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Direito
Constitucional
Regente: Luís Pedro Dias Pereira Coutinho
CAPÍTULO I
O CONSTITUCIONALISMO
4. A ideia de constitucionalismo
O primeiro problema que temos pela frente é o de saber o que devemos entender
por constitucionalismo, uma realidade, segundo alguns autores, constitui uma das
maiores aquisições da humanidade dos últimos mil anos (Pierangelo Schiera).
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4.1.2
Não se pode identi car o constitucionalismo nem com a Constituição, nem com a
separação de poderes, nem com o Estado de Direito, além de redundante, o conceito
seria sempre redutor e inútil e, por isso, devemos inspirar-nos na tradição anglo-
saxónicas com o autor Charles Howard Mcllwain e, na Europa, na historiogra a
constitucional italiana contemporânea, designadamente em Maurizio Fioravanti.
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3. Os poderes só são legítimos quando exercidos de acordo com o título que lhes
confere a constituição;
5. Os direitos do homem têm primado sobre qualquer outro valor e devem ser
respeitados pelo poder político;
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1. Constitucionalismo das origens: decorreu entre o século XIV até à segunda metade
do século XVIII (1776-1789); são-lhe associados grandes nomes do modelo
constitucionalismo inglês (desde Henry Bracton, no século XIII, a Sir Edward Coke
ou James Harrington, no século XVII) mas também guras como Maquiavel, ao
propor a equidade, passando por Althusius com o destaque do papel do pacto,
ligando diversas realidade num só povo, e a terminar, já no século XVIII, com
Montesquieu, que recupera o ideal da forma moderada de governo, inspirado
justamente no exemplo da Inglaterra; Pode ser caracterizado da seguinte forma:
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• Democracia pluralista;
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Ensinou que o príncipe deve agir para o bem da comunidade, de modo equitativo e justo;
o tirano é aquele que se torna chefe de uma facção que destrói a constituição e contra o
qual se admite também o direito de resistência. Recuperou o ideal da constituição mista
e do poder temperado.
Hobbes: o m último, a causa nal e desígnio dos homens (que amam naturalmente a
liberdade e domínio dos votos).
Locke: nenhuma dúvida subsiste de que o Estado é criado para preservar e garantir a
liberdade, a vida e a propriedade.
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Textos Políticos
Sinais da prioridade dos direitos fundamentais sobre qualquer outro valor constitucional:
Em suma:
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Hobbes: Poder político limitado pelo m de garantir a segurança dos súbditos, mas
também pela equidade.
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Montesquieu: Poder político limitado pelo direito, pelo pluralismo social e pela
moderação, e também pelos controlos recíprocos que devem existir entre os vários
poderes.
Rousseau: até certo ponto o poder político está limitado pela soberania do povo, que
pode exprimir-se em qualquer momento.
Kant: poder político limitado pelo principio da liberdade, que lhe impõe a garantia dos
direitos, a moderação e recusa do despotismo.
Para o professor José Melo Alexandrino ainda não ha lugar para falar em
constitucionalismo global, uma vez que:
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Gomes Canotilho:
• A superioridade deste modelo reside na força dos elementos em que se baseia, nos
principais agentes a que recorre e no m que tem em vista:
Paulo Otero:
• As leis do País reguladoras das liberdades são reveladas e interpretadas pelos juizes
(common law)
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- Henry Bracton: Século XIII; recolha das leis e dos costumes da Inglaterra; o poder
governativo compete ao Rei, e o poder de declarar o direito é obra do Rei no
Parlamento.
Defesa dos ancient common laws and costums of the realm- própria
constituição
- James Harrington: De nição do governo de direito- o império das leis e não dos
homens; De nição do governo de facto- império dos homens e não das leis.
Magna carta 1215; Petição de direitos 1628; Lei do habeas corpus 1679; Bill of rights
1689; Acto de estabelecimento 1701; Acto de união com a Escócia 1707; Leis do
Parlamento de 1911 e 1949; Lei dos Direitos humanos 1998; Lei da câmara dos Lordes
1999; Leis sobre a devolução 1998/..; Lei de reforma constitucional 2005;
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A revolução começa por ser um acto de protesto das colónias contra a Inglaterra,
por causa da lei do papel selado 1765. A reação da coroa Inglesa e o surgimento das leis
intoleráveis (1774) vão dar lugar à revolta e à guerra das colónias com Inglaterra, guerra
que dura de 1775 até 1782.
5.2.1.
Gomes Canotilho:
(c) Reclama que acima da lei do Parlamento, deve existir uma lei superior;
(f) Consequências da constituição ser a lei suprema: lei superior torna nula
qualquer lei de nível inferior que contradiga os preceitos constitucionais; essa
proeminência da Constituição levará à elevação dos tribunais a defensores da
constituição (surge scalização da constitucionalidade).
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- John Locke: Autor Inglês; Novo fundamento racional das leis fundamentais;
5.2.3
(a) Escrita
(b) Rígida: só pode ser alterada através de um processo especial que exige 2/3
dos votos do Congresso e a rati cação por 3⁄4 dos Estados, alem de certas
matérias não poderem ser alvo de revisão
(d) Constituição em sentido formal- texto solene que se distingue das demais leis
ordinárias
(e) Tem apenas 7 artigos, pois adapta-se, através de aditamentos (o ultimo foi à
cerca de 40 anos) e de precedentes, praticas e interpretações do Supremo
Tribunal
(f) A versão inicial não prevê direitos individuais, mas em Setembro de 1789 são
aprovados os 10 primeiros aditamentos (Bill of rights), que procederam à
constitucionalização dos direitos do homem- tendo os direitos do homem que
eram até então apenas morais, passado a ser garantias jurídicas invocáveis
contra o estado federal.
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5.3.1.Traços:
- Jean Bonin: tradição de constituição mista anterior, com a qual se quis romper.
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• Nos EUA a constituição esta acima da lei, na França as leis estão acima da
constituição
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