.
 As organizaçõ es criam interesses pró prios que podem ser
diferentes dos interesses de seus fundadores.
 As instituiçõ es internacionais sã o estáveis e difícil de
serem reformadas a despeito das mudanças estruturais
do sistema.
 A dificuldade empírica dos institucionalistas é diferenciar
os efeitos das instituiçõ es dos efeitos da estrutura.
Críticas dos realistas ao institucionalismo
 As instituiçõ es internacionais sã o epifenô menos das
relaçõ es internacionais, pois sã o meras extensõ es das
estruturas internas dos Estados mais poderosos
(Mearsheimer).
 As instituiçõ es nã o tem autonomia e dependem do poder
e interesse dos Estados mais poderosos para sobreviver.

Crítica dos construtivistas ao institucionalismo


 O institucionalismo nã o dá conta da formaçã o das
preferências. Para evoluir é preciso levar em conta grupos
e indivíduos que formam as preferências e também a
construçã o social da realidade como resultado das ideias
e identidades.

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