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Para a gente entender a separação dos poderes, a gente precisa lembrar, inicialmente,
das revoluções burguesas do século XVII e XVIII. Que se deram em um contexto de conflito de
interesses, entre a burguesia e o poder absoluto dos reis – o absolutismo.
Aliado a isso, temos a burguesia - enquanto classe emergente - que possuía um certo
poder econômico. E que vai se utilizar do iluminismo para influenciar as pessoas, criando
questionamentos em relação a forma de governo do absolutismo, na tentativa de se criar uma
ordem econômica e social. Essas tentativas seria justamente os objetivos da Revolução
Burguesa, que são eles:
ELEMENTOS DO ESTADOS
Acho relevante se entender, inicialmente, o que é o Estado de fato. Porque as vezes
parece que estamos falando de algo muito abstrato quando se é citado os elementos do
Estado.
Bom, existem duas definições do Estado bem difundidas no campo de estudo da Teoria
Geral do Estado (TGE), que são as seguintes:
1) Estado é a corporação de um povo, que se localiza em um determinado
território e possuí um poder de mando;
2) Estado é uma ordem jurídica que é soberana, sendo a sua função garantir o
bem comum de um povo que se situa em determinado território.
O primeiro elemento do Estado é a Soberania, que teve a sua formulação conceitual
feita pelo autor Jean Bodin (1530-1596), que a define com o poder absoluto e perpétuo do
Estado.
Voltando a contemporaneidade, a soberania do estado pode ser entendida de duas
maneiras:
a- Pelo ponto de vista jurídico
b- Ou pelo ponto de vista fático
Ambos se relacionam entre si, porém delimitam aspectos distintos.
No ponto de vista jurídico, a soberania é definida como o poder do Estado de
determinar o direito vigente em seu território, ou seja, o estado estabelece, por meio da
legislação, a condição da regularidade, validade e aprovação das demais normas. Simplificando
mais ainda, o Estado é soberano porque ele determina quais são as normas jurídicas válidas.
Sendo essa soberania jurídica manifestada com os três poderes da república.
No ponto de vista fático, a soberania de um Estado pode e vai se sobrepor a qualquer
poder na sociedade, por essa razão é considerado incontestável. Ou seja, pode-se dizer que
nesse ponto de vista, a Soberania é a capacidade do estado de impor as suas decisões,
portanto se entende essa soberania com uma força, uma força no sentido físico da palavra.
Temos também as dimensões internas e externas.
A dimensão externo, a soberania se mostra pelo fato de o Estado não ser obrigado a
aceitar determinações jurídico-políticas que sejam contrárias aos seus propósitos, oriundas de
forças políticas estrangeiras.
Já a dimensão interna, é a capacidade estatal de fazer valer suas decisões, assim como
determinar o direito. Por exemplo, se o Estado sofrer alguma guerra civil, ele em última
instancia possui poder para intervir isso.
i. Solo e subsolo
ii. Mar territorial (12 milhas marítimas)
iii. Plataforma continental
iv. Espaço Aéreo
v. Embarcações e aeronaves específicas (explicar a suas especificações)
Porém, esse termo se apresenta como um conceito ambíguo, mas aqui o termo povo
vai designar um conjunto de cidadãos.
E temos também a Nação, que seria o vínculo CULTURAL dessas pessoas, portanto,
NÃO configura um conjunto de cidadãos.
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO:
Bom, só para refrescar a tua memória sobre essas tipologias, temos as formas de
governo, os sistemas de governo, as formas de Estado, as formas de intervenção na economia e
os regimes de governo.
2.1. Passando agora para a segunda tipologia, temos os SISTEMAS POLÍTICOS e esse é bem
mais rapidinho:
- A chefia dupla, que se organizam em Chefe de Governo (que pode ser ou primeiro
ministro ou o premiê) e Chefe de Estado (aqui pode ser ou o presidente ou a
monarquia)
3.1. A terceira tipologia da organização do Estado é a FORMA DE ESTADO, que são classificados
como:
a. Estado Confederado
Nessa perspectiva, temos dois parâmetros que são utilizado para afirmar a existência
de um regime democrático, o parâmetro jurídico e político, ambos se relacionam entre si.
a. As eleições diretas;
b. A alternância de governantes;
c. E o Sufrágio universal e direto.
Quando a gente sintetiza tudo que eu falei até agora, percebemos que, em todos os casos,
temos um arranjo político com uma dupla função:
Porque, a partir dessas ações estatais, que visariam justamente a reprodução do sistema
capitalista, que por sua vez tem apoio na forma jurídica (Legalidade) e numa busca por apoio,
um consenso (legitimidade) induzidos por mecanismos e aparelhos ideológicos diversos.
Esses dois conceitos quando unidos iram, em última instância, caracterizar o Estado
Democrático de Direito e a sua composição.
Posto isso, a gente percebe que há uma total relação como os parâmetros jurídicos e
políticos citados anteriormente. Pois ambos são requisitos que afirmam a existência de um
regime de governo democrático.
Por exemplo na Legitimidade, quando os representantes políticos são eleitos, eles são
eleitos pelo sufrágio universal – que é um parâmetro político, pois este caracteriza a
legitimidade do mandato assumido. Já na Legalidade, temos o parâmetro jurídico como relação
de conceitos.
CONSTITUCIONALISMO:
Quando a gente fala do Estado de Direito, não podemos esquecer da existência de uma
Constituição do Estado. Mesmo que nem todo Estado tenha necessariamente uma norma
jurídica denominada Constituição, porém há sempre um conjunto de normas superiores que
condicionam a validade das demais, organizando o Estado e estabelecendo direitos
fundamentais.
A Constituição ou as suas normas equivalentes, é um dos instrumentos que preserva a
legalidade e a legitimidade, pois, o seu conteúdo consistem em justamente em estabelecer o
princípio da legalidade e as instituições com legitimidade, que cria e fazem cumprir as leis.
A partir desse conceito, podemos afirmar que a Constituição do Estado possui duas
características principais:
Em relação aos parâmetros democráticos mínimos que devem existir no Estado, que
apontam quais são os principais sinais necessários para que um regime de governo seja
considerado democrático na atualidade.
O termo golpe de estado pode ser definido como uma ação desempenhada por rum
governante ou por um grupo que detém autoridade oriunda da esfera estatal, que afronta de
modo deliberado o direito a legalidade com o objetivo de assumir ou de continuar no governo
do Estado.
Dado essa definição, a gente percebe a presença de três requisitos para caracterizar o
“golpe de Estado”:
Agora assim, em que medida o golpe de estado, para a teoria do estado e da ciência
política, ele possui em algum nível o envolvimento de militares. Geralmente, os autores
pensam o golpe de estado a partir desse envolvimento, mas não seria necessário. Na verdade,
se pode ter apenas com a liderança de civis. Sem a participação militar, isso não seria
impossível.
Dessa forma, o golpe pode ser militar ou civil na medida que determinados grupos podem
assumir a liderança do movimento golpista.
É comum também que os golpes sejam precedidos por um movimento midiático -
ideológico, que atua sobre o plano emocional e racional dos cidadãos, voltado para:
o Deslegitimar a(o) governante que sofre o golpe e justificar sua queda
o Legitimar aquele que pretende assumir ou manter a condição de governante
por intermédio do golpe.
Concluindo esse tópico, o golpe de estado relaciona-se com legalidade e legitimidade de dois
modos:
o Um movimento golpista age fora da legalidade e possui maior probabilidade
de êxito conforme possua maior legitimidade (consenso este que poder ser
construído a partir de aparatos ideológicos e midiáticos)
o Negar a coerência da quebra da legalidade é um expediente utilizado para
aumentar a aceitação do movimento golpista e, portanto, conferir a ele maior
legitimidade.