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CAPÍTULO 4

ATORES E AGENTES
INTERNACIONAIS

Nesce capiwlo. o le1wr será 1mroduzido aos pr1nc1pais "res-


ponsáveis" pelas dinâmicas de incemacionalização das sociedades.
designados aqu i como awres ou agentes Os acores são definidos
como os procagoniscas de ações racionais, determinadas pela hie-
rarqu ização de preferências. seleção de opções e análise do cusco
e beneficio envolvidos cm suas decisões. Os agences seriam acores
propos1uvos. imbuídos de responsabilidade. invescidos de parâme-
cros morais. cuia 1dcnc1dadc é reAexo das incessances ,ncerações
com oucros atores. com o mero em que escão inseridos e com as
escruturas que erram
S RELAÇÕES INTERNACIONAIS
INTROpUÇÃO AO ESTUDO DA

obre o Estado e suas derivações


4.1 S
- Internacionais são os Estados, entendidos como cornu-
0 centro nervoso das Re 1açoes
ssuidoras de um governo que se preocupa com a seguran-
nidades políticas indepen dentes po . . .
. respeito a um espaço cerntonal definido por fronteiras e
a ue afirma a sua soberania com .
ç 'q d lação humana. Vale lembrar que uma comunidade política,
que possui um segmento a popu . . . . __
. unida
mantida . por d"'1,erentes asp ectos, cais como costume, origem ecn1ca, rehg1ao ou língua,
pode ou não constituir um Estado. . _
- so beranos na medida em que determinam
Logo, os Estados sao . os_rumos
. de sua 1den-
.
cidade - • · 1·mgu a, cultura e povo) e possuem 1ndependenoa com relação a
. 1(cerntono,
naoona
agentes externos.
Um sistema de Estados se forma quando dois ou mais Estados têm contato regular
entre si com impacto recíproco nas suas decisões, o que pode levar à constituição de um sis-
tema internacional. Os tipos predominantes de interação entre Estados em um determinado
sistema internacional são a cooperação, o conflito, a neutralidade e a indiferença recíproca. De
· toda forma, predomina uma rede de múltiplas pressões - militares, diplomáticas, estratégicas
e econômicas - que amalgamam o sistema, induzindo alianças e confrontos ou constituindo
padrões de amizade e inimizade.
Como consequência, estabelecem-se situações peculiares decorrentes das relações de
poder entre cada uma das unidades de um sistema, como suserania e vassalagem, a exemplo
do Império Romano e suas comunidades clientes; hegemonia permanente e indisputável, a
exemplo da Grã-Bretanha ao longo do século XIX; competição política e econômica, a exem-
plo da Alemanha de Bismarck e seus vizinhos europeus engajados em umà corrida imperialista
por mercados na África e na Ásia; domínio de regiões estratégicas pela presença de riquezas
naturais como o petróleo, a exemplo da atuação dos Estados Unidos no Oriente Médio; e ain-
da ª conformação de um Império, a exemplo da União Soviética e o estabelecimento de uma
"cortina de ferro" sobre o leste europeu durante a Guerra Fria.
Identificam-se três tipos de condições transitórias para um Estado. Estados indepen·
dentes podem ser definidos como entidades políticas que, em última instância, são capazes
de tomar decisões sobre que t - d , . • · são
s oes e natureza domestica e externa. Estados hegemonicos
aqueles cuja potência extrapola a dos demais membros do sistema ou cuja autoridade inAuen·
eia na operatividade do s·1st • ·cos
ema - como na formulação de regras. Ademais, são hegemoni
os Estados que mantêm u d ·d de
m cana I e comunicação aberto com outros Estados no senti 0
promover bTd
a esta 11 ade e garantir a sobrevivência do sistema.
No momento em que -d b'l'dade
• uma aucon ade escacai passa a determinar a governa 11
Interna de outras comunidades 1· . , . foi
a confor - d po 1t1cas, promove-se uma situação de dorn1n10, como .
°
maçao Commonwealth no · 1O
coroa britânica O ~ . . secu XX. que ligava países corno Canadá e AU st
rália a
· e orma s1m1la~ quando E d'' rences
' um st ado passa a administrar diretamente ue

62
1
ATORES E AGENTES INTERNACIONAIS

artir de um centro de poder, e estabelece-se . ..


idades. a P um impeno com 0 0 l -
(()111tin r O controle direto sobre uma extensa área do Pa 'ti ' apao, que
aexerce c1 co nos anos 30 d .
p;-<.10ll n1 corno de um núcleo duro de administração direta . d' o seculo XX.
Logo. e irra iam-se pod . fl •
.. es circunvizinhas, gerando camadas de domínio h . er e ln uen-
. ia asreg10 . . egemonia ou preponde( .
(llpa I ncem os Estados independentes fora do controle ou d . fl • . . ancia,
ate que se a ca a ln uenc1a imperiais.

_ . sociedade de Estados
41 1
sociedade de Estados se forma quando um grupo de Est d .
uma . a os, conscientes de cer-
e interesses atins, formam uma sociedade e passam a se consid 1. d
tOI va1ore 5 . . . erar 1ga os, no seu
. mento· por um con1unto comum de regras e instituições· Da mesrna ,,orrna, a partir.
re1aoona
do rnom
ento em que aquele grupo específico de Estados volta-se de mane·ira mais . ou menos
oi&anizada para fora de sua região de origem, evidencia-se uma sociedade internacional. Êim-
portante lembrar que a simples interação entre Estados de diferences regiões não demonstra a
existência de urna sociedade internacional.
Dentre os valores e interesses comuns compartilhados pelos Estados apontam-se O res-
peito àindependência, a vontade de honrar acordos e a necessidade de limitar O uso da força,
bemcomo o estímulo à cooperação e ao funcionamento das instituições. Além disso, é fun-
damental que urna sociedade de Estados esteja fundada em uma cultura comum ou em urna
id~a de civilização que aglutine idioma, religião, cosmovisões, normas estéticas e tradições
anisticas. Com isso, é possível imaginar a construção de um quadro de regras e institui-
ções padronizadas, como ocorreu na Europa com a implementação de um Banco Central e
urna moeda única no século XXI.

4.1.2 Evolução histórica


Do ponto de vista histórico, o sistema de relações internacionais teve início com o tra-
tado de Vestfália de 1648, que selou 30 anos de guerras na Europa e afirmou o papel do EScado
como unidade fundamental das relações internacionais, definindo também seus elementos
básicos, como as noções de territorialidade, nacionalidade, soberanismo e auco determinação.
. Entre os séculos XV e XVIII a religião facilitou a conformação de uma sociedade incer-
llaCiQna\ crise· . · À medida que alguns
ª que evoluiu para uma sociedade internaoona1europeia. .
llrOcessos hi · • . • luções inglesa, amen-
st0ncos se impuseram, como as grandes navegaçoes, as revo .
cana efrances • 1 niais vários sistemas de
dif ª·ªrevolução industrial. o imperialismo e as lutas antico O •
erences .• • r ados operando
~<nsf regioes do mundo, corno América, África e Ásia, tornaram-se inter ig ' . .
ormaçõe . . d uiriria caraccensc1cas
~u s importantes no perfil do sistema internacional, queª q
masocied d
ª e de Estados
. Não obs . .. . ndo desembocou na mun-
dic!iiaç· tance, a maior interconexão entre os paises do rnu d' - de bipolari-
ao de du . st 1 - de urna con içao
óade en as grandes guerras no século XX e na in a açao . )
tre Estad U . . d Guerra Fria (1945- 1991 .
os n1dos e União Soviética, a já menciona ª

~ 63
·' • • TUDO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
1NTROpUÇÃO AO ES

• d . formação trazida pelo desenvolvimento de novas tecnologias


Com a revoluçao a m '
. . . cernet assim como pelos avanços no transporte e nos processos
de comun1caçao, como a in ' . . . .
uma profunda mod1ficaçao no relaoonamenco internacional A
produtivos, desencadeou-se ,. . ·
. . . d •a e a globalização de praticas e costumes fomentariam a cristaliza.
mund1ahzaçao a economi
. d d · cernacional global ainda que não se tenha certeza quanto à existência
ção de uma soc1e a e m '
de uma verdadeira base cultural e civilizacional global.
Alguns objetivos representam a razão de ser de um Estado ao longo dos séculos: pre-
servar O sistema em que escava inserido, evitando que tendências hegemônicas, revoluções e
guerras pudessem gerar caos e desordem; respeitar a independência e a soberania externa de
outros Estados individuais; reconhecer a atuação de outros atores, como organizações interna-
cionais, ONGs e indivíduos, na figura de líderes de grande envergadura; e cumprir as promessas
feitas (pacta sunt servanda ), rendo a paz como condição essencial para o estabelecimento de
relações entre nações.
Não obstante, considerando o pressuposto de que a paz perpétua é uma das utopias das
relações internacionais, outro objetivo dos Estados ganhou importância: justamente a limitação
do uso da violência. Assim, países e seus governantes buscaram controlar a guerra como um
meio político, preservar instituições como a diplomacia e fazer uso do direito à guerra em casos
excepcionais, como a autodefesa. A distinção entre guerras justas ou injustas, parâmetro antigo
de legitimação, foi superado por um conjunto de regras estabelecidas como Direito da Guerra.
Outro aspecto histórico importante das relações entre as nações foi o entendimento da
marcante característica de que todos viviam em uma sociedade anárquica, na qual os Estados
soberanos não estão sujeitos a um governo comum. Esse ponto de vista, desenvolvido no
bojo da chamada escola inglesa, foi reforçado pela percepção de que O sistema internacional
moderno não se parece com o estado de natureza de Hobbes, e que a ausência de um poder
supranacional, como um governo mundial, não impediu a profusão industrial e tecnológica
que acelerou o comércio e as finanças internacionais nas últimas décadas.
. A ideia de uma sociedade anarqu1ca· · comporta fenômenos dinamizadores como ª
interdependência econômica 1· · ,
• po mca e cu1curai entre as nações assim como outras ,antes
de ordem que não um governo ' ·do
d . supremo, como a existência de interesses mútuos, senti
e comunidade, vontade geral h' b· • , . d é
· ª iro e merc1a. Portanto anarquia não significa desor em,
exatamente o contrário· os Estad . , m
ordem . , . os se vinculam por um conjunto de normas que produze
em meio a anarquia internacional.
Em primeiro lugar, há as regra d . • . • . . o·
lítica · • s e convivenc1a, que limitam o recurso à violenoa na P
internacional, disciplinam a . . . • ·o·
nalidade, restrição d'f • guerra como mst1tu1çao e definem os princípios de proporei
I
e usao das hostilidad AI · d. · da nas
relações internaciona· es. em isso, prescrevem a conduta apropria
15•como subordinação l'fi . d 0 rdo~
I
Por último, visam est b • • qua caçao (alcance) e cumprimento e ac .
território e populaçã
ª e.1ecer paramerros
.
d
e preservação de cada Estado sobre seu P
rópn°
o, evitando intervenç· . . 1
oes estrangeiras e ataques à soberania nac1ona ·

li4
\. • 1 ·-. - ESTUDO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
INTROp~ÇAO AO

\ ••• '
1

.. . fi .d mo derivações de situações estáticas e mecanismos dinâmicos d


(eqwlibnum ). de ni os co . .. e
• • ' ca e fis1ca
equivalência existentes na b1olog1a, eco1og1a,

qu1m1 . .
Para os estudos desenvolvidos em língua portuguesa, espeoalmente no Brasil• duas
. - em com características peculiares: equilíbrio de poder e balança de po
1nterpretaçoes emerg . . , . -
der. Mais do que preciosismo, tal distinção ennquecena o propno uso do conceito pelos
internacionalistas.
Por um lado, 0 equilíbrio de poder traduziria uma imagem dinâmica e complexa das
relações internacionais, descrevendo uma situação transitória e, em certa medida, conjuntura\,
desencadeada por políticas de Estado deliberadas de equiparação ou equivalência de meios de
poder, como a compra de armamentos ou a formação de alianças.
A ideia de equilíbrio de poder tem múltiplo sentido, e pode ser utilizada para represen-
tar a igual distribuição de poder no sistema, o princípio (uma ideia posta em prática) de igual
distribuição de poder no sistema e uma norma que evite o perigo de o poder ser desigualmen-
te distribuído. Observa-se que a própria ideia de equilíbrio como distribuição equitativa de
poder vai contra a necessidade da busca constante desse próprio equilíbrio: ou a distribuição
existe de fato ou ela se torna apenas um objetivo que possivelmente vai ser alcançado.
Portanto, a necessidade do equilíbrio é oriunda do fato de que,sem ele, haverá uma tendência
natural de cada unidade tentar ascender sobre as outras. o que poderá, em última instância, causar
a destruição do todo. O equilíbrio, dessa forma, seria uma maneira de preservar o sistema; ele
pode ser alcançado de três maneiras: compensações territoriais, armamento (rearmamento e
corrida armamentista) ou estabelecimento de alianças.
Por outro lado, a noção de balança de poder seria uma imagem já cristalizada da polí-
tica internacional. referindo-se à distribuição de capacidades no sistema, ao papel equilibrador
de uma potência e à disposição nata do sistema em gerar equilíbrio.
Essa imagem seria, portanto, estática e simples, compondo um sistema de relações no
qual imperaria, por certo tempo, uma equivalência nos polos de poder. A balança de poder
poderia ser algo inevitável. inerente à própria natureza humana, ou uma tendência naturalª se
restabelecer toda vez que fosse perturbada.
Éimportante notar que a existência da balança de poder não implica a situação de equi·
dade emre as unidades D fa d · - aliza
. . · e to, ois padroes seriam observáveis: a) uma balança que se re
pela distribuição de pod d (O tatus
. er entre uas partes que perseguem políticas semelhantes s
quo e o imperialismo po ) b . urna
, . ' r exemp1O ; ) a existência de um holder da balança. ou balancer,
espec1e de árbitro que joga ~ . • . , 1
con arme a s1tuaçao relativa que lhe seja mais favoravel.
Do ponto de vista hist · · b I cir de
,. . ,. onco, ª a ança de poder na Europa foi se afirmando a par .
praticas s1stemat1cas anti-he em, . . ilíb0O

-
g onicas que serviram ao propósito de estabelecer um equ

MORGENTHAu. Hans. A /íti - RL 2f/J>


po ca entre as naçoes: a luta pelo poder e pela paz. Brasília: UnB. IP
ATORES E AGENTES INTERNACIONAIS

do lugar, há as regras de cooperação com suas diferem fa


Em segun es ceras: a econômica
. a e a estratégica, que levam à convergência em uma sér' d , '
ial a po li tlC • ie e areas-assuntos.
asoC lvimento da cooperaçao vem o consenso entre os Estados b .
0
desenvo . so re metas mais
coni ode vir a fortalecer o ambiente de coexistência pacífica Log d
1,~ 0 que P . , . _ . , · o, po e-se afirmar
an1P cambiante corpo de normas, Jund1cas e nao Jundicas fornece .
0
vasto e ' os meios pelos
que . dade internacional move-se de uma vaga percepção do seu interesse
isasoc1e .. comum para
qua ção do tipo de conduta ex1g1da pela razão de sistema.
adaraconcep

4,1.3 Instituições e regras


A literatura de Relações Internacionais considera as instituições internacionais como
órgãos ou organismos constituídos a partir de acordos entre Estados. Entretanto, a escola in-
~esa vai mais além ao apresentar como instituições da sociedade internacional O equilíbrio de
poder, 0 direito internacional, a diplomacia e as grandes potências, assim como a guerra.
Nessa visão mais ampla, as instituições seriam conformadas a partir de um conjunto de
hlbitos e práticas orientados para atingir objetivos comuns em uma sociedade internacional;
~as atuariam como elemento aglutinador na lógica prevalecente de cooperação e conflito
emre as nações. Cabe notar que tanto as regras como as instituições exercem funções ou de-
sempenham papel positivo em ordenar as relações internacionais.
Nesse caso, os Estados podem ser considerados as principais instituições internacionais
capazes de dar efetividade às normas internacionais, pois são responsáveis pela formulação,
~slação e administração desse conjunto de regras. Na ausência de uma autoridade central. o
rumprimenco das regras cabe aos próprios Estados, que podem recorrer aos atos de aucodefe-
sa- inclusive atos de força - na defesa dos seus direitos.
Os Estados exercem também a função de dar legitimidade às regras, promovendo a sua
acciração como intrinsecamente valiosa. Porém, muitas vezes não há consenso sobreª neces-
sk!ade de mu dança de certas regras, e assim os tratados ou convençoes
- mu tti·1aterais· desempe-
n_harn Papel na mudança das normas. Destaque-se que os Estados também mudam regras ao
~OOign · · . · ·
ora-las sistematicamente, demonstrando que remaram sua aceitaçao.
Caberia a E 'd d e abrangeria as ações
dássi os stados, enfim, proteger as regras, em um cu1 a o qu ., .
cas da dipl . reservar o equ1hbno
&era1 ornacia e da guerra com as quais os Estados procuram P , .
do Poder n . . , . onfliros ideolog1cos,
reso1 °
Ver ou Tnod
sistema internacional e tambem aiustar ou conter c
. ntos e seu uso. Vale
letnbr erar conAitos de interesse e limitar o acesso a armame ,
. ar que a exist' . d seus interesses estrate-
~cos e · encia de grandes potências acuando de acor O com .
, ria urna re r , . as esferas de inAuênc1a.
g ª colateral de não interferência mútua nas respectiv

4.14 E ·1
u· qu1 íbrio e balança de poder . . ili-
~- ma das p . . . • Internacionais e o equ
lo de Pod nncipa1s categorias de análise das Relaçoes ) uilíbrio
er. Na li b lanço (balance e eq
teratura anglo-saxã, associam-se os termos ª

A
65
ATORES E AGENTES INTERNACIONAIS

cias para preservar a pluralidade de interesse e a


spotên o mesmo temp 0 r .
enrreª . com isso, a própria natureza da sociedade inte . imitar a com-
. . interna, rnac,onal seria
periçao s vezes, contudo, a utilização da força mostrou- , . preservada.
Alguma .. se necessana Isso
ê cias possuem a responsab,lrdade maior de prese · porque as
des pot n rvar, a todo custo a b
gran . ternacional. Assim, quando o equilíbrio de poder é ale d ' s ases da
oeiedade ,n . . ,. era O - por políticas im .
s exemplo - e o diálogo drplomarico falha, a utilização d ~ pe
nalisras, por ,. . ª orça ou do poder militar
m recurso /egmmo para proteger a socredade internacional d
roma-seu . e um colapso.
O eq
uilíbrio de poder pode ser classificado como simples co
. , mpreendendo duas po-
. mbusca da paridade de poder; complexo, abarcando crês ou m . • . .
rênClas e . a,s potencias, inclusive
'ncias menores que podem se /Untar contra a maior; fortuito ou algo espo •
pare . . . ' ntaneo, que
r,;sce das dinâmicas de segurança de um sistema; e arquitetado ou inrencion a,1 ong,na . . do pelas
p0líricas de aliança e acoplamento das porências. 2
As inúmeras acepções do termo balança/equilíbrio demonstram a complexidade de
definição do conceito. Independentemente das diferences classificações, reconhece-se a plurali-
dade de significados que o termo pode ter. Muitas vezes, a balança de poder está associada à es-
rabilidade echega a ser sinônimo de paz; em outras ocasiões, a guerra e instabilidade. A própria
interpretação do termo também está associada à corrente teórica utilizada pelo pesquisador.
Aideia de equilíbrio de poder fica clara quando se voltam os olhares para a política
europeia dos séculos XVIII e XIX A emergência de guerras limitadas e de desafios imperialistas
como a política de Napoleão na França, passando ainda pela conformação do concerto eu-
ropeu no Congresso de Viena de 1815 até a crise da pentarquia europeia de base multipolar
ea eclosão da Grande Guerra em 1914, foram acontecimentos que orbitaram em torno do
conceito de equilíbrio de poder.
No sistema internacional de hoje, a prática do equilíbrio de poder foi afetada pelo ad-
venro das armas nucleares, criando situações peculiares de "equilíbrio de terror" e outras nas
qua~ 0 lado mais fraco, corno a Coreia do Norte, possui força suficiente para deS truir O mais
forre' eongrnando
·· ainda a eclosão do medo do terrorismo nuclear. Logo, ª corre lação entre
equilíbrio de po der e dissuasão
. • da esta b"l"
nuclear modificou a quescao 11 dªde e do controle de
armamento . . d d um enfrentamenro
s, produzindo nas sociedades um receio generaliza o e que
~~- - . 5 ~~w~
lêf • . enoas nucleares ou o domínio dessa tecnologia por grupos cerronS tª
m,n,o da raça humana
De fato ., . . do conceitos úteis para
~r ' equrhbrio de poder e balança de poder continuam sen . • d
icarfraçõe d . 1·d d Assim a diversrficaçao o
/lod s a realidade internacional mas não a sua coca I a e. ' •
er em fone . , . . . corporações cransnac10-
%e o es e manifestações, como organizações 1ncernacronars,
NGs te ilíbrio de poder.
' rn moldado o curso da história canto quanto O equ

' 2 BULL, He . ,.
º. MORGENTHAU, 2003.
dley,Asocredade anárquica. Bras1lra: UnB, IPRI, 20 2•

l 67

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