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Anna Kelly Pasquali e Daniela Caroline Alessi

TEORIA GERAL DO ESTADO

 A palavra "Estado" vem do Latim e significa firmeza. A primeira vez que


está expressão foi usada, foi no século XVI, na obra "O Príncipe", do
filósofo italiano, Nicolau Maquiavel e ela tinha uma ideia de se referir a
uma sociedade política, organizada e permanente. Ou seja: em
essência, o Estado é uma organização social que vai reger o
comportamento dos seus membros pautada em uma hierarquização de
poder.

 Existem três principais teorias que buscam compreender e teorizar


sobre quando o Estado surgiu:

 A primeira teoria é de que o estado sempre existiu, essa perspectiva


entende que desde que existe organização humana em sociedade,
existe a necessidade de estabelecer uma hierarquia de poder para
assim, organizar o comportamento social, dessa forma, desde que o
homem se relaciona com outros homens considera-se que existe um
Estado.

 A segunda teoria é de que o Estado surgiu de formas diferentes, em


momentos diferentes, em sociedades diferentes. A idéia é de que
anteriormente não precisava de um Estado, mas por conta de algumas
necessidades, seja de convívio ou mesmo de materiais, foi se
precisando de uma organização de poder hierarquizada para conter e
organizar alguns comportamentos, porém isso aconteceu em lugares
distintos, de maneiras distintas.

 A terceira teoria é de que o Estado surgiu no século XVII, essa ideia é


pautada do conceito histórico de Estado, de Maquiavel, tendo como
principal característica a soberania do Estado, essa referência é
encontrada principalmente nos Estados modernos como a formação do
Estado nacional da Inglaterra e da França.

 Existem dois tipos de formação do Estado: a originária e a derivada.

 ORIGINARIA:

 A Originária é compreendida como a primeira formação do Estado. As


teorias que buscam explicar a origem, a formação originaria de um
Estado são divididas em naturalistas, são aquelas que entendem que o
Estado se forma de uma maneira natural, ele é intrínseco a sociedade
humana, e contratualistas, ou seja, o Estado vai surgir a partir de um
contrato entre indivíduos que convivem juntos, esse contrato pode
conter várias causas, seja por uma família que se expande e acaba
virando um Estado, seja por meio da violência, onde um grupo, acaba
domina outro, virando assim um Estado ou por meio da economia, onde
um domina o outro por possuir mais recursos.

 DERIVADA:

 Já a formação derivada pode ser observada ainda hoje, consiste na


formação de Estados, a partir da formação de outros Estados já
formados. Existem duas formas, o fracionamento ou a união. O
fracionamento é a separação, como é o caso do Brasil, que
anteriormente foi uma colônia portuguesa, ou seja: ele era parte do
Estado Português, e após o movimento de independência, tornou-se um
outro Estado. Por meio da união acontece quando dois Estados
independentes resolvem se unir, formando então um mesmo Estado
sobre uma única constituição.

 Além dessas duas formações também existe uma terceira, chamara de


formação atípica, são formas imprevisíveis, normalmente oriundas de
conflitos, um exemplo é quando os vitoriosos de uma guerra pegam
uma parcela do território dos derrotados e transforma em um Estado,
isso aconteceu no final da segunda guerra mundial, quando a Alemanha
foi dividida em ocidental e oriental, o Estado de Israel e o Vaticano
também são consideradas formações atípicas.

 Não é imposta uma regra específica para determinar um novo Estado,


mas é importante, sim, obter reconhecimento em relação a outros
Estados, mas principalmente possuir autonomia e eficiência quanto a
organização interna.

 Teorias sobre o Estado soberano:

 O Estado soberano é aquele que tem poder de declarar seu próprio


direito positivado de modo incontrastável. É relevante destacar ainda,
que existem três teorias fundadas sobre a soberania.

 Teoria do direito divino: afirmam que todo o poder vem de Deus, sendo
o governante/ o soberano, o escolhido conforme a vontade Deus.

 Teoria da soberania popular: defende que o soberano é o povo, ou seja,


o Estado submete-se as vontades das pessoas, que consequentemente
tornam-se a fonte de todo o poder político. É possível observar tal teoria
na república romana e na democracia ateniense.

 Teoria da soberania estatal: este modelo corresponde à ascensão dos


Estados autoritários, aqui o soberano não é o governante, como na
primeira teoria, nem o povo, como na segunda, mas sim o próprio
Estado, como fica evidente nos modelos sociais do socialismo e do
fascismo.

 O plus normativo é a pretensão de no mesmo texto constitucional


oportunizar elementos que nasceram de um estado liberal somando a
elementos que nasceram de um estado social, evitando a complexidade
dos extremos.

 A igualdade formal é a concepção de que formalmente é garantido


enquanto estado social, diretrizes jurídicas para tratar todo mundo de
forma igual, mas ao tratar todos de forma igual, não se tem igualdade
substancial, pois as necessidades humanas são distintas.

 Os estados Contemporâneo e Moderno têm assumido duas formas: a


forma federada, conjugada por vários centros de poder autônomo e a
forma unitária, explicada por um poder central que une o poder político.

 A Federação caracteriza a experiência federativa a partir da União, cuja


base jurídica é uma Constituição. A federação aparece ainda como um
bloqueio à concentração autoritária do poder. Pode-se pensar a questão
da federação como uma estratégia de organização do poder político, na
esteira da estratégia funcional, visando à descentralização da
autoridade, enquanto este veicula a ideia da desconcentração deste.
Pela teoria dos poderes enunciados e implícitos, além dos poderes
expressos, a União detém aqueles que são instrumentais para o
cumprimento das competências expressas em sede constitucional.

 A característica máxima da forma de governo unitária se dá pela


inexistência de coletividades inferiores dotadas de organismos e
competências próprias, o que, modernamente, pode ser minimizado
através de estratégias de desconcentração e descentralização parciais.
Esse modelo se caracteriza, politicamente, pela unidade do sistema
jurídico, excluindo qualquer pluralidade normativa e,
administrativamente, pela centralização da execução das leis e da
gestão dos serviços.

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