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(do latim status: modo de estar, situação,

O termo condição) data do século XIII e se refere a


qualquer país soberano, com estrutura própria

Estado e politicamente organizado, bem como designa


o conjunto das instituições que controlam e
administram uma nação.[1][2] Agrupamentos
sucessivos e cada vez maiores de seres humanos se deram sob o domínio
de um Estado, cujas bases foram determinadas na história mundial com a
Paz de Vestfália, em 1648. A instituição estatal, que possui uma base de
prescrições jurídicas e sociais a serem seguidas, evidencia-se como "casa-
forte" das leis que devem regimentar e regulamentar a vida em sociedade.

Para Kant, o Estado tanto é designado por coisa pública (res publica),
quando tem por liame o interesse que todos têm em viver no estado
jurídico, como por potentia (poder), quando se pensa em relação com
outros povos, ou por gens (nação), por causa da união que se pretende
hereditária. Entende o Estado como comunidade, soberania e nação, se
utilizadas categorias de hoje, dado que o Estado é ao mesmo tempo
Estado-comunidade, ou república, Estado-aparelho, ou principado, e
comunidade de gerações, ou nação.[3] Segundo o jurista italiano Norberto
Bobbio, a palavra foi utilizada pela primeira vez, com o seu sentido
contemporâneo, no livro A Arte da Guerra, pelo general estrategista Sun
Tzu, e posteriormente no livro denominado O Príncipe, do diplomata e
militar Nicolau Maquiavel.

Estado não se confunde com governo. O Estado é estruturado política,


social e juridicamente, ocupando um território definido onde,
normalmente, a lei máxima é uma constituição escrita - de onde também
surge a legitimação de sua atuação e existência. É dirigido por um governo
que possui soberania determinada tanto interna como externamente. Um
Estado soberano é sintetizado pela máxima "Um governo, um povo, um
território". O Estado é responsável pela organização e pelo controle social,
pois detém, segundo Max Weber, o monopólio da violência legítima
(coerção, especialmente a legal). Segundo a divisão setorial sociológica
mais comum, considera-se o Estado o Primeiro Setor, ficando o Mercado e
as Entidades da Sociedade Civil respectivamente como Segundo e Terceiro
Setores.[4] O reconhecimento da independência de um Estado em relação
aos outros, permitindo, ao primeiro, firmar acordos internacionais, é uma
condição fundamental para estabelecimento da soberania. O Estado pode
também ser definido em termos de condições internas, especificamente
(conforme descreveu Max Weber, entre outros) no que diz respeito à
instituição do monopólio do uso da violência.

lementos que formam o Estado


Há um conjunto de elementos necessários para a formação de um Estado:

Território: não há Estado sem território, já que esse recorte espacial é


fundamental para o estabelecimento de relações de poder expressas por
meio de um governo central.

Governo: é entendido como unidade política e jurídica que administra o


Estado, no geral, por meio de um governo central que compartilha ações
com as demais entidades estatais.

População: é o conjunto de pessoas vinculadas ao poder estatal, portanto,


seguem a lógica administrativa dessa unidade espacial.

Soberania: é fundamental para a independência governamental local


frente aos outros países e, ainda, ao controle do seu território de forma
pacificada e unificada. A soberania também está atrelada ao conjunto de
relações com outros países, em situações como conflitos bélicos e acordos
econômicos, por exemplo.

Tipos de Estado
Há diversas classificações de Estados que acompanham as dinâmicas
históricas, políticas e econômicas do mundo moderno. As principais
classificações de Estado, assim como suas características marcantes, estão
listadas abaixo:

 Estado absolutista: foi a primeira categoria do Estado nacional


moderno, calcada especialmente na figura do rei, que administra o
poder estatal de forma absoluta. A unidade territorial e o exercício
do militarismo são elementos clássicos desse tipo de Estado.

 Estado liberal: essa forma de Estado, cuja ascensão ocorreu após a


Revolução Francesa, marcou a ascensão da participação popular na
administração estatal. Ademais, economicamente é caracterizada
pelo liberalismo, uma doutrina que defende a não interferência do
Estado na economia, com forte participação da iniciativa privada.

 Estado socialista: remete à visão econômica socialista baseada na


socialização dos meios de produção. Ele é marcado pela economia
planificada, pela burocratização estatal e pela participação popular.

 Estado de bem-estar social: remete à participação do governo de


forma ativa em setores como saúde e educação, ao mesmo tempo
em que promove a capitalização da economia por meio da adoção
do sistema capitalista de produção.

 Estado neoliberal: essa categoria tem forte viés economicista e está


vinculada à modernização do conceito do liberalismo econômico.
Essa modernização recebe o nome de neoliberalismo, uma doutrina
que defende a ação pontual do Estado, ao mesmo tempo em que há
a ação privada, como nos meios de produção.

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